Após dias e mais dias no espaço, viajando em velocidade hipersônica e através de alguns portais finalmente a guerreira Kelayla e seu fiel companheiro Alpha 5 chegaram ao seu destino, o planeta Terra.

Com tecnologias infinitamente superiores a qualquer uma criada por um terráqueo, a nave zordoniana adentrou o planeta sem ser notada em nenhum radar, e efetuou seu pouso no misterioso deserto de Nevada, aquele onde se encontra a Área-51.

Apesar da distância gigantesca entre Terra e Zordon, as condições de solo, atmosfera e alguns outros fatores, eram praticamente idênticos. Até mesmo os habitantes de Zordon eram fisicamente parecidos com os terráqueos, não exigindo uma transformação de Kelayla para a sua interação com aquela raça.

Mas ela sabia que para isso precisaria da ajuda do cristal, então ela levou aquele pequeno pedaço de pedra brilhante até o centro da nave, onde havia um tubo azul, e logo que o mesmo foi fechado, uma face surgiu. Era uma face desconhecida para ela, mas onipotente, então ela e o robô curvaram-se diante dela.

“Guerreira Kelayla, Alpha 5, eu sou Zordon, a essência de nosso precioso planeta.” A voz forte como um trovão se apresentou. “A Terra corre grande perigo, quando os desordeiros intergalácticos souberem que vocês foram enviados para este planeta eles virão até aqui para acabar com os seus planos.” Kelayla suspirou, esse planetóide ridículo seria destruído em dez segundos com as defesas dos terráqueos. “Você precisa agir rápido guerreira Kelayla, ou a única esperança do universo será destruída junto deste planeta.”

“Mestre Zordon, estou perdida não sei por onde começar.” Ela falou, envergonhada de sua fraqueza.

“McKinley High School, Lima, Ohio, lá estão os jovens habilidosos que você precisa recrutar para salvar o universo e concluir a sua missão.” O mestre respondeu. “Cada um desses jovens desses jovens receberá uma moeda do poder e um morfador, para que possam guardar sua identidade secreta enquanto defendem seu planeta.”

“Ai ai ai, guerreira Kelayla, você precisa de uma identidade humana.” Alpha 5 enquanto mexia freneticamente em seu computador. “Mas não se preocupe, eu resolvo isso em um minuto.” Guerreira Kelayla estava muito confusa não sabia o que falar. “Pronto, guerreira Kelayla, devido a sua grande habilidade e flexibilidade eu consegui criar uma identidade para você, como o McKinley está precisando de uma nova treinadora para as suas líderes de torcida, que são quase como as animadoras zordonianas.” Se essas meninas fossem habilidosas como as de Zordon... Impossível, as terráqueas nunca seriam capaz de possuir tamanha habilidade. “Você será Sue Sylvester, seus dados já foram enviados para a escola, e com suas habilidades, duvido que lhe negarão qualquer coisa, ai ai ai.”

Sue Sylvester? Nome estranho, mas a guerreira gostou, parecia imponente e demandava respeito, mas o pior ainda estava por vir, encontrar algum terráqueo bom o suficiente e digno de vestir o manto de um dos Guerreiros Lendários de Zordon.

“Bom trabalho Alpha 5.” Zordon falou para o robô.

“Mas mestre, como saberei qual é o jovem certo para se tornar um guerreiro?” Ela ainda não acreditava que um terráqueo poderia se tornar esse guerreiro, mas se seu mestre lhe dissera, ela não iria questionar.

“Cinco moedas do poder nós temos, poder do mastodonte, do pterodátilo, triceratops, tigre dente de sabre e tiranossauro, cada um com uma característica, uma cor diferente, não se preocupe Kelayla, ou melhor, Sue, você encontrará a qualidade em um jovem quando puser os olhos neles.”

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O McKinley High era um colégio como outro qualquer, com suas panelinhas e implicâncias entre os alunos. Os populares, como os esportistas e as líderes de torcida, e os perdedores, os nerds ou aqueles que gostavam de outras atividades como teatro ou coral e eram vítimas dos alunos do primeiro grupo, sendo presenteados diariamente com sucos na cara, empurrões contra os armários, ou mesmo jogados nas lixeiras aos arredores da escola. Era o famoso Bullying.

