Aishiteru Kara Hajimeyou escrita por hidechan


Capítulo 1
Capítulo 1: Orfanato, onde tudo começou.


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a minha linda L-chan ^^obrigada por sempre ser tão fofa ♥



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            Eu era uma criança sorridente comparado as outras que viviam no Wammy’s house, gostava de ficar ao ar livre brincando com os bichinhos e coisas do tipo... depois que fui levado á aquele lugar nunca mais tive que lembrar de coisas ruins, eu era realmente feliz.... pelo menos esses eram os pensamentos de uma criança de 4 anos.

            Costumava a explorar tudo que podia no menor tempo possível, como todos sabem a instituição era para crianças super dotadas e eu queria ser sempre o numero 1, alcançar o tão famoso The Last One – L – por isso era ligado a livros, puzzles, casos policiais... e vivia competindo com qualquer um que viesse me desafiar! É claro que com isso eu sempre estava um pouco estressado, mas como dizem, é o meu natural e não posso fazer nada.

            N era o meu pequeno grande rival, ele sempre conseguia ser o centro das atenções com seu QI, ah... eu o odeio muito – ainda – acho que isso vai durar até o final de nossas miseráveis vidas... não que ele ligue muito para o meu espírito competitivo é claro, Near é calado, sem sal e um pouco idiota também. O que? Eu xingo quem eu quiser durante o meu relato, com licença!? Mas continuando... enfim eu me dava bem com a maioria das crianças de lá e um dia, enquanto eu andava pelos arredores da casa, encontrei um garotinho da minha idade que estava jogando um game. Mal eu sabia que a partir daí minha vida utópica iria virar de ponta cabeça.

            Seu nome é Mail Jeevs, ele sempre ficava escondido em lugares escuros e pequenos assim evitava pessoas como eu, mas naquela época eu nunca entendi o porquê... isso só veio mais tarde quando crescemos um pouco mais.

            Como ele era muito calado e não dizia nada além do necessário, eu comecei a procurá-lo todos os dias, era uma criança que corria atrás quando queria algo... tipo como um mimado. Demorei, eu até cheguei a pensar o quanto ele estava se chateando comigo, mas um dia ele acabou sorrindo pra mim e eu fiquei confiante... foi assim que em pouco tempo Mihael e Mail se tornaram inseparáveis, eu consegui trazer ele para perto de outras pessoas, ele fez amizade com Near – disso eu nunca gostei – e até deixou os games um pouquinho de lado... ou talvez eu que tenha viciado neles, não sei.

            Quando completamos uns 12 anos, éramos muitos amigos já e como qualquer menino dessa idade, entramos na época de querer pegar meninas e sair. Foi nessas noites de farra que acabamos expondo coisas mais intimas como o passado...

------------ Mail e Mihael 12 anos --------------

            Noite fria na Inglaterra, os amigos tinham saído do orfanato escondidos mais uma vez para irem até as casas de jogos entre outros lugares, era proibido como em qualquer instituição, porém eles tinham um QI alto o suficiente para arquitetarem planos de fuga, identidades falsas entre outras artimanhas.  

- Ei Mihael! O que acha de bebermos algo assim hoje? _abriu um sorriso ao ver algumas garrafas diferentes de cerveja expostas na vitrine de um bar

- Shiu, não fica falando meu nome alto por ai, esqueceu que é perigoso? _tapou a boca do amigo com as mãos.

- ... _tentou pedir desculpas.

- Muito bem, então vamos beber aquelas cervejas no parque lá atrás do Wammy! Está sempre vazio perto dos brinquedos.

- Uhum... _soltou um riso, mas logo abafou com a mão.

- O que foi?

- Nada, eu acho muito divertido sair com você.

- ... ah me espere aqui! _sentiu seu rosto corar e entrou no bar com a identidade falsa nas mãos.

