Wishing Star escrita por Camila Lacerda


Capítulo 2
Era uma vez..




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– Nessie. Nessie acorde... Acorde Nessie. – uma voz sussurrou no meu ouvido.

– Hã? – eu me levantei atordoada e senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Ótimo, eu havia chorado enquanto dormia.

– Foi só um pesadelo. – Tia Rose tentou me confortar me abraçando. Aquilo havia sido só um terrível pesadelo. Só isso. Ou talvez não, talvez... Não, eu não queria pensar nisso mais. Meu coração não aguentaria a dor se ele me rejeitasse.

– Eu tenho medo que eles se realizem.. – então a abracei.

– Seja o que for isso nunca vai acontecer. – ela sorriu. Então sequei minhas lágrimas com a manga do pijama e tentei conte-las. E elas felizmente me obedeceram.


Os meus pesadelos estavam se tornando cada vez mais cotidiano – puxei esse gênese da minha mãe – até que eu vi uma outra pessoa na porta do quarto.


– Querida, acorde. Todos estão a sua espera... – então vi que era uma das pessoas mais bonitas e incríveis que eu já havia conhecido. Minha mãe. Ela abriu um largo sorriso para mim e eu retribui; ela veio até mim e me abraçou e beijou minha testa. Eu já estava me sentindo muito melhor, pois mamãe estaria ao meu lado sempre que eu precisasse. Sempre.


Seis anos já haviam se passado desde o meu nascimento; seis anos de convivência entre lobos e vampiros. E eu com minha forma um pouco sobrenatural, convivia entre eles.

Eu tinha o tamanho de uma adolescente de 16 anos, porém minha idade mental era bem avançada para o meu corpo. Se eu fosse uma criança normal, estaria com seis anos, em plena infância, indo à escola e aprendendo a ler e escrever.

Bem, no meu caso não foi bem assim... Todos sempre me tratavam ou tentavam me tratar como uma humana normal.

Meus pais eram os pais mais incríveis. Acho que mais compreensíveis e cuidadosos do que os meus nunca iriam existir outros na face da Terra, mas não foram só eles quem sempre estiveram cuidado de mim.

Minha avó Esme cuidava da minha alimentação – mesmo eu só comendo pouquíssimas comidas humanas, eu não sabia por que mais elas tinham um gosto diferente... Os humanos sempre a apreciavam, mas algumas comidas, só pelo cheiro, já me davam ânsia de vomito; acho que por eu ser meio vampira me sentia mal com essas coisas - Tia Alice sempre cuidava do meu visual, às vezes ela exagerava um pouco, porém não posso negar ela é ótima nisso; já Tia Rosalie cuidava de mim como se eu realmente tivesse seis anos - isso algumas vezes me irritava, eu não era um bebê -. Eu estava em plena adolescência. Para os humanos eu tinha dezesseis anos.

Já os meus tios, Jasper e Emmett me tratavam como a caçula da família, eu era muito mimada por eles e meu avô Carlisle era um professor e tanto pra mim, ele me ensinava de tudo um pouco.

Éramos o exemplo de uma “família feliz”. Meus pais realmente eram os melhores, sempre estiveram ao meu lado, me apoiando, assim como meus tios e meus avós – era muito estranho chamar Carlisle de vovô; ele era muitíssimo jovem para isso,assim como Esme, por isso eu os chamava pelos nomes – em todos esses anos nunca houve uma briga... Às vezes eu começava a reclamar, pois só podia ver meu Jake nas férias, o que era muito injusto...

Eu não sabia o porquê dessa separação. Por que meu melhor amigo não podia simplesmente conviver diariamente com a minha família? Tudo bem, ele era um lobo, mas e daí? Nós éramos vegetarianos mesmo. Ele não estudava mais, podia muito bem ficar morando com a gente. E todos de casa sabiam como eu ficava mal sem a presença dele.

Jacob era pra mim tudo o que eu realmente precisava tudo o que eu sempre havia sonhado. Ele era um príncipe de verdade e eu honestamente não saberia viver com outra pessoa que não fosse ele. Às vezes eu desejava que o nosso laço de amizade aumentasse um pouco, passasse para outro nível. Porque eu o amava demais para ele ser só meu melhor amigo... Talvez um dia ele percebesse isso...

Eu olhei o tempo pela janela do meu quarto e vi que não passava de mais outro dia nublado, como todos os outros, talvez nada mudasse hoje.

Nós três descemos para encontrar os outros. Desde o corredor eu já pude ouvir vovó Esme dizer:


– Bom dia, Nessie querida. O café da manhã já está na mesa. – E também pude sentir o cheiro gostoso dos ovos fritos.


