Dirty Little Princess escrita por Loreline Potter, Milady Black


Capítulo 33
Dirty Little Secret


Notas iniciais do capítulo

Leiam o capítulo! Depois briguem comigo pela demora! Esse capítulo é crucial na fanfic, por isso demorei tanto queria deixar tudo perfeito, claro que não consegui! Mesmo assim tentei várias vezes e a Milady tbm tentou!Espero que gostem!
Ah só pra lembrar, eu amo vocês minhas leitoras, sério são as melhores!!



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Tem certas coisas na vida que você simplesmente sabe que vai dar errado como por exemplo, se envolver com um professor.


A semana após a chegada de David em Hogwarts simplesmente voou e de algum modo eu acordei e já estava na metade da semana, e que semana diga-se de passagem! Ainda não tinha tido aula com ele, porém vê-lo durante as refeições ou encontrá-lo casualmente pelos corredores já era o suficiente pra me fazer hiperventilar.


Tudo parecia simplesmente tão diferente só pelo fato de eu saber que ele estava aqui na escola. David me fazia sentir milhões de coisas ao mesmo tempo, mesmo longe dele, um simples pensamento me causava reações por todo o corpo. Eu tinha estranhos momentos em que imaginava o que ele estava fazendo, como estaria sendo sua adaptação como professor, o que ele achava dos alunos e principalmente o que ele pensava de mim.


Teria o nome Lílian Luna POTTER o intimidado? Não parecia, mas como dizia a Lise os homens com certeza não parecem pensar do mesmo modo que as mulheres. E como acrescentaria a Sara, em alguns momentos os homens realmente não pensam. Eu apenas desejava que ele dedicasse a metade do tempo que eu gastava pensando nele, com pensamentos direcionados à minha pessoa. E eu que pensei que o que eu sentia pelo Hugo era confuso. Nada comparado com isso, posso garantir.


Sempre que estava com Lana tinha de fazer verdadeiros milagres para que ela não voltasse a insistir no assunto, tanto que dei uma desculpa a ela e desmarquei nossos estudos. Ainda não sabia bem se queria que ela soubesse que eu tinha beijado o irmão dela, parecia tão errado ainda mais agora que ele estava na escola.


Eu não entendia bem toda a mágoa que ela tinha do irmão mais velho, porém percebia a dor naqueles olhos idênticos aos do irmão todas as vezes que ela o via. Uma pulguinha de curiosidade fazia com que eu fizesse milhares de suposições, uma parte da história estava bem óbvia, David tinha saído de casa e pelo que parecia esquecido da irmã por um tempo. Mas não podia ser só isso, tinha algo de podre ali e de algum modo Lílian Potter iria descobrir.


–Terra para Lílian Potter. -Falou Hugo rindo ao meu lado. Ele estava como sempre de bom humor. Mas é claro que ele estava. Ele não se encontrava no mesmo ambiente que um certo professor muito bem arrumado com suas roupas certinhas. Tá, tá bom. Ele estava sim, mas não é a mesma coisa. Aposto que meu amado primo não esta dividido entre arrumar um torcicolo de tanto se virar para olhar a mesa dos professores ou correr o mais rápido que puder para as montanhas. Não me pergunte o por que de montanhas, basta dizer que é uma coisa de ruiva meio hiperativa.


–O que foi? -Pedi sem me dar conta de que me perdi em meus pensamentos durante o almoço.


–Vai comer esse empadão de frango? -Me perguntou ele apontando para meu prato intocado. Como resposta empurrei o prato em sua direção e me concentrei no pudim de caramelo que aparecera.


Anne Wood a goleira do time da Grifinória chegou como um turbilhão sentando-se a minha frente, bem entre Sara e Lise, ela sorria de orelha a orelha e logo desembestou a falar com animação. A loira pálida gesticulava com toda a exuberância de uma garota que acabou de ver o seu maior ídolo ou algo assim.


–Ele não é lindo? -Perguntou com os grandes olhos doces e expressivos brilhando de empolgação.


–De quem exatamente você está falando? -Pediu Sara, mais por educação do que por interesse enquanto se servia de mais um pedaço de torta de chocolate. O terceiro. Ela ficava feliz e eu mais ainda. Era incrível como o seu humor melhorava quando tinha chocolate por perto.


–Não é óbvio? Estou falando dele! -Respondeu Anne, apontando para a mesa dos professores. Devo acrescentar que seu gesto não foi nem um pouco discreto, fazendo com que corvinais da outra mesa também olhassem para a onde ela apontava. Um grupo de menininhas do terceiro ano explodiu em risadinhas e passaram a sussurrar coisas. Oras francamente, elas não tinham mais nada o que fazer?!


–Neville Longbottom? -Perguntou Heloíse em um tom zombeteiro.


–Não! Do lado dele. -Continuou a garota exasperada.


Claro que eu sabia de quem ela estava falando, só se falava nisso desde que a primeira turma teve aula de poções com David, e esse também era o motivo para a maioria das garotas não conseguirem parar de rir e lançar olhares para a mesa dos professores.


