I Can Only Look At You escrita por silver_tusk


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Só não esquece da review :D



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- Onde você vai? – perguntei, me sentindo muito idiota. Cadê a atitude, Nicholas?

 

- Aparentemente você não se lembra sequer do meu nome, Nicholas – ela falou, olhando pra mim. Seus olhos eram lindos, mas pareciam ter uma barreira protetora, que não deixava ver através deles – não quero tomar seu tempo, vocês não têm um show hoje? Devem estar ocupados.

 

- Na verdade o show foi cancelado – Joe falou – cancelaram antes do Nick acordar, mas eu precisava de uma desculpa pra despertar essa preguiça aí – pelo jeito terei que matar o Joe mais tarde.

 

- Do mesmo jeito, desculpem pelo tumulto – ela já ia pegando na maçaneta, e meus irmão olharam pra mim esperando uma reação. Apenas fui até ela e segurei seu pulso.

 

- Não vai embora não, Ingrid – falei, sorrindo pra ela. Seus olhos ainda estavam do mesmo jeito, com a espécie de barreira – eu estava sim um pouco bêbado, mas me lembro do seu nome e preparamos um jantar para você. Fique conosco.

 

- Você não se lembr...aaiii – Joe deu um chute na canela de Kevin. Bem a tempo, aquela anta ambulante já ia falando besteira.

 

- Acompanha-me? – estendi meu braço para ela. Ela ainda me olhou por um tempo, depois resolveu aceitar o braço. Levei-a até a cozinha, e nos sentamos a mesa. Joe e Kevin vieram logo depois, Kevin mancando um pouco. Conversamos durante um tempo, essa Ingrid tinha um papo muito bom. O relógio tocou, e Joe retirou a lasanha do forno.

 

- Lasanha? – os olhos dela brilharam – eu AMO lasanha!

 

- Temos mais uma amante de lasanha! – falei, sorrindo pra ela. A barreira em seus olhos pareceu ceder um pouco. Algum progresso. Continuamos a comer enquanto conversávamos animados, até que o assunto voltou para a noite passada.

 

- O Nick dançou até o chão ontem! – Joe falou, rindo. Ingrid e Kevin também riram, só eu fiquei calado – e você também, Ingrid!

 

- Eu dancei até o chão sim! Mas pelo menos me lembro – ela falou isso olhando pra mi. Não sei se era pra rir ou ficar sério, então escolhi um meio termo. Dei um sorriso fraco, quase imperceptível, e ela sorriu pra mim. Sorri de volta, e ficamos assim, sustentando o olhar um do outro. Não sei se Kevin e Joe continuaram a falar, mas pra mim o mundo desapareceu, só existia eu e ela.

 

- Nick? Ingrid? – ouvi Kevin chamar longe.

 

Continuei olhando para aquela garota misteriosa, e vi que estávamos cada vez mais perto. Ouvi um arrastar de cadeira, passos e silencio. Continuava a observar ela, garota diferente, decidida, mas também meiga e divertida. Seus olhos pareciam me examinar inteiro, até que eles foram se fechando devagar. Fui fechando os meus também, e em pouco tempo senti os lábios dela. Lábios doces e hábeis, nos beijamos primeiro delicadamente, para depois avançar aos poucos. Abracei-a pela cintura, e ela passou suas mãos pelo meu pescoço, puxei ela pra perto de mim.

 

Ficamos ali nos beijando durante um bom tempo, mas, como dizem, o tempo voa quando estamos nos divertindo. Fomos então parando de nos beijar, foi então que percebi onde estávamos. Olhei para sala, onde Kevin e Joe estavam sentados nos sofá, assistindo TV. Sorri para Ingrid, que retribuiu o sorriso, e fomos até lá.

 

- O que estão assistindo? – perguntei, como quem não quer nada.

 

- Punk’d, mas pra que você se importa? Você já tem diversão garantida! – Kevin falou, ainda olhando pra TV. Ingrid ficou vermelha, e eu comecei a rir com Joe.

