Volterra Nunca Mais escrita por rosatais


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

N/E.: Desculpe-me a demora, mas pra compensar, esse capítulo é longo, esse é o penúltimo..
Aproveitem.
Nos encontramos lá em baixo.



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Volterra Nunca Mais

Capitulo 12

A Pior Punição

POV Edward

Minha bunda latejou de dor quando fiz o último movimento pulando a janela, mas meu gemido não a acordou, ela estava se revirando num sonho intenso, eu até diria um pesadelo, eu teria que disfarçar a dor do meu traseiro, ou ela iria perceber que eu tinha apanhado, então ao em vez de sentar-me, ajoelhei-me ao lado da cama.

Eu pus a mão na testa dela tentando tirá-la do que quer que estivesse sonhando, não parecia bom.

Ela começou acordar mas começou a dizer coisas incoerentes , acreditando estar morta ou dormindo, eu abraçava tendo traze-la pra realidade dizer que não estava morta, mas ela questionava o porquê de não estar conseguindo acordar.

"Você está acordada, Bella".

Eu insisti, mas ela continuava duvidando.

"Claro, claro. É isso que você quer que eu pense. E daí vai ser pior quando eu me acordar. Se eu acordar, o que eu não vou, porque eu estou morta. Isso é horrível. Pobre Charlie. E Renée e Jake..."

Eu continuei conversando com ela na tentativa de que aquilo a fizesse enxergar a realidade.

"Eu consigo entender que você esteja me confundindo com um pesadelo, mas eu não consigo imaginar o que você possa ter feito pra ir para o inferno. Você cometeu muitos assassinatos enquanto eu estava longe?"

"Obviamente não. Se eu estivesse no inferno você não estaria comigo".

Eu já estava ficando impaciente.

"Aquilo tudo realmente aconteceu, então?"

"Isso depende, se você está se referindo a nós quase sendo massacrados na Itália, então, sim".

Ela parecia finalmente estar acordando, mas ainda meio estranha.

"Que estranho, eu realmente fui á Itália. Você sabia que o mais longe que eu já fui foi a Albuquerque?"

Não pude evitar de revirar os olhos.

"Talvez você devesse voltar a dormir, você não está sendo coerente".

"Eu não estou mais cansada, que horas são? Por quanto tempo eu estive dormindo?"

Ela disse teimosa como sempre, eu calculei na minha cabeça, e fiquei surpreso, meu pai realmente me pegou de jeito, somando choro castigos banho e reunião já tinham se passado mais da metade de um dia, lógico que Rosalie e Emmett, deram uma boa enrolada comigo na esperança de acalmar meu pai antes de irmos pra casa, mas é que meu pai me bateu tanto que eu pensei nunca mais iria parar, pra mim pareceu uma eternidade, mas é sempre assim quando minha bunda está em jogo, um minuto parece uma hora, não percebi que realmente já tinha passado muito tempo.

"É pouco mais de uma da manhã, então, por umas catorze horas".

"Charlie?"

Eu procurei os pensamentos dele, e me lembrei de informá-la de algo importante.

"Dormindo...você provavelmente devia saber que eu estou quebrando as regras agora. Bem, não tecnicamente, já que ele disse pra nunca mais passar pela sua porta de novo, e eu vim pela janela... Mas, ainda assim, a intenção era clara".

Ela fez um olhar indignado, Acho que ela não está tão acostumada quanto eu a ter um pai linha dura, pelo menos eu acho que não, mas eu tinha que parar de reclamar do meu, ele só quer minha segurança, e até me deixou quebrar essa regra só pra vê-la, novamente por querer o meu bem, ele sabe que Charlie não me quer aqui, Rosalie contou pra ele assim que chegamos, a menos que ele estivesse tão louco comigo que não tenha prestado atenção, ele violou o código dos pais ao me deixar vir aqui, pais humanos ou vampiros não costumam violar os castigos uns dos outros.

"Charlie te baniu da casa?"

"Você esperava outra coisa?"

"Ainda bem que ela ainda não é filha do meu pai oficialmente, porque ela provavelmente estaria tendo o seu primeiro encontro com o cinto da disciplina agora mesmo."

Esse meu pensamento me fez lembrar do meu irmão que devia estar levando uma baita surra naquele mesmo momento, também na minha irmã que teve a palmada de sua vida e que quase apanhou de cinto, salvo Rose que desobedeceu por pura impetuosidade, eu era o grande culpado de toda essa confusão, e pela punição dos meus irmãos.

"Qual é a história?"

Ela perguntou curiosa, mas também tentando desesperadamente manter a conversa casual, eu podia perceber que ela estava tentando manter o controle a todo custo.

"O que você quer dizer?"

Eu quis saber. Acho que nunca vou me acostumar a não poder ler os pensamentos dela.

"O que eu vou dizer pra Charlie? Qual é a minha desculpa pra ter desaparecido por... afinal, por quanto tempo eu estive fora?"

"Só três dias. Na verdade, eu estava esperando que você tivesse uma boa explicação eu não tenho nada".

Ela gemeu.

"Fabuloso".

"Bem, talvez Alice invente alguma coisa"

Tentei confortá-la.

"Então, o que você esteve fazendo, até antes desses três dias?"

Meu tormento parecia não acabar nunca, eu teria que explicar a ela o que estava fazendo, enquanto minha mente e minha bunda me lembravam de que fora um erro, não apenas fora em vão como também me rendera a surra da minha vida, não tinha menor chance de eu revelar isso a ela, mas a parte em que falhei nessa missão também seria bastante embaraçoso.

"Nada terrivelmente excitante".

"É claro que não."

Ela torceu a feição.

"Porque você está fazendo essa cara?"

"Bem...se você fosse, afinal, só um sonho, esse é exatamente o tipo de coisa que você diria, minha imaginação deve estar bagunçada".

Ela não é fácil, eu suspirei em desgosto, naquele ritmo ela ira acabar descobrindo sobre meu castigo se eu não fosse discreto.

"Se eu te contar, você finalmente vai acreditar que não está tendo um pesadelo?"

"Pesadelo!"

Ela repetiu com escárnio, enquanto eu esperei pela sua resposta.

"Talvez, se você me contar".

"Eu estava... caçando".

Comecei, ela olhou pra mim com um olhar crítico.

"Isso é o melhor que você pode fazer?"

"Isso definitivamente não prova que eu estou acordada".

Eu fiz um movimento que fez a calça esfolar minha bunda, segurei pra não gemer, minha resposta saiu lenta, mas ela nem percebeu, devia achar que estava hesitando devido a seriedade da situação.

"Eu não estava caçando comida... Na verdade eu estava...testando a minha sorte em... perseguir... mas eu não sou muito bom nisso".

"O que é que você estava perseguindo?"

Ela perguntou reparando minha expressão torcida e desconfortável.

"Nada de importante."

Tentei ser casual mas as palavras não combinavam com minha feição.

"Eu não entendo".

