A Lenda Continua escrita por SamHylia


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Lutar consigo mesmo as vezes pode trazer muitas dores de cabeça...



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“Mente de Zukko”



Ela... Ela, não desistiu de mim.


Não seja fraco por causa de uma garota idiota!


E desde quando você manda em mim?


Eu renasci em você imbecil. Seu futuro não terá outra escolha.


Porque eu?! Porque me escolheu?! Eu nunca faria algo de ruim á ninguém! Assim como você fez no passado!


Está no seu sangue Zukko. Você é descendente Gerudo. Ladrão e mentiroso são suas qualidades! Não fuja da verdade garoto!


Eu jamais serei você! JAMAIS!


Isso é o que você pensa. Em breve eu despertarei de sua consciência e dominarei seu corpo. Podendo novamente dominar tudo aquilo que perdi por causa do maldito herói do tempo e da maldita princesa do destino!


Seu idiota! Hyrule não é a mesma que um dia já foi no passado! Trouxa!


Aguarde minha chegada Zukko. Tudo aquilo que os humanos não acreditam, se tornará realidade... E você será o culpado.


***


– NÃO! – Zukko acorda assustado.

– Zukko?! O que foi?! – as três despertam também.

– Eu... Eu tive um pesadelo. Nada de mais – limpa o suor em sua testa.

– Zukko. Você começou a delirar por causa do calor, então te trouxemos para descansar. Você acabou desmaiando. Você se sente bem? – pergunta Saria.

– Huh, sim – coça a nuca.

– Quer água? – pergunta Naori pegando a garrafa de água de sua bolsa.

– Ah quero sim. Obrigado – pega a garrafa.



Zukko tomava aquela água como se estivesse há uma semana sem beber.

Seus goles eram ansiosos. Como se seu interior estivesse pegando fogo.

Ele bebeu a garrafa inteira em menos de um minuto. Quando terminou, suspirou.



– Zukko. Você tem certeza que está bem? – pergunta Saria.

– Sim. Estou – sorri – Bem, temos que continuar não é? – se levanta.

– Tem certeza que consegue? – pergunta Naori – Se quiser podemos continuar amanhã.

– Não! Viajei muito para ficar adiando. Vamos logo – sai da caverna.



Eles saem da caverna e seguem em direção ao caminho que fizeram antes.

Não era difícil se perder. Mas Naori sabia muito bem cada passo que dava.

Depois de alguns minutos de caminhada, Zukko vê um morro bem alto, e no topo uma enorme coruja marrom.

Todos se param em frente ao morro e admiram a coruja. Era realmente muito grande.



– Nunca vi uma coruja tão grande assim! – exclamou Navi.

– Ela deve ser uma raça especial – diz Naori.



Saria assovia um tipo de canção. E a coruja desce bem rápido e pousa em seu braço.



– Como fez isso Saria?! – exclamou Zukko.

“risos” – Ela é minha! É de estimação. Meu avô me deu de natal á cinco anos atrás. Ela é muito carinhosa e muito inteligente. Normalmente ela sai para entregar mensagens. Meu avô não se acostumou com os celulares! - risos.



Todos riram.



– Como ela se chama Saria? – pergunta Zukko.

– Kaepora.

– Kaepora? Que nome diferente! – diz Naori.

– Huh, tem uma mensagem no pé dela. Já devia saber – ri.



Saria abre a pequena bolsa no pé da grande ave e havia uma mensagem. De Impa.



Saria como estão indo? Está tudo bem? Quero avisá-la que seu avô disse se quiser entrar no vale Gerudo do Norte, terá que entrar na aldeia pela parte de cima. E sem ser vista pelos guardas. Existe uma entrada, no sul do portão principal. A entrada se encontra atrás de uma pedra com o símbolo Sheikah. Você saberá o que fazer. Abraços, Impa.”

PS: Diga á Zukko que o pai dele está preocupado e que a mãe dele mandou um grande beijo na bochecha – risos.


Saria se segura para não rir, mas Zukko percebe que ela o olha muito.



– O que? O que diz aí?!

“risada” – Sua mãe te mandou um beijinho na bochecha!



As três caem na gargalhada. Kaepora voa de volta para casa.



– Tá. Tá. Virei o filhinho da mamãe agora. Haha, que engraçado – disse sarcástico.

“engole o riso” – Bem, Impa disse que se quisermos entrar no vale, teremos que entrar por cima. Ela disse que ao sul do portão principal tem uma entrada para uma parte superior acredito.

– Bem, então vamos – disse Naori.



Eles continuam seu caminho... Levou algum tempo, mas eles chegam ao portão principal do vale.

Infelizmente a entrada secreta que Naori queria passar, não estava mais lá. Talvez alguém veio mais cedo.

Havia quatro guardas protegendo o portão no exterior. No interior, nem dava para se contar, de tantos que havia.

Saria parte para o lado sul do portão, sem ser vista. Todos a seguem na espreita. Sem chamar atenção.

Na parte onde supostamente estaria a tal passagem que Impa mencionou, eram grandes muros, bem altos. Que se desgastaram com o tempo. Estavam meio despedaçados, mas ainda era um bom esconderijo.

Saria põe novamente a faixa cobrindo uma parte de seu rosto, para não ser reconhecida como uma garota por sua voz.