 

- Vocês são muito divertidos, rapazes, mas eu vou dar uma volta co ma minha amiga aqui – falei, puxando Ingrid pela mão.

 

- Mais tarde é a minha vez! – Joe gritou, enquanto saíamos de casa. Ingrid começou a rir, e eu a abracei pelo ombro. Não haviam mais fotógrafos ali, os únicos persistentes haviam se encostado na cerca e estavam cochilando. Saímos de fininho e fomos até o canteiro do condomínio. Cheio de flores, a noite era regado e aí ninguém iria nos perturbar. Nos sentamos lá no meio, num lugar seco, e ficamos olhando para o céu.

 

- Está vendo aquelas estrelas ali? – eu apontava para uma constelação – aquela é a Constelação de Touro.

 

- Serio? Como você sabe disso? – ela se encostou em mim, e eu sentia seu calor através da jaqueta.

 

- Eu inventei – sorri para ela - E vê aquelas duas estrelas alinhadas?

 

- É mais uma constelação inventada? – Ingrid perguntou, me olhando.

 

- Não, essa é de verdade. Essa é a Constelação Olhos de Ingrid – olhei pra ela. Ingrid olhou para mim, e depois sorriu.

 

- Muito brega, mas eu gostei – ela me beijou e depois se aninhou em meu braço – apesar de me lembrar pouco na noite anterior, sinto que foi bom.

 

- Também – falei, brincando com uma mecha de seu cabelo – você se tornou especial para mim, de um jeito bem inesperado e diferente.

 

- E você idem, Nicholas – Ingrid me olhou – só espero que você não me magoe. Sabe como é, você é famoso e tal – ela olhou para o céu, os olhos refletindo o brilho das estrelas - Só peço que não me machuque. Não agüentaria mais um corte profundo...

 

- Machucar você? Porque eu faria tal coisa? – perguntei.

 

- Não sei. E espero não ter que saber – ela olhou para mim e sorriu – eu gostei de você. Realmente gostei.

 

- Também gostei de você, Ingrid – nós nos beijamos, e em seguida voltamos para casa. Ainda ouvi um CLICK! no meio do caminho, mas deixei para lá. Era bom que fizessem isso, para que soubessem que Nick Jonas já está junto da garota misteriosa.

 

Ingrid foi para casa, e eu fiquei com meus irmãos-pamonhas.

 

- E aí, como ela é? – Joe perguntou, rindo – tão ruim quanto pensava?

 

- Ela é maravilhosa! – falei, deitado no sofá, me lembrando dela – simpática, romântica, divertida, legal, bonita, e ainda é nossa fã. Simplesmente o que pedi a Deus.

 

- Meu Deus, desse jeito parece até que já está apaixonado pela garota – Kevin falou.

 

- Ela tem um nome, Kevin – falei, bravo. Os dois me olharam com uma cara estranha, depois se entreolharam, sorrindo – nem inventem de me encher o saco. Ai não, já era...

 

- VOCÊ TÁ APAIXONADO PELA GAROTA! – os dois falaram juntos. Por isso é ruim ter dois irmãos que te conhecem bem até demais.

 

- Não estou, eu só...gosto dela – falei, me levantando.

 

- Por favor, não invente essa – Joe falou.

 

- Você já ama ela. E faz menos de 24 horas que a conheceu.

 

- Eu não a amo. Vou dormir, essa discussão é desnecessário.

 

- São oito horas ô inteligente. Ah, eu me esqueci – Kevin enche muito as vezes – você tem hora certa pra dormir, por causa do sono de beleza...boa noite, Bela adormecida.

 

- Vai se catar – falei, subindo as escadas. Pensei em Ingrid toda hora. Será que eu to apaixonado por ela? Não, que besteira. Há anos não me apaixono. Não será por alguém que basicamente acabei de conhecer.

 

Coloquei minha camisa rosa sem manga e uma calça branca, para em seguida me deitar. Acho que eu tava muito cansado, porque apaguei na hora.

 

Acordei com um despertador.

