School Of Rock escrita por Snapelicious


Capítulo 12
Time of Your Life


Notas iniciais do capítulo

Depois de ser chamada de Vaca Lilás (née JuliaNunes), me inspirei para postar.
Dou graças á Merlim que minha escola fez períodos reduzidos essa semana, ou seja: FALTAR AULA!
E estou inspiradérrima (essa palavra existe?).



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Narrado por Lily Evans.

   - Sim.

   - Não.

   - Sim.

   - Não.

   - Não.

   - Não. Há! Peguei. Francamente, Zac, isso só funciona em desenhos animados.

   - Sério, Lily, por favor!

   - Nope.

Mais uma vez, estávamos na sala de música. E Zac estava me incomodando de novo. É persistente, eu hein.

James e Remus estavam com seus instrumentos em um canto e tocavam alguma coisa. Lene estava sentada no chão perto de mim, fazendo modelos de lamparinas de papel para a festa surpresa. Dorcas provavelmente está enfiada em um canto obscuro da biblioteca tentando recuperar as matérias perdidas, e Sirius... bem, sei lá onde ele se meteu. E se eu o achasse, provavelmente o mataria.

Zac me incomodava fazia vários minutos. E eu já havia me decidido: não importa o quanto ele implorasse, eu não iria ceder minhas letras para a banda. São coisas pessoais. Aquele mané que eu não vou dizer o nome (Sirius) não tinha nada que roubar meu caderninho do Paramore. Ainda mato aquele garoto.

Sabe que eu posso mesmo fazer isso.

   - Por favoooor Lily! - Zac se ajoelhou, eu grudou as mãos como se estivesse rezando – Pela banda.

   - Sério, não...

   - Por favor! Você é a pessoa mais brilhante que eu conheço, não vai desperdiçar isso com bobagens! Esse caderno vai ficar no fundo do seu armário mofando mesmo.

Hum... Brilhante?

Narrado por Dorcas Meadowes.

Fala sério, “motoca” é uma palavra muito legal. Dá vontade de rir toda a vez que eu a escuto. É uma das poucas palavras que tem o nome e o signifiacado legal. Por exemplo “banheiro”. Quem foi o imbecil desmiolado que inventou esse nome?

Aff. Por isso que eu chamo banheiro de pipi room.

Muito mais digno.

Estou fazendo um trabalho de Educação Artística na biblioteca. Falei com a professora Iur (sim, esse é o nome dela) e ela me deu esse trabalho como recuperação. Queria não ter faltado aula na sexta-feira. Pelo que andavam dizendo, tínhamos que fazer uma releitura de uma obra famosa. Lily me contou que ela fez de uma obra de Volpi.

Já imagino: ao invés de 20 bandeirinhas vermelhas, ela fez 20 bandeirinhas azuis.

Lily não tem muito senso criativo.

A não ser para aquelas poesias. Se eu não soubesse que ela que as escreveu, teria achado que fazem parte de uma música do Coldplay ou coisa parecida.

Enfim.

Estou tentando recortar uma foto que eu imprimi no computador da biblioteca, mas essa droga de tesoura simplesmente não funciona. Acho que em todas as escolas só existem uma tesoura que funcione. Os professores não admitem a verdade, e continuam nos dando tesouras estragadas.

Até usaria a minha do Garfield, mas Lene sumiu com ela há tempos, depois de inventar que seu cabelo estava desalinhado e ela precisava arrumar.

Ai, ai, essa Lene...

Joguei a tesoura que usava e as folhas na mesa e comecei a me inclinar para trás na cadeira, deixando ela segura apenas por duas pernas.

Até que ouvi um barulho de livros caindo mais adiante no corredor.

E, ao invés de ficar de pé como uma pessoa normal faria, para investigar eu simplesmente me estiquei um pouco mais para trás.

POM!

Não, esse som não foi do Homem Aranha fazendo um buraco no telhado enquanto luta contra o Curinga.

Foi eu caindo da cadeira.

   - Você está bem?

Eu acho que conheço essa voz... AI JEZUIS MINHA SAIA TÁ LEVANTADA!

Me endireitei e dei de cara com Carl não-sei-o-resto-do-nome-dele me encarando.

   - Hum... Claro – respondi, ainda no chão – É um tombo de rotina. Serve para... Circular... O ar.

Ai, socorro. Ele tá rindo de mim! DE MIM! Ou será que ele está rindo comigo?

Ele me ajudou a levantar.

   - Se cuida aí – ele disse, se afastando, de costas – Ás vezes muita circulação pode fazer mal.

E saiu, me deixando sozinha com os livros empoerados, uma cadeira no chão, e minha saia presa dentro da calcinha.

Definitivamente esse não é meu dia.

   - Viu, tesoura – resmunguei, alisando minhas vestes – Você pode até ser idiota, mas nada me supera.

Narrado por James Potter.

   - Não, faz esse som, dá uma parada de 3 segundos e repete – dizia Lily – daí faz de novo, e depois de mais 3 segundos começa a tocar.

Essa garota já estava começando a me irritar. Mudava de ideia toda a hora sobre a letra e a cifra, e ainda por cima Remus ficava opinando sem parar.

   - Não ficou legal essa parte “ I hope you had a good time” - ele andava de um lado para o outro com a folha e uma caneta na mão.

   - Não critique minhas letras! - reclamava Lily.

   - Não estou criticando – ele respondeu - Só acho que realmente ficaria melhor “I hope you had the time of your life”. A letra toda é profunda, não daria para ser...