Fiz um movimento disfarçando ser pela dúvida que ela expressou, e consegui finalmente oferecer algum refrigério à minha bunda, mas o desconforto do coração ainda estava lá, chegara a hora de me desculpar, eu só queria que ela me perdoasse e me aceitasse de volta.

"Eu -"

Respirei fundo, como se o ar fosse me dar forças pra dizer tudo que eu tinha que dizer, como se fosse uma chace de ser perdoado, como se eu realmente precisasse respirar.

"Eu te devo desculpas. Não, é claro que eu te devo muito, muito mais do que isso. Mas você precisa saber..."

As palavras começaram a fluir rapidamente, estava tão nervoso, eu tinha que me segurar pra que seus ouvidos humanos acompanhassem, mas era como se eu não dissesse logo a oportunidade de ter de volta a razão de minha existência fosse fugir de mim.

"...que eu não fazia idéia. Eu não tinha idéia da confusão que estava deixando pra trás. Eu pensei que fosse seguro pra você aqui. Tão seguro. Eu não tinha idéia de que Victória ia voltar. Eu vou admitir, quando eu a vi daquela última vez, eu estava prestando muito mais atenção aos pensamentos de James. Mas eu não vi que ela seria capaz de responder dessa forma. Que ela tinha um laço tão forte com ele. Eu acho que agora me dou conta do porque. Ela tinha tanta confiança nele, que o pensamento dele falhar nunca ocorreu a ela. Era a grande confiança que nublava os sentimentos dela por ele - isso evitou que eu visse a profundidade deles, o vínculo que havia ali, não que isso seja uma desculpa para o que eu te deixei enfrentar. Quando eu ouví o que você disse a Alice, e o que ela mesma viu, quando eu me dei conta de que você teve que colocar a sua vida na mão daqueles lobisomens, imaturos, voláteis, a única coisa que podia ser pior do que a própria Victória -"

Eu parei a enchorrada de palavras pra encontrar uma forma mais crível possível de dizer aquilo.

"Por favor saiba que eu não tinha nenhuma idéia de tudo isso. Eu me sinto doente, com toda a minha essência, mesmo agora, quando eu posso ver e sentir você segura nos meus braços. Eu sou a desculpa mais miserável por -"

"Pare"

Ela me interrompeu, aumentando minha angustia, será que ela nem mesmo aceitaria uma explicação?

"Edward"

Ela começou a falar e de repente era a boca dela que despejava uma enxurrada de palavras.

"Isso tem que parar agora. Você não pode pensar nas coisas desse jeito. Você não pode deixar ... essa culpa... mandar na sua vida. Você não pode se responsabilizar pelas coisas que acontecem comigo. Nada disso é culpa sua, isso é só parte do que a vida é pra mim. Então, se eu tropeçar na frente de um ônibus ou o que quer que aconteça na próxima vez, você tem que se dar conta de que não é o seu trabalho levar a culpa. Você não pode simplesmente sair correndo para a Itália porque se sente mal por não ter me salvado. Mesmo se eu tivesse pulado daquele precipício pra morrer, isso teria sido a minha escolha, e não sua culpa. Eu sei que é... a sua natureza segurar a culpa por tudo, mas você realmente não pode deixar as coisas chegarem a esses extremos! Isso é muito irresponsável, pense em Esme e Carlisle e -"

"Pronto! Agora ela já está parecendo a minha irmã mais velha, imitando a minha mãe, com as idéias do meu pai"

Eu tive que pegar de volta sua atenção, ela tinha entendido tudo errado.

"Isabella Marie Swan, você acredita que eu pedí que os Volturi me matassem porque eu me sentia culpado?"

"Pronto! Agora sou eu quem pareço o meu pai, falando o nome dela completo, se pudéssemos ser pais um dia, seriamos a cópia perfeita de Esme e Carlisle."

Era nítida a confusão no rosto dela.

"Não foi isso?"

"Se eu me sentia culpado? Intensamente. Mais do que você pode compreender".

Eu tentei explicar sem sucesso.

"Então... o que é que você tá dizendo? Eu não entendo".

"Bella, eu fui até os Volturi porque eu achava que você estivesse morta, mesmo se eu não tivesse nenhuma responsabilidade pela sua morte"

Tremi ao dizer a palavra.

"Mesmo se não fosse minha culpa, eu teria ido para a Itália. Obviamente, eu devia ter sido mais cuidadoso - eu devia ter falado diretamente com Alice, ao invés de aceitar uma informação de segunda mão de Rosalie. Mas, realmente, o que é que eu podia pensar quando o garoto disse que Charlie estava no funeral? Quais eram as chances?"

Eu gemia só de falar na confusão toda, meu traseiro doía tanto que eu pensei que nunca mais seria capaz se quer de falar disso.

"As chances"

Murmurei pra mim mesmo.

"As chances estão sempre contra nós. Erro após erro. Eu nunca vou criticar Romeu de novo".

Ela ainda não pegara a essência do que eu tentava explicar.

"Mas eu ainda não entendo, é disso que eu tô falando. E daí?"

Eu também não entendia qual era a parte que lhe fazia tão confusa

"Perdão?"

"E daí se eu estivesse morta?"

Eu não podia acreditar na estupidez daquela pergunta.

"Você não se lembra de nada do que eu te disse antes?"

Perguntei irritado.

"Eu me lembro de tudo que você me disse, incluindo as palavras que anularam todo o resto."

Eu passei as pontas dos dedos gelados no seu lábio inferior.

"Bela, você parece ter compreendido mal".

Fechei os olhos, balançando a cabeça pra frente e pra trás com um meio sorriso infeliz.

"Eu pensei que já havia explicado isso claramente antes. Bella, eu não posso existir num mundo onde você não exista".

"Eu estou..."

Ela parecia procurar pela palavra apropriada.

"Confusa".

"Eu sou um bom mentiroso, Bella, eu tenho que ser".

Ela congelou, eu devia ter piorado a sua confusão dizendo isso.

"Me deixe terminar! Eu sou um bom mentiroso, mas ainda assim, pra você acreditar em mim tão rapidamente aquilo foi... um tormento".

Ela ainda estava em transe parecia traumatizada, ferida ao ser obrigada a lembrar do que eu tinha feito.

"Quando nós estávamos na floresta, quando eu estava te dizendo

adeus, você não ia desistir, eu podia ver isso. Eu não

queria fazer isso - eu sentí que me mataria fazer isso - mas eu sabia que se eu não te convencesse de que não te amava mais,você ia levar muto mais tempo pra retomar a sua vida. Eu esperava que, se você achasse que eu havia seguido em frente, você faria o mesmo".

"Um despedida limpa"

Ela sussurrou.

