O Blog Do Kevin escrita por Punk


Capítulo 9
Viagens dos Harper - Episódio 3




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Saudações, terráqueos bêbados.

Brincadeira... como os que seguem esse blog sabem, eu não sou um alienígena ( embora, me comparando com a minha família, qualquer pessoa possa dizer que sou, porque sou normal e eles não, então é como se eu fosse de outro planeta). Iniciei a postagem desse jeito porque lembrei do início da minha terceira viagem em família, quando eu tinha 8 anos e os Harper comemoraram o Natal em Dallas, e o vovô Edmund ia se fantasiar de Papai Noel às 11:55 da noite no dia 24 de Dezembro e dizer “ Saudações, criançada bagunceira. Feliz Natal!” antes de entregar os presentes para a Maxine, eu e o Steve ( que naquela época ainda não tínhamos descoberto que o Papai Noel não existia). Meus pais pensaram que o vovô já tinha alugado a fantasia, porque “ ele não teria deixado sua barba crescer e ir até o chão pra depois ser um Noel incompleto sem a roupa vermelha, teria, filhos ? Claro que não!”

Foi essa a frase que papai e mamãe usaram como desculpa pelo fato de que o Steve até hoje tem trauma de Natal e medo do Papai Noel ,( mesmo sabendo que o Bom Velhinho não existe) de meias para pôr presentes e de “ estrelas – guia no topo da árvore” .

Porque ele teria.

O vovô foi um Noel mais que incompleto. Por causa do Alzeimer, ele se confundiu e alugou um fantasia de alien verde, com antenas gelatinosas ( pelo menos pareciam gelatinosas quando eu não sabia que eram de espuma) e sete olhos lilás bem assustadores. Além disso, em vez de dizer “ Saudações, criançada bagunceira. Feliz Natal!”, ele disse a frase com que eu comecei este post. Acredite se quiser, mas eu digo nada mais e nada mais do que a PORRA DA PURA E MALDITA VERDADE.

A reação das crianças inocentes que nós éramos foi correr. No caso, essa foi a minha a reação que eu e o Steve tivemos, porque a Maxine socou as bolas do alien invasor.

Em seguida, o vovô deu um grito tão fino quanto o “ Au!” do Michael Jackson, e saiu correndo em círculos pelo saguão do hotel cheio de pulgas no qual estavámos hospedados, com a mamãe em seus calcanhares. Ela segurava um copo com um pouco de Coca – Cola na mão direita e com a esquerda tentava impedir que sua calcinha bege caísse da bunda de tão rápido que estava correndo, enquanto o papai ligava pra emergência com muita dificuldade, pois suas mãos estavam escorregadias de gordura do peru de Natal.

Ah, esqueci de contar do peru. A Stella só foi saber quatro anos depois ( a reação dela foi um jorro de vômito na cara do papai 6 minutos depois e um desmaio, seguido de uma gripe fingida que durou três dias), mas às 11:05 daquela noite ( cinquenta minutos antes do alien Edmund chegar), o animal pelo qual ela mais nutre nojo e repulsa entrou dentro do peru.

Ou seja, leitores, uma barata entrou no peru, e os Harper ( eu e meu cachorro Lennon incluídos) COMEMOS SEM SABER!!!!!!!!!!

Em resumo, a véspera de Natal em Dallas foi infernal, mas ENGRAÇADA PRA CARALHO.

Postado por K. Harper às 13:07


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