   - Lily, se decide! - gritei – São três segundos mesmos? Duas ou quatro pausas?

   - Duas! - disse a garota.

   - Quatro! – disse Remus.

   - Burguer King! - disse Zac, esntrando pela porta carregando vários sacos de papel. Suspirei de alívio quando peguei meu hambúrguer.

Geração Fast-Food, fazer o quê.

Zac havia saído havia mais ou menos meia hora, provavelmente por nos achar um saco, mas pelo menos ele trouxe comida. Meia hora atrás estávamos discutindo sobre a mesma coisa, a única diferença era que antes Marlene ficava enchendo o saco, e agora ela dormia toda encolhida em um canto.

   - Alguém acorda Marlene – falou Zac, enquanto distribiua os milk-shakes – Trouxe um para ela.

   - Dá pra mim, ela não vai comer mesmo – disse Lily.

Comemos em silêncio por algum tempo, nos revezando para jogar picles para Ariclenes.

   - Então, terminaram a música? - perguntou o professor.

   - Não – falei, enquanto Remus e Lily diziam “Sim” - É, mais ou menos.

   - Toquem aí – falou ele, enquanto impava as mãos no jeans.

   - Mas não está pronta...

   - Toquem o que vocês tem. Improvisem.

Trocando um olhar significativo com Remus, peguei o violão. Já que era uma música calma e baixa, Lily não precisava de microfone.

Another turning point
A fork stuck in the road
Time grabs you by the wrist
Directs you where to go

So make the best of this test
And don't ask why
It's not a question
But a lesson learned in time

It's something unpredictable
But in the end is right
I hope you had the time of your life

Remus ficava em um canto, enquanto tocava algumas notas de violino. Lene havia acordado, e mexia em alguma coisa no celular.

So take the photographs
And still frames in your mind
Hang it on a shelf
Of good health and good time

Tattoos of memories
And dead skin on trial
For what it's worth
It was worth all the while

It's something unpredictable
But in the end is right
I hope you had the time of your life

Dei um improviso com o violão, pois não havíamos ensaiado essa parte.


It's something unpredictable
But in the end is right
I hope you had the time of your life

Lily começou a cantar mais baixo, dando a deixa para mim me preparar para terminar.


It's something unpredictable
But in the end is right
I hope you had the time of your life


Quando tocamos a última nota, sorrimos. Nossa primeira música estava finalmente pronta.

Para ser um sucesso, talvez.

Narrado por Marlene McKinnon.

   - VOCÊ FEZ O QUÊ?! - gritava Lily.

Acredite, não é nem um pouco ouvir essa garota gritando logo de manhã. Se fosse com o Sirius tudo bem, mas comigo? Parece até que cometi um crime.

   - Coloquei no YouTube – respondi, tentando não fazer um tom desafiador. Vai ver ela me mata né – E no ITunes.

Lily parecia desesperada; puxava os cabelos e quase chorava.

   - Você não tinha que ter feito isso! - ela falou mais baixo, pois um grupo de alunos barulhentos passava por nós a caminho do café-da-manhã – Não é propriedade sua pra você ficar divulgando.

   - Tá bom, tá bom – me dei por vencida – Só queria que vocês fossem conhecidos. Mas não se preocupe, nem dá para ver os rostos. Vou tirar da internet na hora do almoço. Postei ontem à noite, não tem como ter ficado conhecido da noite para o dia.

Chegamos ao Saguão ao mesmo tempo que duas alunas da Sonserina subiam das masmorras.

   - É, eu vi – dizia uma delas.

   - School of Rock, não é? - falava a outra.

Lily olhou para mim como se tivesse criado um braço extra em minha testa. Como eu ia saber que no Salão Comunal da Sonserina havia acesso liberado à internet?

   - Eu vou te matar – sussurrava ela, indo para as portas do Salão – É, com certeza eu vou te matar.

   - Lily! Lene! - ouvi uma voz atrás de nós. Me virei e dei de cara com James, Sirius e Remus – Posso saber como a School of Rock ficou conhecida na escola toda?

   - Então vocês já sabem? - perguntei, com minha melhor cara de inocente.

   - Toda a escola já sabe – disse Remus – Então, como eles souberam?

   - Pergunta para a Lene aqui – disse Lily – Foi ela quem estava nos gravando ontem à noite, e foi ela quem teve acesso ao YouTube.

Abaixei a cabeça, e entrei no Salão, sendo seguida por eles. Pelo caminho, ouvi alguns alunos cantando trechos da música e falando sobre a “banda com caras misteriosos”. Me joguei em um banco na mesa da Grifinória.

   - Eu só queria ajudar – falei.

Zac chegou por trás.

   - Tá, quem colocou no YouTube?

Todos apontaram para mim. Grandes amigos que eles são. Já me preparava para a bronca.

   - Obrigado, Lene – disse o professor, sorrindo – Acabou de facilitar a nossa inscrição para a Batalha das Bandas.

E foi para a mesa dos professores. Me virei para meus amigos sorrindo.

   - Então – comecei, passando geleia em uma torrada – Quer dizer que eu consegui o emprego de divulgadora oficial da School of Rock?

  - Sim – disse Sirius, emburrado – Mas não ganha salário.



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Notas finais do capítulo

Queria ter feito a festa da Dorcas nesse, mais ia ficar muito grande, então fica pro próximo, que se meu irmão não me matar antes sai amanhã.
HASTA LA VISTA BABY.
PS: Tudo culpa da tesoura.