As Rosas De Hogwarts escrita por everyrose


Capítulo 4
O Espelho de Ojesed




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Pode-se dizer que ficamos uma grande parte da noite conversando. Hermione era mesmo uma pessoa fantástica. No outro dia, tínhamos aula de Adivinhação. Eu estava me dirigindo às escadarias em espirais quando vi Hermione no topo delas.

Hermione: Lola!

Ela desceu rapidamente para me acompanhar. Em pouco tempo estávamos subindo as escadas novamente.

Lola: Oi!

Hermione: E aí, como tá indo o trabalho? Já disse, se quiser ajuda... Só chamar hein.

Lola: Ah, Merlim... Eu sei, Hermione!

Hermione: Aliás, essa aula de Adivinhação é ridícula. Não acha? Nunca vi coisa mais absurda que ver o futuro através de bolas de cristais. "Abram suas mentes!”. (Sarcástica)

Lola: Ué, então porque você se inscreveu? Essa aula é opcional...

Hermione: Porque sou uma pessoa bacana e quero acompanhar meus amigos nessa aula. Mas a minha matéria favorita mesmo... É Aritmancia.

Nós chegamos ao topo e entramos na sala. A professora ainda não havia chegado, só havia alguns alunos. Entre eles, os sonserinos.

Lola: Aritmancia? Odeio números, prefiro Trato das Criaturas Mágicas!

Meus olhos brilharam ao falar aquilo.

Hermione: Ora, Hagrid é um ótimo professor, né? Ele mais que isso é nosso amigo. Você devia conhecer a cabana dele, fica no exterior, nos fundos do castelo.

Lola: É... É que minha mãe é veterinária. Então sempre me interessei por todos os tipos de animais. Quando descobri que era bruxa e que havia diversos tipos de animais mágicos e fantásticos por aí, fiquei maravilhada.

Ela sorriu.

Hermione: E o seu pai faz o que?

Lola: Ele é advogado.

Hermione: É? Já pensei em fazer direito da magia, mas sei lá...

Um menino ruivo e um moreno de óculos meia lua se aproximaram. Harry, o moreno, falava com uma garota de traços orientais, Cho Chang. Os dois pareciam ter intimidade. Depois, Ron e ele sentaram em duplas, e eu sentei com Hermione. Nossas mesas estavam lado a lado. Eram redondas cobertas com toalhas rosa e com uma bola de cristal pairando acima. Entrementes, eu comia os feijõezinhos de todos os sabores que comprara na Dedos de Mel.

Lola: Quer?

Hermione: Claro. (Ela pegou um e provou) Hm, grama! Meu favorito.

Lola: Grama é bom, né?

Ron: E aí, já fez a porra do trabalho?

Hermione: Ron, eu já disse que NÃO vou fazer sozinha! Nós somos um grupo, se liga!

Ron: (Ele revirou os olhos) Você é muito sem graça.

Hermione: Ruivo imprestável.

Ron abriu a boca surpreso, estava a ponto de falar algo.

Harry: Vocês dois! Se matem logo. Oi, Lola.

Lola: Oi.

Lola? Lola? Como ele sabia meu nome?

Ron: Ah! Não vi você aí!

Harry: Você é da onde, Lola?

Lola: Da Austrália. Eu estudava em Swortex.

Ron: Epa! Sério? Lá é a sede dos principais jogos mundiais de Roulex, não é?

Lola: Exatamente, Roulex é muito comum porque é um esporte aquático e lá na Austrália é muito quente. Mas não tem muito Quadribol...

Os três soltaram uma exclamação de estupefação.

Ron: COMO NÃO TEM QUADRIBOL? QUADRIBOL É ESSENCIAL!

Lola: Pois é, nós só assistíamos pela TV. Na Austrália o costume é Roulex. Eu até me interesso por Quadribol, acho legal...

Hermione: Você devia se inscrever para o time, pra ver como é!

Lola: Não! Ta maluca? Eu nem sei voar direito. Lá nos ensinaram no primeiro ano e nunca mais voltamos a praticar.

Hermione: Ah, mas o Harry te ensina, não é, Harry? Ele é o melhor apanhador de Hogwarts, é o mais rápido.

Harry: Melhor apanhador? Só em sonhos.

Hermione: Modesto como sempre (Sorri)

Inesperadamente, em um estranho passe de mágica, a caixinha de feijões que eu segurava estava flutuando. Demorei em perceber o absurdo acontecendo. A caixa flutuava em direção aos sonserinos. Malfoy conduzia com sua varinha.

Malfoy: E então, Lolinha? Muito sozinha?

Ele riu desgraçadamente e agarrou a caixinha, examinando-a.