A ultima vez que vi tamanha euforia foi quando o Jack passou a lecionar transfiguração. Foi em meu terceiro ano... boas memórias! Aulas muito mais animadas, Jack com seu sorriso maravilhoso, Sara derrubando um tinteiro inteiro em sua roupa no primeiro dia de aula quando ele lhe fez uma pergunta. James tirando sarro dela posteriormente e ela lhe acertando com a jarra de suco de abóbora...


Realmente bons tempos!


As já mencionadas meninas do terceiro ano voltaram a dar risadinhas e até mesmo se abanar com o guardanapo dobrado. Oras, ninguém merece! Nem é para tanto! Olhe só, esta blusa cinza e este colete preto não são realmente nada de mais. E daí que o cinza cai muito bem com a cor de seus olhos? Eu também fico bem com o meu suéter verde e ninguém fala nada!


A animação na mesa era tanta que quase não se era possível ouvir quem estava do seu lado. Hoje David tinha dado sua primeira aula para o quarto ano. Daí o motivo da Anne estar quase quicando na cadeira falando sobre como ela nunca imaginou que o ato de mexer com uma colher poderia ser tão sexy.


Parece que além de bonito ele era um ótimo professor!


Bom eu sabia que ele era ótimo em outras coisas também....FOCO LÍLIAN!


–A aula dele é tão legal, mal posso esperar para a próxima! E ele fica tão lindo de cinza! Você não acha Lily? - Indagou a Wood em um tom típico de adolescentes de 15 anos, exatamente o que ela era. Por que eu estava me sentindo a tia velha que queria mandar ela parar de sonhar com caras impossíveis?


–Humm, sim Anne ele fica bem de cinza, mas Jack e Paul também ficam bem de cinza. Além disso olha só como ele senta! -Falei tentando me fazer indiferente ao assunto.


–Nem comparação Lily, Jack e Paul são passado. -Comentou a goleira balançando os cabelos loiros quase brancos. Ela em seguida balançou a mão como se espantasse uma mosca e ficou com os mesmos olhos sonhadores que a Lise fica quando Paul demonstra feitiços de desarmar em DA. A única diferença oi que a Anne não falava coisas como "Uou sexy, você pode me desarmar quando quiser e me amarrar a onde bem entender".


–O que é que tem de errado com o jeito que ele senta? -Pediu Lise parecendo procurar algum defeito nele.


–Ele...bom ele está sentado! -Argumentei abrindo os braços e quase matando o Hugo ao meu lado esmagando o garfo que ele usava para comer o empadão em seu rosto.


–Olha até eu tenho que concordar com Anne, o novo professor é bem mais novo que Jack e Paul e de certo modo, bem mais, agradável de se olhar. -Disse Sara dando uma olhadela furtiva para a mesa dos professores.


–Vou contar pro James! - Falei como uma criança e mostrei a língua para minha cunhada, ela deu ombros e pegou um livro na mochila.


Sério esse negócio de NIEM'S estava acabando com ela, e eu que pensei que já tinha visto o pior durante os NOM'S no quinto ano, quando ela pendurou um pergaminho impermeável no chuveiro com suas anotações de história da magia.


A situação estava tão critica que ela só não estudava quando dormia e lia as cartas de James. Sério, eu esperava por elas agora quase tão ansiosamente quanto Sara. Sabe-se lá o porque, mas a carta chegava e ela ficava o dia inteiro querendo esconder seu sorriso abobado sem sucesso e eu tinha um dia inteiro sem ela me pentelhando para estudar e revisar matérias. Sério, era o céu.


–Não gosto dele. -Foi a declaração de Hugo, o que fez Lise soltar o risinho e Anne voltar a falar de todas as qualidade que David possuía em uma vã tentativa de converter meu primo ao team David.


A presença de Anne me lembrou que eu ainda precisava conversar com Hugo sobre o time da grifinória, tínhamos arrumado um apanhador, mas eu ainda precisava passar as estratégias pra ele.


Anotei mentalmente que assim que a última aula terminasse eu faria isso, meu primo na verdade estava me surpreendendo de uns dias pra cá, aposto como tinha dedo de Heloíse no meio.


Era como se Hugo tivesse crescido anos em dias, senti inveja de minha amiga, ela conseguira em menos de um ano algo que eu tentava desde que o conhecia. Isso me fazia refletir sobre o modo como sempre lidei com meu primo. Será que tudo deu tão errado porque eu nunca soube compreendê-lo ou porque só agora ele parece estar crescendo?


Falando em Lise ela já me explicara seus planos de viajar pra onde desse na telha, claro que Sara achou uma barbaridade sem tamanho, eu por outro lado senti inveja por não conseguir ser livre desse modo. Cheguei à conclusão que viajar assim era exatamente o que ela precisava, se sentir mais livre e tomar as próprias decisões bem longe das vistas do pai autoritário.


