Os Lendários Guardiões:Templo Dos Deuses escrita por Wevs


Capítulo 51
Quando uma simples frase volta ao passado!


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, aqui mais um capítulo! LOL
Queria fazer um capítulo especial, mas não saiu nada. Peço desculpas por isso.
Boa leitura e até mais.



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Os Lendários Guardiões
–Templo dos deuses-

Livro 2: Sombra ......................................................................... Capítulo 51:

Quando uma simples frase volta ao passado!

O navio da Metrópole já estava em alto mar, navegando rapidamente pelas águas tranquilas do mar Carmesiano. Nele estavam Tacker e um comandante, que auxiliava na navegação. O navio havia partido do porto da Metrópole há sete dias e já havia programado a rota para uma cidade costeira, a Nurville.

–Comandante, já chegamos? -perguntou Tacker mareado. –Quanto tempo falta?

–Algumas horas, senhor. -respondeu o comandante Zero. –Em breve Nurville estará à nossa vista.

Comandante Zero era um homem forte, barba feita e amarrada com um elástico. Usava uma armadura militar e não usava armas. Na verdade, sua armadura era a arma, pois, acima dos punhos, tinha duas lâminas retráteis, enquanto na ponta dos pés, havia um tipo de ponta aguda. Tinha cabelos negros e olhos de mesma cor.

–Com licença. -falou Tacker se retirando. –Vou pegar minha espada.

–Sim, senhor.


...


Algumas horas depois, comandante Zero vai até o outro lado do navio, informando que Nurville já estava à vista e que chegariam logo. Tacker pegou suas coisas e foi até a frente do navio, que estava se preparando para parar. Após uns minutos, já estavam na cidade e o navio parara. Todos ficaram olhando, até que a porta se abre e começa a descer.

–Finalmente. -falou Epson fundido no casco do navio, enquanto descia por ele e caía na água. –Já estava cansado de ver tanta água sem poder beber...

Ele cai na água, ficando lá por alguns minutos. Tacker desce as escadas e vai andando junto de Zero até um tipo de igreja, onde estavam lá três homens da Metrópole junto de um senhor gentil, de cabelos grisalhos que vestia roupas leves com um brasão de M envolvido por um pássaro de cauda de fogo.

–Pensei que não viria. -falou o senhor.

–Olá, vovô. -falou Tacker olhando o velho homem escoltado pelos guardas, que se curvaram diante de Tacker e logo levantaram. –Onde vamos ficar?

–Numa pensão aqui perto. -falou o homem andando pela rua ao lado do neto. –Zero, homens – ele se referiu aos guardas – podem ir.

Eles se retiraram e logo foram para o navio, indo para a Metrópole.

–Não acredito que vamos ficar numa pensão! -Tacker entrou pela porta, olhando o lugar decorado com flores e entregando as identificações para a atendente.

–Não reclame, Tacker... -falou Hiro, o avô de Tacker. –É a melhor da cidade e a comida é boa.

–Mas vô, sou o príncipe da Metrópole! -Tacker, indo para o quarto junto do avô.

–Aqui você é Tacker. Nurville rompeu com a Metrópole há anos. -disse Hiro. –Desde então nada pertencente a seu pai tem valor aqui. Além dos valores normais, claro.

–Erro deles. -falou Tacker. –A Metrópole faz tudo para o bem de todos.


...


Epson sai da água após o navio partir de volta para a cidade. Ele estava todo molhado e com muita sede. Nurville é uma cidadezinha com casas de madeira pintadas normalmente de rosa claro ou amarelo. Ela é caracterizada por possuir muitas pensões e pousadas, além de ter um porto feito de madeira e pedra, porém resistente. Epson subiu pelo porto e se dirigiu até a rua. O clima estava bem agradável.

–Cidadezinha bem agradável, essa. -ele abriu o bolso da calça e pegou duas moedas, se dirigindo para uma loja de frutas. –Por favor, quantas frutas eu posso comprar com isso? -ele mostrou duas moedas de ouro.

–Ora, quase tudo, meu jovem. -respondeu um senhor. –Só escolher.

Epson escolheu cinco melões e algumas maças. Pegou uns pêssegos e cinco laranjas. Além de beber bastante água.

–Não deu nem uma moeda?! -Epson, surpreso, com duas bolsas cheias. –Ah... Fica com o troco. -ele saiu, deixando o cara com 80 moedas de prata.

–Que os deuses te iluminem meu jovem. -falou o vendedor vendo Epson andar com as duas bolsas.


Após alguns minutos andando, Epson pegou um melão aplicando um pouco de força com os polegares, que fez o melão abrir em dois pedaços. Ele começa a comer o melão numa praça. Logo, olhando para a direita, viu uma pousada escrita “Delícia de Dormir” e se interessou por ela. Ele limpou os dedos e jogou os pedaços de melão numa lixeira, logo se dirigiu até a pousada.

–Ajudem! -gritos podem ser ouvidos do interior da pousada. –Ladrões, ladrões!

