As Rosas De Hogwarts escrita por everyrose


Capítulo 2
Hogwarts, Hogwarts, Hoggy Warty Hogwarts




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Um coral de alunos cantava o hino da escola conforme todos entravam. Eu mal podia acreditar na beleza daquele lugar. Era perfeito. Um castelo medieval que provavelmente tinha uma grande história por trás dele. O Salão Principal era decorado com candelabros, velas flutuantes, gárgulas, enormes mesas de madeira que habitavam o lugar e um teto encantado acima, que imitava o tempo lá fora. Olhei fascinada. Mais a frente, havia um tablado onde estava posta a mesa horizontal dos professores. Diversos estudantes se sentavam calmamente em uma das quatro mesas. De repente percebi que talvez Hogwarts fosse uma das escolas de bruxaria que adotavam o método de diferenciação de turmas pelas casas.

Eu era conduzida até a frente do Salão junto com os alunos do primeiro ano. Que mico, pensei. Por isso todos me olhavam estranhando. O que uma garota daquele tamanho estava fazendo ali junto com os alunos mais novos para ser selecionada? Eu fitava o chão o tempo todo, evitando certos olhares.

A professora McGonagall chamava um aluno de cada vez para sentar em um banco e usar o Chapéu Seletor que selecionava cada um para suas respectivas casas. Casas das quais eu nunca ouvira falar e que não tinha a mínima idéia quais eram as boas ou as ruins. Só esperava não ficar na casa dos imbecis.

McGonagall: Lola Haunsen.

Fez-se um silêncio. Com muito cuidado para não tropeçar, subi no tablado e me sentei. A mulher colocou o Chapéu em minha cabeça. Cada vez que ele falava, uma fenda aparecia como se fosse sua boca.

Chapéu: Hm, interessante. Uma aluna que mudou de colégio... Coisa rara. Você... Ah, já sei! GRIFINÓRIA!

Ouviu-se um urro de alunos da Grifinória aplaudindo. Eu me dirigi até a mesa deles e me sentei encabulada. Olhei ao redor. Não pareciam ser pessoas ruins. O banquete estava delicioso. Havia galinha assada com batatas, arroz, carnes com diversos molhos e para a sobremesa, torta de framboesa.

Alguns dias se passaram. O pior de tudo era que como eu era do 5º ano, era a única aluna nova nessa série. Todo o resto já se conhecia, o que dificultava as coisas para mim. Não era fácil como no primeiro ano, em que todos os alunos eram desconhecidos e puxavam assunto uns com os outros.

Eu fui conhecendo Hogwarts aos poucos. Visitava Hogsmead, uma linda aldeia cheia de lojas, boticários, inventários e bares de todos os tipos. Ás vezes percorria pelos corredores, sozinha e sem companhia, atraindo olhares de esguelha que pareciam me julgar. Mas eu gostava de passear por aquele lindo castelo e descobrir alguns de seus mistérios e algumas histórias. Já havia conhecido a livraria, onde os mais estudiosos passavam suas horas vagas fazendo deveres. Já estava acostumada com a Sala Comunal da Grifinória, um lugar reconfortante decorado de vermelho e ouro, com diversos sofás e poltronas macias, uma lareira e mesas estilizadas de madeira.

Durante minhas horas vagas eu lia ou então passeava pelo lugar. Hogwarts, diferentemente de Swortex, era esplêndida. Eu contemplava o lago e sua linda paisagem verde nos dias de sol. É claro, enquanto eu passeava os estudantes da Sonserina, por vezes, olhavam para mim com desprezo e cochichavam entre si. Aqueles eram os piores. No entanto, isso não me tirava a curiosidade. Por trás de cada parede de Hogwarts, parecia ter sempre uma história a ser contada. Lembro-me que a primeira pessoa com quem falei lá foi com o tal de Nick-Quase-Sem-Cabeça, um fantasma de minha casa muito simpático. Swortex não tinha graça, pois fora fundada por apenas uma pessoa. Não era exatamente como os castelos Ingleses. Era mais como várias torres feitas de tijolos brancos que se estendiam pela vegetação rasteira. A paisagem não era cheia de montanhas e vales como Hogwarts. Por ser perto de um deserto, era realmente quente, portanto tínhamos aula de Nado Bruxo.