Respirei profundamente e lancei um último olhar para onde meu novo professor estava sentado, por coincidência David também me olhava, meu rosto queimou ao encontrar seus olhos. Me encarava com tanta firmeza como se quisesse me dizer algo, tentei ler algo ali, porém logo me vi perdida em suposições sem sentido. Ele estava arrependido? Queria conversar? Queria me beijar de novo?


A sineta tocou e me vi obrigada a ir para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, não que eu acreditasse que iria mesmo me concentrar em algo que não fosse a lembrança do melhor beijo da minha vida.


Lise sorria amplamente, apesar do grande ibope do novo professor ela aparentemente sempre seria do Team Paul. Hugo conversava com a Sara sobre feitiços de desarmar que estavam sendo revisados em DA para o NIEM’s, enquanto a castanha divagava sobre os melhores feitiços de sua matéria preferida. Suspirei pesadamente. Eu iria sentir falta disso.


Como se lendo meus pensamentos a castanha passou o braço sobre meus ombros em um meio abraço, o que era uma atitude realmente muito rara da mesma. Posso apenas supor que foi uma overdose de chocolate das tortas. Hugo pegou a deixa e me abraçou pela cintura. Olhamos os três uns para os outros e sorrimos ao andarmos meio engatados como fazíamos nos primeiros anos de Hogwarts. Lise ria a nossa frente ao nos ver praticamente trancando o corredor e andando com os narizes empinados e ignorando todos que reclamavam da nossa falta de noção de espaço.


– Lembram? Sou Hugo Weasley! Isso mesmo, eu disse Weasley! Da Grifinória! - Tirou sarro meu primo com um acentuado sotaque Inglês e falsos modos aristocráticos enquanto passava a mão pelos cabelos de um jeito muito "vou te matar de tanto sexy apeal".


– É da grifinória mesmo meu bem!- completei como sempre fazia- E se sabem o que é bom saiam da frente porque nós estamos passando!- Terminei com um biquinho ridículo que fez todos a minha volta rir. Minha cunhada terminou:


– Com você na frente ou não!- A castanha falou e chacoalhou exageradamente seus cabelos.


Como sempre alguém tinha que perguntar. E como sempre nós grifinórios mostramos o que fazemos com quem nos importuna.


– A é, e o que você vão fazer?- perguntou Lise toda inocente.


– ATROPELAAAAARRRRRRRR!!!!- gritamos os três correndo abraçados pelo corredor afastando todos a frente e rindo como loucos.


Eu realmente iria sentir falta disso...


(...)


Já era tarde quando subi para meu dormitório, estava cansada e rouca após uma longa conversa com Hugo e o time de quadribol da Grifinória, porém feliz e satisfeita. Eu tinha me esquecido como era bom planejar as jogadas e explicar aos jogadores o que deveriam fazer, esqueci como era bom ver que o time confiava em minha liderança. Senti uma esperança renovada dentro de mim, talvez conquistássemos a taça, mesmo que eu não estivesse jogando.


Ao chegar no dormitório Heloíse analisava um mapa europeu e Sara desembalava vários livros novos, parecia que os materiais da Academia Russa tinham chego com antecedência. Para a felicidade da castanha e meu pavor. Eu realmente achava que ela não precisava de mais livros.


–Vocês vão mesmo embora, não é? -Perguntei me sentindo subitamente sozinha, sabe, complexo de abandonada e deixada pra trás.


–Lílian você também vai embora. Paris está lembrada? - Disse Sara sem dar muita bola para o drama que eu estava prestes a começar.


–Não é o mesmo, você vai estar na fria, feia e inóspita Rússia e nós nunca vamos saber onde Lise vai estar já que ela vai ficar viajando por aí. -Argumentei parada olhando para as duas garotas fazendo planos para setembro.


–Você sempre soube que isso iria acontecer, não esperava que fossemos estudar juntas pra sempre né? -Pediu a castanha vindo em minha direção com uma escova de cabelos em mãos.


–Não, mas eu bem que gostaria....e por que diabos está me dando essa escova?- Pedi já que Sara chacoalhava a escova energeticamente bem na frente do meu rosto.


–Pra você treinar pra França. -Respondeu ela sorrindo e dando ombros.


–Não tem graça, não estou indo para uma escola de beleza. -Mesmo assim peguei a escova e deixei que ela se sentasse em sua cama de costas pra mim. Os cabelos de Sara apesar de cheios eram macios como algodão e caiam até a metade de suas costas. Por eles serem meio cheios e rebeldes à castanha vivia em pé de guerra com suas madeixas reclamando da falta de jeito dos mesmos.


Ela muito reclama, mas já se acostumou. Não foi nem uma, nem duas vezes que eu vi James sorrindo para ela enquanto colocava uma madeixa teimosa que teria caído no rosto de minha amiga atrás de sua orelha; para em seguida beijar suas bochechas com adoração enquanto ela lançava um olhar zangado para o dito pedaço de cabelo.