            Os amigos corriam para o parque aos risos, ambos com o rosto vermelho pelo frio e com os olhos lacrimejantes eles resolveram se esconder em uma velha casinha de brinquedo. Ela tinha a altura deles, os vidros das janelas estavam quebrados e a pintura branca um tanto suja, mas ainda sim era o lugar perfeito para se esconderem.

- Huuum... _forçou a tampa na tentativa de abrir a garrafa, mas foi falha.

- Eu abro tsc... você... precisa aprender fazer coisas assim...! _o loiro girou a tampinha com as mãos e ela saiu um estalo.

- Obrigado! Parece ser mesmo muito... ei espera!!

- O que foi agora?! _já tinha aberto duas garrafas e estava com sede.

- Um brinde! Vamos brindar alguma coisa, trás sorte _levantou a garrafa até a altura dos olhos de seu amigo, o liquido amarelo soltou uma espuma branca que ameaçou cair.

- ... você inventa cada coisa! Ah... um brinde por... ah...

- Pelas noites felizes sem sermos pegos _encostou as garrafas e virou o conteúdo da sua até a metade, o outro fez o mesmo _ ...uaaah, isso é realmente bom!

- Vai com calma! Não podemos chegar fazendo barulho em casa!!

- ... desculpa Mihael, você tem razão...

- E não fale meu nome aqui fora! _deu um tapinha na cabeça desse.

- ...

            Por algum motivo o ruivo abaixou a cabeça e ficou quieto, tudo caiu no silencio, podiam se ouvir apenas as pessoas animadas conversando ao longe. Após terminarem a primeira garrafa, o mais velho resolveu quebrar aquele clima estranho que tinha se formado.

- Ei... eu disse algo ruim? Você ficou estranho de repente.

- Não! Eu só me lembrei de coisas que não deveria no momento _deu um sorriso na tentativa de acalmar Mihael.

- ... me diz uma coisa, como veio parar naquele lugar?

- ... _voltou seu rosto para a pequena janelinha ao seu lado _ eu sabia que em dado momento você perguntaria isso...

- Deixa de ser idiota!! Estou pouco me fodendo pra o seu passado, mas se está pensativo por causa disso apenas diga! _jogou sua garrafa longe e abriu mais uma.

            Ele não sabia expressar muito bem seus sentimentos, apenas tinha ficado preocupado com seu melhor amigo, nunca tinha perguntado nada por um motivo muito simples, quando conheceu Mail ele era tímido e parecia ter medo de todos – principalmente de Mihael, que era nervoso e insistente – então deduziu que acontecera algo de muito ruim na sua família para ele ter se tornado uma criança assim. Bom, com o tempo o pequeno ruivo conseguiu entender os sentimentos do loiro e passou a confiar nele, sabia que seus acessos de raiva muitas das vezes era apenas seu jeito de ser gentil.

- Eu tentei te contar algumas vezes, mas tive medo de ver seu sorriso desaparecer.

- Ah?... _olhou para ele com uma expressão fechada _os anos passam e você parece ficar cada vez mais idiota.

- Eeeei, não diga isso _fez cara de choro _eu estou tentando ser delicado!

- Por que tinha tanto medo dos outros? Você não é assim.

- ... bom, meu pai era alcoólatra e a minha mãe quase não ficava em casa por função disso... eu não me lembro de muitas coisas, mas os poucos amigos que consegui na escola me abandonaram por causa disso... sou filho único também. Um dia a assistente social veio em casa e me levou, lembro que a minha mãe chorou um pouco _seu olhar se desviou do rosto de Mihael e mirou a noite estrelada da Inglaterra.

- Hum... entendo _virou mais uma parte da cerveja _é uma história bem triste.

- Acho que todos ali devem ter coisas assim para contar.

- ... _ficou perdido em suas próprias lembranças.

- Mihael... obrigado.

- Deixa de ser... ah, cala boca vai! Bebe mais uma, temos que voltar logo. 

            Os garotos se entreolharam e Mail abriu um sorriso, estava muito feliz por ter alguém que o ouvisse, era a primeira vez que fizera algum amigo, mas isso vamos deixar para contar mais adiante.

