Help Me! escrita por lexiely


Capítulo 1
Conhecendo meu parente que eu nunca vi na vida.




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Eram sete horas e o despertador tocou. A minha preguiça fora tão grande que eu nem sequer desprogramei o despertador. Sim, eu estava de férias e o despertador continuava tocando.  Um passo pra fora da cama e lá fui eu pro chão. Eu só queria saber quem foi o idiota que colocou a porcaria de um salto alto ali. Deveria ser coisa da minha mãe, já que ela simplesmente adorava caminhar com os saltos altos na frente do meu espelho, e nem sequer os tirava dali depois. Resultado: eu caindo toda hora.

Depois de descer as escadas, todo mundo estava reunido. Até um sujeito que eu nunca tinha visto na minha vida  e eu nunca queria ter visto também. Se é que aquilo era um homem.

- Quem se jogou da ponte? – perguntei, indo para a cozinha e pegando a primeira coisa que eu vi na minha frente para comer, um bolo de cenoura. Amo bolos de cenouras!

Ah, voltando ao que eu perguntei, não é normal a minha família se reunir como se estivessem me esperando. Notícia  boa que não é, porque notícia boa quando chega pra mim ninguém se importa!

Voltei pra sala com um copo de Fanta e um prato de bolo de cenoura. Me sentei do lado do estranho que me encarava. Ele tinha os olhos verdes e a maquiagem dele era bem estranha. Eu não estava acostumada a ver maquiagens tão chamativas assim.

- Ninguém morreu, Annelízie. – Minha mãe falou, ih, chamou pelo nome, ferrou.  – Nós iremos viajar, teve um imprevisto no trabalho do seu pai – Ele era advogado, então se alguém, mesmo que fosse do outro lado do mundo, quisesse os serviços dele, ele iria. Meu pai é do tipo que não perde uma chance. – E não vamos deixar você sozinha em casa, então falamos com um parente seu, e você irá ficar alguns meses na casa dele.

- Meses? Mas não é só um caso e vocês voltam logo? Porque eu não posso ficar sozinha? – Falei, terminando de comer e levando meu prato na cozinha, e voltando a sala.

- Sim, meses. Eu e o seu pai já estávamos planejando férias, então como vamos para a Grécia, - Sacanagem, meu sonho é ir pra lá. – vamos aproveitar a ficar uns meses por lá.

E claro, eu que vou ficar sofrendo na casa desse parente que eu nem conheço enquanto eles vão ficar de boa, lá na Grécia. Eu admiro a forma como meus pais pensam em mim.

- Mas e os meus amigos, como fico? Eu nem vou me despedir direito! Eles vão sentir a minha falta! – Nossa, como se eu tivesse tantos amigos assim. – Isso não é justo!

- São só alguns meses. Nesse tempo que estará viajando ninguém vai sentir sua falta.

Minha mãe sabe como animar uma pessoa, né? Outra coisa que eu admiro nela. O cara do meu lado não falava nada, não ele não era meu parente. Todo mundo na minha família tinha cabelo escandaloso. Minha mãe tinha o cabelo amarelo, meu pai um vermelho puxado para um rosa, e eu, tinha o cabelo ruivo, normal.

E sim, eu morria de vergonha de sair com meus pais. Minha mãe era escandalosa, e meus pais ficavam se beijando o tempo todo. Graças a Deus completei meus 16 anos e não preciso mais sair com eles.

- Mas poxa, e o...

- Você vai pro Hollywood, querida! – E exatamente o que eu vou fazer em Hollywood?

- Eduar... Ok, farei minhas malas. – Disse, me levantando e subindo as escadas.

Hollywood? Que parente que eu tenho que mora lá? De repente eu amo esse meu parente que eu nunca vi na vida! Aquele cara que tava sentado meu lado, me seguiu até o meu quarto. E se ele fosse um tarado?

- Ok, quem é você? – perguntei, depois de ele ter se jogado na minha cama,  e eu ter arrumado minha mala enorme, sozinha.

- Sou Jinxx! – ele falou, enquanto eu abri a aporta e descia as escadas. Desci as escadas e minha mãe demorou mais ou menos uns 15 minutos para finalmente me deixar ir para o aeroporto com o tal de Jinxx.

Não fiz questão nenhuma de puxar assunto com ele. Eu ainda achava que ele era uma mulher. Pegamos o avião e depois de longas horas de viagem, o avião pousou. Algumas garotas berravam JINXX! JINXX! Me come seu lindo!

Ou alguma coisa parecida. Eu hein.  

Andamos rapidamente até o carro, e eu dormi. Só acordei quando paramos num condomínio fechado. Nossa, meu parente era rico pelo jeito.  

Eu não queria que ele fosse rico, só queria que ele tivesse pelo menos uns 23 anos. Ou menos. E eu nem perguntei a idade dele pra minha mãe. Ferrou.

Entramos no condomínio, as casas de lá eram uma mais perfeita que a outra. Paramos em frente a uma casa que me pareceu ser bordo. Era enorme e linda. Até agora eu estava amando! O Jinxx saiu do carro primeiro, mal educado , e nem me ajudou com as malas. Não gostei dele.

