- Você virou lésbica? - Disse Becky, minha queridíssima irmã.

- O quê? Porque? - falei, a encarando.

- Isso ai do seu lado não é uma mulher? - ela falou, enquanto se levantava do sofá e caminhava em minha direção.

- Epa, eu sou homem! - defendeu-se Ashley.

- Se quiser me provar se você realmente é homem, eu estou solteira, gato. - ela piscou e riu. Revirei meus olhos, minha irmã era tão... adorável.

- O que houve com seu cabelo? - perguntei, tentando mudar de assunto.

- Uns problemas técnicos... nada demais.

- Ela ficou  trancada no quarto no hotel por 4 dias, chorando sem parar e quando conseguimos entrar no quarto ela parecia um zumbi. E tinha remédios espalhados por tudo que era canto. - falou minha mãe. -Mas tudo bem querida, seu cabelo está lindo. - falou, mexendo no cabelo da minha irmã, que por sinal estava preto, verde e amarelo.

- Os remédios eu já disse, é que eu estava com dor de cabeça e aquelas letras são muito pequenas para ler, então fiquei tomando um comprimido de cada caixinha pra ver se passava a dor.

- Você poderia ter morrido!- disse Ash.

- Minha vida seria tão melhor se isso tivesse acontecido... - sussurrei, minha irmã me encarou e bufou. 

- Você iria sentir minha falta, eu sei!

- Mas eu iria superar, isso eu te garanto!

Eu seria capaz de superar muito fácil. 

- Mas porque seu cabelo tá, sei lá... tão colorido? - perguntei.

- Bom, eu iria voltar com o loiro, porque já tava enjoando do meu cabelo preto, e eu estava pretendendo fazer mechas pretas... E bom, eu fui para a piscina e depois disso fui pintar o cabelo e estava passando um programa na tv tão chato que acabei dormindo com a tinta no meu cabelo, e acordei depois de 4 horas... E o resultado lindo foi esse. Mas mesmo com esse cabelo consegui pegar garotos. Cara, meu poder de sedução é o melhor.  Quanto custa a noite com você, gato? Só de olhar você já tá me dando um calor, Jesus. - ela se abanou com as mãos, e Ashley riu baixo e depois beijou minha testa.

- Quer ajuda com as malas? - ele sussurrou, segurando minha mão e me guiando até chegar no meu quarto.

- Eles são espertos, vão fazer uma rapidinha antes de nós irmos. - escutei minha irmã falar e depois encher os garotos de perguntas. É, minha irmã não tinha mudado nada.

- Eu vou sentir a sua falta. - ele forçou um sorriso.

- Eu também vou sentir a sua. - O abracei e depois ele me ajudou com as malas. Achei o colar de laço que ele havia me dado, nos primeiros dias da minha hospedagem na casa do Christian. Sorri de lembrar a minha tentativa inutil de ajudar o Ashley com presentes para a suposta namorada. 

- Pensa pelo lado bom, eu não vou mais te encher pedindo ajuda sobre o que as garotas gostam de ganhar. - ele falou, pegando o colar das minhas mãos e colocando no meu pescoço. - Quando eu vi esse colar, achei que era a sua cara e comprei pra você.

- Achei que você tinha comprado para a tal prostituta.

- Não, fiquei com vergonha de falar que eu tinha comprado pra você. Poxa, vi sua tatuagem no primeiro dia e me toquei que você gostava de laços, então... É uma lembrança, não se esqueça de mim. - ele me envolveu com seus braços na minha cintura, ele beijou meu pescoço e foi indo para a nuca.

- Eu não vou me esquecer de você, anjo. Agora eu tenho que ir. - falei, me virando. E o beijei.

- ANNEEEEE, VAMOS PERDER O VOO, ANDA! - ouvi minha mãe berrar, me afastei de Ashley e revirei os olhos.

- Quer que eu leve sua mala?

- É de rodinhas! - falei, sorrindo.

Ele riu, e desceu as escadas. Meus pais me esperavam impacientemente na porta.