–Claro que não, mas você sabe que eles são chatos quanto a sua apresentação física lá. -Disse minha amiga dando ombros, como se ainda pensasse que eu iria para a academia aprender a escovar cabelos.


–Sara tem razão Lílian, eu já estive em Beauxbatons lembra? Eu bem sei que tipo de garota se prepara para um dia ingressar na academia. -Comentou Heloíse fazendo algumas anotações no grande mapa.


–Suponho que vou ter que lidar com elas então. -Falei mais para mim mesma imaginando se fizera certo em enviar minha confirmação para Paris.


–Você vai ser dar bem, você se sai bem em qualquer situação Lily. -Anunciou Sara em um dos poucos momentos fofos que já tivera, era quase impossível ouvir um elogio dela, de modo que me senti especial.


Lembrei de David e por um momento senti uma vontade incontrolável de contar tudo a elas, porém algo me segurou, culpa talvez? Porém o mais provável era medo, medo que elas me mandassem fazer o sensato: esquecê-lo e me afastar de problemas.


–O que acham de Portugal? -Perguntou Lise após um tempo.


–Azuleijos. -Falei.


–Vinho, azeite e bacalhau? - Tentou Sara com um sorriso.


–Bom suponho que eu deva descobrir o que é que tem lá! Já sabem onde me encontrar, pelo menos na primeira semana de viagem. -Disse Heloíse com um sorriso fechando o mapa e arrumando sua cama para dormir.


Me doeu vendo-a tão animada para se afastar de mim, sei que é bobeira pensar assim, mas me lembrei de todos aqueles sonhos apavorantes que ando tendo com ela. O modo como Heloíse gritava por ajuda, mas mesmo que eu tentasse ajudá-la estava sempre fora do meu alcance, quis pedir para que ela ficasse implorar pra tomar cuidado. Mas aquela vozinha cética sussurrou: "é apenas um sonho Lílian".


Sem outra opção comecei a arrumar minhas coisas para dormir também, ao fechar os olhos me senti mais sozinha do que nunca. Estendi a mão para debaixo da minha cama, o local onde normalmente ficava minha vassoura. Tateei o chão frio por alguns segundos até me lembrar que eu não tinha mais minha vassoura, o pedaço de madeira com as iniciais de meu irmão mais velho que me confortava nos piores momentos.


Suspirei resignada e me remexi na cama tentando encontrar uma posição confortável para adormecer, impossível, parecia que minha cama estava cheia de lombadas que pareciam atingir apenas os locais mais doloridos de meu corpo. Tentei me lembrar se tinha tomando minha poção para os ossos naquele dia, achei que sim e então finalmente adormeci.


Como de costume fui a primeira a acordar na manhã seguinte, porém para minha surpresa nem Lise nem Sara precisaram ser despertadas, logo estávamos as três prontas pra mais um dia de aula.


Naquela manhã Lise e Hugo estavam excessivamente carinhosos um com outro, parecia haver algo de estranho com o ar, os dois caminharam de mãos dadas para a aula de Trato das Criaturas Mágicas. Sara não fazia a matéria de modo que me deixei ficar pra trás do casal, logo porém uma companhia loira se fez presente.


–Você não pode fazer algo quanto a isso? -Me pediu Lana olhando para Hugo que abraçava Heloíse de um modo fofo.


–O que eu poderia fazer? - Questionei com desânimo, sentindo todo meu corpo doer com a caminhada, pensando melhor devia mesmo ter esquecido de tomar minhas poções no dia anterior.


–Sei lá, quando eu estava com ele você achava mil formas de se meter em nosso namoro. -Disse ela dando ombros mal humorada.


–Bom eu costumava te odiar.- Respondi como se comentasse o tempo. Pensei que esse fosse um fato de conhecimento geral.


–Costumava? -Pediu ela erguendo apenas uma sobrancelha bem desenhada.


–Retiro o que eu disse. -Falei sorrindo pra Lana.


–Arghs, você me está me deixando mole Potter. -Brigou a loira piscando de modo divertido. Apenas dei risada e olhando para o casal que já estava próximo da orla da floresta expliquei melhor.


–Eu amo os dois, quero ver ambos felizes, por que eu faria algo que os deixaria tristes? Além disso eu não tenho mais interesse romântico algum em Hugo.


–Queria pode dizer o mesmo.- Falou a garota ao meu lado baixinho e eu deduzi que eu não deveria ter escutado aquilo, resolvi fingir que não havia ouvido aquela pequena declaração. Senti pena de Lana Prescott, cada vez mais ela se mostrava apenas uma garota quebrada escondida por uma fachada de perfeição.


(...)


Bom, o dia, a hora e o momento que eu mais temia chegara. Eu caminhava pelo corredor da morte, diretamente para a sala de execução, minhas mãos suavam, eu tremia inteira e a porta da sala aberta era um convite macabro.


–Vamos logo Lílian! Se você andar mais devagar vamos nos atrasar para aula de poções do professor gatão! -Insistiu Sara que quase me arrastava até lá.


Ok talvez eu esteja sendo dramática. Ou talvez não!


