A doce menina estava dentro da carruagem. Cabeça abaixada para não encarar o olhar frio e severo de seu pai:

– Quero educação e respeito,para não parecer que eu não te eduquei.

– Realmente não me educou.. Foram as criadas...

– Cale sua boca,vadia.

A garota abaixou ainda mais o olhar. A carruagem parou. Haviam chegado. Foram recebidos por todos:

– Akira-kun,quando tempo...

– Olá,quando tempo..

– E Hikari-chan,está mais linda do que nunca..

– Arigatou.. E aquela deve ser Lucy... Prazer querida

A jovem mulher estendeu a mão para Lucy,que estava engolindo as lágrimas de infelicidade:

– Pr-pra-prazer..

– Gray vai adorar conhecê-la,entre minha querida,vou levá-la até ele..

A delicada moça guiou Lucy até uma enorme sala de jantar. Os homens haviam ido para um escritório:

– Vou deixá-los a sós,vou ver como está o jantar.

Das sombras da sala,apareceu um garoto de cabelos negros,alto,e de olhos sedutores,e dito cujos estavam direcionados à bela garota de cabelos loiros e um vestido incrivelmente provocador,escolhido por sua governanta:

– Voce deve ser Lucy.. Sou Gray.

– Aye.. Sou Lucy.

– Voce é muito linda.

– A-arigatou.

A garota inocente corou,nem imaginando as segundas intenções escondidas debaixo daquele elogio sutíl. Mas não era tempo para conversas. Era hora do jantar.

– E então,Lucy... Gosta do que? - perguntou o futuro sogro da menina

– Gostava..

– Do que?

– Minha mãe... Viver...

– Lucy! - repreendeu o pai de Lucy

– Deixe a menina.. E então Gray,a sopa está de seu agrado? - disse a mãe do tal.

– Está ótima.. E voce Lucy,o que achou?

– An..Está boa.. Acho...

Depois de um longo jantar com conversas e risos.Hikari sugeriu algo:

– Gray,leve Lucy para andar no jardim,conversem um pouco...

– Sim,mãe.

Gray se dirigiu até a cadeira de Lucy,puxou a cadeira,Lucy se levantou e se dirigiu com o jovem até o jardim da família Fullbuster:

– E então Lucy.. Como faz para ser bonita assim?

– Vamos mudar de assunto..

– Está bem.. O céu está lindo não é mesmo?

– Sim..

– Mas não tão belo quanto você..

– Por favor,nao quero falar de mim.. Mude o assunto.

– Não posso evitar,voce me seduziu..

– O-o que?

Gray chegou mais perto da jovem e a agarrou na cintura:

– Me beija.

– Não.

Um silencio pairou no ar.

– Han,.. Perai.. O que disse?

– Não.

– Como assim,não?

– Não. Eu não vou te beijar,não vou casar com voce,não vou ao menos viver ao seu lado. Me dê licença..

Gray segurou os dois braços da doce e singela moça.

– Nenhuma garota nunca disse "não" para mim.. E voce não vai ser a primeira..

– Me solta! Me solta!

Gray puxou a garota pela cintura perto de seu corpo,e beijou seu pescoço por trás:

– Me solta.. Atrevido.

Lucy conseguiu se soltar e deu um tapa no jovem. Sua face sedutora já era de raiva.Lucy sentia o perigo no ar. Por incrível que pareça,o pai de Lucy a salvou,mesmo que sem ser propositalmente:

– Lucy,vamos!

– Já vou. - disse a garota,virando-se para Gray - Escuta.. Se voce relar um dedo em mim,eu acabo com a sua vida.

Gray puxou Lucy para perto de si e lhe deu um beijo no rosto:

– Serás minha,toda rosa tem seus espinhos,e sei lidar muito bem com eles..

– Canalha..

Lucy se dirigiu à carruagem e seguiu o caminho para casa calada. Chegou,subiu e deitou-se em sua cama. e olhou ao lado,em sua penteadeira,vendo então,uma chave de cor dourada:

– O que é isso?

Lucy pegou a chave em mãos. Dela surgiu uma luz e,ao chão,surgiu um garoto de cabelos cor de mel e orelhas de leão:

– Q-q-quem é voce? - disse a jovem trêmula

– Sou Leo... Mais conhecido como Loki,prazer.

O garoto levantou e se mostrou um homem. Forte,robusto e com um ar de cavalheirismo que Lucy nunca havia visto. O jovem leão ajoelhou-se diante da garota corada,que já estava de camisola:

– Estou aqui para lhe proteger, princesa - ele beijou a mão trêmula de Lucy

– Princesa...? - disse Lucy com a voz trêmula mais que a própria mão

– Sim.. Ou queres que a chame de outro nome? Rainha? Mileide?

– Não.. Está bem.. Mas,me proteger do que?

– Dos perigos que lhe esperam,princesa.. A começar por hoje.

Lucy corou. Nunca havia ouvido palavras tão sinceras desde a morte de sua mãe,que já completara 17 anos. Parece que talvez sua liberdade estivesse próxima.