A 73 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Sofi


Capítulo 5
Capítulo 5 - O treinamento


Notas iniciais do capítulo

Ery e Meriva. Yes I Shipp It.



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      Assim que afirmei querer o beijo de Ery, ele me puxou pela cintura e deu o que eu queria. Foi um beijo quente. Não foi babado, como os dos filmes que a Capital produz e nos faz assistir vez ou outra.

-Ah! Caramba! - eu disse assim que ele me largou – Isso foi... incrível! - admito.

-Hn... é... foi. - disse Ery. Quando ele terminou de falar, a porta do elevador se abriu. Lá estavam Tucksen, Pamy, Mekenzie, Kyla e a estilista de Ery, que se depararam com nós, olhando um para o outro, com ele me segurando pela cintura.

-Ora, ora. - disse Mekenzie, rindo. - o que temos aqui? Um casalzinho apaixonado?

-O que? NÃO! - eu gritei, saindo dos braços de Ery. - É que...

-Nós estávamos pensando numa estratégia de tributos apaixonados. - disse Ery. - para conquistar o público, sabe?

-Sei. - disse Tucksen – eu acho que não acredito muito nisso.

-Vocês tem certeza que era só isso que vocês estavam fazendo? - disse Pamy com uma desconfiança na voz.

-Sim, certeza absoluta. Só fingimento. - eu disse, um tanto desesperada – Para ganhar os Jogos. Nós somos só amigos! Não é, amigo? - eu perguntei para Ery, dando uma risadinha e dando um tapinha no ombro dele

-É. Só amigos. - disse ele. - Amiga.

-Olha a hora, que sono! - eu disse – Eu não sei vocês, mas eu estou exausta! Boa noite! - e parti para o meu quarto.

Fui correndo para o banheiro e peguei uma toalha. Umedeci ela e passei no rosto, para tirar a maquiagem.

-Será que isso vai me prejudicar na arena? - eu sussurrei para mim mesma

-Qual é, Meriva. Você não engana ninguém. - disse Mekenzie, que invadiu meu quarto.

-Não custaria nada bater na porta antes de invadir meu quarto! - eu disse, tirando o pouco que restou da maquiagem

-Olha, esse papo de tributos apaixonados não vai colar. - disse ele – Muito menos para o Snow.

-Eu sei. Mas eu não sei o que fazer! - eu disse, com uma mão na testa – Ele me pegou de jeito. E eu nunca me senti assim. E para piorar a situação, tinha que ser nos Jogos Vorazes!

-Você vai descer para jantar? - ele me perguntou, indo à direção da porta

-Não, obrigada. - eu disse, saindo do banheiro – Vou ficar por aqui mesmo.

-Então tá. - e saiu.

Tirei o vestido e peguei um pijama no guarda-roupas. Deitei na cama e me cobri, mas não ia conseguir dormir, claro que não. Eu estava submersa em meus pensamentos quando um Avox entrou.

-Isso vai me prejudicar muito? - eu disse, sem mais nem menos. - Ah. Desculpe!

Ele fez com que “Tudo bem” com a cabeça e abriu uma gaveta no meu criado mudo. Lá ele pegou uma folha de papel e uma caneta e escreveu “os Jogos não vencem o poder do amor”.

-Eu queria acreditar nisso – suspirei – Mas os Jogos vencem tudo.

O Avox pegou o vestido que eu larguei no chão e se foi. Após duas horas inquieta, finalmente consegui pegar no sono, o que foi uma má ideia, já que tive pesadelos horríveis. Lá eu estava na arena, em uma poça de sangue, com várias vozes gritando para mim. “Você falhou, Meriva.” “Sabíamos que você não conseguiria.” Acordei gritando contra o travisseiro e batidas na porta. Voltei para a sanidade e levantei para abrir a porta. Era Ery, que de certo, escutou meus gritos.

-Oi. - disse ele, sorrindo – Tudo bem com você?

-Tudo. Foi só um pesadelo.

-Precisa de companhia? - perguntou ele

-Sim. - e puxei ele para o quarto. Eu não quero passar a noite sozinha. Eu quero ficar com ele. Eu me deitei e ele se acomodou ao meu lado. Eu não quero ir para a arena. Eu quero que esse momento dure para sempre.