- Venha me visitar, - sorri, me virando para Ash. Ele estava com um olhar triste e minha vontade era de chorar. - Ei, eu amo você. - selei nossos lábios e fui puxada pela a minha mãe.

- TCHAU ANNE, VOU SENTIR SUA FALTA! QUERIA QUE TODAS AS MINHAS PARENTES FOSSEM GATA COMO VOCÊ. Desculpa Ash. - CC, claro. Me soltei da minha mãe e o abracei, o derrubando no chão. 

- Awn CC, você não sabe a falta que vai me fazer, seu idiota!

- Eu sei disso, mas calma, não morra sem mim, sei que sou muito importante, mas você vai superar. Ok? Não entra em depressão! Eu não vou te esquecer! Eu sei que você tem uma paixão secreta por mim, e me desculpe por não te corresponder, é que...

- CC , pelo amor de Deus, larga da minha namorada. - Ashley me ajudou a levantar.

- E eu? Ninguém ajuda eu a levantar?

- Não. - Ashley riu.

- JACOB PITTS, ME AJUDA A LEVANTAR!

- Se você fosse bom na cama quem sabe eu te ajudaria a levantar, CC. - Jake falou, rindo.

- Como você sabe que eu não sou bom? Você nunca me experimentou. Mas se quiser...  - CC riu, enquanto ele pegava na minha mão e se levantava.

- E nem quero, tô fora!  - Jake riu.

Me levantei e me despedi as pressas de todos, e quando entrei no carro já estava chorando.  Eu sentiria muita falta daquela casa, do bêbado do CC, principalmente. E de Ashley, não sei se ele sentia o mesmo por mim, ou se amanhã ele já estaria numa boate, pegando qualquer uma que aparecesse na frente dele, mas eu nem queria pensar nisso. Me doía ver  que agora ele estava solteiro, e poderia pegar todas, e me esquecer num piscar de olhos.

(...) 

3 meses depois.

18 anos! Liberdade para fugir de casa e ir até o Ashley e agarrá-lo e trazê-lo loucamente para a minha cama! Mas não, não tenho dinheiro.

Merda.

É, 3 meses. Nenhuma notícia. Nenhuma ligação. Nada.

E eu sabia que ele nem lembraria quem era Anne depois de uma semana. Dito e feito.

Eu tinha pedido demissão do meu emprego ontem. Porque o meu maldito chefe só sabia dar em cima de mim, toda hora, todo dia, a mesma rotina, a mesma coisa, as mesmas cantadas. Mesmo eu não tirando o meu anel de compromisso, aquele velho nojento achava que tinha chances. Só sobrou eu pedir demissão, mesmo eu sabendo que minha mãe me encheria a paciência dizendo que eu poderia transar só uma noite com ele e ser promovida.

Mas minha paixão de verdade era a fotografia. Não trabalhar numa agência de viagens. Mas fazer o quê, tenho que bancar a faculdade sozinha, porque aparentemente meus pais gastam metade do salário comprando novas roupas e sapatos para a outra filha queridinha.

Eram nove horas e o tempo estava nublado, ameaçando chover qualquer hora. Eu adorava clima assim. Fiquei rolando na minha cama até o celular tocar, quando vi quem era levantei num pulo. Ashley. 

- Ash?

- Anne?

A voz dele me fez tremer da cabeça aos pés. Sentei-me na cama novamente, porque se continuasse em pé eu iria para o no chão . Fiquei muda por poucos instantes, mas foi o suficiente pra ele me chamar mais uma vez.

- Purdy?

- Lindo e gostoso, eu. - ele riu.

Continuava  o mesmo convencido de sempre.

- Uau, que surpresa, bem, eu não esperava  que você me ligasse...

E para ser sincera nem que você lembrasse de mim.

-Eu tô atrapalhando, por acaso? Eu posso ligar outra hora...

E essa outra hora seria ano que vem, não, muito obrigada.

- NÃAAAO, quer dizer, não, que isso, nem to ocupada. AIIII - falei, depois de me levantar e cair no chão, por culpa de outro sapato jogado da minha mãe.

