I am a killer, Cherry Bomb! escrita por Cahh_M


Capítulo 2
Capítulo 1 - We'll show the world they were wrong


Notas iniciais do capítulo

Oie amores. Vim trazer o primeiro capitulo da fic e é só uma introdução mesmo, as coisas começam a pegar fogo em pouco tempo, mas mesmo assim, espero que gostem. Como em DF, todos os capítulos vão ter uma música de trilha sonora e a primeira é dos lindos do Nickelback com If everyone cared.
http://www.youtube.com/watch?v=PEMiLu72LJg
Bos leitura =)



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Capítulo 1 – We'll show the world they were wrong

POV Katerina


Sófia, Bulgária, 27 de novembro de 2001.


–Xрана, Katerina! – A servente do orfanato gritava, avisando-me que era hora de comer. Me levantei, deixando meu caderno com meus desenhos em cima da minha cama.

A comida como sempre deixava-me enjoada, eu sentia falta da comida que mamãe fazia. Lentamente balancei minha cabeça, expulsando aqueles pensamentos de mim, eu não poderia ser fraca.


–3драсти, Stefan. – Comprimentei meu melhor amigo, sentando-me ao seu lado.


–3драсти, Katerina. – Ele respondeu oferecendo seu bolo de batata e eu aceitei, era o melhor que conseguíamos ali. Vi a servente caminhando em nossa direção e meu jovem coração congelou de medo. Seus negros olhos pararam nos meus por longos segundos e a mão de Stefan segurava a minha.


–Един мъж иска да говори с вас. – Ela disse calmamente, que um homem gostaria de falar comigo. Me levantei amedrontada, soltando lentamente a mão de meu amigo e seguindo-a até uma fechada sala.


–Katerina? Katerina Petrova? – Ele perguntou e assenti em afirmação. Seu paletó e seus movimentos mostrava o quanto era refinado. – Consegue me entender?


–Sim. – Respondi ainda parada ao lado da porta. – Búlgaro não é meu único idioma.


–Ótimo. – Ele respondeu gesticulando para eu me sentar ao seu lado. Seus verdes olhos me fitaram por alguns segundos. – Quantos anos tem?


–Dez. – Respondi e ele sorriu levemente.


–E quanto tempo faz que é órfã? – Sua pergunta saiu sem rodeios, acertando-me bruscamente.


–Dois anos. – Respondi segurando uma lágrima.


–Sei. – Ele abaixou a cabeça, pensativo. Seus olhos voltaram aos meus. – E quanto é a sua vontade de sair desse lugar?


–Muito grande. – Respondi frustrada e ele sorriu.


–Então arrume suas malas. – Ele disse levantando-se e senti meu coração palpitar de nervoso. – Você terá uma nova casa.


–Vou? – Perguntei confusa e ele se agaichou em minha frente pegando-me pelos braços.


–Sim. – Ele respondeu e o medo do desconhecido misturou-se a vontade de liberdade. – É muito talentosa para permanecer em um orfanato no subúrbio de Sófia.


–Muito talentosa? – Perguntei confusa. Eu não tinha talento nenhum.


–Sim, em breve lhe mostrarei o por quê. – Sem mais uma palavra, ele se encaminhou para a sala da diretora do local. Eu estava parada na entrada do refeitório quando os olhos de Stefan vieram aos meus e ele correu em minha direção.


–Kакво се е случило? – Ele perguntou o que havia acontecido e seus olhos eram aflitos.


–Aз приети – (Me adotaram) respondi e lágrimas escorriam por nossos rostos. Sem hesitar, levei meus braços ao redor de meu amigos, ele era o único que fazia aquele não ser o pior lugar do mundo. – липсваш (sentirei sua falta).


–също липсваш. (Também sentirei). – Ele respondeu entre soluços. - Обичам те. (Eu te amo).


– също Обичам те. – (Também te amo). Respondi sentindo uma mão em meu ombro.


–Está na hora. – Aquele homem disse com a minha pequena mala já em sua mão. Dei um último e longo abraço em meu amigo.


– Аз никога няма да забравите. (Nunca vou te esquecer). Falei enquanto o homem me puxava para a saída. Meus olhos percorreram aquele lugar pela última vez e meu coração apertou ao ver todos aqueles desamparados rostos sem adoção e me senti sortuda por ser escolhida, ou não?


POV Bella


Roma, Itália, 29 de novembro de 2001.

–Lavoro, Isabella. – (Trabalho) Minha mãe disse enquanto eu pegava minha rasgada mochila do colégio.


–Io vado a scuola. – (Eu vou para a escola). Respondi lembrando-a que ainda era uma criança e não podia só trabalhar.


– Non mi interessa. (Não me importo) Ela respondeu rude e sem mais protestos, obedeci antes que ela me machucasse, como sempre fazia. Peguei meu velho cobertor, encolhendo-me enquanto a neve gelava meu corpo ao sair na rua.


Andava lentamente tentando vender os pães que minha mãe fazia, era o único modo que conseguíamos dinheiro desde que papai morreu e desde então, com nove anos de idade, eu tinha que alimentar minha família. Me sentei em uma calçada, enrolando o cobertor em meu ser, tentando controlar meus dentes que batiam sem parar.


