Pov Andy

Aquela garota, Laura, eu realmente gostei dela. É claro que eu não tinha a mínima intenção de casar e criar um renca de crianças com ela, mas daria um bom namoro se a gente não morasse tão longe.

Mas nisso eu penso depois.

No dia que a gente se conheceu, Ash ficou secando ela e mesmo nem conhecendo a menina já fiquei morto de ciúmes. Sei que foi muito gay da minha parte sentir isso mas mesmo assim, eu gostei dela.

Aí depois ela foi para o sítio com a gente. E eu não dava descanso. Cantei ela umas oitocentas vezes. A Manu até pos a gente junto em um quarto. Mas a menina parecia não ligar pra mim.

Tipo, ela me tratava bem e tal, mas com uma indiferença que me irritava. Ela me tratava do mesmo jeito que tratava o CC, o Jake, o Jixx, e o Ashley. O que me deixava irritado. Quer dizer, eu sabia que o Ash estava de olho nela, mas eu não queria uma noite só, queria duas semanas ao lado dela. Tá isso foi ridículo, mas mesmo assim.

Na hora de dormir, ela simplesmente deitava na cama do meu lado e ficava conversando comigo, como se nenhum de nós tivesses outras intenções estando na mesma casa, no mesmo quarto, na mesma cama, com o mesmo lençol. Ela conversava comigo, me desejava boa noite e logo virava para o outro lado e dormia.

Ao mesmo tempo que era indiferente, ela parecia não se incomodar com as minhas cantadas. Acordávamos abraçados todas as manhãs e ela não estava nem aí, como se fosse a coisa mais normal do mundo dormir normalmente e acordar com um cara abraçado na sua cintura. E ela era tão espontânea e natural. Não era o tipo de garota que ficava medindo as palavras o tempo todo com medo de falar alguma coisa errada.

Ela pensava e falava. E foda-se.

Mas eu precisava esclarecer as coisas. A gente tava indo viajar e eu pensando em tudo isso na viagem. Eu precisava dar um jeito de saber se ela tá afim de mim ou não. Porque eu quero pegar uma brasileira, mas sei que se pegar qualquer uma logo depois de passar uma semana dando em cima dela e ela estiver afim, a menina vai ficar mal. A não ser que ela esteja pouco se lixando pra mim, daí eu tenho liberdade pra fazer o que quiser.

Chegamos no Rio de Janeiro, eu fui a viagem toda perdido nos meus pensamentos de como pegar aquela menina, ou me livrar dela, sei lá.

A cidade era maravilhosa. Um lugar mais lindo que o outro, inclusive aquelas praias que pareciam não acabar mais. Passamos na frente de várias boates, restaurantes, cafés, e tudo que se pode imaginar. A Laura e a Manu nos explicavam tudo que precisávamos saber da cidade e todos prestavam bastante atenção. Estávamos fascinados.

Esperei que todos fossem para seus respectivos quartos para conversar com ela. Lembro bem de sua feição quando lhe disseram que ficaríamos juntos em um quarto. Nem felicidade, nem tristeza, e isso me irritava, sua falta de opinião em relação a mim, sua indiferença.

Ficamos só nós dois no saguão enquanto ela acertava os últimos detalhes, já que a segunda guia, Manu, devia estar fazendo coisa melhor com o Jake.

O carinha da recepção só faltava arrancar a camiseta da minha Laura ali mesmo. Mas eu não ia deixar. Ela era alta, o que me permitia por os braços em volta de sua cintura perfeitamente. Me encaixei nela,  e percebi que ela corou, ao mesmo tempo em que o cara deu uma diminuída nas conversinhas bobas. Pela primeira percebi algo diferente nela. Talvez desejo, talvez felicidade.

Assim que saímos de perto do balcão ela virou pra mim:

- Por que você fez aquilo, Andy? Por quê? – Perguntou irritada.

- Laura, eu não sei, eu...

- Não responde, é melhor.

- É que, sei lá, eu gostei de você, eu queria tentar alguma coisa sabe.

Menina bipolar. Seus atos demonstram satisfação, mas suas palavras são mais parecidas com raiva ou alguma coisa assim.

Ela ficou quieta enquanto estávamos no elevador. Estranho. Mas assim que entramos no quarto ela desembestou a falar de novo.

- Andy, eu com certeza vou me decepcionar. Você é o Andrew Biersack, desejo de meio mundo. Acha mesmo que eu vou acreditar que você tá afim de mim?

