Os Lendários Guardiões

–Templo dos deuses-

Livro 1: Planta ….............................................................................. Capítulo 5:

A pequena grande descoberta pt. 1

Já era manhã na cidade de Lockhaven e já era possível ouvir o barulho dos alunos descendo as escadas do imenso castelo que era a escola. Edward havia acordado cedo e foi conhecer mais a escola. Ele desceu até o 10º andar, e conheceu muitos lugares e pessoas. Com seu livro na mão, ele foi anotando. O lugar que mais lhe interessou foi a sala de ciências e a sala de botânica que na verdade era uma grande estufa onde se encontravam árvores e plantas de todo o mundo! Ou quase isso. Naquele tempo não havia os relógios que conhecemos. O tempo era marcado pelo Sol, pelas estrelas, por fenômenos anuais, pela areia (ampulhetas) e pela água. Isso mesmo. Esse “relógio de água” era como se fosse uma grande ampulheta e dele dava para marcar as horas, minutos, dias e alguns meses. O ruim era no inverno, onde a água congelava e atrasa o tempo. Edward estava na biblioteca. Ele havia lido um livro sobre botânica e estava aprendendo o estudo teórico de seus poderes e estava anotando em seu livro. Pois alunos que não tinham reserva tinham que estudar por lá mesmo.

–Caramba! As plantas possuem muitas características. Elas são demais!-surpreendeu-se Edward ao ver um livro que falava totalmente sobre a habilidade de manipular as plantas. –Nesse livro tem uma grande quantidade de coisas para eu fazer!-pegou o livro e levou até o bibliotecário responsável pela manipulação dos livros nas mãos dos alunos. –Com licença...

–Em que posso ajudá-lo?-respondeu o bibliotecário.

–Eu gostaria de reservar esse livro.-pôs o livro no balcão. –É que ele vai me ajudar a treinar , e eu não posso ler tudo aqui.

O bibliotecário olhou o livro de cima a baixo. Anotou alguma coisa numa folha e entregou o livro à Edward.

–Quando você entregará o livro?-perguntou o bibliotecário.

–Eu não sei... Ele é muito grande e não vou conseguir ler tudo em um dia.-fez uma pausa. –Mas entregarei ele daqui a dois dias. Prometo!

–Pode levar. Nos vemos daqui a dois dias.-disse o bibliotecário entregando uma folha e Edward assinou. –Ok?

–Ok!

Com o pesado livro nas mãos, Edward o levou para o quarto. Você deve estar falando: “Como é que ele subiu rapidamente se o autor nem acelerou o tempo nem nada?” Simples! No capítulo 3 da saga, os alunos foram levados a um corredor sem saída, ao qual havia uma senha. Lembra? Aquele corredor era um tipo de “elevador” que funcionava a base de magia. Cada corredor, cada andar e cada sala tinha uma senha específica. Edward sabia disso. Era um dos vinte alunos que sabiam. Assim ficava mais fácil se locomover pela escola, não é?

Quando entrou no quarto, Caio ainda estava dormindo. Edward entrão acordou-o e este agradecendo ainda com bastante sono e boa vontade entrou no banheiro e tomou banho. Olhou para Nataniel. O homem tava todo largado na cama. Sua armadura estava no chão e sua espada estava presa na cama. Embora não gostasse muito de Nataniel, Edward o chamou para que se levantasse e fosse tomar banho. Este falou que ia dormir só mais um minuto e se virou.

Caio termina de tomar banho. Ele olha o livro nas mãos de Edward e estranha.

–Como você pegou esse livro?-estranhou Caio pensando mil coisas erradas.

–Eu roubei da biblioteca.-respondeu Edward guardando o livro no armário depois de ter copiado uma página inteira. –Agora que você sabe que eu roubei, você é meu capanga.

–Tá. Agora vamos para o refeitório que eu tô cheio de fome.-disse Caio pegando sua camisa de frio.

No corredor sem saída, Edward diz uma frase estranha, que era a senha do refeitório, e entra. Caio não sabia o que era, porque não entendera. Quando chegaram, encontraram seis grandes fileiras formadas por mesas onde estavam as refeições. Muitos alunos estavam lá. Procurando um lugar vazio, Caio e Edward sentaram-se numa mesa onde só haviam garotas. Era estranho pois, o refeitório não era dividido por sexo. Com um pouco de vergonha, Edward sentou-se ao lado de uma garota que usava um cabelo preto tipo chanel e sua pele era clara e seus olhos eram castanhos. Caio estava sério e sentou-se ao lado de uma carota de cabelos cacheados. Olhos azuis e lábios vermelhos. Elas conversavam constantemente, mas quando os garotos chegaram elas se calaram. Foi quando elas começaram a cochichar a respeitos de Caio e Edward. Foi quando a garota de cabelos cacheados, chamada Mary chamou Edward e falou:

–Com licença, posso saber seu nome?-sua voz era feminina, claro, mas como estava inclinada sobre a garota de cabelos chanel, a voz ficou um pouco fina.

