Meu Único Amor escrita por Becca Armstrong


Capítulo 7
Capítulo 7 -Parte II


Notas iniciais do capítulo

Menos de um dia depois!!!!!! Reviews são meu pagamento!!!!!!!



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(Edward’s POV)

    Calma, Edward. Você não estudou em Yale e não vai desperdiçar cinco anos da sua vida AGORA. Bella precisa de você. Você não teria coragem de deixar outro homem colocar as mãos nela. Ela é sua responsabilidade. E você está tendo um debate mental em uma hora inapropriada.

    Primeiro, pulsação.

    -Saiam da minha frente! –Grito. Todos nesse hospital me respeitam o suficiente para obedecer. –Chamem Seth. Eu quero que ele esteja aqui em cinco minutos.

    Um grupo de paramédicos vai chamar o melhor enfermeiro que eu já contratei. Agora, Bella. Ela não tem nenhuma “fratura exposta grave” (como se fratura exposta não fosse grave), graças a Deus. Seria péssimo se essa pele branca ficasse marcada depois. E ela tem pulso. Está muito mais fria que o comum, mas tem pulso. Algo me diz que eu não tenho muito tempo. O péssimo da história é que a fratura é em uma das piores artérias possíveis. Mas essa é a Bella, o ímã para acidentes. Merda! Como ela foi se machcar assim? Um trator passou por cima dela ou alguma coisa?

    -Saiam! Eu conheço a garota! Bella! Bella! –Escuto uma mulher gritar.

    -Deixem-na passar! –Os seguranças percebem que eu estou olhando para ela e abrem passagem. –Presumo que você seja a Ângela.

    -Eu mesma! –Ela está meio bêbada, mas não é nada demais. Ela olha meu crachá. –Edward? Edward Cullen? Ai meu Deus!

    Não tenho tempo para perder. Empurro sozinho a maca de Bella até Seth vir e me ajudar. Ele, como sempre, não faz perguntas, só obedece. Ângela, por outro lado, recebendo o ‘passe livre’ me segue.

    -Como ela se machucou? –Pergunto. Eu tinha que saber. Não apenas por mim, mas pelo meu trabalho.

    -Ela foi atravessar a rua e foi atropelada. No caminho acho que o copo que ela levava caiu e cortou a mão dela. Eu sei, bem Premonição 6. Ela só ia... –Ângela chora.

    -Ia o quê?

    -Ia pegar a bolsa no meu carro. Ela estava com medo de você ligar e ela não atender. Mas ela estava bêbada. Todas nós estávamos... Ela... Ninguém viu o carro... E ela caiu e desmaiou...

    Bella ia pegar o celular para que pudesse falar comigo? Como ela pôde sequer pensar nisso em uma boate?

    -E o motorista? –Pergunto, já na mesa de cirurgia. Bella perdeu uma boa quantidade de sangue por culpa desse copo. E ainda havia cacos de vidro ali. Mas isso não explicaria um desmaio instantãneo. Ela ficaria consciente por, pelo menos, mais uns minutos.

    -Saiu. Nem viu ela desmaiar. Mas eu e minhas amigas anotamos a placa e vamos processá-lo pela Bella.

    -Façam isso. Ela desmaiou na hora? –O corte já estava limpo e ela tomou alguns anestésicos e remédios por seringa, Seth já fazia a parte dele.

    -Foi. –A resposta de Ângela me assustou. Algo está errado.

    A cabeça.

    Levo minhas mãos à parte de trás da cabeça de Bella e me alarmo. Há uma quantidade considerável de sangue ali, e o cardiograma não mostra resultados satisfatórios.

(Bella’s POV)

    Abro meus olhos e a primeira coisa que vejo é a luz. Merda. Eu cheguei tão tarde ontem que nem pude fechar as cortinas! E onde está Edward? Deve estar na cozinha. Que horas será que ele chegou? Será que ele foi para a casa dele?

    Calma Bella. Primeiro, horas. Olho para minha mesa e não vejo nenhum relógio, mas sim um aparelho com soro. Soro? Onde eu estou?