Como é que eu vou assistir uma aula dele se eu só posso pensar em beijá-lo de novo? Como se não bastasse tem quatro paredes naquela sala? Quem faz uma sala com quatro paredes? Como é que eu posso me concentrar com elas me rodeando!


Ai Merlin, estou ficando claustrofóbica! RESPIRA LÍLIAN! No momento em que respirei senti uma dor descomunal nas costelas! Droga! Será que eu tinha esquecido de tomar minhas poções por dois dias seguidos? Se Alvo soubesse disso ele iria me matar totalmente.


–Senhorita Potter! Não quer mesmo assistir minha aula? -A bela voz de David perguntou me fazendo tremer dos pés a cabeça. Ele estava ali parado na porta, a apenas alguns passou de distância sorrindo brincalhão, todo arrumadinho como um bom professor devia ser.


–Já estou indo. -Falei apertando a alça da minha bolsa por sobre o ombro, como se a velha mochila fosse me passar alguma confiança desconhecida.


–Boa tarde turma. Então vocês estão se preparando para os NIEM's, certo? -Perguntou David Lewis após fechar a porta da sala de poções, ele parecia bem relaxado encostado de modo casual na mesa dos professores.


–Sim senhor. - Respondeu o sonserino Nott.


– Bom, eu sei que normalmente vocês fazem as poções, mas como eu não sou um cara que gosta muito de seguir as regras e fazer as coisas do modo esperado. Resolvi mudar o modo da aula hoje.


Ele parou para ver se alguém tinha algum questionamento sobre seus planos enquanto eu ainda me sentia como um peixinho fora da água, apavorado e tentando respirar. Ou muito meus olhos me enganam ou ele olhou diretamente para mim quando falou sobre seguir regras.


Bom não é como se eu fosse a pessoa mais certinha do mundo também.


Olhei a minha volta e todos pareciam concentrados no professor à frente. Suspirei aliviada. Talvez toda a minha tensão estivesse me atrapalhando ao julgar as coisas a minha frente, na minha cabeça todo mundo estava percebendo o clima entre nós. Eu pensei clima? Ai Merlin e se não tiver clima nenhum? E se for coisa da minha imaginação fértil?


– Sendo assim vou pedir que cada um pegue uma mesa. Eu quero que vocês trabalhem individualmente.


Ele olhou enquanto os poucos alunos do sétimo ano se dirigiam a uma bancada cada um.


– Bom, podem começar.- Ele olhou para mim e seus olhos brilharam com malícia.- Eu quero ver o que vocês são capazes de fazer.


Ele foi até o quadro e diferente dos outros professores que os enchiam de instruções escreveu simplesmente NIEM’s na lousa negra. Sua caligrafia tinha um quê de reto de quem tem costume de escrever em letra de forma e não cursiva. O jeito que ele segurava o giz era firme e tremendamente masculinho.


Sacudi a minha cabeça tentando limpar meus pensamentos que estavam se dirigindo para uma direção absurda envolvendo o professor, uma demonstração de como segurar o giz corretamente e não menos esperado uma parede.


Eu já mencionei que há quatro paredes nessa sala? Como é de se supor que eu me concentre?!


David parou e olhou os alunos parados em seus lugares sem saber o que fazer. Theodore Nott franziu os lábios de seu jeito esquisito e perguntou.


– O que quer que façamos?


– Eu pensei que estivesse claro está no quadro.


Ele nos olhou como se fossemos os seres mais devagares do mundo. Bom, ele não poderia nos culpar. Afinal, não são todos que são rápidos e pegam tudo na hora e com jeito como ele. Ele é muito bom em pegar as coisas, pessoas, ruivas inocente na noite! VOLTA LÍLIAN!


Nesse momento ele olhou para mim com seus olhos angelicais e eu poderia jurar que ele podia ler todos os meus pensamentos, que eram diga-se de passagem nada adequados para uma aluna ter com o seu professor.


Só posso dizer uma coisa, maldita Anne Wood e os seus "ele fica super bem de cinza!". Hoje ele usava uma camisa que adivinhem, dou meu caldeirão para quem acertar! Sim, isso mesmo, era cinza.


– O que é avaliado nos NIEM’s de poções?- Perguntou em um tom profissional e não menos estimulante para meu corpo traidor.


– A habilidade de preparar e analisar poções.- Respondeu Sara prontamente.


– Exatamente senhorita Hale! 10 pontos para a Grifinória.- Ele deu um sorriso para Sara que para a minha felicidade apenas acenou para o mesmo. Isso mesmo, nada de sorrisinhos para cima do David.


Eu sempre soube que podia contar com a castanha no quesito seriedade. É extremamente importante a manutenção da que deve ser uma relação estritamente professor e alu... David está olhando para mim novamente, sobre o que eu estava falando mesmo?