Malfoy: Ora, o que temos aqui! Feijõezinhos de todos os sabores. Aposto que deve estar uma delícia. Não é, Goyle?

Draco despejava vários feijões ao mesmo tempo em sua boca, e Goyle, que parecia um troglodita faminto, arrebatava-os vorazmente. Malfoy jogou em minha mesa apenas um feijão da cor laranja, como se estivesse sendo solidário.

Malfoy: Aqui está um pra você. Pode comer o de vômito.

Goyle riu.

Harry: A sua cara me dá nojo, Malfoy.

Harry se levantara bruscamente; falou áspero, ameaçador. Devagar, caminhou até a classe de Malfoy e espetou a ponta da sua varinha no queixo dele, pressionando.

Malfoy: UH, SANTO-POTTER!

Os sonserinos riram.

Malfoy: Sempre tentando dar uma de heróizinho da escola, não é? Santinho de merda!

Harry mudou a posição de sua varinha: agora no pescoço de Draco.

Harry: E você, Malfoy? Como vai a vida? Já virou um comensal da morte como o seu pai?

Os olhos de Malfoy se esbugalharam, pareciam saltar das órbitas, e com a força dos braços, ele puxou sua varinha e apontou para Harry.

Ron: Inferno sangrento…

Malfoy: ESTUPEFAÇA!

Um jorro branco atingiu Harry no peito. Ele foi parar no fundo da sala, caindo com tanta força que acabou derrubando os armários, assim como os livros.

Harry demorou-se para levantar. Havia poeira em seu corpo e estava escabelado. Pedaços de madeira estavam presos em suas vestes.

Harry: Everte Statum!

Malfoy: Protego!

Harry: Cara-de-Lesma!

Draco Malfoy caiu no mesmo momento em que o jorro o atingiu. De joelhos, ele vomitava não só lesmas, mas também os feijõezinhos.

Profª Trelawney: AH! PELAS BARBAS DE MERLIM! O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!

Ela chegou apavorada com os olhos pretos por trás dos enormes óculos de garrafa arregalados. Outro professor entrara na sala acompanhando Sibila Trelawney. Ele usava vestes inteiramente pretas e cada movimento seu tinha tamanha eloqüência que o fazia parecer excentricamente teatral. Seus cabelos caíam até os ombros, pretos e sebosos. Seus olhos eram escuros e gélidos, vazios. Ele falava devagar, articulando as palavras.

Snape: Potter, Potter. Porque não me surpreendo? Trinta pontos a menos para Grifinória, e você, Potter... Na minha sala, detenção à noite!

Snape saiu puxando Draco pelas vestes, provavelmente para levá-lo até a ala hospitalar.

Harry sentou em seu lugar, a turma estava quieta. Sibila ajeitava os móveis rústicos e místicos com sua varinha. Seu xale caía para trás. Ela se dirigiu a Harry falando no seu típico tom etéreo.

Trelawney: Eu espero que isso não se repita. Contudo... O além...

Ela fitou-o pensativa. Logo em seguida, sacudiu-se, como se estivesse saindo de um transe. Hermione revirou os olhos, impaciente.

Trelawney: Quero que abram na página 13 do Oráculo dos Sonhos. Ali estão todas as interpretações...

Lola: Harry, você não devia ter feito isso!

Harry: Devia sim. Malfoy é patético, e mereceu aquilo.

Hermione: Além do mais, Lola... Isso é uma espécie de... Bom... Tem que reclamar aos professores!

Lola: Não vou reclamar nada. Agora o Harry vai pra detenção e é minha culpa.

Harry: Não é sua culpa. E não tem nada demais em ir pra detenção.

Lola: Ué, vai saber o que tem lá...

Ron: QUÊ? Espera aí... Você nunca pegou detenção?

Lola: Hm, não.

Ron me olhou assustado, como se eu fosse uma espécie de aberração por nunca ter ido parar na detenção. Ele piscava apenas um olho o tempo todo, como um cacoete.

Harry: Como assim? Até a Hermione já pegou detenção!

Hermione: Como você consegue?

Lola: Ué, eu não tinha amigos, né. Aí fica meio impossível de ir contra as regras.

Trelawney: Então? Já interpretaram seus próprios sonhos?

Nós quatro olhamos para ela e não respondemos.

Trelawney: Srta. Haunsen? Qual foi o seu último sonho?

Lola: Bom, é... Foi com um lugar escuro.

Trelawney: Sim, mas como era o lugar? O que você fazia no sonho?

Lola: Bem, era um cômodo pequeno e escuro, sem luz alguma. Era sujo e eu estava sentada em um canto, falando com um vulto.

Trelawney: Hm... (Folheando páginas) Algo mais?

