Strange World Of Hogwarts escrita por MaycoN


Capítulo 3
Chapter 3




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Acordei cansado no dia seguinte, não fisicamente, mas mentalmente, aquele sonho ficou perambulando na minha cabeça a noite toda. Amar ou odiar Jasmine, esse era o sentido do meu sonho, mas isso era uma coisa que o tempo iria me mostrar. Abri os olhos com relutância, o dormitório estava movimentado, alunos se apressando para encontrar seus amigos e aproveitar o final de semana sem aulas, só me levantei quando todos haviam saído, só restara Rick no quarto, estava lendo o Profeta Diário. Comecei a reparar no dormitório, um salão grande com cortinas vermelhas e todo decorado à moda medieval, havia vassouras fazendo a limpeza, certamente algum feitiço. Dei bom dia a Rick e fui tomar banho, vesti uma camisa e bermuda qualquer, deixando o uniforme de lado, estava pronto para as aulas com o diretor Murloc. Pedi para Rick que me levasse à sala do renomado diretor, pois não tinha decorado o caminho na noite seguinte. Tivemos problemas com as escadas que mudavam de lugar, fui parar em todos os lugares possíveis menos no caminho da sala do diretor, Rick me confessou que detestava aquelas escadas, pois nunca conseguia achar o caminho de primeira. Quando conseguimos entrar no caminho certo depois das escadas malucas, fiquei abismado com a imensidão do lugar, Hogwarts era maior ainda à luz do dia, seus corredores enormes, alguns fantasmas perambulando pelas salas.

_Rick, onde estão todos os alunos? – perguntei curioso, a escola estava deserta, com uns poucos alunos conversando na praça e nos corredores.

_Eles estão num passeio para o vilarejo de Hogsmeade. – Não sabia onde ficava essa vila, ou cidade, ou seja lá o que for, mas fiquei satisfeito com a resposta.

Rick e eu andamos quase todo o castelo, encontramos fantasmas de todos os tipos, até fiz amizade com um. Doug foi um grande navegador, adorava contar histórias do mar, ouvimos duas de suas histórias, sobre um monstro siberiano, e sobre uma princesa com rosto de leão, Doug me disse que ela tinha um gênio monstruoso, devia ser para combinar com a aparência. Depois de risadas com o fantasma seguimos o nosso caminho à sala de Murloc, ficava mais maravilhado a cada passo naquele colégio estranho, me sentia quase em casa. Então finalmente, depois de Rick me mostrar quase toda a escola, chegamos ao nosso destino.

Ao chegarmos, o ilustre diretor já me espera no caminho com seu terno preto em sua pose de sempre, Rick então se despediu e voltou pelo mesmo caminho que traçamos, provavelmente para continuar lendo suas notícias ou algo assim.

_Está atrasado. – Disse meu novo professor, sua voz soou calma e serena, o que era contraditório.

_Desculpe, Rick estava me mostrando o castelo, aonde vamos agora?

_Está tudo bem, quando estudava aqui eu também me atrasava, Hogwarts é um lugar onde há muitas distrações, e respondendo sua pergunta, vamos ao campo de quadribol, lá será a sua sala de aula quando treinar comigo.

O diretor seguiu em frente e fez menção para acompanhá-lo, seguimos de volta pelo corredor em direção ao campo. O campo de quadribol era enorme, como tudo em Hogwarts, tinha a grama de um verde intenso, três círculos de cala lado do campo, supostamente os gols do jogo pelo o que entendi. Paramos no meio.

_Saque sua varinha. – Ordenou meu novo professor. – Fiz o que ele mandou, pequei minha varinha que estava presa em minha cintura.

_ Expelliarmus! – Gritou o professor. Não havia nem me colocado em posição de batalha e já estava completamente indefeso, com minha varinha no chão a 5 metros de distância.

_Accio! – falei com voz firme, minha varinha voltou para minha mão, já havia lido vários livros sobre Hogwarts e decorado alguns feitiços e até feito de brincadeira, porém nada acontecia, Murloc me explicou mais tarde que o motivo era meus poderes não estarem suficientemente desenvolvidos. Fiquei em um estado de completa surpresa ao ver minha varinha voando de volta para minha mão por mágica. Meu primeiro contato com a magia.