- Talvez não acredite, mas deveria.

- Por que eu deveria? – Ela era rápida, eu começava a me perder nos meus pensamentos.

- Porque eu to falando a verdade.

- E uma prova disso é...

- Que tinha uma loira bem ajeitada no balcão e eu não quis nem saber dela.

- Resposta errada, Biersack. Se estivese afim de mim nem olharia para a moça do balcão. Caiu em um truque da própria mente ein... – Que malvada, ela se aprofeitou da minha confusão momentânea, e isso não vai ficar barato.

Andei até ela e antes que pudesse reagir a deitei na cama enquanto a beijava. Não há dúvidas de que o que sinto por ela é puro, talvez até amor. Se fosse como o que sentia pelas outras, desejo, eu só pensaria em levá-la para a cama. Mas com ela não era só isso. É claro que eu não queria brincar de mamãe-filhinha com a menina, mas era algo diferente, algo especial.

Pov Laura

Por que o Andy me deixava tão confusa? Quero dizer, eu sabia, bem no fundo que estava afim dele, mas não admitiria isso. Até porque ele já tentou arrancar minha roupa algumas vezes e eu fui extemamente grossa.

No caminho até o Rio ele nem abriu a boca o que me deixou confusa.

Depois que só ficamos nós dois lá no saguão e eu falva com o balconista gatinho do hotel, que estava visivelmente dando em cima de mim, o Andy chega pelas costas e me puxa pela cintura colando nossos corpos? Ah, vai se ferrar ele.

- Por que você fez aquilo, Andy? Por quê? – Perguntei forçando uma irritação anormal.

- Laura, eu não sei, eu...

- Não responde, é melhor.

- É que, sei lá, eu gostei de você, eu queria tentar alguma coisa sabe. – Ah, claro. O vocalista do Black Veil Brides gostou de mim. Agora eu posso morrer feliz. Aí eu cortei minha própria felicidade, porque no fundo sabia que aquilo era enganação. Fala sério, ele pode pegar quem ele quiser e acaba me escolhendo?

No elevador fiquei quieta e no corredor, idem. Só ao entrar no quarto comecei a falar:

- Andy, eu com certeza vou me decepcionar. Você é o Andrew Biersack, desejo de meio mundo. Acha mesmo que eu vou acreditar que você tá afim de mim?

- Talvez não acredite, mas deveria.

- Por que eu deveria? – Perguntei estreitando os olhos.

- Porque eu to falando a verdade.

- E uma prova disso é...

- Que tinha uma loira bem ajeitada no balcão e eu não quis nem saber dela.

- Resposta errada, Biersack. Se estivese afim de mim nem olharia para a moça do balcão. Caiu em um truque da própria mente ein... – Tá. Nem sei porque raciocinei tão rápido, mas fiquei me sentindo super fodona. Ah, fala sério, a resposta foi muito boa né? Enfim, ao mesmo tempo em que sentia que poderia ser uma furada, eu queria realmente acreditar nele.

E então fui surpreendida por um Andy que veio até mim na velocidade da luz, começou a me beijar e me jogou na cama.

Antes que eu pudesse detê-lo arrancou minha camiseta seguida pela calça. Parou o beijo por um instante, tempo em que arrancou a própria camiseta, e voltou a me beijar enquanto puxava sua calça preta e justa para fora do corpo.

Tiramos as roupas íntimas e ele me penetrou enquanto eu senti um misto de prazer e insegurança. Meu, o cara era Andrew Dennis Biersack, quer o que?

Os movimentos começaram fracos, aumentando cada vez mais até que paramos juntos ofegando. Os olhares se encontraram e um beijo romântico começou, contrastando com os momentos movimentados que vieram anteriormente.

Assim que terminamos, ele se deitou por cima de mim, e sussurrou em meu ouvido:

- Eu te amo! – Disse e eu juro que me emocionei. Sério, não é ironia.

- Andy, eu...

- Só fala que também me ama!

- Eu também te amo!

Ele me deu um beijo e se deitou ao meu lado.

- Não é só porque sou um vocalista famoso que não posso me apaixonar por uma garota comum. Seria muito difícil com uma pessoa perfeito como você ao meu lado.

- Eu nem preciso dizer como é fácil uma garota comum se apaixonar por uma estrela do rock né?

Rimos juntos. Ficamos conversando ali e nos declarando até cansarmos e dormirmos nos braços um do outro.