La Solitudine escrita por bolkan


Capítulo 2
Capítulo 2 - You Kissed?


Notas iniciais do capítulo

Capítulo imenso, não?



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Brennan passou a ser a tutora de Booth na maioria das vezes. Ele convenceu o Sr. Millder de que ela ensinava melhor do que qualquer outro que estivesse no mesmo ano que ele, ele queria ser ensinado por ela. Na verdade, era uma desculpa para passar um tempo com ela, pois sequer tinha coragem de convida-la para sair. Ela era uma aluna brilhante, que provavelmente iria ganhar uma bolsa de estudos para a faculdade, enquanto ele estava dedicando-se ao basquete, torcendo para que um olheiro oferecesse uma bolsa em alguma faculdade. O que teriam em comum para ele convida-la para sair¿ Nada. Eram só tutora e tutoreado. Simples assim. A melhor forma de vê-la era fazendo dela sua tutora.

Brennan não se importou de ser tutora de Booth. Até gostava. Ele prestava atenção no que ela falava, mesmo não entendendo nada, além de ser muito bonito. Os precursores biológicos dela chamavam por ele, ela notou. Mas ele nunca daria bola para uma menina “squint”, como ele chamava, que achava os esportes uma forma de brincadeira feita para simular a adrenalina de uma guerra. Além de ele ser mais velho do que ela dois anos, ela sabia que ele era popular na escola, e que todas as garotas líderes de torcida eram afins dele. Deixou de pensar nele dessa forma.

As aulas tinham começado em meados de outubro, agora já era dezembro e estava perto do natal. As aulas com os tutores foram interrompidas uma semana antes do recesso de natal.



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Dia 20 de dezembro


–Brenn!

–Oi, Angie.

–Terminei o desenho do nosso trabalho, como o combinado.

–Deixe-me ver. – Disse, pegando o desenho das mãos da amiga. – Oh, está incrível, Agie. Voc~e conseguiu desenhar um tumulo egípcio com perfeição.

–Uma pirâmide.

–Foi o que eu disse.

–Bem, agora a parte de toda aquela “mumificação” e essas coisas cientificas e nerds, é com você, querida.

–Ok, Angie.

Angie ficou ali por um tempo, até sentar-se do lado da amiga para poderem conversar.

–Então, quem foi que você tirou no amigo-secreto.

–Achei que não era para contar. – Falou, surpresa.

–Bem, não é, mas eu quero saber assim mesmo.

Brennan riu.

–Você vai ter que esperar para ver, Angie.

Ângela suspirou e, depois de alguns minutos, voltou a falar.

–Eu soube que Andy Flugler , o capitão do time de Lacrosse, tirou você. – Ângela falou com um tom provocativo.

–O QUE¿! – Gritou, fazendo os olhares voltarem-se para ela.

–Querida, fale baixo. – disse Ângela, com um sorriso.

–Como você soube disso¿ - sussurrou.

–Tenho meus contatos. – sorria – E eu sei que você é afim dele. Vai que o presente dele é um grante beijo em baixo do visco.

–Angie!

–Ora, querida, vai dizer que não quer isso¿

–Eu ainda estava presando os prós e contras e...

–Você já tinha pensando em beija-lo¿ Eu sabia. – Ângela sorriu maliciosamente.

–Angie!


–Mas gosta de dizer meu nome, hein¿ - Ângela ria.


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Dia 22 de dezembro.


Booth estava tinha se arrumado para a festa natalina que iria acontecer no colégio. Tinha combinado com Tessa de irem juntos para a festa. Estavam namorando há algum tempo, e Booth gostava dela. Talvez não o suficiente para levar o relacionamento dos dois adiante, mas gostava. A festa ficava no ginásio localizado do final do corredor, como sempre, pois era área mais espaçosa da escola.

Tinha combinado de encontrar Tessa por lá, e por isso andava sozinho pelo corredor da escola.