Chegando ao andar de baixo, vi que Rose estava indo se sentar ao lado de Emmett na sala. Fui até eles e pulei no colo de meu tio favorito – eu também amava muito meu Tio Jasper, mas meu Tio Emmett era um pouco mais especial -. Na verdade eu amava muito todos, mas cada um de uma maneira.


– Bom dia pra você também moçinha. – ele sorriu para mim.

– Boooom dia. – eu respondi com um pouco mais de entusiasmos do que o necessário. Estava esquecendo o meu pesadelo, pois havia sido só um pesadelo, certo?... Eu esperava que sim.

– E o meu bom dia, meu anjo. – Rose disse

– Bom dia, tia querida. – a abracei.

– Hein! Por que eu não ganho abraço? – Emmett respondeu com ciúmes.

– Ai como ele é ciumento. – eu ri ao acabar a frase. E fui abraçá-lo. - Viu, tem abraço pra todo mundo.


Então fui até Jasper que estava sentado na frente do computador.


– Bom dia, Jasper – eu disse sorrindo.

– Bom dia, Renesmee – ele acenou.


Fui até a cozinha onde Esme, mamãe, Alice e papai estavam só Carlisle não estava em casa.


– Ele teve de ficar de plantão. - papai explicou quando eu cheguei à cozinha.

– Ah... Então depois eu dou bom dia para ele. – fui até Esme e a abracei. – Bom dia! E muito obrigada pelo café da manhã, esta com um cheiro ótimo.

– Bom dia, querida. Experimente logo então. – ela também me abraçou.


Corri – se você comparar com um vampiro ou um lobo, você diria que eu só andei, mas mesmo assim... – até papai e o abracei.


– Bom dia, destribuidora de abraços. – ele murmurou nos meus cabelos.

– Um ótimo dia pra você, papai. – o soltei.

– Hein, agora eu fiquei com ciúmes... – Alice disse.

– Own minha tia linda... – fui até ela e a abracei também. – Um bom dia pra você também. – então a soltei. Ela era do meu tamanho, mas mesmo assim ainda um pouco menor. Eu era uma desajeitada perto dela.

– O seu café de manhã vai esfriar filha. - mamãe disse.

– Sim, sim. - sentei-me na bancada para comer.

– Esta ansiosa Nessie? – Esme me perguntou.

– Bem... Não. Sim. Talvez... – tentei me explicar mordendo um pedaço do meu café da manhã que realmente estava delicioso.

– Vai dar tudo certo, filha. – mamãe disse passando a mão nos meus cachos e depois se posicionou ao lado de papai.

– Eu sei. – tentei acalmá-la, mas não era eu quem de veria estar nervosa? Pois eu pelo menos esperava que isso acontecesse.

– A roupa que eu escolhi para você ficaram a sua cara. – Alice cantarolou.

– Sério? Eu estou com um pouco de receio, devo admitir. – disse entre as mordidas do meu café da manhã. Meu pai deu um risinho baixo.

– Nessie! – Alice me censurou.

– Brincadeira, Alice. – pisquei pra ela. Como um “pedido de desculpas”.

– Mas para o seu dia melhorar, vou lhe fazer uma surpresa... – mamãe disse.

– E o que seria essa surpresa? - eu a observei muito curiosa.

– Você vai ver... E querido... – ele se virou para papai. - Desista, eu não contei a ninguém sobre a minha surpresa para Nessie.

– Acho que não vou precisar fazer isso amor. A surpresa já chegou. – papai respondeu. O que era? Que legal eu odeio ser a última a saber das coisas!

– Oh, meu deus. Que cheiro de cachorro! – Rose reclamou.


Naquele exato momento eu havia percebido qual era a supresa que mamãe havia feito pra mim!


– Jake! – gritei e sai correndo da cozinha. Passei pela sala como um raio e abri a porta. Essa era a melhor surpresa que mamãe poderia me dar.


Quando abri a porta, meu coração deve ter passado dos 100.000.000 km/h. Eu estava tão, mais tão feliz pela visita dele que eu poderia sair gritando por aqui que meu Jake havia chegado. MEU Jake. Só meu.

Ele estava lindíssimo usando uma calça jeans velha, uma blusa cinza e uma jaqueta de couro preta por cima. Meu motoqueiro. E ao fundo vi a moto dele, uma antiga Harley vermelha. Meu sonho era ter uma dessas. A moto era velha, mas Jake havia alterado com novos equipamentos... Ela até realmente parecia nova.


– Jake! – foi à única coisa que consegui dizer quando o vi na minha frente.

