Wishing Star escrita por Camila Lacerda


Capítulo 18
O encontro




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No outro dia levantei-me com a Alice me acordando com um lindo sorriso, mas eu estava com um humor terrível. Quando desci para o café da manhã vi que nem meu pai, nem Emmett, muito menos Rose estavam em casa, mas mamãe estava.

- Você não foi? – eu controlei o meu péssimo humor.

- Não. Quis ficar com você. – ela chegou mais perto e quando ia me abraçar eu saí de perto.

- Que bom, vamos? Hoje eu tenho muitas coisas para estudar. – respondi saindo da cozinha.

No carro tudo foi o maior silêncio, cheguei à escola e tive uma péssima aula, onde vi os pombinhos – Chris e Arthur – em clima de maior romance, também ouvi várias pessoas comentarem sobre os dois. Comentários pejorativos, mas porque se importar com essas pessoas? Elas não são melhores que ninguém.

Na aula se história eu me sentei com Brian que fez meu humor melhorar um pouco até que ele disse:

- Podemos ir ao cinema hoje. – ele sorriu.

- Claro, vou falar com a Lucy. – ia ser bem divertido.

- Não, vamos só nós dois. Como amigos, claro. – eu estava tão mal que estava aceitando sair de casa por qualquer motivo.

- Sim, vai ser legal. – então continuamos a responder as questões da revisão.

- A gente também podia se encontrar domingo pra você me ajudar em geografia, história, biologia, física.

- Pra tudo. – respondi de vez sorrindo.

- Sim, pra tudo. – ele abriu um largo sorriso e me vi em seus olhos.

Estávamos agora no laboratório de química, eu e Lucy, sentadas perto da porta para que logo que o sinal batesse indicando que era o fim da última aula finalmente pudéssemos ir embora, até e ela disse:

- Você podia ir à minha casa hoje. – então a interrompi dizendo.

- Não dá, vou ao cinema com Brian. – Lucy parou de anotar e me olhou.

- Você vai ao cinema com o Brian? – como se isso fosse a coisa mais impossível de se acontecer, né?

- Com licença. Professor queria falar com você um minuto. – Polly disse. Eu olhei para Lucy aterrorizada, será que ela tinha ouvido algo? Porque o professor não deixa fechar essa maldita porta? Ah é!”O ar tem que circular...” O ar tem quem circular nada! A minha cabeça que ia circular agora!

- Será que ela ouviu? – Lucy perguntou-me fitando enquanto o professor passava atrás de nós.

- Não sei. – respondi. E o professor saiu e fechou a porta. – Agora ele fecha essa bendita porta! – murmurei.

- Não, ela não pode ter ouvido.

- Quer sabe, não me importo. – voltei minha atenção a atividade. Vi pelo canto do olho Lucy dar de ombros e voltar a fazer sua atividade também. Não devíamos nos importante com algo tão insignificante.

O sinal bateu, tivemos aquela maldita aula a mais e graças a deus não teríamos que vir na semana que vem porque era semana de provas e na outra era o baile - que eu não iria.

Acabou a sessão tortura e Nathan me levou pra casa com Lucy. Indiquei o caminho para ele e os dois ficaram dizendo:

- Não acredito que você mora lá! Ali tem a casa mais cara da cidade.

- Não sabia disso. – murmurei.

- Caramba Ree. Sua casa é magnífica! – Lucy respondeu maravilhada.

- Obrigada, minha tia que escolheu. – sorri e depois me entristeci eu estava com raiva deles.

- Vocês não têm medo dos ladrões e essas coisas? – Nathan perguntou enquanto parava o carro. Coitados, eles mal sabiam de nada.

- Não. Temos um forte sistema de segurança. – respondi e sai do carro – Até amanhã e obrigada.

- Até mais Ree. E olá senhora Cullen. – Lucy disse.

- Oi e Tchau. – Nathan disse e eles partiram.

Virei-me lentamente e vi Esme parada na porta de casa.

- Boa tarde. – ela sorriu e assim eu reparei que em suas mãos havia luvas de cozinha e estava com uma comer com chocolate.