    Primeiro, como eu vim parar aqui? A última coisa que eu me lembro... Edward indo trabalhar. Não, teve mais. Eu saí com Ângela para a boate, nós bebemos, eu falo para o segurança que eu tenho que pegar minha bolsa, ele me deixa sair com um copo de piña colada misturada com muita vodka, eu estou na rua... E mais nada. Então é isso? Eu desmaiei de tanto beber. Pode ser, minha cabeça está doendo demais. Mas não nas têmporas, onde devia doer. Atrás. Eu caí encima de alguma coisa? Tento levar minha mão esquerda á testa, mas não consigo. Estou enfaixada. E quero água.

    -Hum... –Gemo quando tento me levantar. Parece que corri cinco quilômetros... Ou então que fiz uma das aulas de ioga com minha mãe. Aquele troço dói!

    -Bella? –Minha mãe diz. Minha mãe? É. Ela mesma, com uma calça branca de linho que eu me lembro ter dado à ela e uma blusa azul leve. –Ah, graças a Deus você acordou! Está bem?

    -Sim... Cadê o Edward? E o papai? –Por que justo minha mãe com fobia de doentes estava comigo? Ninguém mais queria?

    -Edward está em casa. Eu consegui fazê-lo tomar um banho e se trocar antes de vir aqui. Ele mal saiu desse hospital nesses dias. Seu pai está na empresa...

    -Dias? –A idéia de ter ficado aqui por dias me parecia inconcebível. Eu? Em um hospital por dia? Depois do milésimo corte eu deveria ter um desconto no tempo que passo nesses lugares!

    -Meu bem, você não acordou por três dias. Se você não tivesse acordado hoje Edward cogitaria a idéia de coma. Vocês dois se acertaram e isso acontece... –Minha mãe começou a chorar.

    -Mãe... Edward é meu médico? –Isso não era contra a lei? Médicos podem ter ligações emocionais com pacientes? Bom, era uma espécie de emergência, então deve ser pissível.

    -Claro! Ele foi quem cuidou do seu braço e da sua cabeça... Ele não descansou até ter acabado e se assegurado de que você estava bem... –Minha mãe me acariciava nas pernas.

   -O que houve comigo? Quão ruim eu estou? –Eu precisava saber!

    -Bom... Você foi atropelada e um copo se quebrou no seu braço, atingindo uma artéria importante. Mas Edward disse que você só terá uma marca fina no final. –A piña colada. –E ele supôs que você caiu de mal jeito, até ver que um caco de vidro estava atrás da sua cabeça...

    O que? Um caco de vidro no meu crânio? Quão absurdo isso pode ser?

    Nessa hora Edward entra. Ele está com olheiras do tamanho das minhas bolsas Prada. Vestindo uma camisa e uma blusa pólo, poderia se passar por um paciente vítima de insônia. Ele me vê acorada e vem até mim.

    -Bella... –Ele chega e beija minha testa. Ele está bem mais frio que o de costume.

    Ouço a porta bater e vejo que minha mãe decidiu sair. Edward se assenta na maca, bem ao meu lado.

    -Bella, fala alguma coisa, meu bem. Qualquer coisa... –Edward está com olhos vermelhos, a ponto de chorar. Edward cuidou tanto de mim, mesmo eu tendo feito uma burrada daquelas. Ele cuidou de mim e me salvou. Edward sempre foi, é e será o homem que eu amo. Passo as mãos por seu rosto e sussurro algo fraco antes de adormecer.

    -Obrigada...

(Edward’s POV)

    Bella estava bem. Não exatamente bem, mas viva. Isso já era suficiente para mim. E ela me agradeceu. Como se realmente houvesse algo para agradecer. Ela só foi ao carro para pegar aquele estúpido celular no caso de eu ligar! Eu tinha o dever de salvá-la! Ela me agradece por ficar aqui, por me permitir vê-la mais, por viver. Bella é idiota. Mas é a idiota que eu amo, e com quem pretendo me casar.

    Na mesa de cirurgia eu cheguei a pensar que a perderia. Ela perdeu muito sangue e não estava com os melhores batimentos do mundo. Mas ela está aqui. Bella está viva.

    Ela dormia tranquilamente enquanto eu lia um livro, mas então escuto seu gemido fraco.