Treinamos durante horas, ou melhor, treinamos o dia todo! Estava anoitecendo, o diretor já havia me ensinado uma parte considerável dos feitiços aprendidos no 1º ano, o básico dos bruxos, feitiços fáceis e muito úteis, mas nada de desafiador, minha leitura facilitou bastante, já sabia os feitiços de cabeça, Murloc só teve o trabalho de me mostrar como fazer. Pedi a ele para me treinar para combate, já que havíamos terminado a aula. Aprendi encantamentos de todos os tipos, para mim era fácil, eu era bom nisso, acertava tudo de primeira, com apenas pouquíssimos erros. No final do treinamento, Murloc teve a genial idéia de lutarmos em um duelo. Era o que eu mais queria, queria ser ágil e forte o suficiente para não fazer feio nos duelos do primeiro dia de aula.

Começamos o duelo, o diretor me atacava e eu rebatia, faíscas vermelhas e azuis saltitavam das varinhas como se fossem refletores de um show de Rock. Eu me sentia bem fazendo aquilo, sabia exatamente que feitiço usar. Meu adversário estava rindo, o que me deixou um pouco decepcionado, estava sendo ridiculamente fácil para ele. Em um de seus ataques de risos achei uma brecha e ataquei.

_Estupefaça! – Berrei com toda minha voz, Murloc simplesmente se defendeu usando o feitiço de proteção e contra-atracou.

_Expelliarmus. – Minha varinha voou da minha mão, ele sorriu sarcástico com ar de vencedor, não suportei ver aquilo, a raiva subiu à minha cabeça e lancei novamente o feitiço, dessa vez sem varinha alguma, movimentando as mãos.

_Estupefaça! – Uma força saiu da minha mão, parecida com o feitiço lançado antes pela minha varinha, porém desta vez era muito maior e foi rodeado de raios azuis pulsantes.

_Protego! – Gritou um Murloc surpreso. O feitiço bateu, o renomado diretor continuou batalhando contra, porém desta vez era muito mais difícil para ele, deva para perceber em seu olhar, em um instante seu feitiço de barreira começou a trincar e minha bola de energia continuou avançando, mas já perdendo força.

Murloc se lançou para o lado assim que seu feitiço se dissipou completamente, escapando por pouco de ser atingido. Recuperou-se rapidamente e me lançou um feitiço de amarração, gerando cordas que me prenderam dos pés à cabeça. Estava acabado, o diretor havia me vencido de uma forma simples, ele já poderia ter acabado com o duelo há muito tempo, mas preferiu ver minhas reações.

_O que diabos foi aquilo que saiu da minha mão? – Perguntei curioso para saber o porquê da bola de energia.

_Seu feitiço estuporante, é claro. Aumentado umas cinco vezes, eu acho. Eu te avisei que a varinha iria limitar seu poder total, mas você precisa usá-la, demos sorte que a maioria dos alunos foi ao passeio hoje, se algum deles tivesse visto você fazer aquilo, você iria virar uma celebridade, isso não seria bom para os seus estudos, e também... – Engoliu em seco, estava pensativo – Não queremos despertar o interesse de bruxos mal intencionados, poderia ser perigoso. Muitos bruxos das trevas estariam interessados em um sangue real, há tempos não tivemos notícias de um vivo.

_Ok, ok, tudo bem, não vou mais fazer isso, prometo. Mas admita, eu quase te venci com esse feitiço. – Brinquei tentando quebrar a tensão. Eu estava gostando realmente disso tudo, me sentia totalmente feliz usando magia. Definitivamente, aquele era meu mundo.

Me despedi de Murloc e me encaminhei para o quarto, o castelo voltara ao seu estado normal, ou seja, lotado de alunos perambulando pelos corredores. Logo chamei a atenção de todos. O estado de minhas roupas era lamentável, minha camisa estava rasgada e empapada de suor pelo esforço do duelo, estava coberto de poeira da cabeça aos pés.

Depois de um longo banho e do grande banquete no salão principal, voltei à sala de estar de Grifinória. Havia dois garotos e uma garota conversando, Rick estava no meio dos três.

