– Eu não acredito !.

– Não acredita em que ?

– Nos vamos ficar no mesmo dormitorio !!!

– Eu não acredito. - Agora foi minha vez de falar isso.

– Eu sei !. - Ela me disso com um belo sorriso. - Isso vai ser o maximo.

– Claro que vai. Agora não vou mais me preocupar, imaginando se minha colega de quarto é uma psicopata que vai tentar me matar a noite. - Fingi estremecer. - Você não vai tentar né ?

Ela se limitou a sorrir, e agarrou a minha mão me levando em direção ao nosso dormitorio. É nosso (isso vai ser interresante).

Paramos em frente a uma porta preta cheia de estrelinhas e coraçãozinhos. Olhei para ela com uma sombrancelha arqueada.

– Ah eu tinha que colocar a minha marca, essa porta tava muito sem graça. - Disse dando de ombros.

– To com medo de abrir essa porta a dar de cara com o quarto da Barbie.

– Deixa de ser chata e abre logo essa porta.

Meio temerosa abri, e para a minha surpresa o quarto era todo decorado em vermelho dos mais variados tons. E eu adorei.

– Ta bom tenho que que admitir que esse quarto ta...... bonitinho.

– Bonitinho ??

– Ta, ta bom o quarto de lindo e eu adorei, satisfeita ? - Perguntei ja rindo.

– Eu sabia, eu sabia que você ia gostar. Mas agora vamos arrumar as suas coisas.

E assim passamos a tarde em meio a historias, risadas e minhas roupas. Conversamos muito, o que pra mim foi otimo, é fascinante escutar suas historias, ver suas expressões, seu diferentes tipos de sorrisos e ouvir o som da sua voz. Duvido que em algum dia eu me canse de ouvi-la, era como escutar a melhor de todas as musicas.

Tambem descobri muitas coisas sobre ela, como por exemplo que ela e Thony são gêmeos (me senti uma idiota por não ter percebido antes). Descobri os seu gostos musicais, os melhores e piores filmes que ela ja assistiu, sua preferencia por vermelho (ja mencionei que meu cabelo e naturalmente vermelho ? ). A cada pequena coisa que ela me contava eu percebia o quanto tinhamos em comum, e que era possivel se encantar cada vez mais pela mesma pessoa.

Falei um pouco de mim tambem, sobre a minha dramatica mãe, em como ela me criou sozinha. Contei sobre meus filmes e musicas, e em como eu gostava de azul.

Em alguma parte dessa conversa meu telefone começou a tocar e quando fui levantar pra atender, acabei perdendo o equilibrio e caindo em cima da Manu. E estavamos proximas, proximas de mais, tanto que eu podia sentir sua respiração em meu rosto, seu olhos tão azuis me prenderem e sua boca me chamava, e mesmo sabendo o quanto aquilo era errado, eu estava mais que disposta a aceita-la.