    -Bella. –Corro até sua cama. –Quer alguma coisa?

    -Edward... Eu vou ficar bem? Eu vou viver normalmente? –Ela pegava minhas mãos com uma força débil.

    -Claro que vai. –Decido contar a verdade. –Seu braço terá uma fina cicatriz, assim como a base de seu pescoço, mas não foi nada grave. Os cacos no braço não chegaram a perfurar muito profundamente a artéria, caso tivessem você... –Morreria. –Não estaria aqui. –Não consigo dizer a palavra com a qual lido todos os dias. Morte. Porque ela e Bella não podem estar juntas em uma sentença afirmativa. –E na sua cabeça foi o mesmo. Por muito pouco não atingiu a coluna. Você ficará bem, Bella.

    Bella puxa meu pescoço em sua direção e beija minha boca. Seguro sua cintura e me levo mais em sua direção. Bella está com gosto de remédios. Não um, mas vários. A boca está com pequenos cortes por estar seca. Mas ainda é a Bella. Linda, perfeita, delicada e sensual até em uma maca. Ela se afasta de leve, para respirar.

    -Quando eu saio daqui? –Ela pergunta.

    -Logo, meu bem. Daqui alguns poucos dias, no máximo.

    Bella puxa minha camisa até que eu me deite ao seu lado, então ela põe a cabeça em meu peito e dorme tranquilamente.

(Bella’s POV)

    Depois de uns poucos dias eu sou liberada. Ângela, Alice, Jasper, Esme e Carlisle já me visitaram e me desejaram melhoras. Rose e emmet interromperam sua lua de mel para me ligar. Edward está me levando para casa agora. Já no elevador, ele leva minhas malas em uma braço e meu corpo no outro. Típico dele. Acha que eu estou tão cansada que nem posso andar.

    Entramos no apartamento e ele me carrega ao quarto.

    -Pronto. Quer alguma coisa? –Edward diz, já fechando as cortinas para que eu durma. Tudo o que eu tenho feito é dormir esses dias. Dormir e pensar em algumas coisas.

    -Quero falar com você.

    -Sobre o quê? –Edward se senta as pés da cama. O melhor é falar logo, para não perder tempo nem coragem.

    -Quero que você venha morar comigo.

    Espero pela rejeição de Edward. Ele já deve ter uma casa perfeita, com uma localização e vizinhos perfeitos. Eu nem sei o nome dos meus. Por que ele abriria mão de isso tudo por mim?

    -Tudo bem, eu também quero morar com você. –Ele diz.

    Não acredito. Edward aceitou dividir uma casa comigo! Vamos morar juntos! Extasiada, sento-me no colo dele e beijo sua boca. Ele me retribui, silenciosamente me lembrando de ser cuidadosa comigo mesmo. Suas mãos não me deixam espaço para movimentos. Meus dedos se grudam nos cabelos dele e fazem um carinho. Ele beija meu pescoço, dando-me tempo para respirar.

    -Bella, hoje não. –Diz ele, quando abro os botões de sua camisa.

    -Por quê? –Continuo.

    -Talvez porque você acabou de sair de um hospital. –Edward me afasta. Insisto mais, mas ele permanece firme. –Hoje não, meu bem. Escuta, vou te propor uma coisa. Hoje é quinta, podemos sair sábado para jantar e depois fazer o que você quiser.

    -Sim, tudo bem. –Aceitei, prevendo que era o melhor que eu conseguiria. –Mas... E seu trabalho?

    -Eu tirei uma folga de um mês. Você também, por sinal. Ângela já assinou. Agora eu te mando dormir. Ordem de médico não se discute. Deitei-me em meu travesseiro.

    Dormi tranquilamente.

(Edward’s POV)

    Sábado chegou depois de muito tempo. Nessa noite eu sairia com Bella. Ela já estava mais do que bem, quase sem resquícios do acidente. Eu me vestia no quarto de hóspedes (mesmo sem nunca ter dormido nele) e Bella se arrumava em nosso quarto. Hoje seria uma noite especial.

    A noite em que pedirei a mão de Bella em casamento.


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Notas finais do capítulo

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