Emmett Antes De Ser Cullen! escrita por LaiCarlos


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

No Ultimo Capítulo:
Emmett não aguentou e fugiu, o salvaram, e agora? O que vem a acontecer ???



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Tenessee, 01 de Abril de 1935 

Emmett abria os olhos e tudo que conseguia ver (o que era muito pouco) era um quarto todo creme, com desenhos florais  perto do teto, tinham duas varandas.

Era um quarto de mulher, sem duvida, ele ficou ali uns minutos tentando recuperar a sua visão por completo. Quando conseguiu, olhou a sua volta, e realmente não conseguia reconhecer nada. Quando olhou para si mesmo estava todo enfaixado nas costelas, ombro... TUDO. Emmett se levantou com muito esforço, sentado ali na enorme cama ele só conseguia pensar em um modo da dor aliviar... Foi até a porta e parou ali. Ele ouvia vozes, mas nenhuma conhecida... 2 mulheres e 2 homens? Alguma família tinha o visto e salvado!? Eles conversavam entusiasmados:

- Mas você sempre foi contra, não foi ? – dizia uma voz grossa e masculina

- Sim, mas ele é diferente... – Dessa vez uma linda voz, que não lhe parecia estranha

- Rooose... você esta apaixonada?! – dizia uma voz muito doce

- PAREM, acho que o nosso convidado acordou – disse a voz familiar. Em segundos estavam na porta um homem louro de uns 25 anos, e uma moça loura de beleza muito difícil de se ver, na verdade Emmett não tinha visto uma mulher tão linda assim em toda a sua vida. Não conseguia tirar os olhos dela.

- como você está rapaz? – perguntou o homem

- Eu.. estou dolorido, muito dolorido... mas quem são vocês? Onde eu estou ? – respondeu Emmett.

- Permita-me apresentar, esta é Rosalie, minha filha adotiva. E eu sou Carlisle. O resto da família está no andar de baixo. Eu sou o novo médico da cidade. Vamos; deite, você está em fase de recuperação. 

- Prazer, eu sou Emmett. Não dá. Eu estava numa briga com meu pai, e veio um urso e me atacou, mas.... – Emmett foi se lembrando do ocorrido, e cada vez mais estava apavorado - meu pai ficou lá, preciso de noticias dele, já amanheceu, é melhor eu ir pra casa, devem estar preocupados... Eu agradeço demais pelos curativos, o senhor é um excelente médico!

Rosalie se aproximou de Emmett e disse por fim:

- Você não ficou apagado apenas a madrugada Emmett... – ela mordeu o lábio meio sem jeito – fazem 6 dias. E o seu pai está bem, eu te garanto!

- O que ? Está brincando comigo não é mesmo senhorita ? Perdoe-me, eu agradeço demais a ajuda de vocês mas eu preciso ir.

Emmett pegou seu casaco e seu chapéu na maior dificuldade, ia sair quando Carlisle disse:

- Emmett, você esta com fraturas externas muito grandes, não é recomendável sair, está sol forte lá fora... Por favor aceite nosso convite e fique!

- Eu volto para lhes pagar, o que vocês fizeram por mim.. não tem preço!

Emmett saiu dalí, desceu as escadas com dificuldade, e se foi. Os outros que estavam na cozinha não se moveram para impedir. 

- Carlisle, ele não vai resistir se for... pelo amor de Deus...

- Rose, foi escolha dele! 

- Não vai ser escolha dele morrer com feridas e dolorosamente! Não vou permitir isso, não vou negar se ele quiser ir, mas irei segui-lo! 

E assim fez. Emmett tinha muita dificuldade para andar, estava estampado em sua cara o tremendo esforço que ele fazia; Rosalie andava cautelosamente um pouco atrás do rapaz. Uma carroça com uma pequena família de fazendeiros viu o rapaz naquela situação e não deixou de oferecer a sua ajuda:

- Ô meu rapaz, ocê ta bem? Sua aparência é de quem não enche o bucho a uns dias...– disse um homem de uns 65 anos, caipira, não aparentava ter muito, mas sim o suficiente para um idoso, era pessoa bem simples.

- Severino, olhe só... o moço ta todo judiado. Moço, qual seu nome? – Emmett tentava dar atenção ás palavras, mas uma de suas fraturas estava lhe fazendo sentir em carne viva. Todos tinham um sotaque caipira.

– ô sinhô quer ajuda? Venha, entre na nossa carroça, pronde seu bonde segue!? – A mulher um pouco mais jovem que o caipira estava sendo muito gentil e embora Emmett não costumasse aceitar a ajuda de estranhos, aceitou.

- Eu... sofri um acidente. Me chamo Emmett McCa.. McCarty - disse tentando não aparentar a dor ardente que estava sentindo - A generosa família daquela casa me deu toda a assistência. – Emmett tentava com o maior esforço apontar para a residência que ainda não estava longe, quando teve a impressão de ver uma linda moça loura. Não era apenas uma moça loura, era  Rosalie... Ele nunca esquecerá aquele rosto perfeito, um rosto... Angelical, esta era a palavra certa, pois, ela o salvou como um anjo. Mas logo a figura desapareceu entre a poeira levantada no chão da pequenina alameda. Continuou a explicar para a família de caipiras o que estava tentando fazer:

– Mas eu preciso ir para casa.