– Nessie... – ele me abraçou - Senti tanto a sua falta. – o cheiro amadeirado dele me trazia tanta nostalgia. Tinha tantas coisas que eu queria dizer a ele, mas todas ficaram entaladas na minha garganta. Aquele não era o momento certo.

– Eu também senti muito a sua falta. – fiquei na ponta dos pés e dei um leve beijo na bochecha dele. Somos só amigos, só amigos...

– Bem. Eu vim te levar pra escola... - Eu estava começando meus estudos na escola - que felizmente era perto da minha cidade natal – Washington. Washington High School. E agora que eu estava com vontade de ir! Jake me levaria, eu já havia ganhado o meu dia. - Mas você ainda está de pijamas.


Verdade, eu nem havia me trocado. Como eu era tola.


– Espere só um minutinho... – sai correndo para meu quarto enquanto mamãe foi recebê-lo com Alice logo ao seu lado.

– Jake! Como você está?... –mamãe começou a conversar com ele, mas eu não prestei muita atenção. Eu tinha que me trocar logo.


E então vi uma muda de roupa separada para mim em cima da cama. Era uma blusa azul clara, com uma calça e uma jaqueta jeans e meu all star favorito. Alice realmente tinha feito bem a minha cara naquele dia. Peguei minha mochila e uma bolsa que Alice havia me falado para usar.

Voltei para a sala e encontrei Jake sentando no sofá ao lado de Emmett discutindo sobre futebol.


–... Claro que não o zagueiro não fez o trabalho dele, por isso o time perdeu... – Jake discutia com Emmett.

–... Obvio que não Jacob...

– É me desculpe atrapalhar a conversa super interessante de vocês, mas podemos ir para a escola logo? – nossa. Que estranho dizer isso...

– Claro. – Jake respondeu sem graça.

– Então vão logo porque se não vão chegar atrasados. – Esme avisou.


Automaticamente todos nos viramos para Esme como se não tivéssemos acreditado no que ela havia acabado de dizer.


– Vocês sabem muito bem que não podem voar com o carro. – ela tentou nos impor ordem, mas já sabíamos dessa regra.

– Nós não vamos correr. Talvez só um pouco... – Emmett tentando ocultar um sorrisinho no rosto. Meu tio era uma criança grande mesmo.

– Filha, preste atenção em tudo o que fizermos, eu sei que você treinou bastante... – mamãe começou a tagarelar - Mas a história que inventarmos na secretária hoje será a história oficial, então preste atenção. Ok?...

– Pode deixar. – sorri.

– Estamos todos prontos? – minha tia com voz de fada perguntou.

– Sim, estamos Alice. – respondi.


Fui me despedir de Esme, a abracei e dei um beijo caloroso em sua bochecha.


– Você vai ter um ótimo dia. – Alice disse pra mim enquanto saia de casa.

– Eu estou torcendo por isso... – sorri e fui embora com eles.

Os carros já estavam parados na frente da casa. O Jeep e o Volvo. Rose e Emmett foram em direção ao Jeep. Mamãe, papai, Alice e Jasper para o Volvo.

Eu estava saindo de casa, quando uma mão quente pegou a minha e eu sorri para ele. Meu Jake. Eu realmente estava sentindo muito a falta dele.


– Você vai de moto comigo, não é? – ele deu o seu mais belo sorriso.

– Eu espero que sim... Deixa só eu perguntar pra minha mãe. – soltei sua mão quente. “Deixa só eu perguntar pra minha mãe”, muito independente você, hein Nessie...


Andei calmamente até o Volvo e fui em direção ao banco do passageiro. Ela abaixou o vidro do carro e esperou paciente a minha chegada.


– Posso mamãe? – ela tinha escutado a conversa, não ia precisar contar tudo a ela. E sei que se eu pedisse com carinho ela iria deixar.


Bella olhou para Edward que estava fitando o vazio. E depois me respondeu:


– Não vejo problema nenhum.

– Obrigada. – sorri e sai indo em direção ao meu príncipe.


Mas ouvi minha mãe murmurar muito baixinho, talvez para que eu não pudesse ouvir, porém mesmo assim eu ouvi.


–... Amor, Jake dirigi muito bem. Dê créditos a ele. Não há nenhum perigo nisso... - minha mãe sempre esteve ao meu lado.


Quando cheguei perto de meu Jake, ele me deu um capacete preto. O meu capacete, mas eu recusei.


– Sou indestrutível, esqueceu? – sentei-me atrás dele e deslizei minhas mãos em sua barriga para me prender a ele.