"Exatamente. Mas eu nunca imaginei que fosse tão fácil fazer isso! Eu pensei que fosse ser quase impossível - que você ia saber que era mentira e eu teria que passar horas tendo que te convencer e plantar a semente da dúvida na sua cabeça. Eu menti, e eu lamento - lamento porque te machuquei, lamento porque foi um esforço inútil. Lamento por não ter podido te proteger do que eu sou. Eu menti pra te salvar, e não funcionou. Eu lamento, mas como é que você pôde acreditar em mim? Depois dos milhares

de vezes que eu disse que te amava, como é que você pôde deixar

uma palavra acabar com a sua fé em mim?"

Ela permaneceu calada.

"Eu podia ver nos olhos, que você honestamente acreditou que

eu não te queria mais. O conceito mais absurdo, mais ridículo – como se houvesse alguma forma de eu existir sem precisar de você! Bella..."

Suspirei.

"Sério, o que é que você estava pensando!"

E então ela começou a chorar. As lágrimas surgiram e então começaram a descer incontrolavelmente pelas suas bochechas.

"Eu sabia, eu sabia que estava sonhando".

Ela disse entre soluços, e eu dei uma rizada.

"Você é impossível! Como é que eu posso colocar isso de forma que você acredite em mim? Você não está dormindo, e você não está morta. Eu estou aqui, e eu te amo. Eu sempre amei você, sempre. Eu estava pensando em você, vendo o seu rosto em minha mente, durante cada segundo em que estive longe. Quando eu te disse que não te queria, aquele foi o tipo mais negro de blasfêmia".

Ela balançou a cabeça estranhamente.

"Você não acredita em mim, acredita? Porque você consegue acreditar numa mentira, mas não na verdade?"

Ela começou a se explicar.

"Nunca fez sentido você me amar, eu sempre soube isso".

Os meus olhos se estreitaram, a minha mandíbula se apertou, ao ouvir algo tão absurdo.

"Eu vou provar que você está acordada"

Eu peguei o rosto dela seguramente entre minhas mãos, ignorando sua luta quando ela tentou desviar-se.

"Por favor não"

Ela sussurrou, me parando a um centímetro do seu rosto.

"Porque não?"

"Quando eu acordar"

Eu abri a boca pra protestar, mas era apenas um trocadilho.

"Ok, esqueça essa - quando você se for de novo, já vai ser duro suficiente sem isso também".

Afastei-me um centímetro, pra olhar seu rosto.

"Ontem, quando eu te tocava, você estava tão... hesitante, cuidadosa, e ainda assim era a mesma. Isso é porque eu estou muito atrasado? Porque eu te machuquei demais? Porque você realmente seguiu com a sua vida, como eu planejava que você fizesse? Isso seria... muito justo. Eu não vou contestar a sua decisão. Então não tente desperdiçar seus sentimentos, por favor, só me diga se você ainda pode me amar ou não, depois de tudo que eu te fiz. Pode?"

"Que tipo de pergunta idiota é essa?"

Ela protestou irritada.

"Só me responda. Por favor".

"O jeito como eu me sinto por você nunca vai mudar. É claro que eu te amo, e não há nada que você possa fazer pra mudar isso!"

"Isso era tudo que eu precisava ouvir".

A boca dela já estava na minha, e ela não pareceu resistir dessa vez, eu não fui nem de longe cuidadoso como antes, a dor de imaginá-la morta era maior do que qualquer queimor na garganta, nada poderia fazer com que eu a matasse, não havia lugar mais seguro no mundo pra ela do que nos meus lábios, a macies frágil de sua pele segura entre os meus dedos que se moviam suavemente quase que sozinhos, seu doce cheiro inebriante, o mel da sua saliva me embriagava enquanto eu ouvia o desespero do seu coração batendo feito um louco, eu me afastei, só pra colocar a minha orelha no seu peito.

"Aliás, eu não vou te deixar".

Senti seu silêncio cético e ergui o rosto pra olhar em seus olhos.

"Eu não vou a lugar nenhum. Não sem você, eu só te deixei em primeiro lugar porque eu queria que você tivesse a chance em uma vida humana normal, feliz. Eu podia ver o que estava fazendo com você - mantendo você constantemente na cara do perigo, tirando você do mundo ao qual você pertencia, arriscando você a cada minuto que você passava comigo. Então eu tinha que tentar. Eu tinha que fazer alguma coisa, e pareceu que ir embora era

o único jeito. Se eu não pensasse que você estava melhor sozinha, eu nunca teria me obrigado a ir embora. Eu sou egoísta demais. Só você poderia ser mais importante do que o que eu queria... ou precisava. O que eu quero e preciso é estar com você, e eu sei que jamais serei forte o suficiente pra ir embora de novo. Eu tenho muitas desculpas pra ficar - graças aos céus por isso! Parece que você não consegue ficar segura, não importa quantos quilômetros eu ponha entre nós".

"Não me prometa nada".

"Você acha que eu estou mentindo pra você agora?"

"Não, não mentindo, você fala sério... agora. Mas e quanto a amanhã, quando você pensar em todas as razões pelas quais foi embora em primeiro lugar? Ou no mês que vem, quando Jasper der a louca pra cima de mim?"

Enrijeci, eu duvidava muito que depois de tudo que meu irmão passou ele seria capaz de atacá-la, eu mesmo era capaz de beijá-la ardosamente sem matá-la, imaginava então meu irmão, que quase perdera sua amada e seu irmão de uma só vez.

"Não é como se esse não tivesse sido o seu motivo pra ir embora da primeira vez, não é? Você vai acabar fazendo aquilo que você acha certo".

"Eu não sou tão forte quanto você acredita que eu sou certo e errado já deixaram de significar tanto pra mim; eu já ia voltar do mesmo jeito. Antes de Rosalie ter me dado as notícias, eu já estava cansado de viver a vida semana depois de semana, ou um dia de cada vez.

É logico que eu deixei de fora a parte em que meu pai ia acabar me trazendo de volta arrastado pelas orelhas se eu não o fizesse por vontade própria.

"Eu estava lutando pra ver as horas passarem. Era só uma questão de tempo, e não muito tempo, antes de eu aparecer na sua janela e implorasse que você me aceitasse de volta. Eu ficarei feliz de implorar agora, se você quiser isso".

Ela fez uma careta.

"Fala sério, por favor".

"Oh, eu estou, será que dá por favor pra você tentar ouvir o que eu estou dizendo? Será que você pode me deixar tentar explicar o quanto você significa pra mim?"

Examinei o seu rosto pra saber se estava sendo compreendido.

"Antes de você, Bella, minha vida era uma noite sem lua, muito escura, mas haviam estrelas, pontos de luz e razão... E aí você apareceu no meu céu como um meteoro, de repente, tudo estava pegando fogo, havia brilho, havia beleza. Quando você não estava lá, quando o meteoro caiu no horizonte, tudo ficou escuro. Nada havia mudado, mas os meus olhos haviam ficado cegos com a luz, eu não conseguia mais ver as estrelas. E não havia mais razão pra nada".

"Seu olhos irão se ajustar."

Ela resmungou.

"Esse é o problema, eles não podem"

"E a suas distrações?"

