Os Lendários Guardiões:Templo Dos Deuses escrita por Wevs


Capítulo 6
A pequena grande descoberta Final


Notas iniciais do capítulo

Continuação do capítulo anterior. Estes dois capítulos eram para serem capítulos especiais, mas eu errei e publiquei como oficiais. Peço perdão a todos por isso.
Bom leitura! ^^



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Os Lendários Guardiões

Templo dos deuses-

Livro 1: Planta ….............................................................................. Capítulo 6:

A pequena grande descoberta pt. 02

–narração de Edward-

Eu não estava entendendo nada. Eu estava “virando” uma árvore?! Eu olhava para minhas mãos que, aparentemente, estavam normais. Eu ficava me imaginando ter que comer adulbo para ter energia e ter que enfiar meus pés no chão pois estes virariam raízes e eu não podia ficar sem meus nutrientes. Em minha cabeça se passavam diversas cenas. Eu estava virando aquilo que eu tanto amara e protegera com orgulho. Eu estava destinado a virar aquilo que um dia me abrigou do calor escaldante produzido pelo sol forte. Eu estava virando aquilo que um dia fiz de melhor amigo, só porque estava sozinho e desde então nunca mais o esqueci. Este é o meu destino. Ficar plantado no solo esperando alguém cuidar de mim. Como aquele pobre carvalho, sem ninguém para conversar.

Eu preciso ficar um pouco sozinho.-disse para todos na sala de botânica. –Podem ficar tranquilos que eu vou ficar bem.

Mas meu jovem...-disse Minerva me vendo sair da sala com a cabeça abaixada e sem rumo. –Aonde ele vai?

Eu continuava minha triste caminhada até o corredor 52 do 10º andar. Não sabia o que fazer. Da janela de algumas salas, onde as portas estavam abertas, eu conseguia ver diversos ramos de árvores me olhando. Como se dissessem: “Esse solo é bom. Ser árvore não é tão ruim” ou então: “Vem aqui, nós vamos conversar pra sempre...” Eu não queria isso para minha vida. Não agora. Eu quero viver e principalmente quero ser um arqueiro. Quero conhecer novos lugares, novas pessoas, quero aprender mais e mais. Não quero ser uma árvore. Por que isso tem que acontecer logo comigo? Chegando no corredor 52, eu disse a senha: “Centauros arqueiros. Cavalos dançantes” e um portal se abriu. Eu apareci no corredor 1, onde virando a esquerda, dava para o portão da escola.

Parecia milagre, mas o portão estava aberto. O que era muito raro. Faltava cerca de 1 hora para minha primeira missão, e eu não sabia se ficava feliz. Virei para a direita e encontrei o meu amigo e futuro companheiro de solo, Carvalho.

A cidade estava um pouco vazia. É que estava havendo um torneio no Coliseu da cidade. É que todo ano eles fazem um torneio entre os proficionais da cidade: guardas, guerreiros, magos etc. Mas também eles fazem um torneio entre diversos alunos e crianças de diversas cidades. E esse ano Lockhaven foi escolhida para realizar esse evento! E esse ano eu vou participar desse evento, ou talves não.... Eu me concentrei um pouco e logo minhas mãos ficaram cobertas de energia verde. E comecei a subir no carvalho. Eu não precisava mais ficar pensando no beijo que a Helleonora me deu para eu meditar ou concentrar energia. De tanto meditar por longos períodos, eu já dominava um pouco essa arte.

–narração do autor-

Edward subiu rapidamente no Carvalho. Ele tinha uma excelente destreza quando o assunto era subir em árvores e se equilibrar nas mesmas. Embora o carvalho medisse mais de 20 metros, Edward subiu nele rapidamente e logo se acomodou em seus altos galhos. Foi quando começaram a conversar.

O que foi, meu caro amigo? Está tão triste... perguntou o carvalho. Gostei do cabelo.

Você pode me ver?-perguntou Edward procurando os olhos da árvore.

Não como vocês. Nós podemos ver e sentir tudo a nossa volta. Mas me responda,por que está triste?

É que a dona Minerva, uma professora perita em plantas, disse que meu cabelo está verde por causa da clorofila.-ele fez uma pausa e continuou. –Você sabe o porquê de eu estar assim?

O carvalho ficou mudo por alguns segundo. Parecia estar pensando.

Meu caro amigo... Imagine que você seja um balde que sempre cai água.

Edward estava imaginando.

Agora, se você não gastar a água desse balde, ele vai acabar transbordando e a água vai vazar. Certo?

Edward estava compreendendo o velho carvalho. Mas não sabia como aquele simples exemplo poderiam ajuda-lo.

E vocês humanos ainda dizem que são inteligentes..., lamentou o carvalho. Dentro de seu corpo há um núcleo de energia que enche sem parar. Ninguém possui um igual ao seu. Eu digo isso porque consigo ver sua mana.