Bem que esse momento poderia muito bem nunca acabar. Estar ali para sempre eu e ele. Pois o meu destino estava laçado ao dele, assim como as minhas mãos naquele momento.

O corpo dele era tão perfeito, mas não era só isso que contava, o jeito dele era tão... Não sei descrever com uma outra palavra a não ser: Perfeição.


– Nessie, mas mesmo assim. Você é só uma garotinha de seis anos. – ele virou sua cabeça para trás para conversa comigo.

– Jake... – eu revirei os olhos.

– Nem venha fazer careta. Eu tenho que cuidar de você. – ele disse enquanto colocava o capacete em mim.

– Como você é super protetor. – eu reclamei.

– Quantas vezes eu tenho que te dizer que você é tudo pra mim. – ele me fitou.


Naquele momento minhas bochechas queimaram. Ele era tão fofo.


– Vamos logo! – Emmett gritou de dentro do Jeep.


Eu me agarrei às costas de Jake e sorri de lado.


– Pronto. – Meu Jake respondeu.


Então partimos, a escola era um pouco mais de 15 minutos, mas com meu pai, Emmett e Jake no volante. A viagem foi bem mais rápida do que eu imaginava. Eu queria muito que essa viajem durasse mais...

Porém quando vi aquele bando de gente na frente da escola, eu quase tive um ataque do coração. Todos saíram dos carros e eu continuei agarrada a Jake.


– Nessie, você está bem? – ele perguntou preocupado.

– Sim... Só um pouco apavorada. – respondi

– Vai dar tudo certo, você vai ver.

– Eu estou realmente com medo, Jake. – sussurrei

– Nessie, é o primeiro dia de aula em uma escola onde só têm humanos. Normal sentir um pouco de medo, mas passa você vai ver. – ele tentou me acalmar.

– Mas eu vou entrar na escola no meio do ano. Vou ser o centro das atenções. – eu estava com tanto medo que pude sentir todos da minha família me observar confusos. Afundei meu rosto nas costas de Jacob.

– Se não fosse por isso você chamaria atenção com a sua beleza.

– Jake. – o encarei irritada - Eu não sou bonita. Olhe meu pai, minha mãe... Todos da minha família são bonitos, eu sou o patinho feio da história. – então o soltei devagar.

– Na minha opinião você é a mais bonita de todas. – ele sorriu.

– Você só está dizendo isso para me consolar, eu sei disso. – o encarei.

– Nessie...

– Jake...

– Quer que eu vá com você? – eu fiquei feliz com a idéia, mas eu já estava percebendo que algumas garotas estavam nos observando, quer dizer, observando meu Jacob. Que ódio delas!

– Obrigada Jake, mas acho que devo encarar meu medo de frente, certo?

– Essa é a minha Nessie. – então descemos da moto.

– Obrigada. – o abracei.

– Você não precisa me agradecer... – ele respondeu cheirando o meu cabelo - Eu te amo, minha Nessie. Nunca se esqueça disso.

– Eu também te amo,Jake. – sorri e o soltei.

– Vou vir te buscar. – ele avisou.

– Você vai ficar por aqui? – perguntei entusiasmada

– Só por um tempo... Daqui uma semana vou ver Leah... Sabe, Billy está um pouco doente e ele só confia em Leah... – eu o interrompi.

– Por que você não chama Carlisle? Ele é um ótimo médico e você sabe muito bem disso... – o censurei.

–... É eu sei, mas meu pai não está doente, doente... Eu acho que é saudade de Leah, mas ele diz que não. Fala que só confia nela, por isso quer eu vá buscá-la. E também porque todos da alcatéia estamos com saudade dela. – ele se explicou.

– Ah, se for por isso... Porém, Leah está estudando não esta?

– Está, mas ela só vai passar uma semana em La Push depois vai voltar... Ela não quer viajar sozinha, entende?...

– Ah... – eu parecia uma bobona.

– Bem vamos? – mamãe apareceu de repente na conversa.

– Claro. – sorri.


Então vi que todos já estavam indo em direção a secretaria e eu estava os atrasando. Como sempre.


– Então até mais, Jake. – mamãe disse e o abraçou.

– Até mais, Bells. – ele sorriu. Mamãe saiu para que eu pudesse me despedir.

– Te espero na saída. – sorri

– Estarei aqui. Você nem vai ter que esperar. – ele disse todo confiante.

– Ta bom, então. Senhor Pontualidade. – ri baixinho - Até daqui seis horas. – ele me abraçou forte.

– Eu vou contar os segundos... - ele beijou o alto da minha cabeça e sorriu.