–Buongiorno, Isabella. – Uma voz masculina disse e lentamente levantei minha cabeça para vê-lo. Os mais elegantes e pesados casacos o envolviam, causando-me inveja. Percebendo minha tremedeira, ele tirou uma de suas roupas, colocando sobre mim.


–Buongiorno. – Respondi forçando um sorriso. Sua mão me puxou, levantando-me e amedrontada, dei dois passos para trás. – Come sai il mio nome? (Como sabe meu nome?).


–Io so molte cose. – (Eu sei de muitas coisas) ele respondeu sorrindo.


–Quello che vuoi? – (O que você quer?). Perguntei na defensiva.


–Si dispone di una buona vita. – (Que você tenha uma boa vida). Ele respondeu levando-nos para dentro de uma cafeteria. - Ho promesso a suo padre. (Eu prometi a seu pai.)


–Mio papà? – (Meu papai?).Perguntei surpresa, segurando a lágrima que sua saudade me causava.


–Sì. – (Sim). Ele respondeu entregando-me um lanche. - Tuo papà. (Seu pai). – Ele parou por por alguns segundos pensativo. – Então…o que acha ter uma nova família? Uma nova chance? Era o que seu pai sempre quis.


–Non capisco. – (Eu não entendo). Respondi lembrando-o que era em outro idioma que sua última frase era pronunciada. Ele ergueu sua sombracelha com desdém.


–Você não me engana, Isabella. – Ele respondeu bebendo um gole de seu chá. – Sei que fala quatro idiomas fluente e consegue perfeitamente me entender.


–Não fale para ninguém. – Respondi envergonhada. – Meu pai me ensinou, mas me fez prometer que eu nunca contaria a ninguém. Segundo ele eu…


–Tinha um propósito maior. – O homem terminou a frase, assustando-me. Como ele sabia a frase de meu pai?


–Como…? – Minha voz falhou e ele apenas sorriu.


–Eu conhecia seu pai muito melhor do que você imagina. – Ele respondeu apoiando a xícara na mesa. – Então…devemos ir?


–Mas minha mãe… meu irmãos… - Respondi com dor no coração. Não eram a família perfeita, mas eram a única que tinha.


–Eles ficarão bem. – Ele respondeu confiante. – Mas tenho que ter certeza que você ficará bem.


–Minha mãe nunca vai deixar. – Respondi encolhenco-me com o pensamento dela me batendo.


–Já deixou. – Ele respondeu e aquilo demorou alguns minutos para minha mente processar.


–Assim fácil? – Perguntei entristecida.


–Não foi fácil. – Ele respondeu deixando o dinheiro de nosso lanche em cima da mesa. – Precisei desbancar cinquenta mil dólares.


–Minha mãe me vendeu? – Perguntei frustrada e ele assentiu. Uma lágrima escorreu por meu rosto descontroladamente.


–Não chore, Isabella. – O homem disse limpando minha lágrima. – Te prometo que a partir de hoje, ninguém te fará chorar novamente. Você que fará eles chorarem.


–Eles quem? – Perguntei ainda me recompondo.


–Logo você saberá. – Ele respondeu sorrindo.


–Eu…eu não sei o seu nome. – Falei, percebendo que eu não sabia sua identidade. – Qual é o seu nome?


–Eu posso ter muitos nomes. – Ele respondeu e aquilo me causou confusão. – Mas pode me chamar de Eric.


[…]


Nova Iorque, Estados Unidos, 01 de dezembro de 2001


–Vou morar em Nova Iorque? – Perguntei animada ao sair do aeroporto.


–Vamos morar em vários lugares. – Eric respondeu colocando a bagagem dentro do táxi.


–E já vamos para casa? – Perguntei inocentemente e ele sorriu.


–Antes quero que conheça alguém. – Ele respondeu e assenti.


[…]


Entramos em um elegante prédio, um que eu jamais entraria sem a companhia de Eric. Andamos pelo hall e meus olhos foram as notícias que passava pela gigante televisão: o mundo ainda se recuperava do ataque terrorista ao World Trade Center.


–Vamos? – Ele perguntou tirando-me de meus pensamentos.


–Sim. – Respondi seguindo-o rapidamente.


–Desculpe senhor… - O segurança disse em frente ao elevador. – Ela é muito pequena, não pode entrar.


–Eu acho que pode. – Eric respondeu mostrando-lhe alguma identidade que fez o homem assentir, dando-nos passagem.


–O que é isso que mostrou para ele? – Perguntei curiosa.


–Nada com que deva se preocupar. – Ele respondeu sorrindo ao saírmos do elevador e nos depararmos com uma menina, parecia da mesma idade que eu, sentada em uma avermelhada poltrona. – Isabella…quero que conheça Katerina, sua mais nova irmã.


–Minha mais nova irmã? – Perguntei confusa.


–Sim. – Ele respondeu animado. – Ficarão juntas por muito tempo.


–Oi. – Katerina disse sorrindo levemente e esticando sua mão. No primeiro minuto, ela conseguia ganhar minha simpatia.


–Oi. – Respondi esticando a minha levemente.


–Finalmente estão juntas. – Eric disse e imediatamente nossos rostos mostravam confusão. - Agora podemos começar.



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Notas finais do capítulo

E aí? Me contem o que acharam *o* Beeijos =)