- Continua a mesma desastrada de sempre, não é? Tá tudo bem?  O que houve?

- Você fala como se a gente não se falasse a tanto tempo! - ele riu - Eu tô bem, só tropecei. Desculpe.

- Que isso. Longos 3 meses. Para ser sincero, achei que você não se lembrasse mais de mim.

Essa fala não era pra ser minha?

- Como é que é?

- Bom, você tinha meu celular, o numero de telefone aqui da casa, todos os meios para manter contato comigo e nada, nenhuma ligação, carta, sei lá, alguma coisa. Nada. Nenhuma notícia sua.

- É que , bem, eu achei que você já tinha se esquecido de mim, e eu não queria incomodar, que ficasse com uma boa lembrança de mim e não como a sua ex-namorada que só fica te enchendo e...

- Ex-namorada? Bom, você acha que eu teria dado o numero do meu celular se eu não quisesse que você me ligasse?

- Você poderia ter me passado o numero do seu celular porque...

- Porque a gente transou. Não, isso não justifica, eu queria que você tivesse me ligado, e você não ligou.  Queria ter recebido notícias suas. E eu poderia ter passado o número errado, eu vivo fazendo isso, mas não,te passei o número certo e fiquei esperando você me ligar, nada.

- Então...

- Mas problema resolvido, você teve medo de ligar, e eu te liguei.

- Ah, sim. Mas então, me conta de você.

- Bom, eu? Basicamente, eu estou sentindo muito a sua falta.

Eu gelei. Corei. Quase tive um  treco.

- Sente... a minha... falta?

- Sim, sinto, queria tanto te ver.

- Eu também... se isso fosse possível.

- É, mas acho que cheguei atrasado, onde é que você se meteu?

- Como assim, do que você tá falando?

- É que o campus da sua faculdade tá vazio.

Derrubei meu celular e saí correndo em direção ao campus. Não ligava se todos me viriam com a minha bermuda curta e a minha camiseta larga do Pikachu. Ele estava na minha faculdade, me esperando.

Que se foda o resto, Ashley gostoso Purdy está me esperando.

Ashley 

Eu tinha o número do celular dela e o número da casa dela, bom, pelo menos eu achava que era o número da casa dela até eu ligar e um homem com uma voz estranha me atender e perguntar quando eu queria que ele fosse na minha casa e que pra mim ele faria um desconto se eu pagasse antecipadamente e que eu ainda teria direito a tudo que eu quisesse. Tô fora. Quase espanquei o vadio do CC que não sabe nem anotar direito o número de um telefone. Mas todo mundo sabe o quanto CC é um burro e a culpa foi minha de dar uma tarefa tão dificil assim para ele. Bom, me restava o celular dela. Então, eu tinha quase tudo para encontra-la. Mas no fundo eu tinha um certo medo.  Medo de ela estar desfilando por ai com um cara mais bonito que eu. Mas de novo, todo mundo sabe o quanto bonito eu sou e eu acho super dificil o cara ser mais bonito que eu... Mas mesmo assim eu tinha medo de ela estar com um novo namorado e não se lembrar mais de mim.

Desembarquei em Nova York depois de horas no voo, eu estava cansado, mas não queria ficar num hotel. Primeiro eu teria que me informar onde ficava a faculdade dela. Já que eu não tinha  o telefone da casa dos pais da Annelizie para confirmar onde ela faz faculdade. Não tinha certeza, mas ela me comentou que queria cursar numa faculdade popular.

Columbia.

Claro, era na Columbia que ela queria cursar a faculdade! Eu me lembro de ela ter me falado isso. Bom, agora só me resta ir lá e confirmar. Peguei o táxi, mas primeiramente pedi para passarmos numa agência para alugar um carro.

Encontrei uma agência de carros, carros de luxo.