Kelayla andava por aqueles corredores, observando cada um daqueles humanóides com poucos neurônios e suas atividades entediantes.

Agora ela era a nova treinadora das líderes de torcida, e o assunto do momento nos buchichos pelos corredores, mas ela não se importava, seus olhos vagavam de aluno em aluno buscando algo especial, mas já estava quase desistindo, seria mais fácil encontrar algo bom em um macaco do que em algum daqueles estudantes, que tinham inteligência bastante limitada como Finn Hudson e Noah Puckermann, mas algo iria lhe surpreender.

A jovem Rachel Berry se inscrevia em mais um clube para aumentar suas atividades extracurriculares. Ela era provavelmente a adolescente mais odiada de toda a escola, líderes, jogadores, e até mesmo outros perdedores como ela a detestavam, o que a tornava um fácil alvo para as brincadeiras de mal gosto, e naquele dia não foi diferente.

O líquido congelante e com gosto de morango atingiu sua face logo que ela acabou de se inscrever para o clube de ufologia. Manteve os olhos fechados, e só pode ouvir os risinhos muito mais que familiares, elas pertenciam à Quinn Fabray, Santana Lopez e Brittany Pierce, as três líderes mais populares e que mais lhe odiavam.

Kelayla observou a cena de longe e um sorriso surgiu em seu rosto. Aquelas três garotas possuíam uma energia diferente em volta delas. Ela sabia que em seu papel como educadora, ela deveria repreender aquela atitude, mas ao invés disso ela se encantou, porque finalmente ela havia encontrado pessoas  que provavelmente seriam dignas de vestir o manto dos Guerreiros Lendários. A garota da frente, a loira de menos estatura, tinha um jeito de líder, e as outras duas pareciam suas fiéis escudeiras. Uma verdadeira equipe.

“Ei vocês três!” Ela chamou a atenção das garotas, que olharam no mesmo instante, sem lhe encarar de maneira desafiadora. Ótimo, também possuíam disciplina. “Eu quero ver as três no final da aula, na minha sala.” Ela não deu muito espaço para as garotas questionaram sua ordem, simplesmente saiu, deixando as meninas confusas.

Quinn olhou para o copo vazio em sua mão, e chacoalhou a cabeça.

“Droga, agora vamos ficar de castigo.” Quinn esbravejou, e a morena com o rosto vermelho passou sorrindo ao lado delas, acreditando que finalmente elas seriam punidas por seu comportamento irregular com os alunos menos populares.

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“Ei florzinha!” Azimio deu um empurrão no jovem Kurt, que bateu o rosto em um armário.

“Valentão!” O jovem esbravejou, fazendo o garoto voltar a atenção para ele. Mais dois jogadores apareceram para amedrontar o franzino rapaz, que não se moveu nem um centímetro.

“O que você disse mariquinha?” Azimio perguntou com um sorriso. “Quer ir pro lixo de novo?”

“Eu não tenho medo de você.” O rapaz estufou o peito, arrancando gargalhadas dos outros três.

“Olha só, ela ficou bravinha.” Um outro rapaz ironizou e os três avançaram contra Kurt, que manteve sua coragem.

“Ei! Deixem-no em paz!” Kelayla ordenou, fazendo todos os rapazes voltarem sua atenção para ela. “Se encostarem no garoto de novo garanto que vão se arrepender!” Os três rapazes abaixaram sua cabeça. “Agora sumam daqui!” Sem demora os três rapazes saíram de lá. “Você está bem, garoto?”

“Sim, eu estou.” Ele respondeu simpaticamente. “Muito obrigado treinadora Sylvester.” Ele agradeceu, então Kelayla soube que havia encontrado mais um jovem digno de vestir o manto dos Guerreiros Lendários. Ele era corajoso e grato. Ótimo para uma equipe, não se acovardaria em uma situação reversa.

“Quero ver você na minha sala após a aula.” Ela falou e saiu, deixando o rapaz confuso.