Ri sem um traço de humor.

"Só mais uma parte da mentira, amor, não tinha nenhuma distração vinda da... da agonia . Meu coração não bate a quase noventa anos, mas isso era diferente, era como se meu coração tivesse ido, como se eu fosse um buraco. Como se eu tivesse deixado tudo que havia dentro de mim aqui com você."

"Isso é engraçado."

Ela murmurou eu arqueei a sobrancelha.

"Engraçado?"

"Eu quis dizer estranho, eu pensei que isso fosse só eu. Muitos pedaços de mim ficaram perdidos, também, eu não fui capaz de respirar realmente por tanto tempo."

Ela encheu seus pulmões, luxuriando na sensação.

"E meu coração. Isso estava definitivamente perdido."

Fechei meus olhos e pousei minha orelha sobre seu coração de novo. Ela pressionou meus cabelos com a bochecha, eu senti a macies do seu carinho e o delicioso aroma dela.

"Perseguir não foi uma distração então?"

"Não, isso nunca foi uma distração. Isso foi uma obrigação."

"O que isso quer dizer?"

"Isso que dizer que, mesmo pensando que eu não esperava nenhum perigo de Victória, eu não ia deixar ela ir embora com... Bem, como eu disse, eu era horrível fazendo isso. Eu tracei o caminho dela tão longe quanto o Texas, mas então eu segui uma falsa pista no Brasil, e ela realmente veio aqui...eu não estava nem no mesmo continente! E todo esse tempo, pior do que meus piores medos –"

"Você estava caçando Victória?"

Ela meio que gritou me interrompendo, os roncos distantes de Charlie gaguejaram, e então voltaram a um ritmo regular novamente.

"Não muito bem, mas eu vou fazer melhor dessa vez. Ela não vai ter bom ar entrando e saindo por muito tempo."

"Isso está... fora de questão."

Ela determinou ainda indignada.

"É muito tarde para ela. Eu devo ter deixado o outro tempo passar, mas não dessa vez, não depois – "

"Você não tinha acabado de prometer que você não ia partir? Isso não é exatamente compatível com uma extensiva perseguição, não é?"

Um rosnado começou a se formar baixinho em meu peito, mesmo que eu tivesse que implorar ao meu pai, mesmo que tivesse que envolver toda a minha família nisso pra que ele deixasse, eu iria acabar com aquela maldita.

"Eu vou manter minha promessa, Bella. Mas Victória vai morrer. Logo."

"Não vamos ser precipitados."

Ela disse tentando, sem sucesso, esconder o pânico.

"Talvez ela não vá voltar. A matilha de Jake provavelmente a assustou. Realmente não há razões para ir procurar ela. Além do mais, eu tenho problemas maiores que Victoria"

Eu sabia do que ela falava, mas tentei desviar o assunto.

"É verdade. Os lobisomens são um problema."

Ela bufou.

"Eu não estava falando de Jacob. Meus problemas são bem maiores do que um punhado de lobisomens adolescentes colocando eles mesmos em problemas."

Quase disse, mas preferi ouvir dela mesma.

"Sério? Então qual seria seu maior problema? Que iria fazer o retorno de Victória a você parecer um inconseqüente assunto em comparação?"

"Que tal sobre o segundo maior?"

Ela sugeriu e eu me entreguei, sabia que iria acabar perdendo esse jogo, mas ainda estavam rolando os dados.

"Tudo bem... Os Volturi são só o segundo maior problema?"

"Você não parece tão chateado com isso."

Ela destacou.

"Bem, nós tempos um bom tempo para pensar sobre isso. Tempo significa algo muito diferente pra eles do que significa pra você, ou até para mim. Eles contam anos do jeito que você conta dias. Eu não estaria surpreso se você tiver 30 quando cruzar as mentes deles novamente."

Uma expressão de horror cruzou seu rosto, depois uma de dor e em seguida lágrimas brotaram em seus olhos.

"Você não precisa ter medo, eu não vou deixar eles te machucarem."

"Enquanto você estiver aqui"

segurei seu rosto entre minhas mãos.

"Eu nunca vou deixar você novamente."

"Mas você disse trinta"

Ela disse já com o rosto todo molhado.

"O que? Você vai ficar, mas me deixar ficar toda velha de qualquer maneira? Certo."

Confirmei.

"Isso é exatamente o que eu vou fazer. Qual escolha tenho eu? Eu não posso ficar sem você, mas eu não vou destruir sua alma."

"Isso é realmente..."

Ela fez uma pausa, como se não conseguisse encontrar as palavras.

"Sim?"

Eu questionei para que ela voltasse a falar.

"E quando eu começar a ficar tão velha e as pessoas começaram a

achar que sou sua mãe? Sua avó?"

"Isso não significa nada pra mim. Você sempre será a coisa mais linda em meu mundo. É claro, se você me superar, se você quiser algo mais, eu irei entender isso, Bella. Eu prometo, eu não vou ficar no seu caminho se você quiser me deixar."

Eu disse cheio de hesitações, secando suas lágrimas com beijos e depois olhando-a nos olhos.

"Você percebe que eu vou eventualmente morrer, certo?"

O que ela disse me fez confessar algo, antes respirei fundo só pra ter certeza de que nenhum Cullen estivesse por perto, era lógico que não estavam, minha mãe jamais abandonaria Jasper em tal situação, Rosalie e Alice provavelmente estavam de castigo, e Emmett não estava autorizado a sair de casa sozinho por mais 18 anos, mas meu extinto de adolescente rebelde me fez verificar por via das dúvidas.

"Eu irei te seguir assim que puder."

"Isso é seriamente...Doente"

"Bella, é o único jeito certo deixado –"

"Vamos só voltar por um instante."

Ela disse me interrompendo bruscamente transformando tudo em uma discussão.

"Você se lembra dos Volturi, certo? Eu não posso permancer humana para sempre. Mesmo que eles não pensem em mim até eu ter trinta, você realmente acha que eles vão esquecer?"

"Não, eles não vão esquecer, mas..."

Ela estava disposta a ganhar, eu podia ver no seu rosto irritado

"Mas?"

Ela perguntou igualzinho a minha mãe quando pega agente na mentira.

"Eu tenho alguns planos."

"E esses planos, esses planos giram todos em torno de mim permanecendo humana."

De repente eu é que já estava ficando irritado, agora era oficial, estávamos brigando.

"Naturalmente"

Falei arrogante, ficamos ali nos encarando por um instante, como se calculando uma jogada pra ganhar um ponto.

Então ela respirou fundo, balançando seus ombros, empurrou meus braços para longe assim podendo me sentar.

"Você quer que eu vá embora?"

Perguntei sem poder esconder a dor.

"Não...Eu estou indo embora."

Ela disse procurando os sapatos no escuro.

"Eu devo perguntar aonde você está indo?"

"Eu estou indo pra sua casa."