Perfeito. Paguei o taxista e quase entrei pulando e babando nos carros na agência. Mas não. entrei normalmente e aluguei um Koenigsegg preto. O cara que inventou esse nome só deveria estar bêbado, ou queria foder com a vida de todo mundo quando pronunciasse esse lindo nome para dar para um carro. Até agora eu só sabia pronunciar Koeni. E ficaria Koeni, caso alguém perguntasse seria ' carro lindo do Ash' , ou Koeni. 

Me apaixonei a primeira vista pelo carro. Nem me importava o preço. Paguei 2 dias com o carro, não sabia ao certo quanto tempo ficaria em Nova York,

mas caso a Annelizie não me quisesse, poderia desfilar com meu carro lindo por ai.

Andy com certeza ficaria com tanta inveja.  Mas depois que começou a namorar me esqueceu. CC começou a namorar e ainda entra por engano no meu quarto de noite. CC é um ótimo amigo. Ele não me esquece.

Não sabia quem era os amigos da minha namorada, ou quem ela conhecia na faculdade, só sei que quando cheguei lá o campus estava vazio. Ou não tinha faculdade hoje, ou eu havia chegado atrasado, eu também não sabia quando a  Anne cursava, em que dias.

Estacionei o carro e disquei o numero dela. E mais uma vez, palmas pra mim e a minha bela organização: não sabia se era realmente o número da Anne, mas descobriria agora.

"Ela não vai atender. Ela deve estar ocupada? Almoçando? Dormindo? Transando? Será que está tudo bem? Será que desmaiou? Ela tá no hospital? Porque ela não atende ao telefone? Será que ela não quer falar comigo? Será que ela tá me evitando? Será que..."

- Ash? 

A voz dela soou como melodia para os meus ouvidos. A voz dela era linda.

Conversamos durante um tempo... na verdade, conversamos até o momento que eu disse que estava no campus da faculdade. Outra coisa que esqueci de me planejar: eu não tinha confirmado se ela estudava na Columbia. Isso ai, agora vou depender da minha sorte. Então eu ouvi o barulho do celular dela caindo ao chão. Fiquei nervoso. Medo, quem sabe. Será que ela desmaiou? Do jeito que ela é, não duvidava nem um pouco disso. Tentei ligar de novo. Ela não atendia mais. E assim eu fiquei tentando ligar pra ela por uns dez minutos. Talvez quinze. Me encostei no carro, fiquei observando a enorme beleza dele. Eu já estava ficando desesperado quando ouvi a voz dela, do outro lado do gramado onde eu estava.

- Você... Ainda... Me... Faz ... Ter... Um ... Ataquedocoração...

Eu comecei a rir e fui calmamente andando até ela, me segurando para não agarrá-la e dizer o quanto eu sentia  a falta dela.

Ela estava descabelada, com uma bermuda curta, uma blusa fofa do Pikachu, estava arfante, com as mãos no joelho e olhando para mim com o sorriso mais lindo de todos no rosto. Mas ela não poderia estar mais linda do que estava naquele momento. Me aproximei lentamente, para ela tentar recuperar o fôlego. Porque eu acabaria com o fôlego dela novamente em alguns instantes. Segurei seu  corpo  junto ao meu. Olhei em  seus olhos. Então ela me abraçou. Forte. Com toda a força que ela tinha nos braços. Olhei novamente para ela. Ela estava feliz. Eu estava feliz de estar ali com ela, como eu nunca me senti na minha vida. Dei um beijo no seu rosto. E então a tomei em um beijo. Intenso. Provocante. Apaixonado. Minha língua disputava com a dela em busca de espaço.

Era com ela que eu queria ficar, enquanto ela me quisesse.

- Eu estava com saudade. - ela falou.

- Eu também.

- Você nunca me ligou.

- Mas você também não.

Ela riu.

- Annelizie... Eu vim aqui para te fazer um pedido.

- AH MEU DEUS AQUELE É SEU CARRO? - ela falou, correndo até ele.

- Obrigado por acabar com o clima, amor! falei, enquanto caminhava até ela. - é o meu carro sim, muito lindo, obrigado.

- Desculpe! O que você falou?

