- Não, CC, não. – Falei e logo ri, sendo acompanhada por todos. Menos Coma, que fechou a cara.

Passaram-se então algumas semanas, para ser mais exata, três.

Em uma noite de sábado saí com Jake para comprar comida. Eu não paro que comprar comida. Depois quando eu ficar obesa vou reclamar que o Jake me largou...

Entramos no apartamento abraçados. Ashley e Andy eram os únicos acordados. Estavam vendo tv na minha sala que agora estava mais parecida com um lixão. Nos olharam surpresos, se entreolharam, Ash deu de ombros e voltaram para a tv.

Como amo esses dois. Parecem ter telepatia.

Andy parou de olhar para a tv e olhou para Ash, como que diz: posso? E Ash fez que sim com a cabeça. Não sei o que eles estão aprontando.

- Acorda todo mundo. Reunião na sala, 10 minutos.

Eu e Jake fomos acordar a Sandra e o CC e deixamos que os dois garotos fossem acordar Jinxx e Sammi.

10 minutos depois:

- Agora que ta todo mundo aqui, queremos anunciar, vamos viajar semana que vem.

- Ah, vocês viraram gays tão namorando, vão casar em Las Vegas e depois vão para a lua de mel? Posso ser a madrinha do casamento? – Ironizei.

- Não. Mas se a gente fosse casar você seria a madrinha, sim. – Respondeu meigo.

- ASHLEY. – Rugiu Andy. – A gente não é gay, cara, entende porra. Eu sei que você quer experimentar esse tipo de coisa, mas enfim, não me mete nessa boiolagem.

- Eu só to sendo legal com a menina, todo mundo sabe que a gente não vai casar e que ela nunca seria nossa madrinha, mas deixa ela sonhar, Andy.– Ash respondeu com um sorriso de quem e prontou e eu mostrei a língua – Quando eu falei que vamos viajar, eu quis dizer que todos nós vamos viajar. E todos é, tipo, todo mundo. Geral.

- E pra onde a gente vai? – Perguntou Jake.

- A gente ja tomou conta de tudo. O resto, ninguém mais sabe. O que posso falar é que vamos sair sábado que vem e voltar somente no outro domingo.

- Eu não sei se vocês lembram, mas eu faço faculdade. Não é porque vocês são bem sucedidos e tem uma banda, que eu to na mesma situação.

- Ah Manu, deixa essa faculdade vai,  uma semana não vai matar ninguém. – Tá, com Jake me implorando e todo mundo olhando com cara de gato de botas, não é possível resistir.

- Tá, vai. Vamo nessa viagem. Nem preciso falar que o resto do dia foi só de comemorações né?

Bebemos até não poder mais.

- BODY SHOT – Gritou Ashley correndo com uma garrafa na mão. Parecia mais uma gazela do que um ser humano, mas enfim.

- Não quero ninguém fazendo body shot na minha Sammizinha. – Jinxx, claro.

- Amor, Sammizinha fica muito gay. – Sammi falou enrolado.

- Foda-se. Ninguem encosta nela. – Todos quietos. – OK ? – Gritou.

- Ta, ta, só não estora meu tímpano da próxima vez.

Os body shots começaram. E quem se ferrou? Eu, exatamente. Só porque era nova na turma.

Sandra pegou a garrafa de whisky e derramou no meu lindo pescocinho e bebeu as gotas que escorriam para o lado direito.

Andy Fez a mesma coisa, mas no meu braço. Derrubava o whisky no meu ombro e bebia o que caía do cotovelo.

Ashley, igal ao Andy, mas do outro lado e CC na minha coxa esquerda.

Chegou a vez de Jake. Ele sumiu por alguns minutos e voltou com sal e tequila.

- Ninguém me falou que tinha tequila. – CC falou triste e fechou a cara sentando no sofá.

Jake me pos deitada na mesa com sal acima do umbigo e me pos um limão na boca. Me olhou com um sorriso muito malicioso e piscou para mim. Lambeu o sal da minha barriga enquanto me olhava diretamente nos olhos, não era como os outros, que prestavam atenção somente na bebida. Rapidamente pegou o copinho e engoliu toda a tequila. E mais rápido ainda, pegou o limão da minha boca, chupou e soltou no chão limpando a boca com a parte de trás do braço logo em seguida.

- E eu?

- Você não pode. – Falou Jake paternal. Percebi então o ciúmes dele.

- Nem se for em você? – Falei quase tocando nossos lábios com ar de inocente.

Em um pulo a criança deitou na mesa e gritou:

- Faz o que quiser, meu corpo é seu.

Sentei em cima dele e pus o limão na sua boca. Sem me esquecer do sal no tórax e do copinho com dequila do lado da sua cabeça.

Lambi o sal olhando em seus olhos enquanto acariciava suas costas, bebi a tequila e tirei o limão da sua boca, para isso me debruçando em cima dele e ficando praticamente deitada. Soltei o limão do lado dele e dei um selinho demorado, deixando-o com esperanças de quem conseguiria algo mais. Sou má.

Saí de cima dele, joguei os pedaços de limão no lixo, lavei as garrafas vazias e peguei mais bebidas no armário. Sim, eu tenho um estoque, pra quando a depressão ataca, sabe como é...

Ficamos virando garrafas e conversando com a televisão ligada. A noite acabou com todos dormindo em um montinho gigante no meu tapete da sala. Menos a Sammi e o Jinxx. Bom, não vou descrever mais nada desses dois, viu.