Prisioneira Dos Desejos escrita por RafaM


Capítulo 10
O tão esperado beijo


Notas iniciais do capítulo

Desculpa! eu disse que ia postar ontem, mas minha mãe chegou quando eu tava digitando e eu tive que sair do pc pra falar com ela! só to postando agora de noite porque passei quase o dia todo no hospital porque minha mãe teve que fazer uma cirurgia...
Enfim... a maioria desse capítulo é sobre a história do Minato e da Kushina e para os que estão ansiosos para quando o NaruHina começa eu tenho uma surpresa para vocês no fim do capítulo.
e desculpa os erros de pontuação! é que eu salvei e ficou assim! eu colocava em editar, mas dava erro! sinto muito, mas eu não consegui ajeitar



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Naruto? O que faz aqui? perguntou mostrando seu mais largo sorriso.
Sorriso que lentamente se desfez ao escutar o que o loiro disse a seguir.
Minato murmurou o loiro fazendo uma careta. Como teve coragem? Porque mentiu para mim... pai. sussurrou o loiro num tom de voz ameaçador. se bem que... você não tem o direito de ser chamado de pai, não?
C-como d-d-descobriu?
Perguntou o mais velho, mas foi facilmente ignorado pelo outro que passou por ele e entrou na casa sem sua permissão.
Se ainda restavam dúvidas sobre a raiva que o Uzumaki possuía, elas sumiram assim que ele começou a esmurrar as paredes obviamente tomado pela raiva que sentia.
Tente ficar calmo e me escutar. pediu inutilmente o Namikaze.
Eu não quero ouvir suas mentiras! gritou o menor partindo com um soco para cima do mais velho.
O que ele não esperava era o que aconteceu ao seguir: Minato havia parado seu punho com uma das mãos como se não fosse nada, o que era assustador já que ele colocou toda a sua força naquele braço.
Se quer me bater, antes aprenda a lutar. disse calmamente como se dissesse a coisa mais normal do mundo.
Eu... Não... gaguejava o jovem levando as mãos aos ouvidos tentando não escutar o que o outro dizia.
Eu sei que quer ouvir. disse para a surpresa do filho enquanto o jogava no sofá e sentava em uma poltrona de frente para o mesmo. Se não quisesse, não teria gastado gasolina vindo até esse lugar que tanto odeia.
Ambos passaram a se encarar tendo que conviver com um silêncio nada agradável que permanecia entre eles até que o Namikaze o quebrou.
Você querendo ou não, eu vou contar. Tudo começou quando eu me mudei para este prédio. começou ele.
Em um dia aparentemente normal como qualquer outro eu saí para trabalhar. Bem... Teria sido normal se não tivesse sido a primeira vez que eu a tinha visto.
Seus Cabelos eram incríveis, em um tom de ruivo que eu nunca havia visto. Em seus olhos era possível ver uma alegria única. Poderia ser somente mais uma mulher como todas as outras, mas eu a achei diferente de algum modo. Talvez por parecer tão confortável e por não deixar de ser elegante num lugar como esse. Não pude evitar notar que ela, ainda que com toda essa simplicidade, não combinava com o tipo de pessoa que vive aqui. Mas ao meu ponto de vista, seu único defeito era a aliança que permanecia na sua mão esquerda indicando um possível casamento.
A cada dia que passava eu a observava pela janela do meu apartamento buscando todos os simples detalhes.
Foi assim até que eu tomei coragem para me apresentar a ela.
Oi, sou Minato, eu disse dando um sorriso, mas ela notou o meu desconforto já que minha frase saiu muito mecânica. Como se eu estivesse decorado um texto o que não deixava de ser verdade já que eu ensaiei tanto para dizer essa simples frase e ainda foi um completo desastre. Mas, fiquei feliz ao ver que ela estava se divertindo mesmo que fosse pelo meu nervosismo.
Prazer Minato-kun, eu me chamo Kushina, falou a mulher sem esconder seu mais largo sorriso.
Depois do nosso pequeno diálogo passamos a conversar cada vez mais e nos tornamos muito mais próximos do que eu poderia imaginar, o que, consequentimente, trouxe de brinde a desconfiança do seu marido. Quando o conheci não pude deixar de reparar na idade dele. Era muito mais velho que eu e com idade até para ser meu pai. O que uma moça como Kushina estaria fazendo com ele? Pelo que pude observar da relação dos dois foi que ela o encarava não de um jeito que uma mulher olha o homem que ama, e sim do jeito que alguém olha para outra pessoa qualquer ou até com um desprezo aparentemente invisível. Eu não notaria isso se não a conhecesse tão bem.