–Pode sim.-respondeu Edward dando um sorrisinho. –Meu nome é Elrick. E o seu?

A garota olhou para Edward e pareceu gostar do nome. Olhou para a amiga que sentava ao lado de Caio e, voltando-se para Edward, falou:

–Meu nome é Mary.-apresentou-se a garota. –Assim, aquela garota ali achou seus cabelos verdes bonitinhos.

–Não, não. Meus cabelos são ruivos.... Verdes?!

Edward olhou quase desesperado para Caio que estranhamente confirmou. Pediu licença a todos e foi para o banheiro. Ao contrário das escolas atuais, o banheiro da escola era um dos locais mais calmos. Além da biblioteca. As paredes eram brancas e os vasos sanitários também. As paredes eram todas cobertas por espelhos e foi em um deles que Edward olhou...

–Meus cabelos estão todos verdes.-lamentou Edward quase chorando. –Por quê?!!!

Procurando encontar algum fio de cabelo vermelho, Edward mexia em seus cabelos. Tornando-os bagunçados. O cabelo de Edward estava praticamente verde, porém parecia que a coloração estava mais forte vinda do couro cabeludo e ficava mais fraca nas pontas. Edward não sabia como isso acontecera de ontem para hoje e muito menos como fazer isso parar. Faltava cerca de algumas horas para Edward se encontar com o professor para a missão e ele não queria sair assim. Foi quando Caio chegou.

–A onde você tava?-perguntou Edward vendo Caio entrar num box do banheiro.

–Eu estava conversando com a May.-respondeu Caio saindo do box e lavando as mãos. Logo após lavar as mãos ele usa sua energia para não tocar na torneira. –Ela é super simpática. Ah! A May gosta de você e pelo jeito a Mary também.

Edward deu um sorrisinho tímido e depois foi se preocupar com seu cabelo. Caio se aproximou receoso. Afinal, dois carinhas no banheiro não era sinal de boa coisa. Foi quando Caio levou Edward para o refeitório, onde se encontrava a porta de saída.

–Tá me levando para onde?-perguntou Edward enquanto dava tchau para as garotas.

–Vamos até o professor Éric.-respondeu Caio pegando uma maçã e dando para Edward. –Come isso. Você não comeu nada ainda.

Chegando na sala do professor Éric, Caio ficou esperando na porta enquanto Edward entrou.

–O que quer?-perguntou Éric com um guizo nas mãos.

Edward se aproximou da mesa e começou a falar.

–Eu não queria te incomodar mas é que meu cabelo tá ficando verde de repente.

Éric levantou-se da cadeira e começou a mexer no cabelo de Edward. Como tinha pouca iluminação, ele o levou para perto de uma janela. A abriu e depois começou a mexer.

–É incrível como seu cabelo fica florescente em contato com a luz do sol!-disse Éric fechando e abrindo as janelas. –Você possui poderes, não é?

–Sim. Mas o que tem a ver?-disse Edward ficando bastante preocupado.

Acho que você está sofrendo algum tipo de mutação. Acho que não é nada grave. Venha comigo.

Quando saiu da sala, Edward chamou Caio para ir com ele. Desceram somente um degrau, onde se encontrava a sala de botânica. Chegando lá, a professora responsável pela sala começou a conversar com Éric. Logo depois chamou o garoto até ela. A velha senhora vestia um vestido todo feito de folhas e flores secas. Seus longos cabelos pretos eram presos com um florido laço. Sua pele era jovial, com linhas de expressão visíveis, que delineavam seu rosto e entregavam sua idade: 103 anos! Ela andava apressadamente e parecia sempre disposta. Quando tocou nos macios cabelos verdes de Edward, ela logo soube o que era. Mas para que não tenha dúvidas, ela perguntou:

–Você tem poderes, meu jovem?-perguntou ela olhando para a pele, olhos, mãos e cabelos de Edward.

–Tenho sim.

–E tem poderes de que?-perguntou ela com uma voz meio rouca, mas compreensiva e clara.

Edward olhou para Éric e, este mechendo a cabeça, fez sinal de que era seguro falar.

–Eu posso manipular as plantas. Além de ter a habilidade de conversar com elas.

Caio ficou parado, ouviu o que Edward e pensou:

Controlar a planta tudo bem... Mas falar com elas?!

Minerva, a velha senhora, olhou para Edward e então apontou para um ramo de oliveira.

–Parece que você possui poderes diferentes de todos os outros, meu jovem.-disse ela andando ao lado de Edward. –Isso nos seus cabelos não é nada comum, mas deve ser normal para seus poderes. Sabe, as plantas possuem um pigmento que lhes dá a cor verde e que em contato com a luz, lhes faz realizar a fotossíntese.

–Eu sei disso.-disse Edward tocando em seus cabelos. –O que a senhora quer dizer?

–Que isso em seu cabelo, meu jovem... É clorofila...

Continua no próximo capítulo...