Edward não estava entendendo nada. Mas deixou o carvalho terminar de falar.

Esse núcleo sempre vai encher e alguma vez ele vai acabar transbordando e é isso que ele tá fazendo.

Pera aí.-disse Edward se alegrando. –Você tá dizendo que esse meu cabelo verde é apenas a minha energia cheia?

Quase isso, disse o carvalho. Seus poderes são muito anormais, e você tem a mesma mana que nós, plantas, porém de um jeito mais complexo e muito mais forte. É como se os seus poderes deixassem você como nós. Só que você é um humano. Um humano com poderes de planta.

Mas eu posso virar uma árvore?-perguntou Edward dando um tapa na dura casca do carvalho.

Não. Creio que nunca. Você possui apenas nossas características. Isso em seu cabelo é clorofila sim, porque você, de acordo com as nossas características, reagiu à luz do sol produzindo clorofila.

Edward parecia entender plenamente o que o carvalho disse. Mas só faltava uma pergunta que talvez faça toda a diferença.

Como você sabe disso tudo se você não é o Autor?

Meu caro amigo... Eu simplesmente sei. Além do mais você tem que descobrir as coisas sozinho. Eu só o ajudei porque senti que você estava precisando saber.

Está bem, então.-respondeu Edward. –Isso quer dizer que eu tenho suas características. O que me faz ficar realizando fotossíntese e ficar envolto de oxigênio? E o meu cabelo, voltará ao normal?

Sim. Perfeitamente. Quanto ao seu cabelo... Eu não sei se vai acontecer isso. Mas concentre-se e verifique você mesmo.

Muito obrigado, meu amigo.-disse Edward chorando de emoção. –Eu pensei que eu viraria uma árvore. Mas agora que eu sei sobre meus poderes, eu nunca vou pensar mais isso. Quanto a minha energia... O que acontece se ela esvasiar ou encher muito?

Se ela esvasiar por completo você ficará bastante indisposto, mas isso nunca irá acontecer, pois ela enche constantemente. Se ela encher muito, seus poderes ficarão um pouco mais fortes, mas isso não substitui um treinamento justo e verdadeiro.

Então tá bem.-disse Edward descendo do carvalho. –Tenho que ir para uma missão daqui a pouco. Preciso me arrumar.

Está bem. Aparece mais vezes.

Está bem, meu caro treinador.

Ah! Manda um abraço para a Minerva. Lhes deseje feliz aniversário por mim.

Edward fez um jesto de sim com as mãos. Ele estava feliz com a notícia de que não estava virando árvore. Subiu alegremente as escadas da escola e foi até a sala de Minerva, onde ela estava dando aula de botânica.

Com licença...-disse Edward batendo na porta. –Poderia falar com a senhora um minuto?

Oh! Meu jovem. Você saiu daqui chateado. Eu preciso te dizer algumas coisas-disse Minerva calmamente. –Você não vai virar...

Eu já sei de tudo.-disse Edward interrompendo Minerva. –Feliz aniversário!

Minerva deu um abraço em Edward. Eles ficaram abraçados por um bom tempo, até que Edward precisou sair e se preparar para a missão. Vendo o garoto virar o corredor, Minerva ficou pensando quem poderia ter falado de seu aniversário para Edward...

Chegando no corredor sem saída, Edward disse outra senha: “Pégasos, cavalo dos deuses. Hipocampo, cavalo dos mares.” E entrou no corredor 47, onde se encontrava o quarto das meninas. Bateu na porta e esperou alguém atender. Larienne abriu a porta, e Edward cumprimentou-a e perguntou por Helleonora.

Ela tá aqui. Entra.-disse Larienne puxando Edward para dentro do quarto. –Estávamos falando sobre você.

Oi, pessoal!-disse Edward para todas. Helleonora, que estava na cama de cima, deu um sorriso enquanto Ellira deu um abraço. –Estavam falando o que sobre mim?

Nada não.-disse Ellira sorrindo. –Essa garota que é fofoqueira. Por que veio aqui. Pensamos que era o Natan...

O importante é que ele está aqui não é, Ellira?-interrompeu Helleonora. –Ah! Gostei do cabelo.

E eu gostei do seu.-disse Edward vendo os lonos cabelos de Helleonora presos com uma fita. Suas franjas, misturadas com o cabelo. –Agora vejo porque o Nataniel gosta de você.

–narração de Edward-

Helleonora estava linda. Naquela manhã ela vestira uma camisola azul e uma sandália preta. Provavelmente acabara de acordar. As meninas estavam vestidas normalmente, com saias e blusas. Meu coração disparou assim que eu a vi, mas a minha vontade era de abraçá-la e dizer que eu a amo. Mas e se ela gostar do Nataniel e eles estiverem juntos. A escola é grande e ela já deve ter conhecido alguém para se apaixonar.