- Boa Tarde. – murmurei e fui para o meu quarto. Fiz meus deveres e fui tomar banho. Quando sai tinha uma roupa separada para mim.

- Alice. – murmurei. Já eram cinco horas. Liguei para Brian e passei o endereço certo daqui.

Desci para esperá-lo e encontrei minha mãe sentada no sofá.

- Não ia nos avisar que estava querendo ir ao cinema? – ela parecia autoritária.

- Pra que se meu pai lê mentes? – caminhei até a cozinha e bebi água. Alice entrou e eu disse:

- Obrigada pela roupa. – encarei meus pés.

- Tudo bem, se divirtam. – ela sorriu.

Saí da cozinha e voltei para a sala, peguei minha bolsa e ouvi minha mãe dizer:

- O que nós fizemos Nessie? – ela continuava ali na mesma posição.

- Está perguntando pra mim? Tente responder sozinha que eu sei que você vai encontrar a resposta.

- Renesmee! Não fale assim com a sua mãe! – Esme brigou comigo.

- Eu não disse nada. – respondi e ouvi a buzina tocar e deduzi que era Brian, sai de casa e ainda ouvi acho que Esme dizer:

- A culpa é da escola! Olha no que estão transformando nossa bebê.

Eu ri baixo e caminhei até o carro. Brian saiu, abriu a porta para mim, entrei me sentei e ele disse:

- Vamos nos divertir bastante. – eu sorri.

- Mas o que vamos ver? – eu estava tão desligada que nem procurei os filmes em cartaz.

- Temos terror: “A volta das múmias gosmentas” e comédia: “Guerra da noite das loiras” – ele deu partida no carro.

- Nossa. Não sei qual é o pior. – respondi.

- Nem eu. Estão passando filmes terríveis. Mas acho o que o de comédia pelo menos vamos rir.

- Verdade. – era que ele estava achando que eu ia querer o de terror para agarrá-lo? Realmente espero que não porque a cena – com toda a certeza – seria o contrário.

Chegamos ao cinema e como eu previa o filme era um lixo, sério. Garotas com corpos perfeitos, mas sem cérebro tentando fazer uma chacina. Mas tinha umas partes engraçadas, pouquíssimas, mas tinham.

Depois de ver aquele filme horrível fomos a lanchonete e rimos de algumas besteiras como amigos fazem e depois que cheguei em casa, notei que não havia pensado em nele naquele tempo todo. 

Meus tios, minha mãe e minha avó estavam bravos comigo, mas a minha noite tinha sido tão divertida que não me importei com as caras feias que fizeram quando eu cheguei um pouco tarde. Só subi e fui me deitar. 

- Nessie. – mamãe murmurou ao abrir a porta.

- O que foi? – respondi com educação e me sentei na cama.

- Eu sinto muito. – ela se sentou ao meu lado.

- Pelo o quê? Por sempre tomar as decisões por mim? – suspirei e olhei para minhas mãos.

- Me desculpe. – ela me abraçou.

- Mãe. Eu não consigo agüentar. – deixei minhas lágrimas caírem nos seus ombros e eu a abracei.

- Que isso minha cutucadora. – ela me abraçou forte.

- Mãe, eu to parecendo um chafariz esses dias. Não paro de chorar. – murmurei e ouvi o som da risada dela, era tão gostosa.

- Minha bebê, isso vai passar, você vai ver. 

- Quando isso vai passar? – me afastei para olhar em seus olhos.

- Eu queria muito saber. – ela secou as minhas lágrimas.

- Eu sou uma aberração assim mesmo? – tentei achar as respostas nos seus olhos amarelos.

- O quê? Aberração? Claro que você não é uma aberração filha. Você é a coisa mais linda que já existiu.

- A coisa? – eu a encarei.

- A criança. – ela sorriu.

- Adolescente. – eu a corrigi.

- Minha cutucadora adolescente. – ela sorriu.

- Sinto falta de ser a cutucadora bebê – voltei a abraçá-la.

- Você sempre vai ser a minha cutucadora bebê. – ela beijou a minha cabeça.