Essa garota ainda vai me enlouquecer

Foi o que pensei enquanto pegava os sapatos pra ela, e me descuidei sentei ao seu lado, eu esquecera completamente da minha bunda diante de tanta insanidade, agora eu me pergunto, quem no mundo pode esquecer uma surra daquela? Segurei o grito e perguntei pra ela.

"Aqui estão seus sapatos, qual é seu plano para chegar lá?"

"Minha caminhonete."

"Isso iria provavelmente acordar Charlie"

Tentei dissuadi-la.

"Eu sei. Mas honestamente, eu vou ficar de castigo semanas por isso. Em quão mais problemas eu posso entrar?"

Pensei em dizer a ela que ele cogitou que ela merecia umas palmadas, mas eu não bem a pessoa indicada pra tocar nesse assunto.

"Nenhum. Ele vai me culpar, não a você."

"Se você tem uma idéia melhor, sou toda ouvidos."

"Fique aqui"

Sugeri sem, esperanças.

"Sem chances. Mas você pode ficar, sinta-se em casa."

Andou em direção a porta, depois da piada sem graça, eu já estava lá antes de dela, bloqueando sua passagem e ela virou para a janela, amarrando a cara e olhou pra baixo como se analisasse a distância considerando pular.

"Okay! Eu te darei uma carona."

Ela deu de ombros.

"De qualquer jeito. Mas você provavelmente deveria estar lá também."

"E por que isso?"

Eu tinha que perguntar.

"Porque você é extraordinariamente opinante, e eu estou certa que você quer uma mudança para refrescar seus pontos de vista."

"Meu ponto de vista em qual assunto?"

Eu já estava falando através dos dentes.

"Isso não é mais sobre você. Você não é o centro do universo, sabia? Se você for trazer os Volturi atrás de nós por causa de algo estúpido como me deixar humana, então sua família deveria ter voz ativa."

"Ter voz ativa em que?"

Perguntei palavra por palavra sem esconder minha indignação.

"Minha mortalidade. Eu estou colocando isso em votação."

"Tudo bem então, sobe aí".

Corri pela floresta carregando-a, ela não parecia tensa como antes, parecia confortável como se fizesse aquilo a vida toda, de repente senti um beijo meigo no meu pescoço.

"Obrigado...Isso significa que você decidiu que está acordada?"

Ela sorriu se refestelando como se fosse sua primeira oportunidade em séculos de fazê-lo.

"Na verdade não. De qualquer forma, é mais que isso, eu não estou tentando acordar. Hoje não".

"Eu vou ganhar a sua confiança de volta de alguma forma, nem que seja a última coisa que eu faça".

Foi o que prometi, mas ela me garantiu.

"Eu confio em você, é em mim que eu não confio".

"Explique isso, por favor"

Eu pedi diminuindo o ritmo, estávamos próximos de casa e eu queria ouvir se meu pai não estava batendo no meu irmão, eu sabia que já devia ter terminado, mas não custava verificar, afinal, as palestras sobre segurança do Dr. Cullen eram conhecidas por durarem horas.

"Bem"

Ela hesitou procurando palavras.

"Eu não confio em mim mesma pra ser... suficiente. Pra

merecer você. Não há nada em mim que possa segurar você"

Eu a desci das minhas costas sem soltar seus bracinhos frágeis e com delicadeza e cuidado suficiente pra não encostar na minha bunda, abracei ela contra meu peito.

"Seu laço é permanente e inquebrável, nunca duvide disso".

Uma duvida ainda pairava no ar e eu tinha que saber, o que se passava naquela mente curiosamente impenetrável.

"Você nunca me disse..."

Apenas murmurei.

"O que?"

"Qual é o seu maior problema".

"Eu vou te dar uma dica"

Ela suspirou, e se inclinou pra tocar a ponta do meu nariz com o seu dedo indicador.

"Eu sou pior que os Volturi... Eu acho que mereci isso".

Ela revirou os olhos, e tentou se explicar.

"A pior coisa que os Volturi podem fazer é me matar, você pode me deixar...Os Volturi, Victoria... eles não são nada comparados a isso".

Ouvir aquilo doeu mais do que a surra que o meu pai me deu, se é que isso é possível.

"Não! Não fique triste".

Ela pediu vendo a angustia no meu rosto.

"Se houver pelo menos uma forma de te fazer ver que eu não posso viver sem você, tempo, eu acho, é a única forma de te convencer".

Eu disse a ela em meio sorriso amarelo.

"Tudo bem"

Ela concordou e foi logo mudando de assunto.

"Então, já que você vai ficar... Será que posso ter as minhas coisas de volta?"

Eu ri, se ela conhecesse meus pais de verdade saberia que eu nunca cometeria tamanha rudeza, eles me matariam se eu o fizesse.

"As suas coisas nunca foram embora, eu sabia que era errado, já que eu prometi te deixar em paz sem lembranças. Foi uma coisa estúpida e infantil, mas eu queria ter alguma coisa minha com você. O CD, as fotos, as passagens, elas estão todas embaixo do seu piso".

"Mesmo? Eu acho...eu não tenho certeza, mas eu imagino... eu acho que sabia disso o tempo inteiro".

"O que você sabia?"

Ela sempre me deixava confuso, ela era meu enigma particular, pra deixar minha existência mais interessante, algo realmente relevante, não apenas uma tediosa existência, claro que uma mãe e a quantidade de irmãos que meu pai me deu, tornavam mais fácil não morrer afogado no tédio, mas nada nunca se compararia a minha doce e intrigante Bella.

"Alguma parte de mim, meu subconsciente talvez, nunca deixou de

acreditar que você se importava com o fato de que eu vivia ou

morria. Provavelmente era por isso que eu estava ouvindo as vozes".

Aquilo me pegou de surpresa provavelmente eu fizera um estrago maior do que imaginara. Houve um profundo silêncio por um momento.

"Vozes?"

"Bem, só uma voz. A sua. É uma longa história"

"Eu tenho tempo"

Eu não iria esperar pra saber sobre aquilo.

"É bem patético".

Ela começou parecendo constrangida.

"Você se lembra do que Alice te disse sobre esportes radicais?"

"Você pulou de um penhasco pra se divertir"

Respondi a pergunta retórica, incentivando-a a continuar.

"Er, certo. E antes disso com a moto -"

"Moto?"

Eu perguntei com uma voz muito parecida com a do meu pai quando está tentando não perder a paciência com as explicações fumaradas do Emmett, e acabar pondo o diálogo a perder, ela pareceu perceber e respondeu retraída.

"Eu acho que não disse a Alice sobre essa parte"

"Não".

Eu disse por baixo da respiração, e ela tentou desviar o rumo da conversa pra longe dos detalhes da tal moto.

