The Empress Of Wonderland escrita por Biah_Morgan


Capítulo 6
Regras


Notas iniciais do capítulo

Okk gentem obrigada por comentarem *.* Vo tentar continuar a Fic sim. Desculpem a meeega demora, to megahiperultra atolada, mas agora desentalei e vo tentar acompanhar mais o nyah (fazia meio século q eu não entrava).



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Seguiram-se alguns momentos divertidos e frustrantes, em que Sharon tentou de tudo um pouco: Segurar a coleira e pensar nele, colocar a coleira, sacudir a coleira, gritar o nome dele pra coleira, jogar ela no chão (Se bem que ela não acreditava que isso daria certo...). Mas nada de Cheshire.

− CHESHIRE!! − Gritou pra coleira largada no chão, já sentindo o desespero chegar perto.

Com os olhos embaçados, a jovem se sentou a um canto, abraçando os joelhos. O céu estava escuro, e a floresta deixava tudo ainda mais escuro. Exceto a coleira, que emitia um levíssimo brilho prateado.

   − Cheshire... – Sussurrou, sentindo as lágrimas arderem em meus olhos.

Pling.

  

Ela ergueu os olhos. Pensara ter ouvido o som de um guizo. Mas o único guizo ali era o da coleira, estática no chão.

Pling.

Será que ele não percebia? Sharon estava, sim, em perigo. Ela havia enganado a Princesa de Copas, porque tinha o cabelo tingido e uma capa de chuva que manchava fácil. Mas, num mundo onde margaridas falavam, ela não tinha certeza de que bastaria apenas astúcia pra sobreviver.

Pling.

− Sharon?

Quando ergueu os olhos, a princípio Sharon não viu nada. Mas logo seus olhos encontraram o elemento fora de contexto.

Um sorriso.

Um sorriso, que brilhava, solitário, no meio do nada.

− Cheshire?

E logo Sharon tinha um gato de olhos azuis, pelo roxo e laranja e sorriso afiado nos braços, ronronando feliz.

− VOCÊ MENTIU PRA PRINCESA DE COPAS?!

Cheshire havia voltado pra sua forma meio humana, embora permanecesse ronronando com a cabeça de Sharon nos ombros, ambos encostados numa árvore.

− Veja bem, eu não menti. Eu não estou loira, embora eu seja. E minha pobre capa de chuva nunca mais vai ser azul de novo, essa desgraça de água vermelha manchou toda a minha roupa...

− E o seu nome...

− É Sharon Alice. Não é só Alice, como o Coelho ficou me chamando, é SHARON Alice. E não me olha com essa cara, se eu não pensasse rápido aquele bolo falante teria...

A garota hesitou, a astúcia brilhando nos seus olhos.

− Cheshire, o que todo mundo quer comigo?

Ela sentiu o ombro dele ficar rígido.

− Você apareceu pra mim, o Coelho apareceu pra mim, a princesa tá atrás de mim... – Ele chiou. – É, eu sei que ela tá atrás de mim. Seria muita coincidência o seu amigo dizer “A princesa começou a se mover” e logo depois o Coelho dela me arrastar pra debaixo da terra.

Ele se desvencilhou dela e começou a andar em círculos, rangendo os dentes afiados.

− Cheshire, será que custa tanto você me explicar o que tá acontecendo, já que tem tanto a ver comigo?

− Não aqui. – Disse ele, erguendo-a pela mão. – Vamos.

− COMO-É-QUE-A-GENTE-VOLTOU-PRA-CÁ?!?!

− XIU. – Ele fez uma careta curiosa, enquanto trancava a porta do quarto dela. – E é melhor sentar, é uma longa história.

Ela obedeceu, ainda com aquele brilho astuto no olhar.

− Você conhece a história da “Alice no País das Maravilhas”, certo?

− Certo.

− Bem, essa não é exatamente a versão mais confiável.

   

“O País das Maravilhas é sustentado pelos quatro pilares: Copas, Espadas, Ouros e Paus. No começo, cada um tinha o seu representante na família real. No entanto, com o passar do tempo, apenas duas casas restaram: Espadas e Copas.”

“Antigamente, qualquer um que se apresentasse perante o conselho das casas poderia ser eleito como seu representante. A única condição era aceitar ficar no País das Maravilhas para sempre, caso chegasse ao trono.”

“Esse sistema funcionou relativamente bem por algum tempo, até que uma garotinha foi eleita como representante da casa de Espadas.”

“Uma garotinha chamada Alice.”

  

Sharon engoliu em seco.

“Outro dia eu explico o que aconteceu. Mas o fato é que Alice realmente chegou ao trono.”

“Mas ela deixou o País das Maravilhas.”

“O que fez com que todo o reino entrasse em colapso.”

− Em colapso?

A expressão de Cheshire ficou séria.

− Muita coisa se perdeu quando o País das Maravilhas se rachou. E todos os que sobreviveram foram alterados profundamente.

Sharon piscou diante da palavra “rachou”, mas não disse nada.

− Agora, nem o sistema é o mesmo. A coisa ficou muito mais... Específica.

− E onde é que eu entro?

− Er... Como eu posso explicar...?  Quando tudo mudou, os sobreviventes que havia entrado em contato com a Alice receberam... Funções. Quase todos perderam algo, mas todos receberam algo em troca, para que pudessem cumprir suas “funções”.

“A função do Coelho Branco é encontrar a Alice e servir a Princesa de Copas. A função do Chapeleiro é...”.

− PERAÊ. Pelo que eu sei, é a Rainha de Copas que manda no castelo. Por que é que você fica falando em “princesa”?

− Por que... Ah...  Bem, se você leu o livro, então sabe que Alice gostava de fingir ser duas pessoas.

“Então, quando ela saiu do País das Maravilhas, ela se rachou ao meio.”

  

“Essa metade dela se dividiu em duas, para que uma fosse a representante de Copas, e a outra de Espadas. Mas ambas essas partes se consideraram pessoas completas, Alices completas, portanto também se dividiram em duas.”

“Isso foi demais para o País das Maravilhas. Foi por isso que ele entrou em colapso.”

   

− Então... Na verdade, a princesa, um dia, vai se tornar uma Rainha?

− Sim. E então o Coelho Branco vais ser morto, para que o Valete ascenda e passe a cuidar da Rainha.

Senti um aperto no coração, ao me lembrar do olhar do Coelho Branco. O olhar bonzinho, não o malvado.

− E quanto a mim? Eu também vou virar uma Rainha? – Perguntou Sharon, com certo nojo.

− Não. Alice deve se tornar Imperatriz do País das Maravilhas sem nunca ter sido Rainha. Ninguém sabe qual é a transformação da Alice, porque a última Alice foi morta assim que chegou ao País das Maravilhas. É o que diz a lenda.

Meu coração bateu mais forte. Então a princesinha de Copas pensou que seria fácil assim me matar, eh?

Ela iria pagar por isso.

− Cheshire, me diga uma coisa. Se eu me recusasse a ser Alice, o que aconteceria?

− Er...

“O seu mundo também entraria em colapso.”

Fechei os olhos. Mas não permiti que nenhuma lágrima escapasse.

Eu já tinha um plano formado.


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Notas finais do capítulo

Obrigadas especiais à Selena Albuquerque Gomez Greek por favoritar a fic (surtei quando vi isso *__* milhoooooeeees de obrigadaaaaaaasss) e obrigadas a td mundo q já comentou a fic *___*