- Falei que eu queria te fazer um pedido.

- Pedido? Como assim? Ah pode deixar, eu não contei pra ninguém que eu fui namorada de um baixista relaxa e ...

- Não, não é nada disso... É mais sério.

- Ashley, sério, você tá me assustando.

- Não precisa ter medo... e você só vai aceitar se quiser.

- O que foi?

- Eu queria te pedir se você... quer ir comigo para Hollywood, tipo, morar comigo...

Ela paralisou. Me encarou seriamente, mas não falava nada.

Eu só queria que ela dissesse sim.

Annelizie.

- Eu queria te pedir se você... quer ir comigo para Hollywood, tipo, morar comigo...

Minha mente ainda estava processando as palavras de Ashley, e eu continuava o encarando. Aquilo só podia ser um sonho, nunca que eu imaginaria Ashley me pedindo uma coisa dessas. Eu estava em estado de choque, eu acho. Eu sabia o que eu queria fazer, mas não sabia se era o certo.

- Ashley... eu realmente, não se se devo. Não sei se é o certo. - abaixei a cabeça, me recusava a encará-lo.

- Eu imaginei que você quisesse vir comigo, me desculpe.

Ele soltou as minhas mãos e caminhou até o carro. Deu ré, e saiu, mas antes que pudesse sair pelo portão de entrada, me meti na frente do carro. Fazendo Ashley frear o carro antes que me atropelasse e me xingar por pensamentos. Mas tudo bem, ele me ama. 

- O que você tá fazendo? Você tá louca? Queria ser atropelada, é isso? Você iria amassar o meu carro! 

- Eu aceito ir com você para Hollywood. 

- Imagina se eu tivesse te atropelado... O que? Como é que é? Tem certeza? Você realmente tá aceitando? Sério?

- Eu não sei se é o certo, mas é o que eu mais quero!

Ele sorriu e me abraçou. Me pegou no colo e me colocou sentada no capo do carro. Ele passava a ponta de seu nariz em meu rosto, da orelha até o queixo, fazendo várias vezes esse mesmo movimento. A ponta de seus dedos, passavam em minha clavícula, me tirando gemidos roucos. Ele beijava meu pescoço, eu estava imóvel. Então, por fim me beijou, um beijo ousado de mais. Eu correspondi ao seu beijo. Tire sua camisa e coloquei minhas pernas ao redor da sua cintura, e ele foi me deitando aos poucos no capo do carro. Ele beijava cada lugar de meu pescoço - eu gemi - meu ponto fraco. Ele descia seus beijos, e sua mão lentamente correram para meu sutiã soltando-o. Espero que não tenha nenhuma câmera. Bom, que se foda.

(...) 

- A gente poderia embarcar hoje mesmo, só arrumamos suas malas e conversamos com seus pais... - Ashley falou, enquanto eu tentava arrumar meu cabelo. 

- Nossa, isso tudo é pressa para eu ir para Hollywood:

- Sim. 

Parando em frente a casa, entramos na mesma e fomos direto para o meu quarto. Ashley sorriu ao ver vários posters de bandas, e depois de admirar os posters, me ajudou com a mala. Enquantro ele descia as escadas com as minhas malas, eu fui até a cozinha.

- Mãe, o Ash me convidou para ir para Hollywood com ele.

Silêncio. Meu pai e minha mãe se encararam. E depois me encararam.

- Que Deus te abençõe.

- Então, vocês deixam?

- Claro que sim. Já era hora de sair dessa casa mesmo, você já tem 18 anos!

- Ok, mãe. Eu amo vocês, então sintam-se abraçados por mim e eu tô indo. 

- Eai? - falou Ash, quando eu entrei no carro.

- De boa, deixaram.

- Uau, seus pais são legais.

- Acho que só deixaram para ter um quarto a mais para "brincarem" - fiz aspas com as mãos. 

- Cara eu nem acredito que isso tá acontecendo. 

- O que?

- Esse carro é foda demais! 

- Ah e também sua namorada aceitou ir morar com você, retardado.