Diz alguma coisa, Edward.-disse Helleonora olhando para mim. –Tá aí parado.

Não posso demorar muito.-eu disse para ela. –Tenho uma missão daqui a pouco e não quero me atrasar. Ah! E quem é o seu professor?

Ellira então começou a falar. Ela não era de se intrometer em conversas e só falava quando era indispensável.

Me amor, você não sabe quem a Helleonora ficou ontem de noite. Sabe?

Eu me intristeci de repente, mas como um bom amigo, eu demostrei felicidade. Como se eu apoiasse o que ela estava fazendo.

Não. Quem foi?

Helleonora ficou calada. Parecia não querer ouvir o que Ellira estava prestes a dizer ou estava com vergonha. Foi quando Ellira pôs-se a falar.

O seu professor!

Meu mundo caiu na hora. Seria muito melhor eu ter virado árvore do que ouvir que meu professor ficou com a minha melhor amiga. Se eu tivesse o poder de voltar no tempo eu não teria ouvido. No momento eu só ouvia a Ellira dizer que o professor era um gato, musculoso e coisa e tal. Foi quando eu resolvi aproveitar a minha missão e me despedi de todos. Helleonora ficou um pouco sentida e parecia estar arrependida. Talves ela acordara agora porque ficou até tarde com ele. Mas isso não vai ficar assim.

Como meu quarto era no mesmo andar que Helleonora, eu não precisei ir de “portal” em portal. Só precisei achar o meu quarto. Agora já era 01: 00h PM e eu ainda tinha meia hora para me arrumar. Embora eu gostasse muito de Helleonora, fiquei muito triste com a notícia. Eu só fiquei muito calado. Estava chorando por dentro. Quando entrei no quarto, fui surpreendido pela espada de Nataniel, que estava treinando no quarto de cueca. Ele não falava muito comigo, mas eu nem ligava. A única coisa que me interessava agora era um ótimo banho. Podia ser frio mesmo.

Dentro do banheiro, eu tava pensando no que o carvalho havia dito: “ Você possui nossas características. Isso em seu cabelo é clorofila sim, porque você, de acordo com as nossas características, reagiu à luz do sol produzindo clorofila.

Se eu tenho características de uma planta... Então eu posso absorver a água. Mas por onde, se não tenho raízes?

Eu não queria ficar pensando nisso, mas eu tinha que pensar. Abri o enorme chuveiro onde caiu uma forte pancada de água fria em cima da minha cabeça. Eu me refresquei muito e logo em seguida eu me esfreguei com sabonete. Logo depois, eu desliguei o chuveiro e me enxuguei. Coloquei a roupa e no espelho, percebi que meu cabelo estava começando a ficar vermelho novamente.

–narração do autor-

Edward saiu do banheiro alegre. Com a alma lavada e o corpo também. Nataniel estava com a espada em punho e parecia estar golpeando o ar. Quando viu Edward feliz daquele jeito, parou seu treinamento e estranhou o comportamento de Edward. Este estava parado no quarto. Bateu na porta do outro banheiro e ninguém atendeu. Foi quando resolveu perguntar para Nataniel onde Caio estava.

Eu não sei.-foi a única frase que Nataniel falou. Depois pegou umas peças de roupa e entrou no banheiro. Edward pegou seu arco e a aljava e saiu do quarto. No corredor ele encontrou Caio ao lado de Mary. Lembra-se dela? Aquela garota do capítulo 6.

Fale aê, Edward!-disse ele de mão dadas com ela. –Me espera aqui que eu já volto. Ok?

Edward ficou parado na porta do quarto. Caio levou Mary até um quarto no fundo do corredor e depois voltou. Ele parecia feliz. Talvez aquela fosse a namorada dele. Ou alguma outra coisa.

Seu cabelo melhorou, não é?-perguntou Caio passando a mão sobre os cabelos de Edward. –Vamos lá! Falta poucos minutos para a nossa missão.

Não vai levar arma não?-perguntou Edward vendo Caio com as mãos abanando. –O professor disse que era para levar.

Caio olhou para Edward com uma cara de surpresa e puxou um pequeno livro do bolso da calça. A capa desse livro era vermelha, com duas ampulhetas voltadas uma para a outra. Edward queria perguntar sobre o que era o livro, mas teve uma ligeira impressão de que iria descobrir isso em breve...

Descendo a última série de escadas que separavam o térreo do segundo andar do enorme castelo que era a escola, Edward Sant-Clair e Caio Matthew saem ao encontro de Éric Allowízios, o professor ao qual a equipe foi entregue. Segundo o que foi dito, os alunos deveriam encontrar o professor na praça da cidade (OBS.: isso não foi dito em nenhum capítulo). Cruzando os portões da escola, agora com dois Guardas de Elite, Edward e Caio saem da escola, anciosos, para darem início a primeira de muitas missões que iriam ter pela frente.

Continua


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Notas finais do capítulo

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