Muitas coisas em Swortex eram diferentes. Não praticávamos Quadribol, nem tínhamos a opção de ter aula de Runas Antigas ou de música. Lembro-me bem de um dia, no primeiro ano, que pedi para a Supervisora do meu ano para trocar de Ala. Cada ano em Swortex tem seu próprio supervisor, uma espécie de coordenador. Conseqüentemente, não tínhamos uma diretoria eficiente. Os alunos eram separados por alas. Eu era da Ala Leste e quis trocar, pois vi que não estava conseguindo socializar.

Supervisora: De nada vai adiantar você mudar de ala se o problema é você, e não as outras pessoas. (Sorriso falso)

Ainda lembro-me daquela mulher repugnante como se fosse hoje. Apesar de ela estar certa.

Comecei conhecendo algumas pessoas de longe. Draco Malfoy era um garoto ordinário da Sonserina que eu detestava. E havia Harry Potter... Eu o conheci em uma aula de Herbologia. Estávamos na típica estufa cheia de plantas.

Profª Sprout: Agora, classe, ponham suas luvas anti-química. A receita está no livro na página 24. Lembrem-se dos três principais fundamentos da purificação da água de lídios.

Hermione: Que saco, Ron! Você não presta atenção na professora? Agora se rala, eu não vou te dar as respostas.

Ron: Ah, você também é muito mala, Hermione! Jura que EU ia prestar atenção na professora. Quando se tem gente muito mais interessante para se prestar atenção...

Hermione: Ah, dá pra você calar a boca?

Ela pisou com força no pé de Ron e este gemeu alto, deixando sua água ainda com lama cair numa parte da minha calça e no meu pé.

Hermione: AH! Que droga, viu? Olha o que você fez!

Ron: EU? Mas a culpa foi sua!

Harry: Dá pra vocês dois pararem de brigar por UM SEGUNDO? (Ele se abaixou e tirou o pote com o resto da água do meu pé) Vocês acertaram ela!

Hermione: Ah! Me desculpe! Você está bem?

Harry colocou o pote na mesa e se dirigiu a mim.

Harry: Desculpe eles, são dois mimados brigando. Hermione, qual aquele feitiço para tirar sujeira mesmo?

Hermione: Absorvium.

Harry: Ah, claro. Absorvium. (Ele apontou a varinha para minha calça e pé)

A água sumiu em instantes.

Lola: Obrigada. (Minha voz saiu meio rouca, pois me retraí)

O cabelo de Harry, com o vento, esvoaçou para o lado, e consegui ver uma cicatriz em forma de raio na sua testa. Arregalei os olhos, perplexa.

Lola: Meu Merlim! Você... É Harry Potter?

Harry: Ah, (Ele sorriu) sim, eu sou.

Vi Simas trocando um sorriso com Harry, do outro lado da mesa. Esse tal de Harry Potter deveria ser só mais um mesquinha, pensei. Deve se achar porque é famoso e popular. Mais um que quer atenção. Deveria estar na Sonserina, isso sim.

Bom, isso não vem ao caso. O caso é que não encontrei ninguém interessante e legal o suficiente para ser meu amigo. Como sempre. E como no começo do primeiro ano de Swortex, as pessoas me olhavam, como se eu fosse um monstro, porque eu sempre andava sozinha e quieta, sem amigos. Porque eu quase nunca falava e sempre estudava, lia, dormia e nas horas vagas ia a algum bar sozinha em Hogsmead. Sozinha de novo na escuridão. Os sonhos, ou melhor, pesadelos haviam voltado.

Um mês e meio se passou.


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