Jiraya, seu marido, logo a proibiu de me encontrar, mas isso não nos impediu de nos encontrarmos longe de suas vistas no meu apartamento. Quando ela me propôs isso eu fiquei surpreso já que não imaginava que ela fosse voltar a falar comigo. Foi em um desses encontros que tudo aconteceu.
Eu havia perdido todo o meu controle e naquela noite realizei meu desejo e a beijei. Naquela hora tudo que eu pensava era que nunca mais esqueceria o gosto dos seus lábios sobre os meus e até esqueci-me das consequências do que estava fazendo.
Minha sanidade só retornou quando ela me empurrou delicadamente as lágrimas já cobriam seu rosto. Levei minha mão até seu rosto, mas ela se afastou assustada.
Você é cruel! Você é somente meu amigo. Não vê que eu sou casada?, perguntou desviando o olhar.
Não. Você é que é cruel., eu disse e ela arregalou os olhos não vê que eu sou completamente apaixonado por você?, perguntei sorrindo por finalmente ter me declarado.
Depois disso, ela ficou sem palavras e simplesmente me beijou.
Nesta mesma noite, eu a tive pela primeira vez.
Com o passar do tempo eu estava cada vez mais animado com o nosso relacionamento, mas não durou muito já que com dois ou três meses no máximo ela passou a falar cada vez menos comigo e chegou até o ponto que ignorava quando eu a chamava.
Era impossível eu não me preocupar e eu decidi que não deixaria ela fugir de mim.
A segui até que ela passou por um beco e eu não vi oportunidade melhor para aparecer e a prensei contra a parede.
Está sendo divertido para você fugir de mim, Kushina?, sussurrei perto da sua orelha gostando de ver como ela se arrepiava.
M-Minato-kun? O que você pensa que está fazendo?, perguntou tentando parecer ameaçadora. O que é claro, não funcionou.
Não era eu que deveria está fazendo esta pergunta?, rebati no mesmo tom.
Ela baixou a cabeça envergonhada e eu não pude deixar de achar esse ato adorável.
Tens razão, sorriu forçadamente. Eu não posso esconder a verdade de você, disse, mas parecia que ela fala mais para si do que a mim.
E qual seria a verdade?, perguntei temeroso, mas nem podia imaginar o que ela responderia a seguir.
Eu to grávida., disse a ruiva olhando nos meus olhos.
É meu?, perguntei em dúvida o que me levou a receber um tapa forte no rosto.
É claro seu idiota! Como pode duvidar de uma coisa dessas?, perguntou triste.
Mas... como tem tanta certeza de que não é dele?, murmurei irritado.
Porque parece tão difícil de acreditar que não é do Jiraya? , perguntou com cada vez mais raiva.
Kushina! Você é casada com ele então, como posso não desconfiar? Pare de reclamar e me responda a minha pergunta., praticamente rosnei.
Ele nunca tocou em mim seu idiota! , respondeu num tom bem mais assustador que o que eu havia usado.
Mas como? Ele é seu marido!, gritei tentando entender.
Pode até ser, mas não é porque eu quero e sim por um estúpido acordo entre ele e o meu pai. É mais como um contrato de negócios. depois do que ela disse não pude deixar de soltar um suspiro de alívio, mas logo me toquei do que ela dissera.
Mas... ele vai acabar sabendo que você espera um filho e ele logo saberá que eu sou o pai., conclui.
Ele não pode me fazer mal se não o acordo entre nossos pais está acabado. O que tenho certeza que ele não gostaria nada que aconteça já que ele lucra tanto com isso atualmente. E quanto a você... Ele não precisa saber que é o pai. sorriu.
Mas eu quero o meu filho!, gritei.
Infelizmente isso é impossível. Se Jiraya descobrir que você é o pai, é capaz de qualquer coisa e até mesmo matá-lo. me explicou. me dê somente um tempo... depois de uns anos talvez...
Anos?, perguntei a interrompendo. Mas é muito tempo!, gritei.
Sinto muito, mas até que eu volte a falar com você, eu quero que se mantenha longe de mim. Depois desse tempo, eu prometo que arranjo um jeito para te colocar dentro daquilo que ele chama de casa., ela sorriu forçadamente e começou a se afastar de mim como se fosse embora, mas a segurei pelo braço.
Vai embora sem me dar um beijo?, perguntei fingindo irritação.
É lógico que não., sorriu antes de encostar os lábios no meu. Senti certa ansiedade e eu notei porque esse beijo era diferente dos outros. Era um beijo de despedida. Eu te amo Minato, não pude evitar sorrir. Era a primeira vez que ouvi isso dela.
