Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 5
Capítulo 5: Conspirações Paralelas


Notas iniciais do capítulo

Yo! Mais um capítulo que saiu mais cedo.
Como minha fase bonzinha já passou e os capítulos estão saindo de forma muito aleatória, eis uma pequena filadaputagem: eu posto o próximo quando eu considerar que o número de comentários por capitulo tenha atingido uma média aceitavel ~evil smile~
Com a crueldade feita, Enjoy:



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Com boa parte das roupas em frangalho e depois de desenvolver uma fobia por pequenos mamíferos, Levy chegou cambaleando ao fim do circuito.


Sentado na frente de uma pitoresca cabana de palha, Natsu estava descansava com causalidade na frente da entrada, como se estivesse divagando.


– Você poderia ter me avisado que aquelas coisas são treinadas para não machucar pessoas! – rosnou Levy furiosa, enquanto a parte curiosa da sua mente se perguntava porque havia uma lapide ali.


– Happy, você poderia recolher os suricates? – pediu ele, antes de se virar para a Levy – Quando você descobriu?


– Quando eu tropecei e essas criaturas destroçaram meu suéter – disse ela, enquanto Happy saía com um “Aye sir!” e carregando uma gaiola – Por quanto tempo eu corri?


– Meia hora – disse Natsu calculando o tempo nos dedos.


Aquilo fez Levy cair em um profundo abismo desespero, ela já estava exausta.


– O que eu faço agora? – perguntou ela se resignando.


– Se veste – disse Natsu lhe atirando um pequeno colete, igual ao dele, só que fechado – Vai ser estranho se alguém te ver sair da floresta com as roupas quase desaparecidas.


–É um bom ponto – disse ela enquanto ele fechava os olhos – De onde tirou isso?


– Eu usava quando... – disse ele tentando lembrar – Tinha o seu tamanho.


– Vamos parar com as piadas sobre a minha altura – reclamou ela – Pronto! E agora?


– Flexões – disse ele animadamente abrindo os olhos – Umas 100, para aquecer.


Um longo tempo depois...


– Setenta e nove... – dizia ela sem fôlego enquanto forçava os braços se dobrarem mais uma vez – Oiten... Natsu, você dormiu?


Havia vários minutos que o mago não falava nada, e estava com os olhos fechados.


– Estou pensando – disse ele ainda sem se mover.


Levy riu.


– Gostaria de compartilhar seu pensamento? E assim se poupar desse árduo exercício – era uma constatação gentil, mas veio na forma de uma alfinetada.


– Estou tentando entender o motivo da aversão de Lucy pela Lisanna e vice-versa – disse ele, ainda naquele modo zen – Até agora nada.


Levy soltou um muxoxo de compaixão, ou podia ser de cansaço, ela não saberia dizer.


– Se eu lhe explicar parte do problema, você tira essa carranca pensativa assustadora? – disse ela parando os exercícios.


Os olhos de Natsu se abriram subitamente.


– É algo bastante fácil de entender Natsu: A Lisanna sente que foi substituída pela Lucy e a Lucy sente que ela só foi uma substitua para Lisanna enquanto você achava que ela estava morta – era apenas uma pequena parcela de um problema complexo, mas foi o suficiente para Natsu.


– Isso faz sentido, mas é idiotice – disse Natsu – Nakamas não são figurinhas, para que possam ser trocados, substituídos e coisa do tipo.


– As pessoas não racionais em todos os assuntos, Natsu – disse ela enquanto Happy surgia de volta, carregando uma gaiola cheia de suricates.


– Obrigado pela ajuda, Levy-chan – disse Natsu dando um de seus sorrisos dracônicos, antes de acrescentar –Mas isso não quer dizer que eu não notei que faltam ainda vinte flexões.


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– Que diabos! – explodiu Gajeel – Estamos nisso a duas horas, como o modo que eu uso para abrir a porta pode estar errado.


Lucy suspirou exasperada.


– Você puxa com muita força e muito rápido, como a garota fosse uma inapta que não pudesse fazer isso sozinha – disse Lucy demonstrando o movimento – Você deve mostrar elegância.


Não adiantava, parecia que as juntas de Gajeel eram engrenagens incapazes de reproduzir um movimento suave daqueles.


– Vamos fazer uma pausa para o almoço – disse ela ao ver mais algumas tentativas falhas.


Gajeel suspirou, aquilo ia dar muito trabalho.


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– Almoço! – anunciou Natsu, se aproximando com três pratos tampados.


Levy parou seus abdominais. Comida!


Mas assim que a viu, seu animo sumiu.


– O que exatamente é isso? – perguntou ela apontando para o pequeno morro de trinta centímetros.