Andava ajeitando rapidamente, já estava atrasado e não achava certo deixar Tessa esperando.

Estava usando uma blusa social branca, com uma gravata colorida, extremamente chamativa. Usava uma calça social preta, com e sapatos sociais. Cabelo penteado no topete de sempre.

Quando passava em frente ao laboratório de biologia, percebeu que as luzes dali estavam acesas. Aproximou-se para ver se tinha alguém na sala. Nada. Abriu a porta e quando ia perguntar se tinha alguém, ele ouviu.



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Era um choro. Um choro que tentava ser contido, um choro baixinho. Entrou na sala procurando pela origem do choro. E o que encontrou fez seu coração parar.

Ali estava Temperance, sua tutora. Estava sentada no chão da sala, com os joelhos entre os braços e a cabeça escondida por trás deles. Tentava sufocar um choro, sem sucesso. Usava um vestido Azul escuro com branco. Estava linda, parecia uma princesa.

Sentou-se ao seu lado. A visão dela chorando ali, tão vulnerável, o fez querer abraça-la, conforta-la, e protege-la de tudo e de todos. Seu coração doía só de vê-la sofrer.

–Você está bem¿ - perguntou ao seu ouvido.

Brennan assustou-se, levantando a cabeça de uma vez.

–O que faz aqui¿ - Perguntou, tentando escapar da pergunta.

–Eu vi a luz acesa e quando abri a porta pude perceber que tinha alguém chorando, vim ver o que era e encontrei você aqui, sentada, chorando. O que aconteceu¿

–N-nada não. Não te interessa.

–Eu sei que eu não tenho nada a ver com isso, mas eu não gosto de ver você chorando. Conte-me, o que aconteceu¿

Ela encarou-o. Estava pensando se deveria confiar nele e contar-lhe o que ocorrera.

–Promete que não vai rir¿ - a vos demonstrava insegurança.

–Prometo – Disse com um sorriso.

–Bem... Tem um menino e... – pausou, contendo as lágrimas. Booth não disse nada. – Ele me tiou no amigo secreto. Eu estava.. – soluções – Estava um pouco interessada nele, sabe¿ E eu nunca beijei ninguém antes e... E quando ele me tirou no amigo secreto, esperava que algo especial acontecesse, mas... mas... Ele me deu um Smurf Inteligente... Colocou no escaninho e todo mundo viu e começou a rir...

Booth teve que conter um riso. O Smurf inteligente era o que mais lembraria Temperance mesmo, inteligente como tal.

–E qual o problema nisso¿

–Eu queria a Smurfete, e ele sabia, mas ele me deu o Smurf Inteligente porque me acha uma nerd. – Chorava.

–Booth abraçou-a, puxando a adolescente para que ela encostasse a cabeça em seu peito.

–Não chore. A Smurfete é superficial. Você é muito mais do que isso, é inteligente e bonita.

Ela começou a se acalmar sob seu peito. Ainda chorava, molhado toda a camisa de Booth.

Depois de alguns minutos, ele sentiu ela parando de soluçar. Ela se acalmara.

Levantou a cabeça do peito de Booht e disse:

–Obrigada, já estou melhor agora. Desculpe por ter molhado sua camisa.

–Não tem problema.

–Tem sim, você está indo para uma festa. O que sua namorada vai pensar¿

–Bem, não me importa.

Brennan ficou olhando-o.

–Ok, mas agora já pode ir. Estou bem, sério. Daqui a pouco Ângela, minha amiga, vai me encontrar mesmo. Ela viu o que aconteceu e..

–Eu posso ficar aqui com você até ela chegar.

–Não, não precisa. Sua namorada deve estar preocupada com sua demora.

–Não tem problema, ela entenderá. Não posso deixa-la assim. – Ele disse isso levando um polegar para enxugar as lágrimas da menina.

–Obrigada.

E lá eles ficaram por muitos minutos, em silêncio. Um sentado ao lado do outro.