– Sobre a bancada em cada caldeirão há uma poção, uma para cada um de vocês. No fim da aula quero uma análise completa sobre a poção que vocês pegaram. Cabe a vocês decidir o que é importante colocar no relatório. Vocês têm exatamente cinquenta minutos a partir de agora!- Disse fazendo uma ampulheta sobre a sua mesa virar e os grãos de areia começarem a correr.


Eu olhei em meu caldeirão e nele tinha uma poção completamente transparente. A qual analisando eu lembrei dos efeitos, dos ingredientes e outros itens importantes como o tempo de preparo e etc.


Teria de agradecer a Sara depois, aquela lista de poções ao lado do espelho do banheiro realmente serviu para alguma coisa. Eu sempre fui razoável em analisar poções, meu problema sempre foi fazê-las. Meu único problema hoje é que eu não estava conseguindo de jeito nenhum lembrar do nome da poção. Olhei a minha volta tentando me lembrar enquanto observava David interagir com os alunos. Ele falava pouco e eu pegava frases soltas.


– Faça uma letra melhor Weasley, ou eu não conseguirei ler nem com um feitiço tradutor.- Hugo fez uma carranca pela reprimenda.


E eu realmente não conseguia lembrar do nome daquela porcaria a minha frente, porque isso sempre acontecia comigo?


– Combina com você!- ele sorriu simpático para Lise que tinha pego uma poção rosa fosflorescente.


Eu sei que era algo a ver com fe...fe...fe


– Chocolate, livros, girassóis e espuma de barbear. Cheiros interessantes para uma amortência!- David deu um sorriso zombeteiro para Sara que ficou vagamente vermelha, mas continuou escrevendo.


Ele passou ao lado da mesa da Lana e a mesma não olhou para ele. Ele apenas olhou suas anotações, assentiu e seguiu em frente para a última mesa que faltava.


Que por acaso era a minha.


Prendi a respiração enquanto ele se aproximava calmamente e seus olhos brilhavam com um brilho meio... Perigoso e ao mesmo tempo sedutor.


– Senhorita Potter.- Cumprimentou ele e senti tremores desde a cabeça até meus dedinhos do pé.


Seus olhos azuis brilharam quando ele se aproximou mais ainda. Algo me dizia que ele sabia exatamente o poder que estava exercendo sobre meu corpo. Senti os pelos da nuca se arrepiarem de pronto e minha respiração estava pesada, isso porque ele nem estava TÃO perto assim.


David pegou a prancheta e olhou minhas anotações dando um sorrisinho de lado quando me devolveu.


– Eu sempre soube que você seria uma boa aluna.- E me deu um sorriso claramente malicioso. Ao menos aos meus olhos o era.- Caso você precisar de ajuda, não hesite em me procurar – Pediu segurando brevemente em meu braço, uma corrente elétrica percorreu o local e nossos olhos se encontraram.


Ele estava brincando com o fogo. Mas eu iria mostrar para ele que dois podem brincar de uma forma muito melhor que apenas um.


Mordi meu lábio inferior e ele instantaneamente seguiu o movimento com os olhos para em seguida me olhar seriamente. Suas orbes ficaram imediatamente mais escuras e seu sorrisinho desapareceu.


– Na verdade eu não consigo me lembrar do nome da poção. Sempre tive dificuldade para colocar um título às coisas. -Falei usando um tom de flerte que quase não reconheci como sendo meu.


Ele entendeu perfeitamente o que eu quis dizer. Mias claro do que isso apenas se eu perguntasse "o que diabos nós temos? Uma tensão sexual tremenda? Assuntos não muito bem resolvidos? Uma simples relação professor-aluna?". Eram perguntas que me atormentavam incansavelmente e ver David todo seguro e confiante realmente me desestabilizou.


Ele aparentava uma segurança tremenda. Sério, se David tivesse nascido com uma palavra grafada na testa esta seria "auto-confiante", em letras bem grandes e garrafais. Ou pelo menos era a impressão que seu rosto passava, talvez fosse como a irmã, perfeito por fora mas quebrado por dentro.


Mesmo assim, eu já acostumada com o sempre inseguro e indeciso Hugo Weasley sempre fui a segura da relação, mas aqui a situação se invertia e eu não sabia bem como me portar neste novo papel.


Nos encaramos por alguns segundos.


– Às vezes só precisamos de sorte.- Sussurrou e se virou bem na hora que a areia da ampulheta parou de correr e o sinal tocou


Suspirei pesadamente. A aula mais comprida da minha vida tinha acabado de terminar. Com uma letra redonda escrevi na parte superior da página o que David me ajudara a lembrar.


Felix Felicis.


Porque ás vezes você só precisa de sorte. Coisa que Lílian Luna Potter não andava tendo ultimamente. Sai da sala com pressa e enquanto todos seguiam para a sala comunal fui para o hall de entrada.


–Lílian? Onde você vai? -Perguntou Sara parecendo preocupada.


–Apenas dar uma volta.


–Volta para o jantar? -Pediu me esquadrinhando com os olhos de águia.


–Não sei.. -Falei vagamente e .segui meu caminho até a saída para os jardins.