Idem, respondi e vendo a irritação dela falei a frase completa. Err... Te amo, disse corado pela primeira vez.
Acho bom, disse antes de sumir da minha vista, mas não antes de eu ver uma lágrima escorrer pelo seu rosto.
Foi a ultima vez que falei pessoalmente com ela durante um bom tempo
O tempo ia passando e eu estava a ponto de surtar. Sempre que a via passar pela janela do meu apartamento meu coração doía. Parecia o começo de tudo onde eu a observava silenciosamente e não tinha coragem de ir falar com ela, mas agora era diferente. Eu não possuía escolhas.
Agora eu observava não a jovem moça de antes, e sim uma mulher feita e madura com uma linda criança no colo. Não podia deixar de me emocionar afinal era uma cópia perfeita de mim que ela carregava.
Mas o pior é que agora, diferente de antes, a ruiva retribuía meus olhares como se reunisse coragem para falar comigo, mas nunca era o suficiente, pois logo essa coragem sumia ao ver Jiraya a esperando do outro lado da rua.
Os meses se passavam cada vez mais lentos e eu já estava perdendo as esperanças. Estava cansado de tanto esperar por algo que parecia não vir nunca. Surpreendi-me quando escutei o barulho de alguém na porta e logo corri para abrir.
Quem estava na porta me assustou. Na frente estava Jiraya com uma expressão arrogante e atrás dele estava Kushina encolhida.
Vim propor a você uma oferta irrecusável, disse o velho me encarando. que acha de ser professor particular do meu... err... filho murmurou a ultima palavra forçadamente.
Perfeito disse depois de muito pensar e entender que aquela era a minha chance. Finalmente.
E assim eu passei a morar com a minha família.
Tudo ia perfeitamente bem. Sempre que podia eu me encontrava com Kushina, mas nada que passasse de alguns beijos, pois ela sempre me parava assustada e eu não conseguia entender o motivo. Parecia que tinha certo medo de uma aproximação maior.
A cada dia eu me tornava mais próximo de Naruto que já estava com cinco anos e isso realmente me animava.
Estava tudo perfeito até que eu encontrei Kushina chorando escondida na cozinha.
O que foi?, perguntei acariciando seus cabelos.
M-Minato... !, me chamou com a voz seca depois de tanto chorar.
A abracei, mas o que ela disse depois me deixou abalado.
Naruto terá um irmão., disse de olhos fechados.
Como assim? Nós não...
Jiraya, sussurrou voltando a chorar e eu entendi tudo. ele, ele... você sabe! foi terrível!, admitiu.
Isso explica tudo, perguntei a soltando. Por isso você fugia de mim ri seco.
Por que você acha que ele fez isso? perguntou chorosa. ele me viu com você! respondeu. se eu reagir a cada coisa que ele fizesse eu já estaria morta a muito tempo. respondeu.
Não sabia que era tão medrosa! disse grosso saindo da cozinha.
Só quero proteger os meus filhos acima de tudo. sussurrou, mas eu fui capaz de ouvir mesmo não ligando.
Com o passar dos meses entendi que ela não tinha culpa de nada e voltamos a nos falar, mas foi difícil me conformar com isso. Afinal eu tinha muito que me controlar para não tentar espancar aquele maldito, mas eu sabia que ele faria algo contra mim mesmo que não me agradasse a ideia de fugir.
Nove meses se passaram e o Naruto já havia completado seis anos. Já estava tão perto e ver o tamanho da barriga da Kushina que crescia cada vez mais me apavorava. Todavia eu prometi amar aquela garota tanto quanto o Naruto. Pois é... uma garota. Kushina havia me dito um dia desses e disse que queria a chamar de Ino.
A hora do parto quase chegou e eu quase morri de ansiedade, mas tentei não aparentar. Os minutos iam passando me deixando cada vez mais angustiado dentro daquele quarto que eu dormia e logo eu descobri que ela não suportou dar a luz pela segunda vez.
Isso me deixou completamente arrasado. Sei que Kushina não iria querer isso, mas eu simplesmente me despedi do meu filho e pedi minha demissão.
Depois disso nunca mais voltei aquele lugar. Por puro medo de relembrar dela assim que entrasse ali concluiu a tristemente o loiro.
Eu não entendo suspirou o outro frustrado. Você abandonou a mim e a minha irmã assim contrariando o desejo da mulher que você diz amar.
Desculpe, mas... mal começou e foi interrompido pelo filho.
Não posso te perdoar dizendo isso deixou o pai sozinho.
É Minato sussurrou. Você sabia que essa seria a reação dele.