Lola: Bem, eu procurava pela luz.

Trelawney: Hm, interessante. De acordo com o seu sonho, você tem um objetivo a cumprir, mas obstáculos a impedem. Você é fechada para si e está confusa. Não sabe o que fazer, nem em quem confiar. Tem medo da solidão.


Música: Double Trouble

A chuva caía devagar na rua. O exterior de Hogwarts estava vazio sem nenhuma alma viva. Através da janela, eu conseguia ver os raios e trovões cor de prata. Ouvia-se o coral da escola que provinha do Salão Principal.

Eu escrevia uma música em um pedaço de pergaminho. Desconcentrei-me com a algazarra dos alunos no salão da Grifinória. Só agora reparava nos prêmios que legendários grifinórios haviam ganhado e que eram usados como decoração.

Hermione e Ron estavam entre esses alunos falantes e festeiros. Os gêmeos ruivos, Fred e Jorge, faziam palhaçadas o tempo todo e irritavam constantemente o seu irmão mais novo. Parvati praticava um feitiço de azaração em Neville, que por sua vez ficara preso em um cabide. Dino e Simas se divertiam à custa de Hermione, chamando-a de CDF e sabe-tudo. Eles a imitavam perfeitamente. Hermione os xingava, mas acabava rindo junto.

Eu os invejava profundamente. Pensava em como seria se tivesse amigos assim, como Ron, Harry e Mione tinham. Será que eu poderia me considerar já amiga desses três? Não, mal falara com eles. Mas tudo parecia ser tão divertido... Se eu tivesse pelo menos coragem...

Hermione se sentou ao meu lado interrompendo minhas reflexões.

Hermione: O que tá fazendo?

Lola: Nada não. (Guardei minha música) E aí?

Fred: E aí, senhoritas? Querem poção do amor? Vomitilhas, Nuga-Sangra-Nariz?

Jorge: O aperto-você-sabe-onde?

Lola: O aperto-você-sabe-onde? Hahaha

Hermione: Não, guardem isso!

Fred&Jorge: Qual é, meninas!

Fred: Fazemos por 5 galeões cada, só pra vocês!

Hermione: Assim como fizeram pra todo o resto?

Fred&Jorge: É mentira!

Ron: Saiam daí, panacas!

Lola: Aonde vocês conseguem essas coisas? Lá em Swortex não tinha isso.

Fred&Jorge: Na nossa loja Gemialidades Weasley temos as melhores travessuras da época!

Fred e Jorge costumavam falar diversas vezes em uníssono, o que me fazia rir bastante. Parvati e Lilá Brown, duas garotas muito fofoqueiras que não se desgrudavam, passavam por nós, comentando sobre a aula da professora que mais gostavam: Trelawney. Hermione olhou ao redor, pensativa.

Hermione: Cadê a Gina?

Ron: Deve estar com Harry.

Os dois se entreolharam.

Lola: Ai... Eu tenho que fazer a bosta daquele trabalho. Eu queria um livro melhor sobre testrálios.

Hermione: Tenta achar na seção restrita da biblioteca. Lá tem tudo.

Lola: Mas é restrita!

Ron: E daí?

Hermione: Ah! Tive uma idéia. A gente bem que podia mostrar essa seção pra ela né? Já que a Lola não conhece nem metade do castelo.

Ron: Boa!

Lola: Tão malucos? Vão nos pegar lá!

Hermione: Não, vamos estar invisíveis.

Fred&Jorge: Quem quer comprar nosso novo produto? COLA-INVISÍVEL!

Hermione: Cola invisível? Tão invisível quanto vocês não conseguem ver o Harry aqui?

De repente senti que algo me cutucava. Olhei para o lado e do nada, o capuz de Hermione criou vida e cobriu o rosto da garota, que se debatia tentando tirá-lo. Ela lutava contra o capuz que parecia estar sendo segurado por alguém. Logo em seguida, o cabelo ruivo de Ron se arrepiava sozinho e se descabelava. Ele gritou em protesto. Eu fui a próxima vítima: um copo de vidro cheio d’água flutuava em direção ao meu rosto, e inclinava-se como se fosse despejar a água em mim. Balançava para frente e para trás.

Lola: O COPO TA VIVO!

Quando menos esperei, Harry apareceu na minha frente. Na sua mão direita, o copo. Na mão esquerda, uma capa. Os grifinórios riram daquela travessura.

Lola: Merlim! Você tem uma capa da invisibilidade!

Harry: Só existe uma no mundo, Lola. E é minha.

Ele soltou um riso diabólico.

Hermione: Vamos! Vamos mostrar pra ela a biblioteca restrita!

