The Last Second escrita por pipamachado


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, Boa leitura ♥



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Tia: Mia! Abre a porta! Eu estou a avisar-te!
Eu: Deixa-me em paz!
Tia: Abre a porta!!
Fez-se silêncio e eu deixei de ouvi-la aos gritos do outro lado da porta. Levantei-me do chão e fui até à casa de banho do meu quarto. Olhei para a caixa de comprimidos em cima do lavatório e para o sangue que corria pelo meu braço. Estava a tremer descontroladamente. Apanhei nos comprimidos e engoli 5 de seguida, sem pensar em nas consequências, apenas para me livrar da dor.
De repente ouvi a chave na fechadura do meu quarto e deixei a caixa de comprimidos cair no chão. A minha tia entrou no quarto e quando olhou para o meu braço começou a gritar.
Tia: O quê que estás a fazer ao teu corpo? Tu estás a destruír-te!!
Eu: Eu estou bem!
Ela aproximou-se de mim e pos o meu braço debaixo da torneira, com a àgua a correr.
Tia: É isto que queres? O quê que se passa contigo? Tu não eras assim! Fala comigo! Alguém te bateu? Alguém te fez mal? Queres ir á Polícia?
Eu: PÁRA! Pára com isso! Pára de fingir que te importas!!
Tia: *Respira fundo* Eu aceitei a porcaria da tatuagem enorme que tens nas costas! Mas isto é demasiado! Tu saís, chegas tarde a casa, não comes, cortas-te, *apanha a caixa de comprimidos* E agora drogaste?
Eu: Tu não tens NADA haver com o que eu faço!
Tia: Tenho! Tu vives debaixo do meu teto, tu fazes o que eu mando!!
Olhei-a nos olhos enquanto fechava a torneira. Agarrei na toalha e enrolei à volta do meu braço. Os golpes não eram fundos e eu eventualmente iria parar de sangrar.
Abri o meu guarda-fato e atirei toda a roupa para cima da cama. Comecei a por parte da roupa dentro de uma mochila e apercebi-me da surpresa, nos olhos da minha tia.
Tia: O quê que estás a fazer? Mia larga já essa mochila!!
Eu: Eu tenho 17 anos e tu não podes mandar em mim!! Por isso observa-me a resolver o teu grande problema, e a sair de tua casa!
Fechei a mochila e deitei a toalha para o chão. Agarrei no casaco, que estava pendurado atrás da porta e desci as escadas até à sala. A minha tia foi atrás de mim.

Tia: Para onde vais? Mia, volta aqui!
Eu: Eu odeio-te! Eu odeio-vos a todos! Eu odeio a minha vida!
Tia: Eu sei que estás mal por causa do teu pai! Eu percebo o que estás a sentir, mas jà se passaram quase 2 anos!!
Eu: NÃO! Tu não percebes! Nínguem percebe!
Tia: Quando me pediste para vires viver comigo eu aceitei logo, eu pensei que ia ser divertido, nós as duas, como nos velhos tempos! Mas tu transformaste-te numa pessoa completamente diferente! E eu não sei o que fazer, por isso, se tu saires por esta porta, eu vou ligar á tua mãe para te vir buscar!!
Eu: Eu não quero saber!! Aqui ou em casa, tudo vai ser o mesmo, e eu vou continuar a viver no inferno!! A minha tia vivia numa pequena cidade no sul da Carolina do Norte. Eu comecei a correr para o bosque, sem me aperceber do risco que estava a correr, sozinha, durante a noite, e ao frio. O chão estava molhado, cheio de posas de água, e acabei por escorregar. Sujei a roupa que tinha vestida e esfolei o joelho. Parou de chover e eu sentei-me no chão encostada a uma árvore. O meu telemóvel começou a tocar, eu tirei-o do bolso das calças e atendi.
Tia: Mia, onde estás? Diz-me onde estás e eu vou buscar-te!!
Desliguei a chamada e atirei o telemóvel para o mais longe que consegui. Fechei os olhos e lembrei-me do dia em que o meu pai morreu, não conseguia tirá-lo da cabeça.
Eu era uma rapariga muito activa, nunca parava, e se não estava a ajudar a minha mãe na loja, ia pescar com o meu pai. Tinhamos o hábito de pescar todos os Domingos, desde os meu 12 anos. Mas há aproximadamente um ano e meio, eu vivi um dos piores pesadelos da minha vida, e até hoje não consegui esquecer o grito do meu pai a pedir socorro.
*Flashback*
Eu: A mãe têm de começar a vir pescar connosco!
Pai: Sabes que a tua mãe odeia pesca, por ela ficávamos em casa a ver televisão o dia todo.
Eu: Ou então passavamos o dia inteiro no shopping... Ela diz que me estou a tornar numa Maria-Rapaz, mas eu não me importo! Eu gosto de estar contigo!
Pai: Ei, és a minha companheira em todas as batalhas.. Só tu e eu!
Eu: *sorri* Eu vou apanhar mais peixes que tu! Vou-te fazer passar uma vergonha quando chegarmos a casa!
Sentámo-nos nas cadeiras, prontos para atirar as nossas canas de pesca ao mar.
Pai: Oh, esqueci-me do isco, dentro do carro.
Eu: Queres que vá buscar?
Pai: Não é preciso, eu vou 
e volto num instante.
Ele sorriu-me e foi até carro, que estava a alguns metros do sítio onde estavamos.
Pus-me a admirar a vegetação, parecia que estavamos no meio do nada. De repente ouvi o grito do meu pai, o meu coração começou a bater a mil à hora , tentei telefonar à minha mãe mas ela não atendia e eu desatei a correr. O corpo do meu pai foi encontrado com marcas no pescoço, e considerado ataque de um animal. Mas eu sei que não foi um animal, eu vi-o, parecia um humano, mas a cara, e os dentes... Eu não me lembro se era ela ou ele, porque levei uma pancada na cabeça, e depoi disso só me lembro de acordar no hospital. Todos me consideraram maluca, e que eu tinha tido alucinações, mas eu sei que era um... Vampiro!


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Notas finais do capítulo

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