Mentiras, Verdades E Um Amor Real escrita por AkaryRem


Capítulo 10
Novas Amizades


Notas iniciais do capítulo

Bom pessoal, vocês já sabem!
Então, boa leitura!



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Levantei indo até a cozinha, olhei dentro dos armários e nada, ótimo, eu tinha me esquecido da coisa mais básica do mundo, comida. Dei meia volta indo novamente para o quarto. Peguei uma calça jeans, uma blusinha branca, amarrei o cabelo de lado deixando uns fios soltos caindo envolta do meu rosto, peguei os óculos e sai. Ainda eram 7:00 da manhã, não haviam muitas pessoa na rua naquele horário, confusa pelo fuso horário eu já estava em pé. Andei alguns minutos, parei em uma banca de jornal pegando uma revista. Saia de lá procurando alguma cafeteria ou lanchonete aberta. Ao olhar para o outro lado da calçada, sorte, atravessei a rua entrando.

Ao entrar na cafeteira escutei uns rapazes gritando, faziam a maior bagunça. Tentei não dar muita importância, estava faminta, passei os olhos sobre as mesas, a única mesa vazia era próxima aos bagunceiros, respirei fundo andando sem tentar chamar muito a atenção do grupo. Sentei e logo fui atendida, pedi um café com creme e panquecas doces. Assim que a atendente saiu, abri a revista começando a folheá-la.

Me alivie um pouco quando vi que os rapazes se levantavam e já estavam de saída, continuei a folhear minha revista quando um deles voltou e se aproximou de mim falando próximo ao meu ouvido.

- Olha só, até que para uma nerd você é bem gostosinha, hein. Que você acha de se levantar daí e ir para a minha cama? - Automaticamente virei o meu rosto para o lado oposto de onde ele estava, nem consegui encará-lo e fingi não ouvir aquilo, o hálito de cigarro misturado a álcool me enojava. Então ele voltava a falar. – Aproveita, não chamo uma garota para ir comigo mais de uma vez.

Antes que eu pudesse me virar outro rapaz se aproximou dele o puxando e arrastando-o de lá.

-Pára de ser idiota, vamos embora, você está muito bêbado! – Eu o ouvir resmungar algumas coisas enquanto saiam de lá, finalmente para fora da cafeteria.

Alguns segundos depois a garçonete se aproximava de mim com o meu pedido.

- Me desculpa senhora, eu garanto que isso não vai se repetir! – Ela deixava o meu pedido, eu respirei fundo antes de começar a comer. “Bem vinda à Nova York” eu pensei.

Terminei meu café da manhã, sai da cafeteria me dirigindo até o supermercado. Comprei algumas coisas e logo voltei ao apartamento. Arrumei-as no armário da cozinha e fui me sentar próxima a janela. Acendi um cigarro olhando o movimento da rua. Fiquei algum tempo ali, pensando no episódio que ocorrera na cafeteria. Meu primeiro dia sozinha e já tinha sido ruim, se continuasse daquele jeito eu voltaria para o Brasil antes de conseguir pronunciá-lo novamente. As horas  foram passando e logo chegava a noite. Tomei um banho, esperava que pelo menos a parte da noite fosse melhor do que a manhã. O tempo estava esfriando um pouco, coloquei uma meia preta que subia até a coxa, um shorts jeans, uma blusinha no mesmo tom da meia, e um sobretudo de lã preto por cima, prendi os cabelos em um coque meio bagunçado, terminei de me aprontar e liguei para Alex perguntando como fazia para chegar à casa dela. Alguns minutos mais tarde lá estava eu, toquei a campainha e logo Alex vinha me atender.

- Hey, oi Jen, que bom que veio! – Ela me cumprimentava dando um abraço. – Entra, ainda não chegou todo mundo, mas está legal. – Ela falava toda sorridente.

- Obrigada por me convidar. – Eu correspondia o abraço dela, logo a mesma me dava espaço para que eu entrasse, o apartamento era enorme. Olhei ao redor com as pessoas mais arrumadas e fiquei meio sem graça de não ter me vestido melhor, eu parecia uma garota de 10 anos perto de todos eles. – Desculpa, eu não sabia o que vestir. – Eu falei olhando para minhas roupas.

- Relaxa, é um encontro informal, não tem que se preocupar com essas bobeiras. Vem quero que conheça algumas pessoas, vai gostar deles.

Alex me arrastava me apresentando a todo mundo, eu conversava com alguns deles, me sentindo um pouco deslocada. Ela se virava um pouco assim que o celular tocava, mesmo que sem querer eu conseguia ouvir um pouco da conversa.

- Oi, sim eu recebi, não dá para ser agora, estou no meio de uma festa, sem chance, vejo isso amanhã, certo. Até amanhã! – Ela desligava e se virava para mim resmungando.

- Você acredita que queriam que eu testasse um jogo para examinar um bug? Tenha paciência né? Estamos em um domingo, no meio de uma festa e querem que eu trabalhe, negativo. – Ela ria enquanto balançava a cabeça negando.

- Sério? Que jogo? – Eu perguntava curiosa.

- Um novo que lançaremos no final desse mês, de tiro! – Meus olhos chegaram a brilhar, confesso.

- Ah, eu posso dar uma olhada para você se quiser. – Eu falava tentando disfarçar a ansiedade.

- Não Jen, está no meio de uma festa! – Ela ria – Eu faço isso amanhã.