Aquela aula de poções tinha mexido comigo e senti medo de estar gostando de mais de David. Mais do que deveria gostar de alguém, mais do que era seguro e saudável.


Mas que droga de vida era a minha afinal? Será que nunca nada ia dar certo? Eu me sentia cansada, exausta! Eu sempre tentava mais do que todo o mundo! Eu merecia mais do que todo mundo, certo? Minhas pernas doíam e mesmo assim eu não parei de caminhar, ainda estava um pouco frio mas não me importei só queria chegar até o canto mais afastado do lago. Lá eu poderia amaldiçoar o mundo, chutar as pedras e por pelo menos alguns segundos ser um pouco menos eu mesma.


Só porque eu pareço ser sempre feliz e positiva não quer dizer que seja fácil, só porque depois das lágrimas eu me levanto e tento de novo não quer dizer que eu supero, nem que eu esqueço. Não é que eu não queira todos os dias me lamentar por não poder mais voar, não é que eu não me lembre mais de como Hugo me tratava antes. Não é que eu não queira parar de pensar naquele homem tão sedutor e proibido pra mim.


Cheguei onde queria, senti o vento cortar meu rosto e esvoaçar meus cabelos, passei a mão no rosto e senti lágrimas frias e pesadas, como eu não percebera isso?


Sem me conter me abaixei a procura de uma pedra achatada, logo estava jogando mais e mais pedras no lago, fazendo com que relassem na água três vezes, exatamente do modo como Teddy me ensinara há tanto tempo. Quando dei por mim as melhores pedras já estavam escassas, mas eu continuava insistindo em minha ânsia raspei a mão em um cascalho pontiagudo. Logo meu sangue jorrava de modo lento mas contínuo, o sangue Potter o que me fazia única, uma ardência chata começou o que me fez querer gritar com alguém.


–Você tá de brincadeira né? Realmente você quer me ver ferrada. -Falei olhando pra cima com um humor negro que não costumava ser meu. -Por que você tá ligado que nada está dando certo ultimamente! Nem beijar um cara por uma noite e nunca mais vê-lo eu sou capaz de fazer. Não isso seria fácil de mais! Ela é Lílian Potter vamos ferrar com ela!


–Aposto como tem gente pior Potter. -A voz doce de Lana Prescott interrompeu minhas reclamações com Merlin, me virei para encará-la pronta para expulsá-la dali, eu queria ficar sozinha. Era pedir de mais?


Todos merecem um momento para se afogar em suas próprias mágoas sozinhos. O fato dela estar aqui só mostrava que alguém lá em cima (MERLIN DO CARAMBA) realmente não gostava de mim. Eu não queria ficar perto de ninguém.Lana não merecia aguentar toda a minha crise nervosa apenas por ser uma pessoa que passava aleatoriamente a minha volta.


–Agora não Prescott! -Gritei tentando soar dura o suficiente para assustá-la, mas nem minha voz de comando pareceu funcionar.


–Potter saia daí, venha para grama, vai acabar caindo nessas pedras e ficar ainda mais ferrada. - Ordenou ela. Sabe que ela tinha razão? Com a sorte que eu estava o melhor seria andar envolvida por plástico bolha.


Suspirei e fui até onde a sonserina estava sentada sobre um lencinho de costura prateada, sem me preocupar em sujar meu uniforme me deixei cair ao seu lado.


–Por que está aqui? -Pedi após algum tempo de silêncio.


–Porque eu decidi que quero congelar a bunda nessa maldita grama. -Me respondeu ela ao seu modo nada fofo.


–Que coisa feia pra se falar. É sério por que está aqui?


–A sua amiguinha, a Hale foi me procurar. Pediu pra eu vir aqui tentar colocar algo em sua cabeça. - Respondeu a sonserina como se falasse sobre o vento.


–Sara foi te procurar? -Pedi chocada de mais para verbalizar qualquer outra coisa.


–Não foi o que eu acabei de dizer gênio? -Rebateu ela rapidamente.


–Só queria confirmar, ela não é exatamente sua fã número um. -Expliquei dando ombros.


–Pode apostar que eu sei disso, fiquei tão boba quanto você quando ela veio me procurar depois da aula. -Comentou a loira tamborilando os dedos sobre a própria perna magra.


–E então?


–Faz dois dias que não toma suas poções...


–Eu esqueci!


–E ela disse que você não comeu direito essa semana e também não está dormindo...


–Eu não estou tentando me matar se é isso que vocês estão pensando! -Falei em minha defesa, porém até eu tinha que admitir que minha atitude não estava inspirando muita confiança.


–Eu não estou pensando nada Lílian, mas você precisa se cuidar. Seu eu fosse você agora estaria tão feliz que não pode nem imaginar. -Falou ela sorrindo pra mim, notei como ela ficava ainda mais bonita quando era sincera e esquecia do sarcásmo, sua beleza deixava de ser sensual e se tornava pura, quase angelical.


–Quebrada e com uma vida amorosa de merda? -Perguntei rindo com rancor.