- O que você acha disso tudo mamãe? - eu tentava achar todas as respostas em suas palvras carinhosas.

- Sobre o Brian?

- Não. Sobre o Jake. – segurei suas mãos.

- Filha, não é só você quem está sofrendo querida. Ele também está.

- Pois não parece. Foi ele quem.– me dava nojo lembrar daquilo - Argh!

- Ele foi beijado, acho que é mais correto dizer.

- Como você gosta de protegê-lo. – reclamei.

- Ele é meu melhor amigo. – ela sorriu.

- Eu sei que é difícil pra ele viver entre vocês, apesar de vocês serem super legais com ele. Se fossemos simplesmente humanos tudo seria diferente, né? – murmurei.

- Sim, tudo seria. – ela disse pensando em algo.

- Você acha que ele está em La Push?

- Tenho quase certeza. – ela respondeu.

- Posso ir pra lá quando as aulas terminarem?

- Claro filhinha. Não quero que uma amizade bonita que nem a que você tem com Jake acaba por isso.

- Amizade, amizade. – enfatizei e voltei a me deitar na cama.

- Boa Noite. – ela me beijou e estava saindo do quarto quando eu disse:

- Boa Noite e me desculpe. 

Fechei os olhos e uma imagem logo veio a minha mente. Talvez eu devesse ficar com medo por tudo estar escuro, mas não. As luzes começaram a aparecer e de repente tudo estava lindo e iluminado por milhões de vaga-lumes e outros insetos que pareciam até fadas se eu estivesse em um conto de fadas.

Vi-me vestida com um vestido branco, simples, de seda se não me engano. Eu estava descalça, pisando na grama semi-úmida que chegava a brilhar, passei minhas mãos por algumas folhas que pingaram gotas, devia ter chovido por aqui.

Continuei caminhando até uma clareira, onde ao seu redor havia árvores enormes. Estava dando uma volta na clareira quando vi algo no meu lado oposto.

Forcei um pouco mais a minha visão e vi que parecia a forma de um humano, um garoto. Ele foi caminhando para a clareira e finalmente pude identificar. Era garoto moreno que parecia muito ser o Brian.

Por alguma razão meus pés estavam me levando até ele e os vaga-lumes que iluminavam tudo fizeram com que os cabelos dele parecessem ter mechas loiras, assim como eu os tinha visto na escola...

Ele segurou as minhas mãos e começamos a dançar ali mesmo, sem nenhuma musica tocando, mas era incrível como nós sabíamos os passos. Mesmo eu sendo um completo desastre não pisei em seus pés nenhuma vez. Quase me senti orgulhosa disso.

Em um certo momento eu coloquei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos inalando seu perfume... Porém esse não era o perfume de Brian. Tirei minha cabeça de seu ombro e quando fui olhar para seu rosto e vi o de Nahuel no lugar e me deparei com suas presas cheias de sangue.

Tentei me soltar de seus braços e no fundo vi outras pessoas que não conseguia saber quem era, só conseguia ver vultos e capas negras. Nahuel continuava a dançar comigo e me girando enquanto eu tentava em vão escapar de seus braços até que consegui ver além dessas formas estranhas que estavam agora cada vez mais perto de nós. Pude ver meus pais, meus tios, toda a minha família... Morta. Jogados ao chão.

Então acho que Nahuel viu em meus olhos o pavor daquela cena e ele me soltou, comecei a caminhar de costas olhando a face maligna dele até que eu tropecei e senti que ele não parava de vir em minha direção... E no mesmo instante ouvi um barulho vindo por tras de mim, senti um cheiro diferente, conhecido, e um uivo. Jacob.

Ele passou como um raio sobre mim e foi na direção de Nahuel. Os dois brigavam brutalmente, aonde eu já tinha visto essa cena. Vampiros x Lobos. Eu estava tentando me lembrar quando vi Nahuel jogar Jake bruscamente no chão que pude ouvir o barulho das costelas dele se quebrando.

Mas eu só perdi o ar quando em câmera lenta Nahuel tentar cravar seus dentes no pescoço de Jacob e então eu me ouvi gritar:

- NÃO!


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