Perfeição escrita por Seth


Capítulo 3
Capítulo 3 - Castelo de Sangue (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

~Desculpem a demora, mas aqui está~



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POV KUMI

Acordei com um barulho estranho. Provavelmente deveria ser Kaede-sama arrumando os pratos. Olhei institivamente para a cama de Rin e ela estava vazia. Tomei um susto! Aonde essa garota louca havia se metido? Então desviei meus olhos na direção da janela. Vi Rin andando calmamente ao lado de um yokai lindo... Ele tinha um rosto perfeito e cabelos prateados... Seria esse o Sesshoumaru de que ela tanto falava?! Se for, duvido muito que ela não esteja apaixonada por ele!

–Ah, já acordou, Kumi-san?

Kaede-sama me surpreendeu.

–Ah, bom dia Kaede-Sama! Aquele é Sesshoumaru? – Apontei para a janela, os olhos da velhinha seguiram meu dedo indicador.

–É sim. Um inu yokai muito forte que viaja em busca de poder.

Sesshoumaru era realmente interessante! Mas ele não parece ser do tipo de que se apaixona fácil. Na verdade, ele parecia ser bem sério e frio. Mas com certeza muitas garotas já devem ter se sentido atrídas por ele. Rin e o yokai aproximaram-se da porta da casa, eu ainda podia ver tudo pela janela.

–Chame a kitsune pra fora.

Ordenou Sesshoumaru. Espera... Ele queria falar comigo ?!

–Não é melhor entrar, Sesshoumaru-sama?

Disse Rin com um sorriso.

–Rin-chan! – Só então vi que havia uma coisinha verde montada em um monstro de duas cabeças perto deles – Você sabe que Sesshoumaru-sama não se dá bem com humanos!

Rin respirou fundo, no mesmo momento em que eu levantava da cama e vestia meu kimono que eu mesma havia feito: Preto com flores brancas, mais ou menos no meio das coxas e sem mangas. Fui na direção da porta. Rin quase tomou um susto quando abriu a porta no mesmo momento que eu e me viu na sua frente.

–Ah, Kumi-chan, não sabia que você estava aqui!

–Tudo bem, Rin!

Falei. Sesshoumaru colocou-se na frente de Rin (mas sem entrar na casa) e perguntou-me com uma voz fria:

–Você é Kumi, a kitsune?

–Sim... Sesshoumaru-sama.

Alguma coisa dentro de mim dizia que se não o chamasse por “sama” levaria uns bons bofetes. Na verdade, acho que é porque ele tem ares de superior. Me senti incrivelmente inferior a tudo quando estava na presença dele.

–Como era o cachorro que lhe atacou?

Perguntou ele com o mesmo tom sério.

–Bem... ele era branco e tinha uma calda fofa – Exitei um pouco – Tinha um cheiro parecido com o seu.

Sesshoumaru ficou com uma expressão pensativa, como se tentasse se lembrar de algo ou alguém. Olhou para baixo e depois voltou a olhar para mim, bem no fundo dos meus olhos. Seus olhos dourados eram hipnotizantes.

–Se fosse um aliado de minha mãe teria o cheiro dela. Ele deve ser algum descendente meu.

A coisinha verde parecia meio surpresa com a resposta. Mas ninguém estava mais surpreso do que Rin.

–C-como assim, Sesshoumaru-sama?

Perguntou ela meio que assustada.

–Kumi, você também acha que o meu cheiro se parece com o do InuYasha? - Perguntou o yokai ignorando a pergunta de Rin.

–C-claro... Já me contaram que vocês eram irmãos.

–Então, esse cão que também tem um cheiro como o meu só pode ser um parente.

Só então lembrei da frase que o yokai disse para Rin: “Eu sinto o cheiro dele”

No fundo fazia um pouco de sentido, eu acho.

Seshoumaru virou-se de costas e falou:

–Agora que já tenho as informações necessárias, devo partir. Vamos, Jaken.

Jaken parecia meio confuso.

–E a Rin-chan?

Rin deu um gritou.

–É mesmo! Sesshoumaru-sama, eu não vou...?!

De algum modo eu senti pena da Rin. Ela realmente deve sentir mais do que admiração pelo Sesshoumaru, e se for amor, quero que ela o cultive, assim como o cultivei por tão pouco tempo com Kazume.

–Sesshoumaru-sama – Tomei coragem para falar – Deixe-me ir com o senhor. Quero ajudá-lo a encontrar esse yokai, se bem que deve ser fácil, já que ele deve vir atrás de nós. E eu posso ser a guarda-costas da Rin! – Complementei meio sem jeito, quase gaguejando – O que acha?