Entrei na casa, quase caindo com o peso da minha mala.

- Oôh – falei, tropeçando nos meus pés e quase caindo no chão. Sorte a minha de alguém me segurar a tempo. Aquilo já parecia ser a minha casa. Olhei para o sujeito, era Jinxx.

Ok, ele era legal.

Sorri para ele, ele deveria se sentir honrado, não é pra qualquer um que eu sorrio.

- O seu quarto é o segundo a esquerda.

Subi as escadas, com as malas, e torcendo para que eu não rolasse escada a baixo. Agora uma coisa, qual a direita e qual a esquerda?  Entrei no segundo quarto que eu achei que fosse o meu. Ao entrar vi um cara com o cabelo comprido (mais comprido que o meu!) se secando, detalhe, ele estava só de cueca!

-Ai, desculpa! – Fechei  a porta, ou melhor, batendo a porta. Entrei no outro quarto, era preto com detalhes em roxo. Eu adorava roxo! A parede era roxa, o armário preto, tinha um tapete lilás no centro do quarto, e uma varanda enorme. Detalhe: o quarto era perfeito.

- E ai, gostou? – disse o cara que eu vi só de cueca, ele entrou no meu quarto rindo, ele estava com calça, mas sem blusa. – Não sabia de que cores você gostava sua mãe não me disse nada.

- Eu amei! É tão perfeito... E desculpa, mas uma vez! Eu estava confusa...

- Com qual lado seria o seu quarto? Eu pedi que Jinxx explicasse. – ele revirou os olhos. – Mas bem vinda, parente!

- Ele explicou! Mas eu estava em dúvida qual lado seria o meu quarto...  Você? Cara, sua casa é muito foda!

Ele até que era fofinho.

Tá, ele era lindo.

- Eu sei. –ele sorriu. – Que bom que gostou. Mas e ai, não vai ter um ataque a me ver?

- Porque eu teria?  - Joguei a mala na cama e me joguei na cama.

- Ok, Você nunca ouviu falar em Black Veil Brides, certo?

- Meu amigo amava. Mas nunca ouvi, mas... Certo.

- Ah... Eu sou Christian.

- Tá, onde é a cozinha? To com fome.

- Nós iríamos jantar fora hoje. – ele sumiu do quarto , e eu o segui.

- Como assim, nós?

- O Andy, o Jake, Jinxx, Ashley...

Minha mente não é boa em gravar nomes, então eu nem sei qual o segundo nome que ele falou.

Quando chegamos a sala, eu vi quatro caras jogando Poker. Todos de maquiagem, todos de cabelos compridos. Eu não tinha reparado que eles estavam ali quando eu cheguei.

- Oi Anne, sou Ashley! – um garoto se levantou e ficou encarando minhas pernas.

Ok, como eles sabem meu nome?

- Ash, caí fora. – Christian falou. – O cambada, vamos logo!

Eles faziam brincadeiras no carro, riam de tudo, e eu ali, no meu canto.

- Ah CC, porra, eu tava quase ganhando! – O cara que estava dirigindo falou.

- Problema seu, a pirralha tava com fome.

PIRRALHA?

- Falou o cara que tem mais de 20 anos e age como uma criança de 7 anos. – falei, irritada. Depois disso o silêncio reinou no carro.

Chegamos ao tal restaurante. Ou melhor, uma lanchonete. Sentamos numa mesa, o movimento estava bem parado. Pedimos batatas fritas, panquecas e refrigerante. Eu tinha ido com a cara do Jake, ele me parecia ser o único legal ali. Do nada, sentou uma garota do lado do Ashley e começou a beijá-lo. Eu revirei meus olhos.

- Quem é? – perguntei, para o Christian.

- E eu que sei! Deve ser alguma fã louca pelo Ash.

- E porque ela sei lá, não beijaria você?

- Porque entre nós, o Ashley é o mais fácil.

Quando eles finalmente terminaram de se beijar, Ashley perguntou.

- Vem cá, eu te conheço?

- Não. – ela sorriu. – Mas pode conhecer.

- Ah cara, eu não sou do tipo que pega qualquer uma na frente dos meus amigos, eu não quero que eles se sintam mal porque eu pego mais garotas que eles!

A garota cruzou as pernas, e Ashley ficou encarando as pernas da garota.

- Tchau gente! Até amanhã.

E os dois saíram.

Inacreditável.

Os quatro pareceram nem ligar, e continuaram conversando. Fomos para casa, deveriam ser uma da manhã, eu estava morrendo de sono. Dei boa noite para eles e fui pro meu quarto. Dessa vez eu não errei o mesmo. Tomei um banho, e dormi. Acordei com alguém batendo na porta, de manhã cedo, deveria ser umas seis horas.

- O que é, Christian? – falei, abrindo a porta.

- Uhh, errei de quarto! O meu é do outro lado! Boa noite, pirralha!!

Bati a porta com força.

Eu quero minha mãe! 


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? =)



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