Wishing Star escrita por Camila Lacerda


Capítulo 20
Imprint




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Assim que entrei em casa ouvi meus tios na cozinha dizendo:

- Seu pai não vai gostar nada quando souber. – Emmett me incriminava

- Deixa ela, Emmett. – Alice deu um empurrão em seu braço.

- Vocês ouviram? – perguntei enquanto jogava aquele material em qualquer lugar. Não tinha tempo para explicações sobre o que tinha acabado de acontecer entre meu somente amigo e eu. Parecia que alguém da alcatéia estava ali por perto e deve ter me visto.

- Não foi de Jacob. – Emmett parecia garantir isso.

- Eu sabia que esse garoto ia dar problema. – Rose reclamou. Enterrei minhas mãos no rosto e me acolhi em Esme.

- Era Leah. – Alice disse de repente.

- Leah? – perguntei sem acreditar.

- Tenho certeza, acabei de ver. – Alice nos encarava a Jasper apareceu ao seu lado.

- Ela vai contar pra Jake. Preciso falar com ela! – disse andando para sala.

- Não Nessie! É perigoso. – Rose me avisou segurando meu braço.

- Mas eu preciso ir falar com ela! – eu a encarei - Vai ficar tudo bem, prometo.

- Então vamos com você. – ela disse decidida.

- Não, se eu precisar chamo vocês pode ser? – Rose parecia não gostar nada disso.

- É meio pessoal Rose. Deixe-a. – Esme disse por fim.

Rose virou as costas e eu sai de casa. Brian já não estava mais lá, então entrei na mata.

- Leah! Leah! Onde você está? – eu entrava cada vez mais na floresta. – Leah. Quero falar com você. – então ela apareceu em sua forma humana, parecia que estava vindo falar comigo, talvez ‘falar’ seja uma palavra sutil para o que ela me disse:

- O que você quer sua garota estúpida? – Leah vestia um short todo rasgado e uma camiseta também imunda que aparentava um dia ter sido da cor da pele.

- Hei, calma. Eu vim em missão de paz. – respondi com as mãos pro ar.

- Você é uma idiota sabia? - adoro suas palvras amáveis.

- Como é que é? – ela estava louca? Tinha batido a cabeça numa árvore, é?

- Isso mesmo que você ouviu sua... - a interrompi

- Leah eu não sei por que ta me ofendendo, mas eu já to perdendo a minha paciência! – eu não tinha vindo aqui em missão de paz pra ser linchada.

- Não se faça de burra, porque se beijou aquele garoto significa que é! – ela me olhava com uma fúria quase imensurável.

- Tenha paciência! Do que você está falando sua louca? – não tinha como ser pacífica com alguém como ela.

- Olha aqui sua anormal! Eu não gosto de você, mas o que você está fazendo com Jake me da mais razão ainda para querer matá-la.

- Leah. Você se drogou? Bebeu? Eu não sei sobre o que você ta falando. – eu nunca fiz nada pra Jacob sofrer. Eu nunca faria isso.

- Sua garotinha mimada, metida e estúpida, não fale assim comigo! – ela gritou.

- Já chega. O que você quer? Por que ta aqui? Vai embora! – ouvi os dentes dela rangerem. – Eu queria falar com você decentemente pra saber sobre Jake, mas é impossível!

- Você não tem noção de nada, não é? – ela parecia quase estar rindo da minha cara. - Não sabe de nada...

- SAIA DAQUI! – minha paciência tinha ido pro espaço.

Leah começou a rir, rir de mim! Eu respirei profundamente e disse:

- Cadê o Jake? – senti as lágrimas se formarem. – Cadê ele? Eu preciso dele aqui. Agora! – eu estava chorando sim, mas chorando de raiva.

- Você é apenas uma criança – ela me olhava com desprezo. – Não sei o que Jake viu em você, se não fosse esse imprint...

- CALA A BOCA! – eu gritei e a dor, a tristeza e desespero tomaram conta de mim até eu cair de joelhos da grama.

Vi Leah sair correndo ao se transformar e depois alguém se encostou a mim. Será que era tão difícil assim perceber que eu estava super abalada emocionalmente?

Olhei para a pessoa que parecia me carregar e vi o rosto tenso de Emmett, em seus braços também vi Alice e ao longe Rose, ela devia ter ido atrás de Leah.