X-
PV HINATA
Quem aquele loiro idiota pensa que é! Diz que é para eu vim ao shopping. Até aí tudo bem, eu vim como ele disse. O problema é que parece é que ele esqueceu totalmente que tinha me chamado aqui e me deixou mais de duas horas esperando.
Mas ele vai ver. Não vai ficar assim.
Saí irritada tentando novamente achar um taxi o que era um pouco difícil já que a maioria estava ocupada com aquela grande quantidade de pessoas que saia das lojas. Foi com imensa felicidade que acenei para um carro que não tinha ninguém. Entrei e me sentei confortavelmente.
No meio do caminho eu resolvi observar a paisagem e quem sabe decorar o caminho. Péssima ideia. Acho que estou ficando louca porque avistei ao longe uma cabeleira loira que eu reconheceria em qualquer lugar. Em uma das esquinas eu avistei Ino. Tenho certeza absoluta que era ela! Era impossível existir alguém tão parecida e não ser ela.
Moço pare o taxi! disse descendo sem me importar em pagar já que não podia perder essa oportunidade.
Fui correndo pelo meio da avenida enquanto os carros buzinavam irritados pelo alvoroço que eu estava fazendo enquanto corria atrás da garota. Infelizmente alguém esbarrou em mim e atrapalhou a perseguição. Quando olhei novamente, ela já não estava lá... Talvez não tenha estado lá nunca. Eu ando pensando tanto nela que provavelmente estou a vendo em todos os lugares.
Voltei até onde tinha deixado o taxi e ele já não estava lá. Saiu sem nem esperar eu pagar. Talvez irritado pelo jeito que saí.
Quando entrei em casa eu já estava completamente irritada por ter que ter andado a maior parte do caminho a pé perguntando de pessoa em pessoa como se chegava a essa rua que por sorte eu havia decorado o nome.
Já estava pronta para descontar toda a minha raiva no loiro, mas logo me esqueci o que ia fazer quando vi o estado que ele estava.
Mesmo sem chorar a expressão dele era péssima. Parecia está muito triste e eu me perguntava à razão para ele está assim. O que poderia ter acontecido de tão grave?
Ele estava tão abalado que não tive a coragem de perguntar. Por um momento senti pena e fiz a única coisa que me veio à mente mesmo com medo de ele não gostar: O abracei.
Me assustei quando ele lentamente retribuiu o abraço e como era esperado de mim, eu corei. Nunca tive muito contato com homens e isso já era suficiente para me deixar tímida novamente.
Estava tão bom ficar em seus braços que foi como um baque ser trazida de volta a realidade quando senti seu abraço pouco a pouco se enfraquecendo e quando eu vi, ele já estava dormindo no meu colo.
Inconscientemente levei minha mão direita ao seu cabelo e me permiti acariciá-los começando um cafuné. Era bom sentir seus fios macios pelos meus dedos e eu sorri sem nem mesmo notar.
Durante esse tempo fiquei admirando o seu rosto agora relaxado e com uma expressão infantil diferente de todas as que eu já havia o visto fazer. Eu me perguntava cada vez mais. Quem era Uzumaki Naruto afinal? Eu morava com ele, mas ainda não sabia nada sobre a vida ou os gostos dele.
A cada momento tão diferente. Uma hora completamente sério. Em outra é sarcástico e ama me provocar. Mas ainda assim havia momentos que ele se tornava uma pessoa frágil como alguns instantes atrás. Talvez eu devesse descobrir um pouco mais sobre essa pessoa diferente que ele parece ser que ao meu ver, é bastante interessante.
Depois de muito pensar notei que era impossível resistir a ele. Não me restou alternativa a não ser me render ao desejo e encostei meus lábios nos dele num singelo selinho, mas logo me afastei. O que eu estou fazendo? Beijei o cara que inocentemente está dormindo no meu colo. Ok ta certo que de inocente ele não tem nada, mas eu nunca fiz esse tipo de coisa e não posso começar agora. Provavelmente eu já estava bem mais corada que antes.
Quando ia levantar ele segurou minha mão e eu notei que ele estava acordado o tempo todo o que me deixou com ainda mais arrependimento do que eu havia feito. O que ele iria pensar de mim agora?
Hyuuga, Hyuuga disse rindo. nunca imaginei que você assediava dos pobres homens enquanto eles dormem disse fingindo inocência.
Para a surpresa dele eu fiquei ainda mais embaraçada sem notar o tom irônico que ele usou.
D-desculpe-me! gritei desesperada.
Calma sussurrou ele em meu ouvido.
Arrepiei-me.
Não é como se você tivesse roubado meu primeiro beijo. Longe disso ele riu.
O fitei sem entender aonde ele queria chegar.
Só digo uma coisa: se for me beijar, beije direito depois de concluir ele foi se aproximando lentamente de mim.
O q-que voc... não pude terminar de falar era tarde de mais. Seus lábios já estavam juntos aos meus só que dessa vez muito diferente do beijo anterior. Era intenso.
Senti o sangue subir a minha cabeça que, de repente, estava tão quente. Quem ele pensa que é para me deixar corada tantas vezes em um dia?
Achar a resposta é simples:
O cara que ama me deixar confusa.

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Notas finais do capítulo

Gostaram??? quero reviews ok?