Um grupo de pessoas foi até a entrada da pousada e então três ladrões saíram correndo de lá, com um saco de dinheiro. Eles empurram a multidão que não reage, pois dois deles estavam armados com espadas roubadas e um tipo de katana azulada.

–Ladrões... Logo agora. -suspira Epson indo até a multidão. –Só espero que não chamem atenção do Tacker...

Quando Epson chegou perto da multidão, dois bandidos esbarraram nele, fugindo.

–Sai da frente, seu fedelho! -falou o bandido da katana.

–Deixa ele cara. -falou o bandido da espada comum. –Não dá nem pro gasto...

–Hey! -o bandido com os sacos de dinheiro repara nas correntes de ouro que estavam nos braços de Epson, que olhava para eles com calma. –Me dá isso aqui!

Os bandidos pararam, andando em volta de Epson até cerca-lo, formando um triângulo.

–Olha só... Ele tem umas correntes de ouro pelo corpo... Brincos de pedra preciosa... -contou o bandido chefe. –Hey! Dê-me essas correntes!

Um grupo de pessoas cercou os bandidos e Epson, que olhava com calma a todos eles. Ele segura as correntes, para alegria dos bandidos.

–Venham buscar. -ele as prende na mão. –E aproveitem e me deem o dinheiro. Que não é de vocês.

–Você é bem confiante, não? -falou o bandido de katana dando um passo para frente. Epson se preparou. –Ande! Dê-me as correntes!

–Não. -respondeu Epson. –Se quiserem. -ele colocou-as no pescoço e nos punhos. –Venham tirar.

O bandido da katana então avançou na direção de Epson, já desferindo um golpe no garoto, que tentou desviar, dando em seguida um chute na boca do estômago do ladrão. O ladrão recuou, sem ar, mas segurou a katana com força e a espada começou a brilhar.

–O que é isso...? -perguntou-se Epson preparando-se para um golpe a distância.

O ladrão então deu um golpe de espada no ar, e então uma lâmina de vento veio em sua direção. Parecia que estava distorcendo o ar. Epson então deu vários saltos giratórios para trás, até cair abaixado no chão. A lâmina passou por alguns centímetros de seu cabelo, cortando alguns fios.

–Então... -Epson correu até o ladrão, que deu outro golpe no ar e novamente a lâmina foi em sua direção. Epson então deu um salto e mergulhou no chão, sumindo.

–O quê?! -os ladrões se admiraram, surpresos. –Ele sumiu...

Todos os que viam a cena se surpreenderam, afinal, um poder daqueles nunca foi visto naquela cidade. O ladrão procurava por todos os lados, até que Epson aparece, saindo do chão atrás dele, então prendia o ladrão com as correntes de ouro.

–Entregue a espada. -Epson, com aparência de lama. Parecia que o chão se distorceu e entrou em estado pastoso e cobriu Epson, mas não era cobertura, e sim Epson fundido no chão. –Vamos! -as correntes começaram a entrar em estado líquido, prendendo o ladrão.

–Tome... -o ladrão entregou a espada a Epson, mas aproveitou e deu uma cotovelada na barriga. –Seu imbecil!

Epson estava no chão. O bandido então tentou dar um chute no garoto, mas seus pés estavam presos dentro do chão que parecia uma pasta resistente.

–Deixa ele comigo. -o bandido da espada comum foi até Epson.

–Ah, não... -Epson suspirou. –Outro?

O bandido que usava a espada correu na direção do garoto já estocando a espada, que penetrou na barriga de Epson, que colocou a mão na lâmina, apavorado.

–Viu só?! -o ladrão começou a rir, confiante. –Isso é para não se meter comigo.

Epson estava com a mão na lâmina, que estava dentro dele. Ele olha para o ladrão que olha para ele também. Até que Epson começa a sorrir.

–Do que está rindo?

–Nada... -Epson começa a se derreter, semelhante a uma lama escura e cai sobre o chão.

–De novo... -o ladrão então dá passos para trás, e então começa a correr. –Corre cara!

Os bandidos – o que estava carregando o saco de dinheiro e o da espada – começam a correr, afastando todo mundo que estava em volta, deixando para trás a katana e o comparsa preso. Eles correm até uma cabana de madeira, numa parte isolada da cidade. Lá, eles fecham a porta e um deles acende o lampião.

–Cara, como pode aquele garoto fazer aquilo?! -surpreendeu-se o ladrão do dinheiro. –Eu fiquei cheio de medo...

–Só você? -falou o da espada. –Quando ele virou lama na minha frente, só faltou eu me borrar todo.

–Ainda bem que aqui quase não há pessoas com poderes... São mais armas com poderes. -agradeceu o ladrão olhando para o alto. –Anda! Vamos rachar a grana.

Eles então colocam o dinheiro numa mesa. Eles contam durante um tempo, até que uma mão de madeira, meio pastosa, sai da parede e então segura um pouco do dinheiro.

–O que?! -os bandidos se assustam. –Ele de novo!

Eles correm para a porta, mas a porta estava fundida na parede. Eles correm até a espada, mas então Epson sai do chão e segura os dois pela mão – Epson apareceu no meio deles, segurando a mão direita de um e esquerda do outro – e os faz girar no ar, caindo no chão com dores.