- Eu preciso falar com a mamãe. – murmurei e me senti um bebê nos braços frios do meu tio. 

- Agora está tudo bem. – ele deu um grande sorriso, o que me fez sentir segura.

Cheguei em casa em segundos e ele se sentou comigo no sofá. Alice se ajoelhou aos meus pés e percebi que Esme trazia uma xícara com algo quente dentro, provavelmente chocolate quente. Esme me entregou e ficou parada na minha frente, porém puder ver quando Rose apareceu dizendo:

- Eu disse que ir até lá seria uma péssima idéia, não disse?! – ela se sentou ao meu lado e passou seu braço gelado pelo meu ombro me trazendo para si.

- A culpa não é minha. – eu ia me justificar quando ouvi um barulho de pneus sendo freado bruscamente, como passar as unhas cumpridas em uma lousa, foi terrível.

Honestamente, fiquei com medo. Pensei se Jacob, mas quando ouvi as portas sendo batidas drasticamente e a porta quase sendo derrubada, eu pude ver mamãe desesperada.

- Nessie? Nessie você está bem filhinha? – ela se posicionou ao lado de Alice.

- Es-estou bem. – gaguejei.

- Não aconteceu nada demais. – Alice tentou me ajudar.

- Nada demais? – pude ver meu pai aparecer com uma expressão de raiva com certa decepção – Renesmee Carlie Cullen! Eu simplesmente não consigo acreditar você... Você beijou aquele garoto! Você tem noção como quase nos expões?! E você não tem idade para ficar beijando esses garotos.

- Calma meu amor, calma. – mamãe agarrou o braço de papai e o fez ficar mais calmo.

- Sinto muito, eu. Isso não vai acontecer de novo. – murmurei.

- Bom mesmo! - Rose e papai disseram ao mesmo tempo, mas só Rose continuou com a bronca. – Você só tem seis anos Nessie!

Revirei os olhos e acabei de tomar meu chocolate quente. Quantas vezes eu já não tinha ouvido essa história sobre a minha idade. 'Não faça isso Nessie você é muito nova!'

- Mas o pior foi essa cadela. O que ela estava fazendo aqui? Você viu como ela te deixou! Se ela tivesse encostado uma dedo em você seria uma cadela morta! – soltei um riso baixo, pois era engraçado ouvir as ‘ameaças’ de Rose.

- Rose, não ia acontecer nada. Sou praticamente indestrutível. – falei sorrindo.

- Indestrutível, ta. – ela murmurou.

- Mas ela não chegou a encostar em você, não é filha? Ela não te feriu?

- Claro que não. Havia mais de dez metros entre nós.

Emmett ligou a televisão e Rose foi se sentar com ele, meus pais foram para a cozinha com Esme e Alice saiu atrás de Jasper. Ficamos só eu e meus pensamentos.

Comecei a me sentir a pior pessoa do mundo. Eu quase expus toda a minha família, eu beijei o meu amigo sendo que eu não o amo, a praticamente irmã do amor da minha vida me viu beijando um garoto e provavelmente ia contar a ele.

Repassei aquela cena na minha cabeça tentando entende-la, mas era meio difícil.

“- Você é apenas uma criança... Não sei o que Jake viu em você, se não fosse esse maldito imprint...”

Imprint... Imprint. O que era isso? Uma doença? Tantas coisas me passaram pela cabeça. E eu sabia que a maneira mais rápida de chegar a algum ponto seria me dirigindo direto a melhor fonte que eu tinha. Minha mãe.

- Mãe. – eu a chamei e ficava decorando aquela palavra desconhecida.

- Sim, meu amor. –ela apareceu na sala e se sentou ao meu lado.

- Mãe. Leah disse uma coisa, uma palavra que eu nunca ouvi antes,é... – então vi Rose, Emmett me olharem do outro sofá e papai aparecer na porta da cozinha.

- Imprint. – ele respondeu por mim.

- Isso! – fiquei feliz ao lembrar. – O que é imprint? O que isso significa?

Todos ficaram calados por alguns instantes e depois Rose e Emmett se levantaram.

- Bem, acho que vocês precisam conversar. Nós vamos dar uma voltinha. – Rose disse puxando Emmett para a garagem.

- Nós também vamos. – Alice apareceu seguida de Jasper.

Eu os observava sem entender, pra que tudo isso? Mamãe olhou para papai e disse?