–O que viu nesse menino do time de Lacrosse.

–Meus instintos biológicos o classificaram como um bom reprodutor, e apesar de eu não pretender ter relações na minha idade, fiquei interessada nele.

–Oh, oh, oh. Você fala de relações..

–Sexuais¿ Sim.

–Eita, de um beijo para sexo, uma conexão muito grande.

–O beijo é uma preliminar da copula.

Booth encarou-a, embaraçado.

–Vamos falar de outra coisa.

–Sim. E você, porque se interessou pela... sua namorada¿ Não sei o nome dela.

–Tessa. Seu nome é Tessa. Eu não sei. Ela sempre quis sair comigo e eu gosto dela, além de ela ser muito bonita.

–Hum.

–O que isso quer dizer¿ “hum”¿

–Nada. Só estava constatando que é verdade quando dizem que garotos como você gostam das garotas mais bonitas. – sorriu.

–Bem, não é uma completa verdade. Também gosto das garotas divertidas, inteligente... Um das minhas ex-namoradas foi a Camille. Ela foi transferida para New York. Ela era a melhor aluna da sala dela. Quer fazer a faculdade de medicina. Foi a menina com quem eu tive minha relação mais duradoura. Era legal conversar com ela, eu aprendia tanto.

Brennan encarava-o, sem falar nada. O que ela estaria pensando. Deus, ela era tão linda. Estava ainda mais linda com aquele vestido. Nem mesmo as lágrimas que escorreram por sua face, borrando a maquiagem suave que a garota suava, deixavam-na menos bonita. Booth aproximou a cabeça da de Brennan. Podia sentir a respiração dela em seu rosto. Ela encarava-o, confusa. O que ele iria fazer¿ Não era o que estava pensando, era¿

Ele se aproximou ainda mais, anulando a distância entre eles, colando os lábios dos dois. Brennan foi pega de surpresa, e não conseguiu reagir. Seus lábios só estavam encostados, mas era o suficiente para fazer com que o coração e ambos batessem desesperadamente. Lup Dup – Lup Dup*. Ele passou a língua pelos lábios de Brennan, pedindo passagem, que logo foi consentida. Aprofundaram o beijo, ele segurava-a pela cintura e ela pôs uma mãos em sua nuca.

–Brenn! Brenn! – Ângela gritava pela amiga.

Eles foram arrancados do momento pela voz angustiada da amiga de Brennan.

–É.. Angela. – Disse, com a respiração ofegante.

–O-ok.. –tentadno recuperar o folego.

–Me-melhor você ir. Su-sua namorada...

–Tudo bem, estou indo. – Disse, levantando-se. – Tchau, Bren. – sorriu.

–Tchau, Booth. – sorriu de volta.

–Bren! Bren.. – Angela entrou na sala e viu Booth indo em direção a porta.

–Sua amigas está aqui, estava esperando por você. – Disse-lhe, ele.

–Oh, acho que ela preferia que eu tivesse demorado mais. – Sorriu maliciosamente para o rapaz.

Ele não disse nada e saiu da sala seguindo seu caminho até o ginásio.

–Bren! – Disse Angela, já não tão apreensiva. Sorria. – Você está bem, querida¿ Ou melhor, me diga o que aconteceu aqui¿

Brennan corou.

–Nada, Angie.

–Bren, não minta para mim. Eu sou mais experiente quem você e eu percebi que os lábios daquele menino estavam inchados e vermelhos. E.. – olhou atentamente para a amiga. – Os seus também. Vocês se beijaram! Como foi beijar um dos garotos mais populares da escola¿

–Angie, eu n...

–Me conte tudo! E não adianta negar. Eu nem sabia que você conhecia o Seeley.

–Eu sou tutora dele. Eu dou aulas para ele.

–Porque você não me disse que dava aulas pra ele.. tipo.. É “ELE”.

–Não era nada demais.