Sai andando e dei um “tchauzinho” com a mão direita e me virei para tentar alcançar a minha família, agora eu tinha que voltar para a realidade, eles já deviam estar me xingando pela minha demora.

Enquanto eu andava rápida pelo estacionamento, tentando alcançar a minha mãe que estava na porta da secretária com os outros, todos os humanos me observaram.

Eu só não entendia o porquê. Eu não estava carregando uma melancia no pescoço nem nada do tipo. Estava?

Olhei para a minha roupa. Não havia melancia nenhuma, muito menos qualquer mancha, a roupa estava impecável. Alguns garotos pareciam quase me engolir com os olhos, já as meninas me olhavam com... Admiração? Raiva? Inveja? Tentei não me importar e andei o mais rápido possível na velocidade normal de um humano até a minha família.


– Até que enfim, hein atrasadinha. - Emmett zombou em velocidade de um vampiro para que nenhum humano nos ouvisse.

– Perdão. – sussurrei na mesma velocidade.

– Venha logo, filha. – papai disse um pouco bravo.


Todos entraram na secretária e eu os segui. Papai foi na frente, com Emmett e Rose ao seu lado, logo atrás estavam Jasper e Alice e por fim eu e mamãe.


– Bom dia. – papai disse a secretária ruiva que deveria ter uns 40 anos.

– Bom dia... – ela respondeu quase babando por papai.


O que era aquilo? Ela estava totalmente derretida por ele. Por que ela agia tão estranha assim? Tudo bem, meu pai realmente é muito lindo, mas precisava daquilo?


– Bem, nós somos os novos alunos e viemos pegar os nossos horários. – ele disse suavemente

– Como os humanos são tolos... – eu sussurrei

– É assim que eles se comportam perto da gente. Nós estamos acima da linha da perfeição perto deles. – mamãe me respondeu. Mas isso não explicava porque aqueles humanos me observavam assim, eu tinha gêneses humanos. Eu não era tão linda quanto qualquer outro da minha família.

– E qual é o nome de vocês? – a secretária perguntou.

“Vai um babador ai?” – pensei.

– Eu sou Edward Cullen. - ele respondeu se apresentando - Esse é meu irmão Emmett... – ele apontou para Tio Emmett - Essa é minha irmã Alice... – ele apontou para minha tia. - E aquela é minha irmã Renesmee Cullen. – ele apontou para mim.

– Você será a irmãzinha mais nova do Ed, Nessie. Você ta perdida. – Emmett murmurou para mim.

– To perdida não estou? – ri baixinho.

– Ah, sim. Você e sua irmã e seu irmão estão 12th Grade e a outra no 10th Grade. Vocês são os Cullen. – a secretária pegou umas fichas e entregou a papai - Bem aqui estão os horários de vocês e uma caderneta para cada um, vocês sabem como usar, né? – ela sorriu para ele.

– Sim, sabemos. Obrigado... E também tem nossos primos, Jasper e Rosalie Hale. – ele continuou. A mulher mexeu numa pasta e disse:

– Claro, eles estão no 12th Grade também. Aqui estão os horários e a caderneta. – ela entregou a papai de novo com um sorriso malicioso na cara. Que mulher ousada!

– E também tem Isabella Swan, nossa outra prima. – ele se virou um pouco de lado e sorriu para mamãe.

– Aqui está. Ela está no 12th Grade. Bem, em todos os horários tem um mapa atrás. Se vocês precisarem... Mas qualquer coisa pode vir até a secretária que eu farei questão em ajudá-los. – a ruiva babona respondeu.

– Obrigado. E um bom dia. – ele disse se virando e foi para o lado de mamãe.

– Que isso... – a ruiva respondeu.


Quando saímos da secretária Emmett disse:


– Ui, Ed arrasando corações... – ele riu de si mesmo. Meu pai só o encarou.

– Emmett... – mamãe o repreendeu.


Eles começaram a conversar seguindo em direção aos prédios onde ficavam as salas e eu esperei um pouco, fiquei para trás e vi aquela imagem. Todos juntos rindo. Eu não fazia parte daquilo. Eles eram perfeitos demais para mim.

Até que papai parou, se virou e me disse:


– Você tem lugar reservado aqui, Nessie.

– É, vem filha. Ops, prima. – mamãe sorriu.


Eu dei um leve sorriso e fui ao meio deles. Olhei no meu horário e a primeira aula era Espanhol. Fiquei alegre por isso, eu me dava muito bem em Espanhol.


– Começou bem, hein. Espanhol, sua matéria favorita. – mamãe sussurrou no meu ouvido.

– É. – sorri para animá-la, porque na verdade eu poderia surtar a qualquer momento.


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