- Um dia nós teríamos que te contar sobre isso. – papai caminhou até perto da onde estávamos. 

Eu continuava sem entender absolutamente nada. Que palavra maligna era essa que todo mundo ia embora e ninguém me contava nada?!

- Por que tudo isso? – estava com medo dessa resposta. Papai se sentou do lado de mamãe e eles começaram a me fitar até ela dizer:

- Filha. Por você ser muito nova pensávamos que isso só seria necessário depois de algum tempo. – ela colocou sua mão sobre o meu joelho.

- Isso é uma doença? Eu vou morrer? – o pavor tomava conta de mim.

- Não – papai prendeu o riso. – Claro que não. – suspirei mais aliviada.

- Filha, eu acho que já está na hora de você saber algumas coisas. – ela olhou para meu pai.

Eles se entre olharam por um instante e mamãe concordou com a cabeça. Como eles estavam se comunicando se papai não podia ler a mente de mamãe? Eu estava me questionando.

- Ela irá entender. – Mamãe sorriu e papai concordou.

Mas perdi toda a linha de pensamento quando mamãe se virou numa espressão séria e disse:

- Bem Nessie, Imprint é como se fosse paixão à primeira vista, mas para o povo quileute é mesmo. Os lobos olham para uma garota e se apaixonam, porém aquele amor deles é o amor verdadeiro – continuou a me fitar – É um laço muito forte que prende esse lobo com seu verdadeiro amor. – ela parou de falar e parecia esperar que eu dissesse algo.

- Ah. Entendi, mas porque Leah disse isso pra mim? - essa pergunta ficou no ar. Ninguém respondeu. 

Até que eu entendi, Jake teve um imprint comigo! Jake havia tido um imprint comigo? Sim! Tudo se encaixava! Ele me amava, ele me amava! Meu coração foi a mil, parecia que eu estava sonhando. Agora eu sabia que ele também me amava! Aquele momento foi, com certeza, o mais feliz da minha vida. A alegria que agora eu sentia dentro de mim era uma coisa louca.

Senti minhas bochechas queimarem, minhas mãos tremerem até meus joelhos pareciam bambos. Eu não conseguia acreditar naquilo! O meu sonho era uma realidade! Eu tinha vontade de sair gritado para todos ouvirem que Jacob me amava, Meu Jacob me amava de verdade! E enfim eu tocaria os lábios de Jake, de meu Jacob. Já podia até me imaginar tocando sua pele quente...

- Filha, eu agradeço se não ficar pensando nisso. – papai me censurou.

- Desculpe pai. Mas uma coisa eu não entendo. Se ele me ama por que foi para longe de mim? 

- Ele te viu tão mal naquele dia que simplesmente fugiu, queria sumir da sua vida, pois a dor que ele tinha causado em você afetou ele também. – mamãe respondeu.

Então eu realmente tinha machucado Jake! Como eu pude ser tão estúpida? Ele me amava, sempre esteve aqui o tempo todo! Como eu pude deixá-lo ir? Como? Mas por que ele também não disse logo que me amava se sabia que eu sentia o mesmo? Essa pergunta eu faria a ele pessoalmente.

- Preciso falar com ele. – disse de repente.

- Ele não está aqui. – papai respondeu.

- Posso vê-lo? – perguntei quase desesperadamente.

- Ele não está em La Push, não o encontro. – mamãe disse destruindo minhas últimas esperanças.

- Ta. – subi para o meu quarto e lá fiquei com os meus pensamentos.  

Passei o resto do meu fim de semana estudando e cacei com meus tios. Na segunda iria ser um tormento com essas provas, não pra mim. Claro.

Na aula de filosofia, tentei ignorar Brian o máximo que pude, queria adiar qualquer assunto pendente com ele. Eu estava focada em:

1º Como terminar o que - supostamente - havia entre eu e ele.
2º Trazer Jake pra casa.

Sim, eu sei que onde eu moro não é bem a ‘casa’ dele, mas era aonde ele deveria estar. Comigo. Pra sempre.

Enquanto caminhava pelos corredores indo para o almoço, Lucy tagarelava sobre seu vestido, sobre Nathan, sobre tudo. E percebi que Chris também estava animada com o baile quando disse:

- É claro que você vai ao baile, não é Ree? – as duas me encararam.

