Casal novo, casal novo. Adoro!!!

- Alguma sugestão de programação, La?

- Nada!

- Então vamos passar no bar do Jonas e a gente compra cachaça. Nada melhor que pinga pra esse povo de cidade grande que só conhece vodka e whisky.

A gente ficou conversando em inglês pra todos poderem participar. Eu e Jake ficávamos sempre juntinhos. Tão fofos. Até que quando estávamos passando pelo bar e Ash entrou com a Laura para comprar a bebida, passou a Julienne.

A linda da Julienne, que eu amo tanto. Vadia. Quando ela passou, nós estávamos todos conversando. Jake encostado na parede, e eu encostada com as costas nele. Ela veio falar comigo.

- Que saudades de você, querida. - Só sorri bem falsa.

Ela fez questão de cumprimentar todos os meninos, inclusive a Sandra e a Sammi. E a filha da mãe falava inglês. Ela então começou a dar em cima do Jake. Vaca. Justo ele?

- Nossa, amei o seu cabelo... – Filha de uma égua. Aposto que odiou o cabelo dele, mas enfim. – Quem foi que cortou?

- A minha namorada. – Jake viu que ela estava me irritando e entrou no jogo dela.

- Ah, e ela não tá aqui não? A gente podia aproveitar. – Falou mordendo o lábio inferior e olhando para Jake como se fosse dar ele. Coitada. Até parece que ele comeria ela. Otária. Tá, parei.

- Na verdade, ela tá bem aqui. – Ele falou e apontou pra mim. Nem sem graça a menina ficou. Abriu um sorriso maior ainda e ainda falou com um pra que todos nós, já de queixo caído, ouvíssemos:

- Isso vai ser muito divertido!

Quando ela virou as costas pra sair eu falei baixinho:

- Vou arrebentar a cara dessa vadia. – Logo em seguida dei um pulo em direção a ela, já com as mãos fechadas pra dar um soco no focinho dela, mas a Sandra me segurou sendo seguida por Jake e Andy.

Explicando quem é a Julienne porque até agora eu só xinguei ela. A menina era filha do homem que era prefeito da cidade antes do meu pai assumir. Ele foi tirado por roubar a prefeitura, e depois disso nunca mais foi eleito. E ele tinha muita raiva do meu pai por ter assumido o lugar dele.

Até aí eu e Julienne éramos muito amigas, mas o pai dela fez lavagem cerebral na menina pra me odiar, só pode. A partir daí ela tomou raiva de mim total. Sempre que eu saía com um menino, ela namorava ele, quando parei de fazer chapinha, ela começou a enrolar o cabelo também, e por aí vai. Mas em uma coisa ela não conseguiu, nas aulas de violão. A menina era um porta quando se tratava de música, e a maioria dos outros assuntos também, mas beleza.

Basicamente foi isso que ela me fez. Só. Vadia. Enfim, voltando pra realidade.

Jake tratou de me acalmar, ajudado por todos. Em menos de dois minutos o Ash e a Laura saíram do barzinho e a Sammi, fofoqueira, contou tudo pra eles. Com detalhes. E com as mesmas palavras da Julienne, a Sammi deveria ser jornalista.

- Que otária. Da próxima vez que contrarem com ela fica de mão dada, ou semi-enfia a aliança no nariz dela, pra ela ver que não é pra chegar perto dele. – Laura.

- Vou mesmo. Jake, se você olhar pra ela você morre. – Ele nem respondeu. – Ouviu? – Fez que sim com a cabeça.

Fomos para casa e resolvemos tomar banho. O único que já tinha tomado antes de sair era o Andy e por isso ele ficou com a Laura na sala. Aqueles dois iam dar certo, não é possível. O Andy quase morreu porque a menina foi comprar a bebida com o Ashley. E ela também tá toda derretida por ele. Ainda bem que eles são solteiros e podem ficar. Perdeu essa, Ash.

Quando entramos no quarto:

- Então, quem é a menina lá? A loira. – A falsificada da Julienne.

- A Julienne, uma antiga amiga.

- Gostosa. – Jake falou despreocupado.

- JAKE SEU FILHO DA P*TA. TÁ LOUCO? VOCÊ TÁ PEDINDO PRA MORRER, SÓ PODE. E VAI MESMO. É MELHOR DORMIR COM TRÊS CALÇAS A PARTIR DE HOJE. – Gritei pulando em cima dele quase estapeando o seu peito nu, já que ele tirou a camiseta ao entrar no quarto.

- Calma, calma. É brincadeira, eu não gostei dela ok? Prometo que eu não te troco por ela nem por nada nesse mundo. – Falou depois de trocar as posições, ficando por cima e mim e me imobilizando. – Você é a ciúmenta chata que eu mais amo no mundo. – Me beijou calmo. – Eu ainda preciso dormir de calça? Quer dizer, posso voltar a dormir a vontade perto de você? Certeza que não vai me machucar? – Rimos.

- Nunca! – Ele fez uma cara assustada. – Nunca vou te machucar, né otário!

Ele me deu outro beijo e já estávamos passando para o próximo estágio quando a Sammi bateu na porta. Fui até lá e a abri.