Revenga escrita por S Joker


Capítulo 10
Ralphie and the dream




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O tempo parece que voou desde que eu e Danny nos sentamos no tapete felpudo da sala de estar dele,com canecas de chocolate quente fumegantes na mão para botar a conversa em dia. De um em um segundo Danny sempre me fazia rir desesperadamente,fosse com algum gesto,uma fala ou alguma história bizarra sobre fãs. Eu quase tinha me esquecido do quão espontâneo e hiperativo o meu caipira podia ser. Bruce e seu companheiro,Ralphie,estavam entre nós. Danny havia me falado sobre ele logo depois de ter presenciado meu reencontro caloroso com Bruce. Nesse exato momento eu acariciava a pelagem escura de Ralphie,em meio ao silêncio que se apossou.

– Como mesmo você disse que encontrou ele? - perguntei apontando o cão com a cabeça. Danny engoliu o gole da bebida que tinha acabado de levar aos lábios e me olhou.

– Foi na rua,ele ainda era um filhote. - um pequeno sorriso se abriu no rosto dele,provavelmente por ele ter lembrado o dia em questão. - A gente estava na casa do Tom,aí chegaram e avisaram que tinha um filhote perdido do lado de fora. Harry até tentou ficar com ele,mas perdeu a disputa. - eu ri junto à ele.

– E quem te avisou? - perguntei por perguntar,não querendo que o silêncio reinasse de novo. Antes eu não tivesse feito isto.

– Ah,foi o...- ele já ia respondendo com animação mas travou,diminuindo o sorriso. - Doug. - disse baixo,contorcendo seu cenho,voltando a fitar a caneca em um silêncio carregado de tensão. Engoli seco e não ousei tirar meus olhos de Ralphie que ainda recebia meu afago. Pude ouvir um riso baixo provir de Danny antes da frase seguinte. - Foi ele também que fez com que Harry me deixasse ficar com Ralphie. - minha gargante se arranhou e eu me senti incomodada pelo tom de nostalgia que ele usou. Levei a caneca de porcelana negra até à boca,sorvendo a outra metade do chocolate quente de uma vez só. Logo o líquido doce saiu queimando minha garganta,que já estava seca. Depois de um tempo eu pude sentir os olhos de Danny sobre mim e não pude deixar de retribuir. Danny pensou um pouco consigo e depois deixou a caneca em cima do tapete,se esquivando para perto de mim com cuidado para que o tapete não se movesse muito e a caneca caísse. Parou na minha frente e segurou minhas mãos,me olhando de um jeito penoso. Fiquei sem entender. - Amby,eu...preciso te contar uma coisa.- era claro que ele estava desconfortável. E a julgar por isto,eu sabia exatamente o que ele iria me contar. Merda. Tive que pensar rápido,achar uma saída. Dei uma rápida olhada para o relógio de pulso que ele usava e um click se fez na minha cabeça.

– Dan,eu preciso ir,já deve estar tarde.- falei tomando muito cuidado para não atropelar as palavras. Ele abriu e fechou a boca várias vezes,perdendo o foco. Resolveu por fechá-la e consentir,se afastando de mim pra me deixar levantar. Já de pé,pude ver Danny recolher as canecas e me olhar.

– Só vou guardar isto e te levo em casa.

– Não precisa,eu tô de carro. - sorri em agradecimento e Danny relutou.

– Já está tarde,Amber.

– Fica tranquilo,Jones. - me permiti alargar o sorriso e ele cedeu,encolhedo os ombros sem escolha. Abri os braços e ele entendeu,me abraçando desajeitadamente por suas mãos estarem ocupadas.

– Você vem me ver de novo? - sussurrou e eu assenti.

– Todos os dias. - sorrimos e ele me acompanhou até a porta.

– Te cuida,pequena.

– Boa noite,Daniel.












Nós dois subimos as escadas da casa dele aos tropeços,já que em momento algum pontuamos a condição de nos desgrudarmos. Puxei seu lábio inferior lentamente com os dentes,o fazendo esquecer que ainda estávamos na escada e acabar quase caindo ao topar com o último degrau. Me separei dele para rir alto e sem pudor,ao que Dougie rolou os olhos segurando o riso.

– Não perde o foco,Poynter. - zombei terminando de subir a escada,logo depois dele ter o feito,sem a minha companhia.

– Cala a boca.- murmurou antes de me puxar para perto de si novamente. Agarrei seus curtos fios loiros e ele enfiou suas duas mãos por dentro da minha blusa,para arranhar a pele nua de minhas costas. Suspirei ruidosamente e ele sorriu descendo seus lábios de minha boca,para minha bochecha direita,meu maxilar e finalmente deslizaram pelo meu pescoço,subindo suas mãos para conseguir soltar o fecho de meu sutiã,o que não tardou a acontecer. O empurrei delicadamente pra frente e ele,entendendo a mensagem,voltou a caminhar me levando em direção ao seu quarto. Ainda meio grogue com os beijos quentes dele pela minha nuca e por suas mãos firmes que acariciavam meus seios por debaixo da blusa,eu adentrei o quarto,e só consegui ouvir a porta se fechar,antes de ser prensada contra a mesma. Ofegante eu puxei sua cabeça para cima,colando nossos lábios com sede de seu gosto. Nos separamos por falta de ar e ele se afastou um pouco para conseguir visualizar meu rosto. Seus olhos azuis pareciam enxergar a minha alma e, com um pouco de concentração,consegui sentir suas mãos soltarem meus seios,descerem por minha barriga e pararem na braguilha da minha calça jeans. O barulho do zíper sendo aberto preencheu o quarto. Um sorriso torto completamente cafajeste se abriu no canto do rosto dele,e no segundo seguinte senti seus dedos adentrarem o tecido de minha peça íntima. Então eu fehcei meus olhos com força.







O teto encardido do meu quarto entrou em foco na minha visão de uma hora para a outra. Podia sentir meu coração bombear forte e meu corpo atingir uma temperatura elevada. Respirei fundo juntando todo ar que cabia em meus pulmões e o soltei em seguida,em um forte sopro. Me apoiei em meus cotovelos e consegui me sentar,passando a mão pelos meus cabelos úmidos. Deslizei meus dedos pela curva de meus seios me sentindo completamente....estranha. Eu me lembrava perfeitamente bem daquele dia que resolveu também voltar em minha memória depois de tanto tempo. De todos os sonhos que eu vinha tendo,este fora o mais real até hoje. Era como se eu pudesse mesmo sentir os seus beijos,seu calor,sua respiração,seus toques precisos e suaves. Eu podia até mesmo ouvir a sua voz. Bufei com vontade e cansada daquela palhaçada. Já não bastasse o clima ruim que tinha se instalado mais cedo na casa de Danny pela simples menção do nome dele,agora eu tinha que aturar mais um destes sonhos? Mal-humorada eu sai da cama me arrastando até a minúscula cozinha,onde apanhei um copo d'água e me joguei no sofá para então ligar a televisão. Péssima ideia. A TV estava sintonizada em um canal de música onde passava o último clipe lançado do McFly antes da ''tragédia'',cujo o nome,se não me engano,é That's The Truth. E quem estava no foco da câmera bem agora? Ele mesmo,o dito cujo. Taquei o controle em direção à TV,conseguindo rachar o monitor e desligar o aparelho. Devia ser mais um daqueles tributos idiotas. O controle caiu com força no chão a tampinha do compartimento onde ficavam as pilhas voou longe. Era impressionante. Nem mesmo longe de mim,Dougie Poynter me deixava em paz. Eu só devia estar ficando maluca com todo esse assunto.





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