            Os anos se passaram na calmaria, e quando completaram mais ou menos 13 anos, aconteceu.

Ninguém pode dizer o que é certo e o que é errado, apenas aconteceu... eu não me lembro exatamente do lugar e de nossas roupas, ou do clima ou da conversa antes disso, mas... eu sei que foi algo bom. Não teve nada como “meu primeiro beijo”, nem nada como “pessoa especial”, porém com certeza foi algo que acabou nos aproximando... o primeiro passo do futuro.

Os amigos como sempre estavam a sair noite a fora para conquistar algumas garotas, vez passada cada um tinha saído com duas na mesma noite e agora queriam repetir a dose. Era o descobrimento do mundo dos adultos, algo que realmente eles gostavam.

Mail estava com uma camisa preta, jeans rasgado nos bolsos e joelhos o que combinava bastante com seus tênis adidas sujo. Mihael sempre foi mais elegante, digamos assim, estava com um sobretudo preto, com vários bolsos e que encobria seus joelhos, o sapato social deram um charme a mais para o visual, apenas seus cabelos loiros e bem penteados se sobre saíam.

Eles só não contavam com um imprevisto, o local aonde sempre iam naquela noite estava fechado e sem dinheiro para um taxi resolveram comprar novamente algumas bebidas e irem até o parque como de costume.

-  ... _Mail acendeu um cigarro com certa dificuldade em função do vento.

- Ei! Desde quando você começou a fumar?! _levou um susto ao ver que o amigo agora lhe oferecia um.

- Ueh, nunca me viu fumando? _olhou assustado para ele _faz algumas semanas, é bom.

- Não obrigado... ah, peguei a segunda ontem quando você saiu com aquela morena de olhos azuis.

- Eu vi quando sai do quarto com a Jenny, gastamos todo nosso dinheiro no putero _riu ainda com o cigarro entre os lábios.

- Vida boa não acha?!

- Até sermos pegos...

- Não assopre isso pra cá! Vou ficar cheirando a cigarros!! _prendeu seus cabelos com a mão.

- ... estamos num lugar pequeno, me desculpe... você fica bem de cabelo preso, deveria usar mais.

- Ein?

- Não solte... _tirou um elástico que estava no pulso e prendeu os cabelos do amigo _viu, ficou bem em você.

- Ah... _tentou encontrar algo para ver sua imagem.

- Apenas confie em mim _deu risada, seu amigo era muito narcisista e até ficou se espantou quando deixou que ele mexesse em seus preciosos cabelos escovados tão metodicamente. 

- ... deveria se arrumar um pouco mais, você é bonito também.

- Eu faço sucesso assim tanto quanto você _mostrou a língua.

- ... _uma veia saltou de sua têmpora _ OK... então faça como quiser.

- Mesmo?

- Hum? _olhou para o amigo de canto.

            Não teve tempo de reagir, ou simplesmente não quis era difícil de saber ao certo, mas quando Mail chegou e colou seus lábios aos de Mihael ele aceitou, o beijo que começou tímido – um simples selinho – acabou se tornando algo mais quente, logo o loiro sentiu caricias em seu rosto, depois em sua cintura...

- ... MAIL! Pare... com isso!! _empurrou o ruivo para longe de si.

- ...

- Ah, não... é que isso é meio... _tentava esconder seu rosto na penumbra, sentiu ele queimar e com certeza estava mais vermelho do que os cabelos do amigo.

- Não gostou?... _encarou o amigo, estava tímido com a situação, mas o que foi feito já estava feito.

- ... gostei, mas isso foi de repente sabe... eu nunca pensei em você como...

- Apenas aconteceu, melhor assim _levou seu dedo indicador aos lábios do loiro o impedindo de continuar.

- ... _assentiu com a cabeça.

            Apenas a lua os espiava, ela sabia que era o começo de uma vida toda.


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Notas finais do capítulo

Não demorarei a postar, prometo :)



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