- Isso também, mas esse carro é muito foda. CC iria morrer de inveja.

- Qual  o nome dele?

- Carro lindo do Ash. 

- Não, é sério, qual o nome desse carro.

- Já disse. 

- Não, o nome verdadeiro do carro. 

- Koeni e lá vai porrada. 

- Lá vai porrada? - comecei a rir. 

- Nome muito complicado para ser pronunciado.

- Ah ok, eu entendi. 

Chegando no aeroporto, Ashley pediu para a primeira pessoa que ele viu devolver o carro. Eu não tinha tanta certeza se a pessoa devolveria realmente o carro, mas enfim... Pegamos o próximo voo para Los Angeles.

No outro dia, embarcamos cedo. E eu estava com um maldito torcicolo porque eu tinha dormido de mal jeito e eu estava com frio. Tinha trocado de roupa e estava vestindo só uma blusa xadrez maior que eu. Me agarrei no braço de Ash. 

- Está com frio? - apenas assenti com a cabeça; ele tirou o seu casaco e me deu. 

- Agora você vai ficar com frio.

- Não vou não. - ele falou, enquanto colocava o casaco por cima dos meus ombros. 

Pegamos um táxi, e ao chegar no condomínio jpa se via CC andando d eum lado para outro. Assim que o táxi parou na frente de casa, Ashley desembarcou primeiro. 

- Ashley, eu sinto muito, eu sabia que você iria falhar em trazer a Anne para cá, mas pelo menos você tentou! Anneeeeee? - ele veio correndo me abraçar assim que saí do carro. Assim que paramos de nos abraçar, o táxi já havia ido embora e Ashley estava carregando minhas malas. 

- Uau, você voltou! Parabéns Ash, conseguiu! - Jake, Jinxx e Andy me cumprimentaram e logo em seguida subiram as escadas com as garotas. 

- Então, quando é o casamento?

- Não marcamos ainda, CC. - Olhei Ash.- O que? Eu ainda vou te pedir em casamento, calma. 

- Ok, vou deixar os pombinhos em paz poque a minha namorada deve estar me esperando faz uma hora no motel, tchau gente. - Falou CC. 

- Então, bem vinda de volta ao manicômio, Srta Purdy.

- Srta Purdy? - sorri. 

- É assim que eu pretendo te chamar depois que a gente se casar. -Eu sorri, e o beijei. 

- Eu aposto que dura 2 meses. - Jake falou, O olhei, estavam no topo da escada.

- Dá licença? - Ashley falou. - Eu vou dar uma surra em vocês. 

- Então vem cá, cowboy. - Jinxx riu. Ashley deu um passo e os dois sairam correndo e berrando. 

- Você não nos pega! - Jake falou, descendo dois degraus da escada. Foi o suficiente para Ashley sair correndo como uma gazela atrás dos dois. E eu fui atrás, claro.

Eles estavam no meio do corredor, Ashley estava por cima de Jake e Jinxx estava bagunçando o cabelo de Ashley.

- Dá licença Jinxx? Eu fui na cabeleireira hoje de manhã! Nossa!  

- UHHH MONTINHOOOOOO!-  CC Berrou, indo correndo na direção dos garotos.  

- Ai socorro.  - Ashley berrou. 

- CC, você não estava no motel?- perguntei.

- Esqueci as camisinhas! - CC falou, rindo. 

CC pulou em cima de Jinxx e logo Andy apareceu na porta do quarto para reclamar. 

- Essa gritaria que vocês estão fazendo não está me ajudando! - Andy bufou, aparentemente irritado. -  AÊ CAMBADA, MONTINHO! ISSO É POR VOCÊ ENTRAR NO MEU QUARTO E DORMIR NA MINHA CAMA SEM PERMISSÃO, CC! 

E lá foi Andy pular em cima de CC. 

Agora vou ter que me acostumar com essa bagunça todos os dias. 

Quero só ver como eu vou me acostumar. Pelo menos agora o Christian não vai mais errar de quarto. Eu espero.