- Hã. Claro. – respondi sem a mínima vontade. Pois eu tinha umas coisas a fazer, coisas a acertar. 

- E com quem? – Lucy nos fez parar antes de entrarmos ao refeitório.

- Com Brian. – coloquei minhas mãos nos bolsos e encarei o chão.

- Eu sabia! – Lucy disse e as duas começaram a rir.

- Gente, qual é? É só um baile. – murmurei ao entrar no refeitório.

- Ta. ta. – Lucy me encarou.

- Eu não gosto dele. – disse entre dentes.

- Se não gosta por que aceitou? – eu devia ter me feito essa pergunta antes.

- Eu não gosto de magoar as pessoas. – respondi ao me sentar.

- Magoar quem? – Alex perguntou.

- As pessoas. – respondi fazendo uma cara de... Como os adolescentes chamam? ‘dãr’.

Brian pareceu entender que eu estava mesmo fugindo dele e no almoço não apareceu. Não tivemos ‘aquela aula a mais’ por causa da semana de provas, então fui pra casa com os meus familiares.

- Você está muito calada, filha. – mamãe disse no banco da frente.

- Eu estou cansada. Realmente não posso ignorar o ensino médio? Eu queria tanto ficar em casa. – murmurei.

- Não podemos deixar você perder essa fase da sua vida. – papai disse.

- Ah, pois eu faço questão de perder – respondi tentando convencê-los, mas a única coisa que eu percebi foi a troca de olhares entre os meus pais. – O que foi? 

- Às vezes você me lembra muito alguém. – papai respondeu.

- Quem? – perguntei sem entendê-lo.

- Sua mãe. – ele sorriu e mamãe também e trocaram olhares apaixonados.

Ai, o amor. O amor.

Chegamos em casa e fui para a minha vida sedentária. Tomei um belo banho, deitada na cama eu estudei por uns trinta segundos e depois meu celular apitou.

   "Preciso falar com você – Brian"

Ótimo, pensei ironicamente.

Como eu posso fazer isso? Terminar um relacionamento que nem existe! Por que eu tinha feito aquilo? Por quê? Era meio obvio que toda essa nossa amizade estava se tornando um algo a mais e eu nem ao menos percebi isso.

Jake, como será que está o meu Jacob?

- Nessie. Nessie querida está acordada? – Alice apareceu abrindo a porta.

- To, sim. – respondi colocando o celular de baixo do travesseiro.

- Então. Será que você pode fazer um favorzinho pra mim? 

- Ta. Claro – me levantei. – Precisa de mim para exatamente o que?

- Vêm comigo. – ela correu até minha, segurou minha mão quente e me levou para fora do quarto.

Nós subimos mais um lance de escadas e chegamos até onde era seu ‘ateliê’. Eu quase nunca subia para lá, pois era onde Alice desenhava suas lindas roupas e eu não queria atrapalhá-la de maneira alguma.

Mas nós não estávamos sós lá. Tia Rose, Esme e mamãe também estavam.

- O que estava acontecendo? – perguntei confusa. 

- Quero fazer alguns ajustes no seu vestido. – rolei os olhos e me fiz de emburrada.

- Querida. Você vai ficar linda. – Esme tocou meu ombro e deu um lindo sorriso.

- Eu odeio bailes. – resmunguei.

- Mas você nunca foi a um. – Rose parecia animada com a idéia de me deixar mais bonita do que qualquer garota da minha escola, o que era bem impossível. 

- Eu estou pressentindo que vai ser horrível. – tentei me justificar.

- Eu tive uma visão linda do seu baile. – Alice foi me empurrando para dentro da sala.

- Mãe. – murmurei procurando ajuda. Mas ela só deu de ombro como ‘eu não posso fazer nada, você sabe como suas tias são.’

Alice me levou para frente de vários espelhos que fazia quase um semicírculo, ela me fez subir em um banquinho e assim tudo começou. Elas me fizeram vestir um vestido de um material que eu que não sei absolutamente nada de moda não sabia o nome, mas ficou bonito em mim... Um vestido tomara que caia meio balone roxo com um bolero preto. Aquelas cores ficavam bonitas com o contraste da minha pele.

Alice apertava um pouquinho ali, Esme arrumava uma coisa lá e Rose ficava dizendo:

- Se for mais um pouco curto não tem problema, acho. – mas mamãe a contradizia.

