Mudança De Vida escrita por Rebeka


Capítulo 28
Capítulo 28




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(...)


Phillipe pov On


Sai da casa da Mally feliz demais por a gente ter se entendido. Era tão bom mostrá-la todo o meu amor, todos os meus sentimentos, todo o meu afeto, era tão bom poder tocá-la, senti-la novamente, era tão bom tê-la para chamar de minha. Mas também estava tenso. O que sua mãe iria pensar? Iria achar que eu era um safado tentando se aproveitar da filha. O que me preocupava era o trabalho da minha mãe ser perdido por mim. Aquilo tinha sido muito constragedor, ela não podia ter chegado em pior hora. Ou talvez ela entedesse, talvez não tivesse sido tão mau assim. Ela sabe que eu não sou disso...espero que saiba.

Peguei o carro e cheguei em casa empolgado, afinal tinha conseguido o que esperava a dias.

Fui para a mercearia.

– Onde estava? – Começou minha mãe. - Phillipe não estou gostando... – a interrompi:

– Estava resolvendo minha vida, não falei que era inocente na história da Mally? Consegui provar isso. C-o-n-s-e-g-u-i.

Minha mãe ficou de boca aberta, acredito que arrependida de ter me julgado injustamente.

– Está com ela ainda? – Perguntou.

– Sim, está tudo certo, isso é tão bom, acredita que consegui? – Estava animado.

Minha mãe se aproximou dando um abraço forte e deixando algumas lágrimas cair. Minha alegria dissipou-se dando espaço a preocupação, a um aperto no coração, minha garganta secou de uma hora para outra, odiava vê-la assim. Era a minha mãe, a mulher que me criou, a única, vê-la triste me deixava triste também.

– Desculpa não tinha nenhuma intenção de te julgar, é que eu estava nervosa, recebi uma ligação do seu pai e acabei descontando em você porque eu não queria que você se tornasse igual a ele. – Desabafou.

Ligação do meu pai? Isso matelou em minha cabeça. Ainda não sabia o que meu pai tinha feito para deixar minha mãe daquele jeito durante tanto tempo. Estava tenso, queria, precisava saber sobre o meu pai.

– Mãe eu já sou grande o suficiente para saber sobre meu pai não sou? – Disse isso enquanto lhe dava um abraço reconfortante, as lágrimas, poucas, contidas, ainda caiam.

– Phillipe eu nunca te falei sobre isso, nunca quis falar, mas acho que você tem que saber. – Pausou respirando fundo. – Eu e seu pai nos conhecemos quando éramos muito jovens e ele acabou conhecendo outra garota e fugindo com ela, me deixando...sozinha aqui. – Sua voz saia embargada.

– Ele sabia sobre mim? – Ainda tinha esperança de meu pai ser aquele herói que eu sempre imaginei desde pequeno.

– Soube, mas ele me deixou por ela e eu nunca mais o vi, nós falamos de vez em quando por telefone, eu sempre falo sobre você...

– E ele nunca quis me ver? Por que nunca veio me conhecer? Eu sou tão ruim assim?

Senti raiva, meu pai era um vagabundo que nunca quis saber de mim, como a verdade era dura, nunca quis acreditar nessa probabilidade, mas era hora de parar com a fantasia e cair na real.

– Que isso Phillipe, não se sinta assim, a culpa é dele, ele nunca se importou, não é sua. – Me abraçou ainda mais forte. – Por isso eu fui enérgica com a história da Mally, não queria você igual a ele. Não queria e não quero porque eu não estou gostando das suas atitudes ultimamente, não tem mais responsabilidade, sai sem me dar satisfação, falta com respeito. Está vendo porque eu sempre pego no seu pé? A última coisa que eu quero é que você se torne assim, que prejudique alguém.

Essas palavras ecoaram na minha mente, eu não podia perder meus valores. Não queria ser igual o meu pai, não queria.

– Eu não me tornar, não vou. – Disse quase num sussurro.

Abracei-a forte e ela fez o mesmo, minha cabeça girava, meu desgosto sobre meu pai era crescente. Como ele teve coragem de me abandonar ainda bebê? Um pobre bebê inocente? E se eu não conseguisse sobreviver? Será que ele nunca pensou no quão dificil seria para mim crescer sem um pai? Como ele teve a coragem de abandonar minha mãe grávida para fugir com uma vadia qualquer? Isso me deu raiva, meus olhos fumegavam ódio. Eu não iria ser assim. Eu nunca faria o mesmo. Ele agiu como se a culpa fosse só dela. Pensei na realidade, eu não era um caso a parte. Isso realmente acontece e acontece com frequencia. Só eu sei de tudo que minha mãe passou para me criar e dava valor a isso. Ele acabou com a vida dela. Como ele ainda tinha coragem de ligar? Tive vontade de perguntar sobre o que conversavam mas desisti, ela já estava mal demais para mais perguntas.

– Eu estou aqui mãe, eu não vou te abandonar. Confia em mim. - Levei meus polegares até seu rosto, enxugando algumas lágrimas que escorriam por sua face. - Conta comigo.

– Phillipe você não sabe o quanto eu te amo. Você é a minha esperança, você é meu único filho. Não quero te ver bravo, só quero te fazer consciente, o meu trabalho é te fazer um bom rapaz, entende o porquê disso tudo? E eu confio em você. - Prolongou por mais alguns segundos o abraço até cessa-lo. - A mãe da Mally passou pegar a encomenda e convidou a gente para a festa surpresa de aniversário do senhor Marco. – Falou enxugando as lágrimas e tentando mudar de assunto como se nada tivesse acontecido.

Como se isso fosse ajudar em alguma coisa. Eu continuava perdido em meus pensamentos. Meu pai foi um cafajeste. Isso não saia da minha cabeça. Senti raiva de mim mesmo por ter sentindo sua falta por tanto tempo, por ter desejado um dia encontrá-lo.

– Quando vai ser? – Perguntei, mas minha mente estava a milhas de distância tentando absorver tudo o que eu tinha escutado.

– No sábado...





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Notas finais do capítulo

Olha gente e aí como vão? Eu tenho uma pessima noticia (ou boa dependendo do ponto de vista) para dar para vocês. A fic está entrando na reta final.... ahhh também estou triste com isso. nao ia falar nada mas tudo bem, só estou avisando para vcs irem se preparando. Bom falem o que estão achando e até mais. ;)