–Sei. E o que aconteceu aqui não foi nada demais também¿ - provocou, fazendo Brennan corar novamente.

–Angie... Ele tem namorada, ninguém pode saber disso..

–Ok. Da minha boca não sai. – fez uma cruz com dos dedos e beijo-a algumas vezes. – Juro. Agora... Você terá que me contar tudo. Eu sei que foi a primeira vez que você beijou um menino e eu quero todos os detalhes. –Dissei Angela, sentando-se ao lado da amiga.

–Angie... Eu estava aqui chorando e ele apareceu.

–Owwn.

–Aí ele me perguntou o que tinha acontecido, eu falei do Fluger e da brincadeira sem graça. Ele me consolou e quando eu já tinha parado de chorar, disse que ele podia ir, pois você já devia estar vindo atrás de mim... Mas ele disse que esperaria até você chegar. Ficamos sentados aí ele perguntou o que vi no Fluger aí..

–Ele o que¿

–Perguntou o que eu tinha visto no Fluger..

–Amiga, ele está afim de você.

–Que tolice, Angie. Ele tem uma namorada, e ela é líder de torcida.

–Como se isso impedisse que ele se interessasse em você..

Sem dar ouvido ao que amiga dizia, ela continuou:

–Aí eu perguntei de Tessa. Falei que sempre falavam que garotos como ele ficavam com as garotas “bonitas”...

–Brenn!

–Que foi¿

–Não devia ter dito isso, ele não chateou¿

–Não sei, ele só disse que não se interessava só em meninas bonitas, que uma das ex-namoradas dele era extremamente inteligente e que ela pretende cursar medicina, e disse tinha sido o relacionamento mais sério que ele tivera até agora.

–Brenn, isso foi uma indireta.

–Como assim¿

–Ele está com Tessa, pelo que eu ouvir dizer, e ela é uma líder de torcida sem muito cérebro, mais muita beleza. Ele disse que gostava de garotas inteligentes, a garota inteligente seria...

–Seria¿

–Você, Brenn!

–Não, Angie. Ele é mais velho do que eu, é um astro do basquete e namora uma líder de torcida. Nunca daria bola para mim. Eu sei que eu sou muito bonita e inteligente, mas eu não faço o tipo dele.

–Querida, você realmente não entende... Continue. – Disse Angie, derrotada.

–Bem, aí ficamos nos encarando e... Nos beijamos!

–OH MEU DEUS! E como foi¿ Quem começou o beijo¿ Foi beijo de língua¿

–Angie... Eu acho que foi ele que começou, não sei como começou... Foi... Foi... Incrível – abriu um sorriso – Eu nunca imaginei que seria desse jeito, Angie. Meu coração estava acelerado, e eu me sentia fora de mim, mesmo que isso seja fisicamente impossível. Eu nem sabia o que estava fazendo, até porque eu não o beijaria se estivesse consciente, pois ele tem namorada... Foi maravilhoso. – por reflexo, levou as mãos aos lábios.

–Owwwn, amiga. Acho que alguém está amando...

–Não, Angie. Eu sou só a tutora dele, nada mais. O beijo foi incrível, mas não era para ter acontecido. Ele tem namorada.

–Entendo. Mas não me surpreenderia muito se ele estivesse solteiro ainda essa noite. – Sorriu maliciosamente. – Mas voc~e não me contou... Sentiu isso com um selinho ou... Foi um beijo de língua daqueles cinematográficos que...

–Não sei como é beijo cinematográfico, mas não foi só um selinho...

–MEU DEUS! Você deu um beijo de língua naquele monumento adolescente¿

–Foi. – corou.

–Quantas se matariam para estar no seu lugar. – Sorriu.

–Bem, ninguém mais vai saber, foi um erro.

–Se você diz... Queria saber o que ele pensa.

Brennan ficou calada, e elas saíram do laboratório de biologia, voltando para a festa.



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Notas finais do capítulo

Que tal?



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