Apesar de tudo ela achara bons elementos no meio de tanta gente inútil que era aquela escola. Quatro guerreiros, agora precisava de apenas mais um para completar sua equipe, e foi quando ela passou em frente à uma sala vazia e lá estava uma garota mergulhada em um livro. Um intelectual, era o que faltava para o seu grupo. Já encontrara as três mosqueteiras, onde estava a sua líder, o corajoso e ela precisava de alguém para ajudar a planejar as ações.

“Ei você!” A garota olhou para a treinadora. “Me diga seu nome.”

“Sugar Motta.” Ela respondeu, e voltou a olhar para o seu livro.

“Olhe para mim quando eu falo com você.” Kelayla chamou sua atenção.

“Ora, eu não tenho tempo a perder, eu quero aprender uma forma de teletransporte, desculpe Aspergers.” Ela deu os ombros e voltou a atenção para seu livro. Ela era perfeita.

“Quero ver você na minha sala depois da aula.” Kelayla ordenou. “E não quero nem ouvir sobre esse Aspergers outra vez.” Ela saiu e deixou a garota confusa.

Estava orgulhosa de si mesma, seu coração zordoniano sabia que ela havia encontrado os cinco jovens perfeitos para formarem a equipe que salvaria o universo.

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Zordon

“Então Zumely, não precisa mentir, nós sabemos que você mandou Kelayla para uma missão na Terra para salvar o universo de nós.” Lord Zedd falou, com seu cetro apontado para o pescoço do líder de Zordon.

Logo atrás estavam seus companheiros Rita Repulsa e Leozydo, o segundo maior guerreiro do planeta, que traíra seus próprios irmãos em busca do poder infinito do cristal místico.

“Aquele planetóide ridículo com os seres mais fracos de todo o universo, você preferiu dar os poderes de nosso cristal místico à eles do que a mim, filho deste planeta?” Leozydo vociferou. Nunca aceitara a superioridade de Kelayla, jamais iria aceitar o mesmo dos ridículos terráqueos.

“Aquele que trai Zordon não merece os poderes do cristal místico.” Zumely respondeu com a voz fraca, após uma sessão de tortura infligida por Lord Zedd.

“Lord Zedd, eu encontrei um pedaço do cristal.” Um dos capangas dos desordeiros anunciou feliz. Leozydo sorriu.

“Que bom que temos um zordoniano em nosso time, assim ninguém precisara se queimar para conseguir o cristal.” Rita Repulsa falou e olhou para Leozydo.

“Esse cristal será meu.” Ele murmurou e olhou para seu antigo mestre. “Está vendo seu velho, não adiantou o senhor mandar Kelayla entregar os poderes para os patéticos terráqueos, um zordoniano com um pedaço pequeno desse cristal é muito mais poderoso do que mil terráqueos com a maior parte do cristal.”

Leozydo e Rita Repulsa seguiram o capanga. Lord Zedd começou a rir de Zumely.

“Bom Zumely, já saqueamos o seu planeta, pegamos toda a sua Jordya, e agora um pedaço de seu precioso cristal, então eu acho que não temos mais nada para fazer aqui.” Ele riu diante da fragilidade do líder zordoniano. “Adeus, até nunca mais, agora esse seu planetinha vai virar poeira espacial.”

Lord Zedd deixou a sala, mas mal sabia ele e seus capangas, que aquele pedaço de cristal ficara para trás por um propósito. Aqueles poderes jamais pertenceriam à Leozydo, ele não estava destinado. Aquele pedaço de cristal só ficara para trás porque o sexto Guerreiro Lendário estava destinado a nascer das mãos daqueles seres malignos.

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Leozydo observou seu planeta natal explodir em milhares de pedaços, que agora só seriam meteoros pelo espaço, enquanto observava aquele pequeno pedaço de cristal em suas mãos.

Eles estavam indo em direção à Terra, para recuperar o resto do cristal que lhe daria poderes infinitos. Ele seria a maior lenda de todo o universo, nem mesmo Kelayla seria capaz de derrotá-lo.