- Posso pelo menos dar uma olhadinha? – Eu já não conseguia mais esconder a ansiedade, era um dos meus gêneros preferidos.

- Ah, entendi, tem uma salinha ali naquele corredor, a primeira porta a direita, mas me promete que vai ser só um tempinho, quero te apresentar ao meu primo. – Ela falava parecendo uma mãe cuidando do filho.

-Ok, volto logo.

Sai de lá indo até a sala que ela indicava. Sentava no sofá pegando o controle, eu não queria só jogar, queria fugir um pouco daquilo, estava me sentindo bem deslocada. Liguei o vídeo game e então comecei a jogar.

Não sei quanto tempo se passou enquanto eu estava ali, estava bem concentrada quando ouvi uma voz masculina.

- Olha só, e eu pensei que era o único que fugia de festas como essa. – O rapaz de cabelos claros com um belo sorriso estava encostado ao batente da porta segurando uma garrafa de cerveja em uma das mãos. Desviei a atenção do vídeo game olhando para ele bastante sem graça. Trajava uma calça jeans escura, uma camisa branca dobrada até o cotovelo e um colete de lã preto por cima, a roupa impecável contrastava com os tatuagens nos braços e alguns piercings nos lábios e alargadores. Assim que me distrai ele sorriu se aproximando, sentou no outro sofá, depositava a garrafa ao lado, pegando outro controle. – Será que eu posso jogar também? – De perto pude ver os olhos verdes escuros do rapaz e corei um pouco involuntariamente.

- Ah, tudo bem, eu morri mesmo. – Eu voltei a olhar para a televisão.

- Desculpa, a culpa foi minha, eu vi que estava concentrada e fiz de propósito para eu poder jogar também. – Ele falava rindo um pouco.

- Ok, sem problemas, vai me pagar agora. – Eu falava brincando um pouco.

- Está me desafiando? Eu sou bom nesses jogos. – Ele falava em um tom desafiador.

- Então vai ser interessante ver você perdendo. – Eu ria.

- Vai pagando para ver, quem vai perder não sou eu. – Ele ria, logo começávamos a jogar.

Não sei ao certo quanto tempo havia se passado, ficamos ali jogando, eu o ouvi xingar várias e várias vezes, assim como botar a culpa no jogo. Eu ria, jogamos uma série de vezes.

- Argh, já chega! -  Ele deixava o controle ao lado pegando a garrafa de cerveja dando um gole. – Caramba fui massacrado, como pode? A única pessoa que eu perco é a Alex. – Ele bufava.

- Não é querendo me gabar, mas eu te avisei! – Eu ria, ele me olhava me oferecendo um gole, eu pegava dando um gole logo em seguida.

Ele ria um pouco logo estendendo a mão.

- Sou Mark e eu posso saber o nome da pessoa que me massacrou?

- Jennifer. – eu apertava a mão dele cumprimentando-o e passava a garrafa devolta. – Você é o primo da Alex?

- Caramba, agora tá explicado.. –  Ele pegava a garrafa da minha mão dando mais uma golada – Você é a amiga da Alex, a nova designer.

Riamos um pouco, conversamos bastante, sobre jogos, o que ele fazia da vida, a minha viagem, comecei a contar sobre o que havia acontecido naquele dia de manhã e antes que eu pudesse terminar de falar.

- Putz, era você? – Ele arregalava os olhos. – Caralho, eu não sabia.

- Como assim? – Eu ergui uma das sobrancelhas sem entender.

- Nossa, me desculpe, sabe, aquele era meu amigo e fui eu que sai arrastando ele de lá. Ele estava louco já, nossa, desculpa, às vezes ele consegue superar a idiotice!

- É eu percebi. – Eu ri um pouco e mudamos de assunto.

Estavamos rindo e conversando quando Alex entrou na sala. Ela se aproximou Mark o abraçando.

- Ai estão vocês, eu estava pensando em apresentá-los, mas já vi que já se conheceram. –  Ela dava uma piscadinha de leve para mim.

- É, e o pior é que já nos conhecíamos. – Eu falava lembrando do episódio da cafeteria.

- É verdade, pura coincidência. – Ele ria um pouco. – Longa história, mas depois eu te conto prima. – Ele olhava o relógio vendo as horas. – Agora é melhor eu ir, amanhã tenho um ensaio antes de sair pra turnê.

Alex o olhava resmungando alguma coisa, eu também olhava o relógio, já estava bem tarde.

- Bom, eu também vou indo, amanhã é o primeiro dia no trabalho e se eu me atrasar minha chefe vai me matar. – Eu olhava para Alex e todos nós riamos. Nos levantávamos e Mark se oferecia para me levar.

Nos despedimos de Alex e descemos, no carro Mark e eu continuávamos a conversar até chegar a frente do hotel.

- Gostei de te conhecer Jennifer, espero que nos vejamos novamente. – Ele falava antes de eu descer.

- É acho que seria bem legal. – Eu concordava.

- Olha, daqui duas semanas eu vou estar devolta, vai ter um show em um bar e depois disso sempre ficamos a toa, se estiver afim de ir..

- Claro, eu vou sim! – Falei por fim, trocamos telefone, me despedi de Mark e desci do carro. – Me virei para dar um aceno enquanto ele se afastava.

- Assim que eu voltar eu ligo e a gente combina direito, boa noite Jennifer! – Falava enquanto ia saindo. Eu apenas acenei. Logo nos veriamos novamente e assim eu esperava.


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