–Você me machucou, sabia? -Epson estava com um furo na camisa. –Agora. -ele pisou no bandido da espada, que começou a afundar no chão. –Vai sentir como é... Ser enterrado vivo.

–Por favor, não faz nada comigo... -o bandido implorou. –Não seja mau...

Epson parou.

–Mau...–Epson pensou.


O barulho do choro do ladrão foi abafado pelo barulho de um trovão.

Flashback de Epson (on)

Era uma noite chuvosa e tempestuosa e havia uma mulher caída no chão, cercada por uma poça de sangue. Havia também dois homens e um garoto de apenas seis anos, cabelos negros e olhos verdes, que estava se refugiando atrás de um homem forte e alto, Flamareon. Havia acontecido um assalto e a mulher foi morta de imediato com um golpe de estocagem de espada. O garoto entrou em desespero. Flamareon e o ladrão lutaram quase a noite toda, em combate corpo a corpo, e felizmente Flamareon imobilizou o bandido, segurando-o pelo pescoço e o levantado do chão.

–Minha mulher... -Flamareon chorando de raiva. –Você matou a minha mulher, no dia do aniversário dela e do meu filho...

–Por favor cara. -implorou o bandido. –Não faz nada não...

–Você acabou de tirar de mim a minha razão de viver por causa de um anel... -Flamareon amassou o anel de rubi. –Ela havia te entregado o anel, porque a matou?! -Flamareon estava segurando o homem com apenas uma mão, então ele o pressionou na parede. –Você vai pagar caro...

O garoto chorava olhando para o corpo de sua mãe, uma mulher linda, que havia morrido por um motivo banal. Vestia no dia de seu aniversário e de seu filho um vestido branco, agora sendo manchado de vermelho por causa do sangue. Estava ainda de olhos abertos, com lágrimas escorrendo mesmo estando morta e gélida. Flamareon ergue o homem novamente.

–Por favor, não faz isso comigo... -implorou o bandido segurando a mão de Flamareon que estava em seu pescoço. –Não seja mau...

–Não vou ser mau. -Flamareon pegou o bandido e sua mão virou mão de lava, que ferveu o homem queimando-o vivo até a morte. Os pedaços queimados do homem caíam no chão, sendo derretidos pela lava. –Minha mulher precisa ser vingada. -as mãos de Flamareon voltaram ao normal.

Ainda chorando muito, Flamareon fechou os olhos de sua mulher e a pegou no colo, seu corpo molhado pela chuva ainda pingava sangue. Ele beijou o corpo gelado, chorando sobre ele.

–Venha Epson. -falou Flamareon soluçando. –Vamos para casa...

–Sim, papai. -Epson foi junto de Flamareon, chorando, segurando o dedo indicador da mão de sua mãe, como sempre fazia quando saia com ela...


Flashback de Epson (off)

–Tem razão... -Epson soltou o homem, que estava chorando. –Não vou ser mau...

–Obrigado. -falou o bandido.

–Mas também não vou ser trouxa! -Epson deu um giro e deu um grande chute no rosto do ladrão, que caiu desmaiado no chão. –E você? -ele olhou para o outro ladrão. –Está olhando o que?

–Nada... -falou o ladrão com medo. –Eu me rendo.


...



A dona da pensão estava chorando, enquanto uns homens prenderam o ladrão que havia ficado. Os homens haviam roubado todas as economias da pensão e a mulher não sabia como pagar o imposto. Tudo parecia acabado, até que Epson aparece logo à frente, com os sacos de dinheiro e o ladrão carregando o que estava desmaiado.

–Sinto muito, senhora. -ele entrega o dinheiro.

–Obrigado! -ela o abraça forte. –Obrigado meu jovem! Que os deuses te abençoem!

–Obrigado... -ele pega a espada. –Creio que isso seja da senhora. -ele entrega a espada.

–É sim, obrigado. -ela agradece chorando. –É difícil ver alguém humilde por aqui... Onde pretende passar a noite?

–Não sei... -Epson respondeu. –Ainda não pensei nisso.

–Oh, não seja por isso. -ela pega a mão de Epson. –Venha, passe a noite aqui, por minha conta.

–Não, obrigado. -ele anda para trás. –Obrigado mesmo. -e ele se retirou.

Epson então começou a caminhar, enquanto os outros o olhavam. Até que ele cai no chão, com o machucado provocado pela estocagem começando a sangrar do mesmo jeito que aconteceu com sua mãe. Ele se apoia nos braços que tremiam, assim como ela fez. Todo mundo corre para ajudá-lo. Até que Epson desmaia, com a ferida no mesmo lugar que de sua mãe.


Continua



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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram???
Comentem, por favor!
Ah! Após o comentário, quero lhes pedir uma coisa. Que respondam a seguinte pergunta: "O que gostariam de ver num capítulo ESPECIAL?"
Se quiserem, mande-me por MP, mas não deixem de responder.
Valeu, tchau, tchau.



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