Nós quatro saímos do salão comunal e chegando perto da seção restrita. Colocamos a capa. Havia uma placa branca na frente da porta: "Seção Restrita, não entre".

Hermione: Alorromora

Lola: Lumos.

A porta abriu e minha varinha acendeu. O lugar era escuro, velho, muito antiquado. Era uma bagunça e a maioria das estantes e livros estavam empoeirados, com teias de aranha. Passávamos devagar por cada estante.

Ron: Lembram do livro que berrava?

Lola: Não abre ele ou vamos estar fritos.

Hermione: Animais mágicos, animais mágicos... Cadê...

Ron: AI! Mione! Você pisou no meu pé!

Mione: Desculpa, tá muito apertado!

Harry: É que agora estamos em quatro né. Era mais fácil em três.

Senti a indireta, mas Harry piscou para mim.

Ron: Ah! Meu tornozelo tá aparecendo.

Harry: Calma aí...

Harry tentou puxar a perna de Ron pra dentro da capa, mas ao invés disso, Ron caiu no chão, provocando um estrondo. Trancamos a respiração.

Filch: QUEM ESTÁ AÍ?

Lola: Fudeu!

Hermione saiu da capa para juntar Ron, os dois saíram correndo abaixados para um lado e nós que ficamos com a capa para outro.

Filch: EU SEI QUEM ESTÁ AÍ, PODEM FUGIR, MAS NÃO PODEM SE ESCONDER!

Correndo, entramos pela primeira porta que vimos. Fechamos a porta.

Lola: Collo Portus! (Eu a tranquei)

Harry: Tomara que ele não nos encontre aqui...

Nós nos viramos e nos vimos dentro de um lugar enorme, um cômodo que parecia um sótão. Não havia quase nada dentro dele, porém havia um grande e imenso espelho de molduras douradas. Era magnífico, talvez um dos artefatos mais lindos que eu já tinha visto.

Harry: O espelho...

Lola: O que tem esse espelho?

Harry se aproximou dele devagar, seus olhos pareciam não ver horizontes, e nem os meus. Eu o segui. Parada na frente do espelho, eu vi a minha imagem. Porém não havia apenas eu, mas muitas pessoas ao meu lado, sorrindo. Hermione, Ron e Harry. Além deles, havia Fred, Jorge, Luna, Dino, Simas... E atrás, um jornal com a manchete: A famosa Lola Haunsen.

Todos no espelho sorriam para mim.

Lola: Você está vendo o que vejo?

Harry: Provavelmente não. Esse é o Espelho de Ojesed. Mostra os nossos desejos mais íntimos e profundos.

Harry parecia meio triste, abatido. Ele olhava fixamente para o espelho e tocava no próprio ombro. Não queria invadir sua privacidade, mas estava curiosa. Falei suavemente.

Lola: O que você vê?

Harry: Meus pais... Ao meu lado. Com orgulho de mim.

Ele fechou os olhos por alguns segundos, talvez para poder sentir que estavam perto dele.

Lola: Ah, Harry. Eu lamento. Quando olho pra você, me esqueço de que tem um passado trágico...

Harry: Como assim?

Lola: Eu olho, e penso: Esse é o Menino que Sobreviveu, o famoso Harry Potter, talentoso e poderoso, popular.

Harry: Popular, poderoso? Você é maluca.

Lola: Não sou não.

Harry: Tudo o que eu queria era... Não ter essa fama. Ser desconhecido... Nunca quis ser conhecido.

Lola: Como não?

Harry: A fama não é tudo, Lola. Não para mim. A fama que eu tenho é na maior parte do tempo ruim. As pessoas mentem sobre mim, falam mentiras. Inclusive me chamam de mentiroso. Os jornais principalmente. Chamam-me de louco. Todos olham pra mim... De um jeito estranho.

Lola: Isso é tão... Eu sempre quis ser conhecida, e você desconhecido. Eu sempre quis ter amigos e você uma família... O mundo dá voltas, não dá?

Harry: É, dá... Você se vê com amigos?

Lola: Sim. Eu cercada deles.

Harry sorriu.

Harry: Olhe esta frase.

Ele apontou para uma frase itálica esculpida no espelho.

Oãça rocu esme ojesed osamo tso rueso ortso moãn

Lola: Não mostro seu rosto, mas o desejo em seu coração...

Harry: Me pergunto o que este espelho está fazendo aqui. A única vez que o vi foi no primeiro ano. Dumbledore me disse que ele seria recolhido, pois muitos definharam na frente de tal espelho, enlouqueceram. Sonharam demais.

Lola: Sonhadores...

Harry e eu nos sentamos no chão e ficamos ali por algum tempo, contemplando O Espelho de Ojesed.



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