– Você precisa aumentar sua ingestão de calorias, para criar músculos – disse Natsu com a boca cheia, seu prato tinha pelo menos o dobro do tamanho – Se não vai ficar seca como um osso.


– Não a possibilidade de eu comer isso tudo – disse ela resoluta.


– Uma pena, depois disso viria os doces, para usar a energia do açúcar – disse Natsu, metade do conteúdo da sua refeição já tendo desaparecido.


– Agora que você disse, eu fiquei com fome.


– Vocês são bobos - disse Happy - Tudo o necessario em um refeição é peixe!


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Muito mais tarde, ainda naquele dia, na guilda...


Gajeel, exausto, estava jogado em um banco, sendo o único ali além da Cana e da Mira.


– Porque você está com a aparência de quem foi atropelado por um trem? – disse Natsu se aproximando.


– Digamos que eu estive em um treinamento exaustivo – disse Gajeel – Mas isso não é da sua conta. Onde você estava? Aquelas duas psicopatas ficaram me enchendo o dia todo para eu te encontrar com o meu faro.


– Ajudando alguém – disse Natsu, no mesmo tom de suspeita, fazendo Gajeel franzir o cenho – Apesar de que vai ficar complicado fazer isso regularmente sem ser notado.


– Você só precisa assumir uma missão chata, mas que lhe de tempo livre – Gajeel disse, antes de notar que esse conselho servia para si mesmo – O difícil é achar uma missão do tipo. O quadro está quase vazio, com tanta gente trabalhando.


Natsu viu algo em um dos cantos da guilda.


– Aquilo é uma Juvia depre naquele canto? – disse Natsu farejando – É, eu ou você pergunta?


– Você – disse Gajeel, fingindo não ter interesse – É a sua fase de bondade excessiva, eu gastei toda a minha salvando seu traseiro na Batalha da Fairy Tail.


– Chato – disse Natsu se levantando.


Ele se aproximou do canto onde ela estava.


– Oi Juvia – disse ele puxando um banco – Qual o motivo para a depressão?


“Suave como uma manada de elefantes andando sobre cristal enrolado em lata” pensou Gajeel, que estava concentrando todo seu Dragon Sense na audição.


– Natsu-san – disse ela levantando os olhos úmidos – Eu estou bem...


– Uma ova – disse Natsu – Não sou tão burro quanto me tacham, vamos, diga, eu estou me sentindo estranhamente simpático hoje.


– Eu queria convidar o Gray-sama para mais um encontro – disse Juvia incerta, olhando para as próprias mãos – Mas eu não sei como fazer... E se ele já tiver achado outra...


Para Natsu aquilo foi o suficiente.


– Juvia – disse ele com paciência – Eu vou sair amanhã em uma missão de aprendizado, não quer vir junto? Há uma pequena chance que o ambiente a influencie a desenvolver algum orgulho próprio, ou então um pouquinho de auto-estima.


– Que tipo de missão, Natsu-san?


– Não sei ainda, e pela bondade divina, pare de usar –san – disse Natsu, com a paciência esgotada – Eu até te ajudo a esnobar o Gray depois, aceita?


Ela assentiu tão enfaticamente que Natsu pensou que a cabeça dela podia cair.


– Vou procurar uma missão – disse ele se levantando.


Mira lia uma revista de modo distraído quando Natsu se sentou em frente ao balcão.


– Minha filosofia de vida envolve não me meter em conspirações alheias – ela avisou sem tirar os olhos da revista.


– Eu nem disse nada ainda! – reclamou Natsu.


– Você estava conversando aos sussurros com o Gajeel e depois com a Juvia, e tem um tira de tecido que se parece perturbadoramente com algo vindo das roupas da Levy no seu colete – disse ela fechando a revista – Se isso não parece um plano diabólico, eu sou um diabo-da- tasmânia.


– Certo – disse Natsu, resolvendo usar sua abordagem direta – Mas é por uma boa causa.


Ela tinha uma opinião firme, o que fez ele apelar.


– Hidden technique: Puppy Eyes – sussurrou ele, antes de usar seu melhor olhar de piedade.


Mira achou que aquele era um truque muito sujo.


– Não adianta – disse ela virando o rosto – Eu n...


– Supreme technique: Fake Tears – aquela era a última carta que Natsu tinha na manga.


Mirajane não conseguiu resistir a aquilo.


– Ok, seu chantagista infernal – disse ela se virando – Pare de me encarar com essa cara de cachorrinho abandonando na chuva.


Natsu sorriu largamente.


– Então você vai me ajudar?


– Sim – disse ela, enquanto a fofura sumia magicamente dos olhos deles – Quem irá?