_Claro que não Maria, Dragões não possuem saliva congelante! – Disse um dos garotos, Martin. Fui apresentado a vários alunos no jantar da noite passada, quando fui indicado à casa de Grifinória. Sabia o nome de todos ali presentes.

_Mas é óbvio que sim, os dragões siberianos têm essa habilidade. Rick, você é o que mais conhece dragões aqui. Quer fazer o fazer de explicar pra esse idiota? – Maria era uma menina que não suportava ser contrariada, ainda mais quando estava certa, tinha o gênio forte, era uma menina que tinha certeza de tudo o que falava.

Rick começou a falar. Discursou sobre os dragões siberianos e suas habilidades calando Martin, que aceitou seu erro. Maria mandou língua como sinal de deboche.

Ao me verem, todos se calaram, todos estavam curiosos sobre mim, no porque fui direto ao 4º ano e teria aulas com o diretor de Hogwarts em pessoa.

_E então, não vai nos contar nada “vossa alteza”? – Questionou-me Jason Fitch em deboche. Estava odiando aquele apelido, maldito chapéu. Aquele era o mesmo menino carrancudo que havia enfeitiçado o garotinho novato no trem.

_Claro bobo da corte, o que quer saber? – Virei-me para os outros – Sempre tem um imbecil curioso– Disse espontaneamente, em tom superior.

Jason se levantou com agressividade já apontando sua varinha em minha direção. Nossos olhares fixos um no outro.

_Repita o que você disse, se tiver coragem, sangue ruim! – Fiquei surpreso ao ouvir aquelas palavras. Eu sabia o que elas significavam, mas nunca esperaria isso vindo de um aluno de Grifinória. Me mantive firme, mesmo sabendo que estava em desvantagem, maldita hora em que fui deixar minha varinha no quarto.

_Repetir o quê? Que você é um idiota todos sabem, não preciso repetir isso. – Eu adorava uma boa briga. Jason ficou vermelho de raiva, já estava a ponto de me reduzir a pó quando Morgan apareceu cortando seu ataque de ira.

_Jason! O que significa isso? Vá para o seu quarto agora, antes que eu comunique sua atitude ao diretor. – Jason obedeceu, porém não perdeu a pose de superior.

_Resolvemos isso uma outra hora sangue ruim. – Cochichou para que só eu ouvisse. Não repliquei, deixei-o partir irritado. Morgan me pediu desculpas pelos atos de Jason e se retirou para seu quarto.

Continuamos conversando, me explicaram que Jason era um puro sangue de uma família bastante importante e tradicional. Seu pai era Diretor sênior no ministério da magia. Disseram também que o certo era esse tipo de gente parar na Sonserina, porém em seu primeiro dia, Jason pediu de uma forma super original ao chapéu seletor, “Me coloque na Sonserina chapéu estúpido”. Então, o chapéu seletor levou em conta o grande elogio e o colocou na casa totalmente oposta: Grifinória. Ele era fascinado por Jasmine, e não se cansava de seus foras diários, continuando a dar em cima da garota dia após dia.

_E então Lyon, não vai responder a pergunta de Jason? Nós íamos lhe fazer a mesma pergunta. – Leandro falou arqueando uma sobrancelha em sinal de curiosidade.

_Claro. Hagrid apareceu na porta da minha casa me dizendo que eu era um bruxo e que teria de estudar magia aqui, o que foi um choque para mim que sou filho de trouxas. Viemos direto para cá, – Pulei a parte da realeza, mantive segredo como Murloc pediu – o diretor me disse que meus poderes se desenvolveram tarde, e que tinha certeza de que iria chegar ao nível dos outros estudantes tendo aulas particulares com ele. – Finalizei.

Debatemos vários assuntos, contei sobre o duelo com o professor, pulando a parte do feitiço aumentado 5 vezes é claro, estava finalmente fazendo mais alguns amigos além de Rick, que ficava calado ouvindo e raramente dava sua opinião ou falava, estava vidrado em seu livro de cabeceira, A era dos Dragões.