 

When you look me in the eyes, I catch a glimpse of heaven, I find my paradise, when you look me in the eyes” (Quando você me olha nos olhos, eu encontro um pedaço do céu, eu encontro o meu paraíso, quando você me olha nos olhos)

 

Nossa, que coincidência. Esse toque me lembrou de toda a noite anterior: Ingrid, seus olhos, as estrelas, seus beijos, seu pedido. Tudo.

 

Me levantei, tomei um banho e lavei o rosto. As olheiras haviam desaparecido de leve, minha aparência estava bem melhor. Desci as escadas, encontrando a cozinha vazia. Comi qualquer coisa, peguei minha bicicleta e fui andar. Passeei por toda a rua, olhando para tudo e todos. Até comprei um jornal para ver se havia uma foto minha e de Ingrid. Lá na parte dos famoso, estava uma foto de nós dois de mãos dadas andando, e a legenda era “Garota de pub ou de Nick Jonas?”. Tanto faz, voltei pra casa e deixei o jornal na mesa. Joe e Kevin acordaram mais tarde, e ficamos a tarde inteira sem fazer nada. Até que de noite, chamei Ingrid para ficar conosco.

 

Bom, as semanas seguintes foram no mesmo esquema, Ingrid sempre passando lá em casa para ficarmos um tempo juntos. As revistas já soltavam fofocas sobre o nosso suposto namoro, o que ainda não existia. Ela até que lidava bem com as revistas sempre ligando pedindo entrevistas e etc, parecia que não havia nada demais.

 

Por isso que eu adoro ela, além de vários outros motivos, claro.

 

E o mais engraçado, e perigoso, eram as minhas fãs atrás dela. Algumas até pediam que contasse como era o meu beijo, outras queriam simplesmente esquartejar ela. Eu ria muito quando ela me contava isso, e ela ria junto.

 

Joe e Kevin viraram os irmãos dela. Eu não sinto tanto ciúmes deles, já que são meus irmãos, mas TODA HORA que eu vou falar com eles, ou estão mandando mensagem ou conversando por telefone com Ingrid. É meio estranho, mas ela já é basicamente parte da família.

 

Minha mãe, por incrível que pareça, adorou Ingrid. Geralmente ela implica com todas as minhas namoradas, mas com ela foi diferente.  Ingrid inclusive ajuda minha mãe na cozinha, adora aprender receitas e fica conversando com ela bastante durante os jantares.

 

Meu pai também a adorou, inclusive já veio ter a famosa conversa de “pai para filho” comigo. Eu fiquei com riso contido a cada hora que ele a chamava de bela. Ele ficava “Ela é realmente muito bela, e não só por fora, mas por dentro também”, e eu apenas segurava o riso. É estranho ter alguém tão próximo de você, dos seus pais e dos seus irmãos que não seja da própria família, mas, como já disse, parece que Ingrid já é membro da nossa.

 

- Nick, onde vamos essa noite? – ela me perguntou, linda como sempre, enquanto caminhávamos pela rua comercial perto de minha casa. Eu decidi que vou pedi-la em namoro, já que já estamos há mais ou menos 1 mês juntos.

 

- A um lugar especial – falei, enquanto a guiava pela rua em direção a uma ponte de madeira ali perto. Ela passava por cima de um córrego, e era bastante romântica. Quando paramos em cima dela, segurei a mão de Ingrid, respirei fundo, e comecei.

 

- Só quero que você saiba que o ultimo mês que passei com você foi inesquecível. Nunca me senti assim perto de nenhuma garota, Ingrid – nossa, falar o nome dela em voz alta é relaxante...

 

- Nem eu, Nick. Você é o primeiro garoto que eu realmente gosto em muito tempo – ela falou, sua voz calma e macia me acalmando. Eu a abracei, sentindo o aroma bom que saía do seu cabelo.

 

- Quer namorar comigo? – perguntei, acho que rápido demais. Ela se soltou de mim, e me olhou nos olhos, a expressão séria.


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Notas finais do capítulo

*-*



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