Quando terminou de contar para os caipiras, o senhor arregalou o olho para a sua mulher.

- Ocê ficou hospedado na casa do médico da cidade!? Ocê entrou na morada deles? – o homem estava sem acreditar na ocorrência dos fatos. Emmett entendia menos ainda o por que da surpresa.

- Sim, eu fiquei lá, mas como disse preciso ir pra casa... – e se contorceu pela fratura na costela que estava exposta. 

- Onde fica sua morada moço? – perguntou a gentil senhora caipira.

- Perto da praça dos coqueiros... fic... fica longe daqui!? 

- Uma meia hora de transporte, nós levamos ocê... 

- Mirna, trate de ajudar o moço a subir! – a caipira ordenou a jovem, que o ajudou. Rosalie acompanhava tudo de longe, e de certo modo ficou agradecida por Emmett conseguir ajuda. Mas não o deixaria sozinho, seguiu a carroça até a casa do jovem. Chegando lá, Emmett já estava delirando, com febre, e com muitas fraturas. Ele precisaria de mais uns 5 dias de cama para cicatrizar suas feridas. A jovem Mirna o ajudou a descer novamente, aparentemente a senhora caipira sofria de tuberculose, e o outro caipira tinha uma certa idade, não conseguiria fazer esforço.

- Eu não sei como lhes agradecer, de verdade. Os senhores são muito bons, como posso pagar-lhes o incômodo?! A ajuda que me deram.

- Que nada moço, não fizemos nada que não faríamos se nóis visse outra pessoa nas condições que ocê se encontrava. – dizia a caipira

- Mas eu quero lhes dar uma recompensa... Por favor.

- Jovem, ta vendo essa mocinha ?! – o caipira apontou para a jovem que o ajudara. Ela sorrio muito meigamente – Ela é nossa fia, e consideramos ela um milagre. Nóis não conseguia te filho, todo mundo dizia que nunca conseguiríamos, mas ela veio, e hoje é nossa alegria. Nós não ajudamos os outros apenas para mostra pra ela o que é certo, mas sim, para ela ver que isso é o que importa, por que um dia ela pode precisa de outra pessoa. Quem nem o sinhô, que mora numa moradia imensa dessa... precisou de uns caipiras e da família do médico, mesmo assim é pessoa de coração bom. 

Emmett queria dar-lhes algo em troca. 

- Vocês tem fazenda? - perguntou Emmett com as poucas forças que tinha.

- Uma pequena colheita de café e outra de uva. É com isso que vivemos.

- Esperem um pouco então, eu já venho. – E saiu com muito esforço. Foi até o jardim da frente, até uma caixinha escondida. Pegou alguma coisa e voltou á bondosa família que o ajudou. - Tome, plante, e venda! Sei que vai ajudar. – ele virou para a mocinha – E essa é especial, é para você! Os caipiras olharam, eram sementes, mas não identificaram qual a colheita que ela dava.

- São rosas... e a da jovem... é um tipo de rosa que não é comum, é uma flor azul que quando está desabrochando vira lilás... muito bonita e delicada! E mais uma vez... Obrigada! - Emmett se sentiu melhor por ajudá-los, mas nada se comparava a dor que sentia fisicamente, 

- Ô meu sinhô, nóis num sabe como agradece... muito obrigada... com a sua graça, nós vamos pra cidade vender. Fica bom!

- Mais uma vez, obrigada!

A humilde família se foi, Emmett não aguentava de dor, mas se arrastou até sua casa. Chegou na porta, estava sem chave, sem nada. Bateu na porta e esperou alguém abrir. Bateu, bateu, bateu! Porém não houve nenhuma movimentação. Ele estranhou e foi até a porta dos fundos que a família sempre deixara uma chave debaixo do tapete. Abriu a porta, mas não havia ninguém! Estava tudo vazio, então ele resolveu ir até a geladeira... Tinha pouca comida. Sinal ruim! Onde estavam todos?! Viajaram? Mudaram-se? Emmett estava entrando em agonia. 

Sem pensar duas vezes, foi ao banheiro, na possibilidade inútil de jogar um pouco de água fresca para que suas feridas expostas doessem menos. Quando abriu a torneira, saia apenas um fio de água. Foi então que concluiu: Eles tinham deixado a cidade! De repente uma onde de calor o inundou, e brutamente caiu ao chão, seu corpo pulsava, ele se debatia e seu coração parava de bater.Rosalie estava perto o bastante para ouvir Emmett agoniando, e em menos de dois minutos já tinha invadido a casa e estava ao seu lado.

- Emmett? Emmett? – ela fazia massagem cardíaca nele – Respire, respire. Droga! 

Ele estava completamente fora de si. Mas quando estava quase voltando ao normal, a olhou, arregalou o olho e então seu coração foi diminuindo os batimentos, de muito acelerado a parado. 


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Notas finais do capítulo

Emmett está morrendo e Rosalie é a única que pode ter a opção no momento. O deixa ir ou da a ele a chance de uma nova vida que seria totalmente limitada?