"Bem, sobre isso... Veja, eu descobri que... quando eu estava fazendo alguma coisa perigosa ou estúpida... eu conseguia me lembrar de você mais claramente, eu conseguia me lembrar do som da sua voz quando estava com raiva. Eu podia ouví-la, como se você estivesse bem ao meu lado. Na maior parte do tempo eu tentava não pensar em você, mas isso não me machucava tanto, era como se você estivesse me protegendo de novo, como se você não quisesse que eu me machucasse. E, bem, eu me pergunto se a razão pela qual eu podia te ouvir tão claramente era porque, por baixo disso tudo, eu sempre soube que você não havia parado de me amar".

Agora minhas palavras já eram tão claramente irritadas, que lembravam meu pai tirando o cinto.

"Você... estava...arriscando a sua vida... pra ouvir -"

"Shh...

Ela me parou.

"Espere um segundo. Eu acho que estou tendo uma epifania aqui".

De repente ela lembrava muito Alice tendo uma visão, seu olhos parados como se estivesse montando um quebra-cabeças mental

"Oh!"

Foi tudo que ela disse, eu já estava ficando preocupado então a chamei de volta pra realidade.

"Bella?"

"Oh. Tudo bem. Eu entendo".

Ela disse voltando ao normal mas com um olhar maravilhado no rosto.

"Sua epifania?"

Perguntei ansioso.

"Você me ama"

A convicção em sua vós me fez sorrir.

"Sinceramente, eu amo".

Notei seu peito inflar como se fosse explodir e ouvi seu coração acelerar descontrolado e eu não pude conter o desejo de beijá-la, e mais uma vez nossos lábios se encontraram ardentemente, eu estavam ficando bom naquilo, mas um pouco de treino e eu seria capaz de avançar o sinal sem machucá-la, limpei esse pensamento tão rápido quanto afastei minha boca da dela.

"Você foi melhor nisso que eu, sabe?"

Eu a informei analisando tudo.

"Melhor em que?"

"Sobreviver. Você, pelo menos, fez um esforço. Você se acordava de manhã, tentava ser normal pra Charlie, seguia um padrão para a sua vida. Quando eu não estava ativamente perseguindo, eu era... complemante inútil. Eu não conseguia ficar perto da minha família -

eu não conseguia ficar perto de ninguém. Eu tenho vergonha de admitir que eu mais ou menos me curvei em uma bola e deixei a infelicidade me levar embora, Isso foi muito mais patético do que ouvir vozes. E, é claro, você sabe disso, também".

"Eu só ouví uma voz."

Ela me corrigiu, eu sorri e a puxei bem apertado para o seu lado direito e comecei a me guia-la para a frente.

"Eu só estou brincando com isso"

Escutei por uma ultima vez o movimento dentro de casa parecia estar tudo em paz, não tinha ninguém chorando, eles estavam reunidos conversando, e mais uma vez o assunto era o maldito incidente de Volterra, ninguém nunca mais ia me deixar esquecer aquilo.

"Não importa nem um pouco o que eles disserem".

Avisei a ela.

"Agora isso afeta eles também".

Ela rebateu, levantei os ombros indiferentemente.

Entramos em casa eu liguei as luzes, e chamei os nomes um por um.

"Carlisle? Esme? Rosalie? Emmett? Jasper? Alice?"

"Bem vinda de volta, Bella! O que podemos fazer por você essa manhã? Eu imagino, pela hora, que essa não é uma visita puramente social".

Ela acenou com a cabeça, para meu pai que já estava ao se lado.

"Eu gostaria de falar com todos de uma só vez, se estiver tudo bem. Sobre uma coisa importante".

Ela olhava pra mim enquanto falava, ao em vez de olhar pra ele, quando ela finalmente o fez não adiantou muito, por que ele não estava olhando pra ela, ele estava me fulminando com os olhos, e me repreendendo através de pensamentos.

"Você demorou bastante pra quem está de castigo, e ainda tirou a garota do dela? Boa forma de mostrar um bom comportamento!"

"Aaah dá um tempo! Posso até ter demorado um pouco mas Bella não está de castigo, pelo menos ainda não."

Foi o que e pensei, secretamente agradecendo por ele não poder ler pensamentos.

"É claro, Porque não falamos na outra sala?"

"Droga! Ele vai levar isso pra mesa de reunião, isso não é bom!"

Meu pai segurou uma cadeira pra ela, enquanto eu me retorcia de preocupação.

Ele sentou-se à direita de Bella e eu me sentei à esquerda dela. Todos os outros se sentaram silenciosamente. Alice estava sorrindo pra ela, já a par de tudo.

"Ooh! isso é tão emocionante finalmente ela será uma de nós."

Emmett e Jasper pareciam curiosos.

Js - "Mas o que significa isso?"

Em - "Será que ela apertou a bunda dele? pela cara que ele tá..."

Rosalie sorria pra ela tão timidamente quanto ela em resposta.

"Nunca pensei que agradeceria pela existência dessa garota, até que ela não é tão sem sal assim, lógico que não é bonita o suficiente pra meu irmão, além de ser humana, mas graças a Deus que ela estava viva e é muito corajosa."

"O palco é seu".

A voz do meu me baniu dos pensamentos da minha irmã mais velha nem tive tempo de ouvir a mente dos meus pais, o que não foi de todo ruim, só os meus irmãos já me deixaram nervoso o suficiente eu olhei pra ela com cara de poucos amigos, apertando a sua mão por baixo da mesa.

"Bem, eu espero que Alice já tenha lhes contado tudo o que aconteceu em Volterra?"

"Tudo"

Alice me assegurou.

"E na ida".

"Isso também"

Ela mentiu balançando a cabeça.

"Bom...então estamos todos na mesma página".

"Então, eu tenho um problema, Alice prometeu aos Volturi que eu me tornaria uma de vocês. Eles vão mandar alguém pra checar, e eu tenho certeza de que isso é uma coisa ruim – uma coisa pra ser evitada, e então, agora, isso envolve vocês todos. Eu lamento por isso".

Eu já estava quase rosnando em desgosto, meu pai estava atento a cada palavra de Bella, enquanto minha mãe observava atentamente meu comportamento.

"Modos Edward!"

"Mas se vocês não me quiserem, então eu não vou me forçar pra

vocês, esteja Alice querendo ou não".

Mamãe abriu sua boca pra falar, mas Bella ergueu um dedo pra pará-la.

"Por favor, me deixe terminar. Todos vocês sabem o que eu quero. E eu tenho certeza de que também sabem o que Edward quer. Eu acho que a única maneira justa de decidir é por uma votação. Se vocês decidirem que não me querem, então... eu acho que vou para a Itália sozinha. Eu não posso deixar que eles venham até aqui"

Não pude segurar o rosnado no peito, e minha mãe me ameaçou.

"Você quer apanhar?"

"Levando isso em conta, então, que eu não vou colocá-los em perigo de nenhuma das formas, eu quero que vocês votem sim ou não no caso de eu me tornar uma vampira".

"Ela tem razão, eu já devia ter posto um fim nessa loucura faz muito tempo."

Era o que meu pai pensava quando Bella fez um gesto passado a palavra pra ele.