Eu peguei no sono nos braços de Ery. Quando acordei, ele já havia ido para o seu quarto, já que precisamos nos preparar para o treinamento. Levantei da cama e fui tomar um banho. Numa cômoda, um conjunto esportivo me aguardava. Vesti o traje e fui tomar o café da manhã. Todos estavam lá – Tucksen, Ery, Mekenzie, Pamy, Kyla e a estilista de Ery – mas ninguém falou nada. Assim que terminamos, Ery e eu fomos mandados à um ginásio gigante, com seções de treinamento com facas, lanças, arco e flecha, camuflagem, nós, entre muitos outros. Uma mulher alta e atlética chamada Atala nos disse que poderíamos ir para qualquer seção que quiséssemos na hora que quiséssemos. Segui primeiro para a seção de facas. Não é tão difícil jogar uma faca em um boneco, mas quero ver em uma pessoa em movimento. Na estação de machados, eu vi 3 tributos. Um garoto que parecia ter 16 anos do Distrito 9. A garota do 4 que me ameaçou com o olhar. E uma garotinha de 12 anos do Distrito 5. Ela estava com muita dificuldade para pegar o machado e o treinador estava distraído com a garota do 4, então fui ajudá-la.

-Opa, opa, - cheguei por trás dela e ela deu um pequeno gritinho – calminha aí. - e ajeitei o machado nas mãozinhas pequenas dela

-Obrigada! - disse ela com um sorriso no rosto – Você é a Meriva, não é? Do Distrito 7?

-Sim. - retribui o sorriso – E qual o seu nome?

-Faith! - disse ela, com animação na voz – Hm... mexer com esse machado é mais difícil do que parece. - e tentou acertar um boneco com a arma.

-Com o tempo você pega o jeito. - Eu só sei usar um machado por que nós somos obrigados à usá-los no Distrito 7. Pego uma das armas e atiro-o contra o coração do boneco. Exige um pouco mais de força do que facas, por ser mais pesado, mas você aprende à manejá-lo e então tudo fica mais fácil.

Faith mostrou para mim que ela não é só uma garotinha bonitinha, loira de olhos azuis. Ela era muito boa com camuflagens e com arco e flecha. Me juntei à Ery na seção de lanças.

-E aí, Meriva. - disse Ery quando percebeu que eu estava indo na direção dele

-E aí. - retribui – Como vai o treinamento?

-Vai bem. E o seu? - que falta de assunto.

-Muito bem. - eu disse – Então... Nós vamos... trabalhar juntos na arena?

-Sim, acho que sim. - disse ele – Por que?

-Hn... Só para saber. - eu disse, enquanto olhava para Faith e ele pegava uma lança – Quem é essa garota que você está olhando? - me perguntou ele, enquanto jogava a lança no coração de um boneco.

-Faith... - eu disse, distraída – do Distrito 5. Só doze anos de idade. - eu disse, agora olhando para Ery – Ery, eu quero parar com tudo isso. - eu peguei uma lança e joguei contra o boneco, tentando isolar a raiva que eu tinha

-Especifique “isso” - ele disse, olhando para mim

-Os Jogos, Ery! - agora eu sussurrava – Essa idiotice de nós termos de matarmos uns aos outros! Aqueles garotos de 18 anos destruíram a Faith como uma migalha!

-Meriva. Todos nós queremos. - ele sussurrou de volta – Mas não podemos ir contra a Capital.

-Tá bem. Eu vou falar com a Faith. - eu disse, girando o corpo para ir em direção à seção de camuflagem, onde ela estava – Até mais.

Chegando lá, ela estava ajudando à montar uma camuflagem com o garoto do Distrito 1, que era pouco maior que eu.

-Oi Faith – eu disse, me ajoelhando ao lado dela

-Oi, Meriva! - ela disse – Meriva, esse é o Spes. Ele tem 14 anos também, sabia?

-Legal. - eu disse, com um sorriso – Tudo bem, Spes?

Ele não disse nada, só concordou com a cabeça e continuou montando a camuflagem.

-Meriva. Eu estou com medo. - sussurrou Faith – Todos aqui me vêem como uma fracota.

-Não importa o jeito que os outros te vêem – eu disse, pegando um pincel e ajudando na camuflagem – e sim o modo que você se vê.

- Obrigada, Meriva! - ela abriu um grande sorriso branco e então eu percebi que queria ela como aliada. Acho que Ery não iria se importar em ter uma aliada tão pequena.  


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Notas finais do capítulo

Continuo shippando Ery e Meriva. Mery.



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