–Não, aceita na Academia Francesa. -Respondeu ela com simplicidade fechando a mão com força.


–Por quê? Por que você quer tanto ir pra lá?


Ela não respondeu de imediato, por várias vezes respirou e eu achei que ela começaria a falar, porém demorou até que finalmente sua voz saísse.


–Bom, você não conhece meus pais Lílian, mas agora você conhece meu irmão e ele não foi o filho ideal. Meu irmão fugiu da escola, nunca concluiu os estudos, mas você viu o gênio que ele é em poções claro que se deu bem. Mas ser um mestre nessa arte, produzir remédios ou ser professor bom esse nunca foi o plano pra ele.


Tá aí uma coisa que nunca vou entender, essas famílias puro sangues que planejam a vida dos filhos, Lana parecia realmente sentida em tocar no assunto e eu me senti especial por ela estar ali, confiando em mim.


–Então, sobrou pra você? -Pedi.


–É sobrou pra mim. Minha mãe me levou a academia quando fiz seis anos e desde então ela vem me ensinando sobre o local. Eu quero ir pra lá, mas eu não sei mais se quero ir por mim ou se ouvi tanto sobre ela que estou indo por uma obrigação familiar. Minha mãe passou o natal inteiro olhando pra janela, dia e noite, mas a coruja não chegou. -Contou ela com lágrimas nos olhos.


–Sinto muito. - Murmurei sem saber como agir.


–E você nem quer ir pra lá realmente, certo?


–Você sabe que não. Todo mundo sabe que meu grande sonho sempre foi e sempre será ser jogadora de quadribol. -Respondi de modo seco fazendo o máximo possível para não me contagiar pelo momento emocional.


–Por que você quer tanto? Por que sua mãe foi jogadora? -Me pediu ela me encarando de um modo totalmente novo, me senti apenas impelida a falar tudo para aquela garota tão confusa e ao mesmo tempo adorável.


–Não, não tem nada a ver com isso. -Falei quase rindo só de pensar na hipótese de fazer algo assim por causa da reputação da grande Gina Weasley. Respirei profundamente antes de explicar o porque eu me sentia tão triste, incompleta e vazia nos últimos tempos.


– Quando eu voo Lana, eu me sinto completa, perseguir o pomo é como buscar uma parte minha, uma parte fundamental que só chega com a vitória. A sensação, o prazer indescritível, o vento, o cheiro do cerne da madeira, a torcida gritando meu nome com força, o espírito de equipe o modo como choramos e rimos juntos. Os treinos cansativos, o suor no rosto, a sensação do dever cumprido, o modo como meu corpo parece ter sido feito para estar em uma vassoura.


Ao terminar já chorava novamente ao mesmo tempo sorria me lembrando de tudo que acabara de dizer.


–Oh Lílian, eu sinto tanto por isso. -Falou Lana Prescott que chorava ao me ver, por um momento acreditei que ela me abraçaria, porém algo a repeliu e eu não soube dizer exatamente o que foi.


–Não adianta, eu nunca mais vou ter nada disso. Acabou pra mim, você tem razão, sabe? Eu deveria estar feliz pelo que ainda tenho. -Murmurei limpando as lágrimas com força.


–Não.


–O que foi que disse Lana?


–Fui eu Lílian. -Do que ela poderia estar falando, ela estava louca? Por que chorava tanto, por que parecia tão culpada?


–O que foi? O que foi, que foi você? -Pedi novamente mandando pra longe minhas desconfianças.


–Fui eu que fiz isso a você. -Falou a loira novamente sem me encarar.


–Não...não, não foi. É mentira você não seria capaz. O que foi exatamente que você fez pra mim? -Perguntei temendo mais do que qualquer coisa a resposta.


–Fui eu Lílian, fui eu quem enfeitiçou o balaço.


E eu não quis acreditar, não quis pensar que fora Lana Prescott a pessoa que me causara tanta dor, não quis pensar que por culpa dela quase perdi a vida. Porém em seus olhos lacrimosos eu via a verdade de suas palavras e nem o remorso, também visível, me fez deixar de sentir raiva daquela garota.



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Notas finais do capítulo

NB/ OOOOOOO
Capítulo bombástico. Merece muitos coments não é não?!
Haha, eu sempre disse que não gostava da Lana.
Infelizmente por mais que eu queira comentar um monte hj não vai dar. Tenho que ir.
Bjs da beta,
Milady Black
NA/ Quem ainda ama a Lana levanta a mão!! Õ/
Alguém? Por favor declarem seu amor pela loira um de cada vez!
Bom é isso, esse capítulo quase não saiu, pensei mesmo que a fanfic iria ficar parada, mas por fim eu e a Milah fizemos o melhor que conseguimos. Não ficou do jeito como queríamos mas esperamos mesmo que tenham gostado!
Não deixem de comentar muito! OBRIGADA PELAS RECOMENDAÇÕES!
Beijoquinhas de uma apaixonada
Loreline Potter



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