– A Levy, a Juvia e é claro, eu – ele disse enquanto ela remexia em uma pasta de arquivo – Uma em algum lugar o suficientemente longe, se possível.


– Eu não vou nem perguntar – disse ela enquanto puxava um papel de trabalho – Eu estava guardando esse para mim, é fácil e vai demorar pelo menos 3 dias. Eu só tenho uma condição para lhe entregar esse...


Natsu sentiu um calafrio.


– Esse trabalho e muitíssimo simples, vocês só tem que pegar para mim as amostras de uma nova linha de roupas de grife, mas..., como vocês vão estar a meu serviço, eu acho justo que vistam algo mais.... estiloso do que o normal.


O arrepio na espinha foi justificado.


– Eu tenho alguma escolha? – quando ela acenou de forma negativa(mas ainda mantendo a face adorável) Natsu suspirou – Então sim.


– Obrigado! – disse Mira animada, e em questões de segundo a visão dele foi limitada a um pedaço de tecido rosa(n/a: não sei a definição exata da cor daquele vestido da mira).


– Mira-a, eu preciso-o de ar – disse ele se tentando livrar do abraço.


O oxigênio pareceu ter um gosto deslumbrante quando ele conseguiu se livrar do abraço.


– É melhor chamar a Levy, temos muito trabalho a fazer – disse a Mira saltitante.


“Ótimo” pensou Natsu “Nada como brincar de boneco viva com uma maga demônia”


Natsu encontrou Gajeel do lado de fora.


– Porque diabos a Garota assustadora enfiou sua cara nos peitos? – disse Gajeel com toda sua fineza.


– Acho que o termo técnico é “abraço exagerado” – disse Natsu massageando o queixo – Acho que isso deslocou minha mandíbula.


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No outro dia, na guilda...


Lucy estreitou os olhos com suspeita.


– Ok, eu acho a idéia da missão válida – disse ela enquanto comia seu café da manhã – Mas o que você quis dizer com uma segunda opinião?


– Bom, já que você está me ajudando devido à chantagem, eu resolvi garantir que seus ensinamentos estão corretos – disse ele rindo asperamente, e terminou em voz baixa – Mas você não vai gostar...


Ele apontou com o polegar para alguém que se aproximava.


– Lisanna – disse ela friamente, recebendo apenas como resposta um “Lucy” no mesmo tom.


Gajeel resolveu assumir o controle da situação.


– Escutem – pediu ele – Se vocês duas querem F#$%$ o Salamander, isso realmente não é assunto meu, mas uma trégua seria possível? – disse Gajeel com toda sua delicadeza natural.


É muito provável que ele acabaria brutalmente assassinado, se não fosse por um trio que entrou no hall da guilda.


– E o que seria isso? – disse ele olhando para a porta, o maxilar caindo gradativamente.


Mira havia realmente havia se divertido com eles: Ela transformara Natsu em algo que lembrava a um daqueles motoqueiros machões (o que Gajeel achou bem irônico, considerando que o mago em questão não conseguia nem andar de triciclo) enquanto a Juvia estava usando suas vestes pré-edolas, enquanto Levy...


O cérebro do Gajeel entrou em estado de auto-reparação antes que ele pudesse mentalizar uma descrição, então digamos que ela estava se parecendo com a sua edo-versão.


– Estamos prontos, Mira! – anunciou Natsu enquanto se coçava, o excesso de roupas o incomodava.


Mira soltou um som que poderia ser um Kyaaah de emoção.


– Fantástico – disse ela entregando a carta do trabalho – Divirtam-se em Sin City.


– Existe essa possibilidade – disse Levy – mas é remota.


Enquanto elas conversavam sobre algo, Natsu sentiu algo colidir com a sua testa, e logo ele e Gajeel se encaravam na posição “rival”.


– Salamander, que diabos? – perguntou ele em voz baixa.


– Eu disse que estava ajudando alguém – riu Natsu – não sente que estamos com os papéis trocados?


– É uma sensação incomoda – rosnou ele – Caso você tenha alguma teoria estúpida, não a revele.


– Minha boca é um tumulo – garantiu Natsu – Observe a cara do Gray ao saber que a Juvia está em uma missão comigo, eu vou querer detalhes.


– Observar? Eu vou fotografar – disse ele rindo.


Mira observou aquilo com um sorriso.


– Eles me lembram a eu e a Erza quando éramos mais jovens – comentou ela para Levy – Alguma chance de você o ajudar? – disse ela com ênfase em ajudar.


– E arriscar sofrer da fúria de uma daquelas duas? – perguntou Levy – Eu não tenho toda essa coragem, Mira-chan.




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Notas finais do capítulo

Comentários? Para vocês não ficarem muito tristinhas, eis uma imagem aleatória que eu vi no facebook
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