"Só um minuto"

Eu rudemente interferi, para o desgosto dos meus pais, principalmente da minha mãe que odeia quando somos rudes em qualquer que seja a situação.

"Eu tenho algo a adicionar antes de votarmos".

Bella suspirou desgostosa e me deu um olhar apertado, minha mãe um olhar desaprovador, e meu pai um olhar curioso.

"Sobre o perigo ao qual Bella está se referindo, eu não acho que precisamos ser exageradamente ansiosos"

Eu me animei colocando a mão livre em cima da mesa, cheguei até me inclinar por cima dela.

"Vejam".

Expliquei olhando ao redor da mesa.

"Havia mais de uma razão pra eu não ter apertado a mão de Aro lá no final. Há uma coisa na qual eles não pensaram, e eu não queria

precavê-los disso".

Eu disse sorrindo.

"Ponto pra mim!"

"Que era?"

Alice olhou cética como a Bella.

"Os Volturi são super confiantes, e com uma boa razão. Quando eles decidem encontrar alguém, isso não é realmente um problema. Lembra de Demetri?"

Perguntei pra Bella que respondeu que sim com um movimento dos ombros.

"Ele encontra pessoas, esse é o seu talento, por isso eles o mantêm. Agora, durante todo o tempo em que eu estive com cada um deles, eu estava vasculhando no cérebro deles por qualquer coisa que pudesse nos salvar, eu estava pegando toda a informação que fosse possível. Então eu ví como o talento de Demetri funciona. Ele é um perseguidor, um perseguidor mil vezes mais talentoso que James era. A habilidade dele é levemente relacionada á minha, ou o que Aro faz. Ele capta... o gosto? Eu não sei como descrever isso... o tenor... da mente de alguém, e depois ele a segue. Isso funciona a distâncias imensas. Mas depois do pequeno experimento de Aro, bem..."

"Você acha que ele não será capaz de me encontrar"

Bella completou meu raciocínio.

"Eu tenho certeza disso. Ele se baseia completamente nesse sentido. Quando ele não funcionar com você, eles estarão todos cegos".

"E como isso resolve alguma coisa?"

Ela questionou defendendo o seu ponto de vista.

"Obviamente, Alice será capaz de dizer quando eles estiverem planejando uma visita, e eu vou te esconder, será como procurar uma agulha num palheiro".

Eu podia ouvir a alegria dos pensamentos de meu irmão mais velho Emmett, isso provavelmente significaria uma luta quando eles viessem, trocamos um olhar e um sorriso.

"Mas eles podem encontrar você"

Ela rebateu.

"E eu posso cuidar de mim mesmo".

Emmett riu e se inclinou por cima da mesa na minha direção estendendo o pulso.

"Excelente plano, meu irmão"

Ele disse com entusiasmo, estiquei o braço pra bater o pulso de Emmett no meu.

"Não"

Rosalie assobiou.

"Absolutamente não"

Bella concordou.

"Legal"

Jasper elogiou

"Idiotas"

Alice murmurou.

"Bonito em?"

Mamãe repreendeu.

Ela só pensou, mas antes que abrisse a boca para desanimar nos três, Bella retomou a palavra.

"Tudo bem, então. Edward ofereceu uma alternativa pra vocês

considerarem vamos votar".

Ela olhou pra mim tão aborrecida quanto Alice olhava para Jasper , Rosalie olhava pra Emmett e minha mãe olhava pra nós três, enquanto isso, meu pai observava tudo anotando em seu caderninho pra bronca mais tarde.

"Você quer que eu me junte á sua família?"

"Não dessa maneira. Você fica humana".

Ela balançou a cabeça por perder um voto de cara, por mais obvio que fosse ainda assim era um voto.

"Alice?"

"Desculpe-me maninho mas dessa vez eu não estou como você."

"Sim".

Desejei que ela pudesse ouvir meus pensamentos também, pois eu compraria o seu voto com uma ameaça sobre o roubo Porsche, meu pai detesta chantagens, mas aquele era literalmente um caso de vida ou morte.

"Jasper?"

"Vai ser legal não querer matar minha irmã o tempo todo."

"Sim"

"Traidor de uma figa, depois de tudo que ele me ajudou a aprontar pra salvar Bella ele, me entrega o pescoço dela assim? Aposto que é só puxando a sardinha pra Alice, sei que ele iria aproveitar uma luta tanto quanto Emmett."

"Rosalie?"

"Espero que ela compreenda, mas não é só pelo meu irmãozinho que já foi punido o suficiente, mas por ela também."

"Não".

Rosalie e eu nunca reconheceríamos em público, mas eu eu amo minha irmã, ela atormenta a minha vida tanto quanto eu atormento a dela, mas nos momentos mais decisivos ela sempre esteve ali pra mim.

Ela levantou as duas mãos, com as palmas pra frente, pedindo uma chance pra se explicar.

"Eu não estou querendo dizer que tenho aversões a ter você como irmã. É só que... essa não é a vida que eu teria escolhido pra mim. Eu queria que houvesse alguém pra ter votado não pra mim".

Fiquei de cara com a sabedoria que saiu da boca da senhora 'espelho, espelho meu'.

Bella fez uma expressão compreensiva e deu seguimento àvotação.

"Emmett?"

Eu já estava contando com o voto do meu irmão mais velho, eu nem precisava ler seus pensamentos, ele deveria concordar com sua companheira como fez Jasper, e queria a luta mais que qualquer um, nem me dei o trabalho de ler seus pensamentos ao em vez disso fiquei fazendo minhas contas, empataríamos a votação, 3x3, minha mãe, provavelmente me querendo acompanhado pra sempre e não querendo uma briga com os Volture, votaria sim, 4x3, mas meu pai que nunca morderia alguém que tivesse outra opção, votaria não, Bella definitivamente não estava morrendo, 4x4, como ele é o patriarca, faria o desempate decidindo pela vida de Bella, eu já respirava fundo quando Emmett me surpreendeu.

"Que inferno, sim!"

Ele abriu um sorriso largo.

"A gente pode arrumar um outro jeito de arrumar briga com esse Demetri".

Olhei indignado, com tamanha traição, os pensamentos dele eram desordenados, quase infantis, vibravam com a idéia de ter mais uma irmã, só me restava esperar que o voto do meu pai tivesse um peso maior.

Bella apenas olhou pra minha mãe, que nem precisou ser convocada.

"Sim, é claro, Bella. Eu já penso em você como parte da minha família".

"Desculpe-me meu filho, mas não posso mais suportar sua solidão, você precisa dela pra sempre e não somente por alguns anos."

"Obrigada, Esme",

Ela sussurrou enquanto se virava na direção de Carlisle.

Mas ele não olhava pra ela e sim pra mim.

"Edward"

Ele disse apenas o meu nome mas completou em sua mente.

"Filho isso é para o seu bem, e vai doer mais em mim do que em você."

"Não!"

Eu cheguei a rosnar, minha mandíbula estava apertada, tive que curvar meus lábios na frente dos meus dentes, pra não mostrá-los pra ele.