- Está um pouco curto. – ela me examinava.

- Não acho que esta curto, não deixe abaixo do joelho! – Rose dizia. 

- Ta bom, Rose. – Alice dizia.

- Acho que uns dois dedos acima do joelho está bom, Alice. – opinei, pois a final eu quem iria usá-lo. Ou não.

- Também, acho. – Esme disse puxando o vestido para baixo.

- Isso. – Alice disse por fim.

E quando eu me olhei no espelho gostei do que vi. Mesmo sem ter me arrumado nem nada aquele vestido ficava bom em mim.

- Até eu gostei. – me redimi.

- Ah! Isso porque você não viu o melhor. – Alice saiu de trás de mim, abriu uma caixa que estava por perto e trouxe um par de sapatos para mim.

- Como são lindos! – Rose disse com os olhos brilhando.

- Você faz coisas incríveis, Alice! – até mamãe que não se importava nada com moda parecia ver a coisa mais linda do mundo, depois de mim, claro. Quando Alice me mostrou os sapatos eu também agi como elas. Era lindo!

Era de salto alto, todo preto que parecia brilhar com o salto roxo da cor do vestido e se você olhasse bem de perto estava escrito bem pequenininho, no cantinho o meu nome. Renesmee.

- Muito obrigada, Alice! - a abracei.

- Que isso querida. – ela parecia estar muito feliz.

Depois disso, fui para a sala e fiquei jogando vídeo game com Emmett. Ele era muito bom nisso, o que não me deixava com muitas chances de vencer.

No outro dia fui para a escola, tive meu dia ‘normal’ e no almoço fui falar com Brian. Ele estava parado no seu armário quando eu fui até ele.

- Oi. – eu disse envergonhada. E ele não respondeu, eu suspirei e continuei. – Me desculpe Brian, me desculpa por ontem e por hoje também. É que. As coisas estão acontecendo rápido demais e... – mas ele me interrompeu.

- Não. Tudo bem, Ree. Eu entendo. – ele se virou para mim e sorriu.

- Me desculpe. – murmurei.

- É claro. – ele sorriu.

- Ainda bem. – sorri.

- Estou muito animado pra ir ao baile, acho que vai ser divertido. – ele fechou o armário.

- Eu também. – menti. 

- Então, deixa eu te falar. Sábado tem jogo do time da escola, você não quer vir me ver jogar? Vai ser aqui na escola. – ele parecia mais irradiante ainda.

- Eu adoraria. – respondi sorrindo também.

- Brian! – um garoto com o rosto familiar apareceu chamando meu amigo.

- Eu já vou. – Brian respondeu gritando para ele – Tenho que ir. Até. – ele pensou um pouco e disse – Amanhã. - Brian chegou perto de mim e me deu um beijo na bochecha, eu fiquei imediatamente em choque.

- Até. – respondi quando ele saiu correndo. Passei a mão na bochecha e percebi que tinha que fazer algo em relação aquilo.

Voltei para casa e hoje eu estava decidida a vencer Emmett no vídeo game. E eu iria vencê-lo!

- Está pronto para perder? – disse rindo enquanto me sentava no sofá.

- Eu nasci pronto. – ele pegou seu controle e a competição começou.

Meus pais saíram para fazer compras do mês – não sei por que – Esme estava no terceiro andar cuidando do novo projeto dela, um jardim. Alice e Rose estavam arrumando meu vestido, decidindo meu cabelo e tudo mais – apesar de ainda faltar uma semana para o baile – e Jasper estava sentando na sala conosco só nos observando. 

Até que a campainha tocou no exato momento em que Emmett perdeu de mim.

- Ah! Eu disse que ia ganhar – respondi me levantando do sofá - Quer jogar no meu lugar Jasper? – perguntei enquanto chegava até a porta.

- Eu vou acabar com você Jaz. – Emmett disse.

- Vamos ver. – Jasper se sentou no meu lugar e começou.

Então eu abri a porta e levei o maior choque da minha vida. Foi uma mistura de sensações, de sentimentos que eu nem consegui me entender, não conseguia acreditar naquilo. Só fui capaz de dizer:

- Jake?


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Notas finais do capítulo

GENTE! Já estou no final da fic! Espero que estejam gostando e agradeço imensamente pelas reviews, são as melhores! Obrigada, obrigada, obrigada!



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