Acordei na manhã de segunda-feira. O dia anterior fora muito cansativo, o diretor estava cada vez mais avançando nas aulas. Feitiços, duelos, encantamentos, histórias sobre bruxos importantes, essas coisas. Estava bem treinado no assunto duelos, não o bastante para me gabar, mas o suficiente para não perder na primeira estuporada do adversário.

Me levantei, vesti meu uniforme, e fui às aulas com Rick guiando o caminho como sempre. Encontramos Karen nos corredores e ela seguiu conosco discursando sobre o primeiro dia de aula. Entramos na sala de Defesa contra as Artes das Trevas, nosso professor era pai de Karen, senhor Danton Félix. Tudo estava pronto para nossa primeira aula. O Sr. Danton anunciou que a primeira coisa que faríamos seria o Duelo das Casas, como Jasmine comentou dois dias atrás.

O pai de Karen nos encaminhou para a arena, um tipo de passarela de duelos. O diretor Bradway já nos esperava.

_Ok, quem será o primeiro, vejamos – Danton coçou o queixo, pensativo – Minha filha Karen de Corvinal, contra... Jasper, de Lufa-Lufa. As regras são: sem feitiços cortantes, quebra-ossos ou qualquer um que deixe seqüela. Se um dos participantes desistir, a vitória obviamente será dada ao time rival. Deixar a passarela, ou estar sem condições de continuar dá a vitória ao seu oponente. Serão acrescentados 10 pontos a cada casa pertencente ao vencedor. Que comecem o duelo!

Os dois escolhidos se posicionaram, fizeram a reverência dos bruxos e começaram o duelo. Feitiços foram lançados com agilidade inacreditável, a cada movimento minha admiração por Karen crescia, era uma menina incrível. Desviava de todos os ataques de Jasper com maestrias, sabia o que estava fazendo, provavelmente treinava bastante com seu pai. O duelo levou cerca de 20 minutos, com a vitória de Karen que derrubou seu oponente com o feitiço Expulso, que o derrubou além da passarela.

_10 pontos para Corvinal – Berrou o professor com orgulho da filha – Agora, Ryan de Lufa-Lufa contra Rick de Grifinória.

Rick e Ryan subiram na arena, começaram a duelar. Mal pisquei e o duelo já havia acabado, Rick havia desarmado seu adversário com apenas um golpe. Todos ficaram impressionados com sua agilidade, estava completamente boquiaberto com o que acabara de presenciar, Rick teria de me ensinar alguns truques mais tarde, ele era ótimo em duelos, percebi.

_10 pontos para Grifinória, e mais 5 pontos extras pela rapidez, excelente trabalho Rick – parabenizou entusiasmado – Rita de Sonserina, e Elisabeth de Corvinal! – bradou Danton.

Esse foi o duelo mais demorado de todos, levou quase uma hora, as duas meninas tinham a aparência de bonecas, logo notei que odiavam duelar. Usavam feitiços simples, de níveis muito baixos, porém nenhuma se rendia facilmente. O duelo foi finalizado pelo professor, pois Elisabeth já não estava mais em condições de continuar.

_10 pontos para Sonserina. – Professor Danton se virou para o diretor que estava ali calado assistindo a tudo – E agora diretor Bradway? Falta mais um duelo de Grifinória e Sonserina. Daria-nos a honra de escolher os próximos?

_Claro professor. Senhorita Lopes, aposto que irá enfartar se não a escolher certo? – Jasmine fez que sim – Então suba, será a próxima. E de Grifinória, Hum, deixe-me ver – No fundo eu sabia que aquilo era cena, ele iria me escolher, com certeza – O aluno novo, Lyon, quero ver suas habilidades.

Finalmente iria ter meu duelo com Jasmine, admito que pela primeira vez na vida, estava com medo, aquele duelo já acontecera nos meus sonhos. Agradeci o diretor com o olhar, ele sabia da minha vontade de lutar com ela, tinha pedido a ele que ajudasse a realizar isso e ele não se opôs a isso. “Com certeza vai ser um grande duelo, a líder de Sonserina contra o Sangue real de Grifinória” ele me disse.

_Então está decidido – Gritou o professor – Jasmine de Sonserina e Lyon de Grifinória! Subam na arena e comecem o duelo.


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