Zukko encontra a tal pedra. Sheik o segue e percebe o tal símbolo Sheikah. O mesmo está em sua roupa.

A primeira coisa que passa em sua cabeça é tocar a canção do tempo. Mas ela se põe pensativa. Zukko nota.



– Sheik? Tudo bem?

– Huh, sim. Eu estava pensando... A canção do tempo parece muito na cara não é?

– Como assim?

– Não seria tão fácil chegar aqui e apenas tocar a canção do tempo. Acho que é outra melodia.

– Qual? As que temos são para outras coisas e não para abrir passagens. A não ser que você conheça outra melodia.

– Agora, que eu estava me lembrando. Minha mãe, sempre tocava uma canção pra me fazer dormir, em sua arpa.

– Você consegue se lembrar?

– Acho que sim. Vou tentar tocar essa.



Sheik se para em frente à pedra, que deveria ter uns três metros de altura.

Ela pega a ocarina de seu bolso e pensa por uns instantes.

Parece que ainda lembra-se da música.

Aquela música era calma e bonita. Assim que terminou de tocar, a pedra começa a se mexer. Indo para o lado, e deixando visível a entrada de outra caverna.

Sheik e Zukko se despedem de Naori, Navi e dos cavalos.



– Sinto muito não poderem entrar garotas – diz Zukko.

– Está tudo bem – as duas sorriem.

– Vocês vão ficar bem? – pergunta Sheik.

– Sim. Voltaremos para aquela caverna de onde ficamos antes – diz Naori.

– Certo – diz Sheik – Até mais.

– Até – as duas acenam.

– Até mais primo – Naori pisca para ele.

– PRIMO?! – ele se assusta.

“risos” – Te conto depois – diz Sheik.



Sheik e Zukko entram na passagem. Dentro havia tochas e fósforos. Parece que o caminho seria longo até encontrarem o topo do vale.

Zukko permanecia quieto. E Sheik ainda pensativo. Zukko percebe que Sheik estava pensando demais.



– Sheik o que tanto pensa hein?

– Eu não tenho certeza. Mas estou muito preocupada.

– Com o que?

– Com você – ela o fitava.

– Comigo?! Mas você já está me ajudando! Não precisa se preocupar, eu estou bem!

– Você me promete?

– O que?

– Que vai lutar com todas suas forças para não se deixar dominar pelo seu interior?



Ele a fitava com surpresa. Seus olhos brilhavam... Ele mal a conhecia, e ela se preocupava tanto com ele.



– Eu... Eu prometo – sorri envergonhado.

– Que bom! – exclama sorrindo.

– E você. Me promete uma coisa?

– Sim.

– Não me abandone.



Ela o olha com surpresa. Ela ficou sem palavras. Seus olhos brilham. Fica corada.



– Nunca... Te abandonarei Zukko. Conte comigo! – sorri.

– Sabia que podia confiar em você – sorri.



***



– Sabe Sheik. Me pergunto se aquela espada que vimos antes. De Ganondorf, serve de algo.

– Não invente em mexer naquilo Zukko!

“risos” – Eu nem ousaria! Só tenho curiosidades sobre aquele troço que me queima por dentro – diz sarcástico.

“risos” – Nunca mais chegue perto daquilo! – sorri.

– Heh, pode deixar – risos – Agora me diga... Que lance era aquele que Naori me chamou de primo?!

“risos” – Ela é sua prima Zukko.

– Tá brincando né?

– Ah, você tem uma tia chamada Nabooru certo?

– Sim, mas...

– Ela tem uma filha que você nunca conheceu certo? – sorri.

– Sim... Ah então ela é filha da minha tia Nabooru?! Porque meu pai nunca me disse?!

– Bem, pelo que eu soube de meu pai, sua tia e seu pai não se davam muito bem. Acho que eles pensaram que com vocês ia ser o mesmo – risos.

– Mas ela é legal! Porque eu ia odiá-la?

– Você realmente quer entender os adultos? – sorri.

– Huh, tem razão. Deixa pra lá. O bom é que eu gosto dela. E fiquei feliz em saber que ela é minha prima. Afinal, minha tia Nabooru é demais. Meu pai é meio caótico mesmo – risos.

– Haha.



Eles continuaram seu caminho. Uma luz surge no fim da passagem. Talvez já tivessem chegado. Sheik corre na frente e Zukko o acompanha.

Quando eles saem, se deparam com a vista do vale. Lá do alto.

Por mais que as regras do vale sejam ridículas e primitivas... Era um lindo vale, mesmo sendo deserto. Havia realmente muitos guardas. O lado bom é que, como os dois já estão lá dentro, poderão fingir que foram autorizados a entrar.

Havia um caminho de pedras, para descer na vila. Zukko vai primeiro. Sheik desce em seguida.

Já estão na aldeia. Era meio difícil de acreditar que ainda poderia haver povos assim em pleno século XXI. Mas tudo é possível.

Sheik e Zukko caminham entre as pessoas. Todos não estão nem um pouco interessados neles. O que era muito bom. Pois assim não levantariam suspeitas.

De repente um rapaz de cabelos azuis se aproxima de Sheik e o encara.



– Saria Hiroshi? – ele a encara e nesse instante o seu sangue gela.



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Notas finais do capítulo

Comentem ^^
Acho que ficou meio curto, mas espero que gostem >.