Magali tinha esquecido o quão DC era irritante. Quando se conheceram, o rapaz não deixou a gulosinha em paz. Não fazia muito tempo desde a última vez que Magali tinha visto ele.

Ela se recordou de um feriado em que Nimbus a levou para a cidade onde ele morava.

[Flashback]

Era uma típica cidade pequena. Ruas de paralelepípedos, as copas das árvores cortadas em forma de objetos e animais, praças e casas bem pintadas e arrumadas.

— Mãe? DC? Já chegamos. — Nimbus gritou, pondo as malas no chão. Magali adorou sentir o cheiro de comida quentinha, depois de cinco horas de viagem.
— Mano. — um moreno gritou saindo de um dos quartos. Ele era muito parecido com Nimbus, exceto o cabelo. — Oi meninas. — ele sorriu para Magali e Aninha, ignorando os rapazes. — Eu sou o Do Contra. — disse encolhendo-se entre as duas meninas.
— Do Contra, deixe as amigas do seu irmão em paz. — uma mulher sorriu para eles. Ela secou as mãos no avental branco, e ajeitou o cabelo preto com alguns fios grisalhos perdidos. — Olá doçuras.
— Desculpe tia, mas eu sou apimentado. — Cascão brincou.
— Um doce apimentado? — ela franziu os lábios, Cascão assentiu. — Certo. — disse piscando.

Nimbus apresentou os amigos à mãe, e ao irmão, mas DC só se interessou pelas meninas. Ele não deixou Magali em paz, muito menos Aninha. Segundo Aninha, ele era uma fofura. A opinião de Magali era muito diferente. Ela estava prestes a dar um murro no garoto.

— O irmãozinho do Nimbus não é fofo? — Aninha perguntou, meiga como sempre.
— Ele é bonitinho, mas é muito chato. — Magali disse com desdém.
— Então você me acha bonitinho. — DC pulou do sofá sorrindo.
— Aaargh! — a gulosinha escondeu o rosto com uma almofada.

[Fim do Flashback]

— Foi o fim de semana mais longo e irritante da minha vida. — Magali revirou os olhos ao ver Do Contra rindo alto enquanto assistia Bob Esponja.
— O que? — ele a encarou rindo.
— O dia em que eu te conheci. Foi o pior dia da minha vida. — disse, relembrando.
— Ah. — DC relaxou os ombros. — Você me achou gatinho.
— Continua o mesmo. — Magali respondeu inocentemente, cinco segundos depois ela percebeu o que tinha falado. Ela virou para DC, ele lançou um olhar pervertido para a moça. — Digo... Continua o mesmo chato.
— Não precisa disfarçar. Não seja tímida. — ele sorriu malicioso, levantando. Magali o empurrou, fazendo o rapaz cair sentado no sofá. Ela pegou o controle e trocou o canal.
— Não acredito que gosta de Bob Esponja.
— Ah, para. Vai dizer que você não gosta.
— Prefiro Pernalonga.
— PELAMOR. — ele riu histericamente.
— Cala a boca.
— Sério. — ele riu, secando uma lágrima. — Você ainda me acha gatinho, né?
— Ah, vai procurar um jegue na praia com um biquíni amarelo de bolinhas.
— Nossa, que sexy. Será que ele tem telefone?
— Não sei, idiota. — disse irritada como sempre.
— Você continua linda. — ele sorriu malicioso. Magali controlou um sorriso. — E muito gosto... — Quieto. — a gulosinha interrompeu arremessando uma almofada no rapaz.
— Que agressiva. Eu adoro...
— Cara. — Magali gritou. — Vai trabalhar.
— Não trabalho hoje, amor. Que tal uma baladinha esperta hoje à noite? — a gulosinha ignorou. — E aquela sua amiga? Aninha, não é?
— Ela está casada. — mentiu.
— Ow. — ele murmurou desanimado. — E você?
— Não, Do Contra. Agora vem cá, me ajuda com a louça. — ela fingiu ser paciente.
— Sério? — ele murmurou. — Com a louça? Pode ser com outra coisa. — riu.
— Do Contra, coloca uma coisa na sua cabeça, nós somos apenas colegas de apartamento.
— Por enquanto. — DC resmungou.
— Amigos, o máximo que seremos futuramente. — ela murmurou enquanto lavava um prato.