"É o único jeito disso fazer sentido...você escolheu não viver sem ela, e isso não me deixa outra escolha".

Enchi os olhos de lágrimas, soltei a mão dela e sai da sala antes que ela me visse chorando.

"Traga seu traseiro de vota a essa sala agora mesmo!"

Minha mãe gritou em sua mente, mas eu ignorei, tentei ver o que meu pai pensava da minha atitude rude de dar as costas pra ele, mas seu pensamento só tinha dor, como na hora em que ele estava me batendo de cinto lá na sala, mas era uma dor misturada com tristeza e não com desespero como antes, eu não sei explicar direito, quem lê sentimentos aqui é o Jasper.

"Eu acho que você sabe o meu voto"

Ouvi meu pai da outra sala.

"Obrigada"

Ela murmurou.

Eu estava tão decepcionado com meu pai, jamais pensei que ele fosse capaz, eu sabia que ele fazia isso por mim, mas não conseguia entender, se ele não queria o meu sofrimento, então por quê? Eu sofreria sem ela, mas aquilo era pior do que sofrer, eu já jurara não fazer aquilo de novo, eu já não fora punido o suficiente?

Quando eu a ouvi agradecer como quem ganha um presente, eu peguei o objeto mas próximo a mim e atirei na parede, caí de joelhos no chão com as mãos na cabeça.

"Isso era tudo o que eu precisava. Obrigada por me quererem. Eu me sinto exatamente da mesma forma por todos vocês também".

Em seguida ouvi a voz da minha mãe falando com ela, eu tirei a mão do rosto pra avaliar o estrago, não podia ser muito grande eu só joguei alguma coisa na parede.

Meu coração quase bateu ao perceber que aquela 'alguma coisa' nada mais era do que o vaso chinês que minha mãe adorava, adorava não, idolatrava, e a bosta da parede, era a de vidro, por um instante me dei o direito de pensar no quanto eu estaria ferrado por aquilo, mas uma pergunta estúpida de Bella me levou de volta pra sala de jantar.

"Bem, Alice...Onde você quer fazer isso?"

"Não! Não! NÃO!"

Cheguei a ser agressivo quando gritei com ela, eu estava fora de mim, pra gritar com uma mulher na frente dos meus pais.

"Você está louca? Você perdeu completamente a cabeça?"

Ela se afastou, com as mãos nos ouvidos.

"Você perdeu completamente a noção do perigo Edward, seu pai vai te matar! Isso não é maneira de tratar uma dama."

Eu fingi não estar ouvindo e mantive os olhos presos em Bella.

"Umm, Bella"

Alice se intrometeu com uma voz ansiosa.

"Eu não acho que estou pronta pra isso. Eu vou precisar me preparar..."

"Você prometeu"

Ela olhou por baixo do meu braço, enquanto isso eu olhei para o rosto gelado do meu pai, eu conhecia aquele olhar, se Bella não estivesse presente, o tapa já estava comendo na minha bunda, ele mantinha um rosto sereno mas seus pensamentos estavam furiosos.

"Edward, você está passando dos limites com esse comportamento totalmente inaceitável, trate de se controlar se você sabe o que é melhor pra você."

"Eu sei, mas... Sério, Bella! Eu não faço idéia de como não matar você".

"Você pode fazer isso, eu confio em você".

A discussão das duas continuava, eu queria por tudo obedecer meu pai, mas era mais forte do que eu, eu tentei me segurar, mas acabei foi rosnando furioso.

Alice balançou a cabeça rapidamente, parecendo em pânico.

"Carlisle?"

Bella pediu meu pai.

Agarrei o rosto dela com a mão, forçando-a a olhar pra mim.

"Edward tire as mãos dela, se você machucá-la vai apanhar na frente dela."

Não sei aonde foi parar o meu juízo, mas ao em vez de obedecer o meu pai eu ergui a outra mão pra ele como se isso fosse impedi-lo de falar, desnecessário é dizer que foi inútil.

"Eu posso fazer isso, você não vai correr nenhum risco de que eu perca o controle".

"Puroce bom".

Ela disse com a voz estranha pois eu ainda segurava sua mandíbula.

Minha mãe estava rezando pra Deus dar paciência pra o meu pai, minha irmã me chingando de burro, meus irmãos implorando pra eu cair em mim, e meu pai contando lentamente, enquanto isso eu só queria parar aquela loucura.

"Espere! Não precisa ser agora".

Eu tentei.

"Não há razão pra não ser agora"

Ela não desistia.

"Eu estou pensando em algumas-".

"É claro que está! Agora me solte".

"Tire as mãos dessa garota AGORA! Ou eu..."

Meu pai gritou na minha cabeça colocando a mão na fivela do cinto. E a soltei na hora e cruzei os braços no peito, e ele relachou.

"Em cerca de duas horas, Charlie vai estar aqui procurando por você. Eu não duvidaria que ele chamasse a polícia".

Eu lembrei a ela de sua vida totalmente humana.

"Todos os três."

Ela debochou.

"No interesse de permanecer acima de qualquer suspeita, eu sugiro que ponhamos um fim a essa conversa, pelo menos até que Bella termine o segundo grau, e saia da casa de Charlie."

Eu disse olhando para o meu pai, no intuito de levá-lo a razão, porque eu não tinha moral nenhuma pra sugerir nada a ele.

"Esse é um pedido razoável, Bella"

Finalmente ele concordou comigo.

Escutei meus irmãos e minha mãe respirarem como se tivessem visto uma granada sem pino ser contida.

"Eu vou considerar isso".

Essa foi a minha vez de respirar.

Mas antes que eu pudesse respirar tranqüilo minha mãe esticou os olhos compridos pra outra sala.

"Eu provavelmente devia te levar pra casa, só no caso de Charlie acordar mais cedo".

Eu decidi as pressas.

"Volte logo, temos muito o que conversar, mocinho."

"Depois da formatura?"

Ela pediu a confirmação olhando pra ele.

"Você tem minha palavra".

Ele garantiu, ela respirou fundo sorriu e olhou pra mim vitoriosa.

"Tudo bem, você pode me levar pra casa".

A puxei rápido pelos fundos, pra não passar pela sala onde minha mãe com certeza já estava descobrindo a merda que eu fizera, antes que meu pai me puxasse pra dentro de volta pelas orelhas por causa daquilo, e mandasse um dos meus irmãos levá-la, eu iria encontrar pais muito irritados quando voltasse, mas era hora de entregar a Bella para o dela, que não devia estar tão menos irritado que o meu.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/E.: Ufa! Este capítulo, a exemplo do 7, foi escrito em cima do livro, nada fácil devo acrescentar, espero mais uma vez ter conseguido um resultado satisfatório, deixe-me saber a sua opinião, só leva um minuto, não me negue isso, por favorsinho :3
comentem e recomendem.
Atenciosamente rosatais e nelluca



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