Cartas escrita por Litera tua


Capítulo 8
Ela gostou...é amor.


Notas iniciais do capítulo

Ela não sabia sorrir pra outro alguém como sorriu por causa dele. E foi simples, era amor. Ela gostou....é amor.



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Ela acha tão delicioso quando acorda com a sensação de que o dia vai ser lindo. Ela gosta de alongar o corpo por alguns segundos e no meio do alongamento dizer algo enrolado e rir de si mesma. Tomar café da manhã cantando sua música preferida, ou só ficar cantarolando "tam nam nam tan". Delicioso acordar feliz por simplesmente ter acordado.

E então ela pensa nele. Mas pensa depois de ja ter acordado, porque gosta de pensar direitinho. E quando pensa a impressão que da é que ela roubou as estrelas e colocou nos olhos...como brilham!

Se ele fosse lua, ele teria mais ou menos umas sete fases, uma mais linda que a outra. E não ha um dia se quer que ela não tenha olhado o céu e lembrado dele.

Saudade não tem definição. Dentro dela, saudade não é falta, não é precisão. Dentro dela, saudade: querer sentir a pessoa e não poder. E ela garante que a sensação de não poder sentir é mil vezes pior do que não poder estar junto. Morrer de amor, é viver dele.

É ele, ela sabe. Sabe porque o aperto que ela sentiu no coração, quando sabia que estava a ponto de perdê-lo, não foi normal, foi mais do que ela suportava. Com ele a palavra "amor" ganhou sentido, significado. E apesar de tudo, é ele que vem na cabeça dela quando alguém diz "faça um pedido". Quando ela fica pensando coisas bobas, sente vontade de pegar o telefone e discar 190.

— Qual a emergência?

—Tem como me trazer ele, agora?

Só fica na vontade.

Amar não é o que dizem por ai não. Mas não é mesmo! Amar...amar de verdade não é abraçar, beijar e bla bla bla. Amar é saber que ele pode estar fazendo tudo isso com outra pessoa e mesmo assim você ficar esperando o telefone tocar. Amar é aceitar o outro, é gostar mais dele do que de si mesma. É sentir aquela energia que é transmitida, aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando ela ouve a voz dele. Amar é suportar o silêncio do outro, amar é ter entendimento de sobra dentro de si, quando em uma das partes não existe amor o suficiente. Amar é querer o lado triste do outro também.

O que ela quer é cheiro de roupa limpa, qualquer frase exagerada que a faça sorrir. O que ela quer é ouvir ele suspirar.

Ela o ama tanto, tanto, tanto. Mas não ama por inteiro. Metade dela ama, a outra metade já morreu de amor.

[...] Morrer de amor é viver dele, lembra?


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