Rin soltou um sorriso.

–Por favor, Sesshoumaru-sama! Kumi-chan é de confiança.

Jaken também implorou, de seus olhinhos amarelos saiam lágrimas enquanto ele se agarrava aos pés de Sesshoumaru implorando.

–Estou com saudades da Rin! Faça com que ela vá conosco, por favor!

–Certo, você pode ir. E a kitsune também, já que ela disse que iria lhe proteger – Voltou-se para mim com um olhar meio assassino, como se fosse me mandar para inferno (mais tarde soube que ele realmente pode fazer isso!) - Se algo de ruim acontecer com ela, você será morta.

Disse Sesshoumaru por fim. Respirei fundo. Era só manter a garota viva.

–Pode confiar em mim!

Rin correu na minha direção e me abraçou. Retribui o abraço, com um sorriso largo e falei baixinho no ouvido dela:

–Quem deveria receber o seu abraço era o Sesshoumaru-sama!

Rin riu.

–Sesshoumaru-sama já ganhou o seu abraço hoje!


* * *


Sesshoumaru estava embaixo de uma árvore esperando que Rin arrume sua pequena mochila dentro da casa de Kaede junto com Kumi.

–Você vai avisar ao InuYasha, a Kagome e aos outros que vai sair da vila? - Perguntou Kumi que estava encostada em uma das paredes do quarto.

–É claro que não! – Disse Rin enquanto colocava algumas roupas de baixo dentro da bolsa –Sesshoumaru disse que não era para contar a ninguém, pois provavelmente todos iriam querer ajudá-lo e ele não gosta de receber ajuda... principalmente quando é do InuYasha!

Kumi soltou um risinho.

–Aquele Sesshoumaru é bem esperto ... Talvez no meio da viagem eu possa...

A expressão de Rin mudou repentinamente.

–Pode o QUÊ? Vai paquerar o Sesshoumaru-sama?

–Claro que não, sua louca! Quer dizer, ele é muito sexy e tudo o mais, mas meu coração ainda pertence ao Kazume! E o seu pertence ao Sesshoumaru, que eu sei... vou deixá-lo para você!

Rin ficou tão vermelha quanto um tomate.

–Se você acha que eu estou com ciúmes... está muito errada!

E colocou a mochila no ombro e saiu correndo rapidamente na direção da porta. Kumi foi até Kaede e pediu para que ela não contasse sobre toda essa busca pelo yokai para ninguém. Kaede disse que iria arranjar uma boa desculpa pelo sumiço delas.

As duas garotas já estavam prontas para partir. Montaram em cima de Arurun juntas com Jaken.

–Eu estava pensando... – Disse Kumi – Não é melhor ficarmos em um único lugar? O yokai vai nos achar...

–Eu não gosto de ficar parado.

Disse Sesshoumaru enquanto flutuava no ar, seguido por Arurun.

–Finalmente viajando novamente com o Sesshoumaru-sama!

Gritou Rin enquanto o vento assanhava seus cabelos e Arurun seguia Sesshoumaru pelos ares.

–Vamos até o castelo de minha mãe – Disse Sesshoumaru.

Ele começou a se aprofundar cada vez mais nas nuvens, a fumaça branca batendo no rosto das garotas e de Jaken.

–Aonde fica esse castelo? – Perguntou Kumi para Rin.

–Não sei ao certo, só sei que fica nas nuvens... Já fui lá uma vez. Sesshoumaru-sama deve querer alguma informação sobre o yokai com a mãe dele...

Kumi achava tudo aquilo engraçado e estranho ao mesmo tempo.

Ao longe já podia se ver as pontas do castelo no estilo oriental, suas várias colunas grossas e o piso claro... que estava vermelho.

Sesshoumaru surpreendeu-se com a visão: O castelo estava cheio de cadáveres de yokais , o sangue que escorria deles e sujava o chão do paláco inteiro. Um verdadeiro massacre. Onde estaria sua mãe?

–Ah! Que coisa horrível!

Alguns órgãos também estavam jogados nos cantos, e corpos sem cabeça também podiam ser vistos.

Berrou Rin tampando os olhos, Kumi também virou a cara. Jaken fez menção de vômito.

–Fiquem aqui – Ordenou Sesshoumaru – Vou verificar o que aconteceu neste lugar – E sacou sua espada – Não se movam.

E pisou suavemente no chão, sujando as pontas de suas botas com sangue, enquanto caminhava lentamente entrando cada vez mais no interior do castelo.


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Notas finais do capítulo

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