Faz mais de um ano que eu não escrevo nada...Já estou no meio do meu quarto ano, as férias de inverno estão chegando e eu estou indo super mal em transfiguração, é a única matéria que não consegui nota 9 ou 10.

Meu aniversario, que é durante as férias, tá chegando e provavelmente vou ter que agüentar a chata da Petúnia, já que esse ano ela não vai ficar na casa da Helena Wood, uma amiga podre de rica da escola . Argh!

Mas não são esses acontecimentos eminentes que me fizeram escrever depois de tanto tempo... Acontece que eu tô muito confusa, não acredito que eu deixei as coisas chegarem a esse ponto.

Tô escrevendo aqui porque preciso organizar o pensamento, então vamos começar do início. Nesse último ano eu me dediquei exclusivamente aos estudos, quando não estava na aula, estava na biblioteca e se não estava lá era porque tava muito tarde e eu precisava dormir. A Beca até diz que eu fiquei meio neurotica, se bem que ela copia meu dever de poções quase sempre...

Mas mesmo me dedicando muito ao estudo, eu não consigo tirar uma nota descente eu transfiguração, na teoria eu vou bem, mais chega na hora do vamos ver... é um perigo...

O outro dia eu estava lá na sala comunal, a noite, quase todo mundo já tinha ido dormir, eu tava lá treinando transformar alguns pequenos objetos quando o Remo entou no salão comunal, ele me cumprimentou e perguntou se eu precisava de ajuda.

Lembrando que o Remo era o único dos marotos com quem eu ainda conversava.

Eu acabei aceitando a ajuda dele, já que ele era um dos melhores alunos de transfiguração junto com o Potter e o Black.

A gente ficou até tarde estudando, ele me passou vários truques e logo eu conseguia transfigurar pequenos e médios objeto sem nenhum problema. Ele foi seper paciente pra me ajudar.

Estávamos eu e ele sentados no chão encostados em um dos sofá vermelhos, era tarde e meus olhos quase se fechavam sozinhos, então eu disse:

– Remo, obrigada por tudo! Você é meu salvador! - Nós dois rimos fracamente da minha animação sonolenta. Então eu continuei:

 - Obrigada mesmo Remo, mas já passou da hora de ir dormir...

Eu me inclinei na direção dele para me despedir, mas ele segurou meu rosto, não com força, mas também não foi só um toque, ele segurou e olhou fixamente para mim, seu olhos brilhavam como se quisessem dizer muitas coisas. Ele foi se aproximando, e eu não pude deixar de encara-lo, era um olhar cheio de sperança e promessas, não sei se era aquilo que eu queria, mas não fiz nada só fiquei lá parada.

Ele fechou os olhos e ou o imitei, nossos lábios se tocaram, então lentamente ele foi aprofundando o beijo, era tímido, doce, aproveitando cada segundo, foi uma sensação estranha, não era uma paixão avassaladora, ou um amor profundo, era algo simples e meigo.

Então lentamente no separamos, ele estava extremamente vermelho, e eu deveria estar igual. Eu fiquei de pé sem coragem de encará-lo e ele também se levantou, então meio sem graça começou a falar:

– Lily, me desculpe, eu não devia ter feito isso, eu sei que você não gosta de min, eu prometo não contar pra ninguém, mas agente pode continuar a ser amigos, não?

Era a primeira vez que ele olhava pra mim desde que começara a falar, ele deu um sorriso encabulado e eu também sorri agora encarando aquele rosto de feições bonitas, percebi como aquele garoto na minha frente era especial. Então falei tentando achar as melhores palavras:

– Remo eu juro, que se agente pudesse escolher por quem se apaixonar, eu escolheria você!

Ele sorriu menos encabulado, e disse:

– Boa noite Lily.

Nós dois subimos ao mesmo tempo cada um na sua escada, eu cheguei no dormitório deixei as minhas coisas, deitei na cama e fiquei pensando... Meu primeiro beijo... Tão.. tão... Por que eu não posso simplesmente namorar com o Remo, afinal o que mais eu poderia querer... Mas pensando bem eu não poderia fazer isso com um garoto tão especial como ele, afinal não é por ele que meu coração bate mais forte.