Dear Diary escrita por Queen of Kansou
Notas iniciais do capítulo
Feliz ano novo a todos os meus leitores!
Uma intensa luz bruxuleava no canto do quarto imenso e frio, Katherine fixou seus olhos naquele fogo solitário e suspirou. Olhou-se no espelho e levantou a mão e observou a fragilidade que estava bastante exposta. Ela fechou os olhos e respirou profundamente. Ela havia se esquecido de como era ser humano. Ela sentia suas pernas doerem por ficar muito tempo em pé e o vestido era tão pesado.
Ela pegou o velho diário e começou a escrever...
Querido diário...
Sinto-me tão estranha desde que me tornei humana, tudo parece tão difícil, até respirar me parece complicado. O sabor dos alimentos já não tem a mesma intensidade que antes, o limão não parece tão azedo quando se é humana. Sinto que Klaus ou Elijah tem medo de me tocar, meu corpo é tão frágil. Lembro-me que no início odiava ser uma vampira, mas com o tempo fui gostando da idéia. Acordar todos os dias e saber que estarei jovem e linda para todo o sempre me deixava feliz. Agora acordar e perceber que cada dia que se passa é um dia a menos para se viver... isso me assusta! Eu não entendo por que estou chorando enquanto escrevo em você. Estou tão cansada disso! Emilly ainda está desaparecida. Klaus tem a procurado como pirata que perdeu seu tesouro. Tenho passado muito tempo sozinha e trancada nessa gigantesca casa desde que me tornei humana há um mês atrás. O objetivo de uma vida humana é torná-la significativa... Não tenho medo de morrer, mas tenho medo de estar viva sem estar ciente disso. O que está acontecendo comigo? Estou prestes a ficar louca.
Ela parou de escrever, fechou o diário e o guardou. Abriu a porta lentamente sem fazer nenhum barulho. Olhou cada cômodo e não encontrou ninguém. Nem mesmo as pessoas que trabalhavam ali. Foi até a cozinha e abriu o armário em busca de algo para comer. Bufou ao ver que não havia nada. Foi até a adega de Klaus e pegou o melhor Whisky e o tomou todo enquanto bisbilhotava tudo que lhe parecia conter um segredo. Quando virou-se deparou com Klaus parado na porta a olhando. O litro de Whisky ainda estava na mão esquerda, ela o olhou assustada.
– Encontrou algo? - Ele mantinha um olhar divertido.
– Nada mais do que um bom Whisky. - Ela sorriu mostrando a garrafa vazia.
– Você está se sentindo bem? Beber uma garrafa de whisky sozinha lhe deixará com uma enorme dor de cabeça.
– Não é por que sou humana agora que sou tão frágil. - Respondeu ela irritada. Ao tentar dar um passo, Katherine tropeçou no próprio vestido.
Klaus a segurou e começou a gargalhar, ele olhou para o rosto avermelhado da moça e a pegou no colo, deu-lhe um beijo na testa e a levou para o quarto.
– Está tão bêbada que não consegue andar sem cair. - ele a provocou.
– Isso não é verdade! É apenas esse vestido pesado que me atrapalha a andar.
– Katherine, você é tão graciosa.
Ela sentiu seu rosto corar mais ainda e como reação tentou esconder com os cabelos. Klaus a colocou na cama e deitou-se ao lado dela. Katherine segurou a mão do homem e apertou.
– Klaus... - começou a falar. - antes de me tornar uma vampira, eu estava em leito de morte. A minha doença era terminal... por que você apenas não me curou com seu sangue ao invés de me transformar?
Ele franziu a testa e a fitou, ele sentia a respiração dela pesada e totalmente fora do ritmo. Do rosto dela deslizavam algumas gotas de suor, ele deu um meio sorriso e pouco depois respondeu.
– Katherine, sangue de vampiro não cura absolutamente tudo. Doenças terminais é uma delas.
– Mas porquê? - ela insistiu.
– A natureza busca sempre um novo equilíbrio para aquilo que as agentes da natureza quebraram.
– Agentes da natureza? Isso seria as bruxas, como Emilly?
– Sim! Agora trate de descansar.
– Fica comigo esta noite? Tenho me sentido muito só ultimamente.
– Fico! - Ele passou a mão pela cintura dela e a puxou para mais perto.
– Klaus... preciso tirar esse vestido. Está me apertando muito.
Ele sorria com olhos divertidos, levantou-se e a ajudou a tirar o vestido. Conforme o corpo dela era revelado, seus olhos mudavam para sua forma vampírica. Cada dia que se passava, ficava mais difícil ficar perto de Katherine. Ela virou-se e viu a face de Klaus, ela passou a mão pelo rosto do mesmo e desceu seus dedos até as presas já de fora. Eram tão afiadas quanto uma agulha. Ela retirou seu cabelo deixando o pescoço a mostra. Ela queria sentir a mordida daquele que ela amava. Ao perceber o que ela fazia, Klaus não hesitou e a mordeu. Ele tomou para ele aquela silhueta frágil, o corpo quente e cheio de excitação. Katherine sentiu as presas rasgarem sua carne, a dor era suportável, mais uma vez ela sentiu a gentileza daquele homem que todos temiam. Logo ele parou e olhou a garota nos olhos. Um filete de sangue escorria pelo canto da boca dele, Katherine possuía um sorriso fraco, mas sincero. Ela o beijou intensamente.
– Espere! - Disse ele mordendo seu próprio pulso e dando seu sangue para ela se fortalecer. Ela bebeu cada gota, mesmo achando o gosto horrível ela bebeu e logo voltaram a se beijar com ardência.
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