Quem Disse Que Seria Fácil? 2 Temporada escrita por Bee


Capítulo 22
How far we've come.


Notas iniciais do capítulo

Olá, sei que demorei, mas não me culpem, culpem a faculdade que está sugando tudo de mim. Então deixem-me explicar. Eu entrei em um programa de bolsas, onde eu dou aula de inglês em uma escola carente da cidade uma vez por semana, mas neste programa eu também preciso escrever uma resenha por semana, e isso demanda tempo demais, além que agora é semana de prova de meio de semestre, e não sabem quantos trabalhos tenho. Mas ok, esta história está chegando ao fim, chorem :( Mas aproveitem esse capitulo.

Agradeço a Mandy Weasley por me dar de presente uma linda recomendação. Obrigada linda, eu amei *-*



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A gravidez de Hermione foi turbulenta, ela adorou a gravidez, adorou a forma como Ron a tratou, mas cá entre nós, Hermione nunca foi daquele tipo que deixa o trabalho de lado, e senta num sofá o dia todo.

Ela apenas não trabalhou até ganhar a criança porque Ron fez ela parar para o aniversario de casamento deles. Nisso Hermione estava com nove meses, e uma chance única de conseguir salvar todos os elfos domésticos.

Estranhamente, a pequena garota morena de chamativos olhos castanhos como os da mãe nasceu exatamente dia três de maio, um dia após o aniversario de casamento do casal. Uma festa dupla ocorreu.

– Que nome daremos para ela? – Ron perguntou enquanto Hermione amamentava a pequena garota na cama de hospital.

– Não tenho a mínima ideia. – Hermione sorriu – Eu estava vendo em Isabelle, ou Maria, eu não sei.

– Bom, eu estava pensando, é claro, que se você gostar da ideia, de dar o nome dela de Rose. – Ron disse aderindo ao rosto a cor dos cabelos – Eu estava lembrando daquela história que leu certa vez para mim, sobre a Bela e a Fera.

– Eu incrivelmente gostei de Rose, Rose Weasley. – Hermione sussurrou perto da garotinha, que se remexeu inquieta.

– Rose Granger Weasley. – Ron corrigiu.

A felicidade de Hermione era mais do que completa. Rose era a copia da morena, os pequenos olhinhos castanhos, e algumas mechas de cabelo castanho em sua cabeça brilhavam recém lavadas. As pequenas sardas e o nariz ela puxara em pequena escala de seu pai. Mas além do nome, nada mais indicava que esta era uma Weasley.

Quando foi para casa, após o parto doloroso e cansativo, Hermione esperava dormir por dias, mas quem disse que conseguiria? Nem mesmo Ronald dormiu na primeira noite, pois uma pequena Rose, desesperada, não parava de chorar, e apesar do curso super cansativo – e caro – de futuros pais que Hermione obrigou ao ruivo fazer, eles não tinham a menor ideia do que a garota implorava ao chorar.

Tentaram nina-la, e alimenta-la, tentaram brincar com ela, e tentaram tudo o que a cartilha de pais havia dito para fazerem, e o choro da pobre menina só se tornou mais estridente e triste. Hermione então em uma ultima tentativa, pegou um livro de sua prateleira, e pôs se a ler.

Tentou ler silenciosamente, mas desistiu ao notar que não conseguiria sobrepor os gritos da pequena que era apenas pulmões naquele momento. Irritada, a morena então leu o livro em voz alta, e foi o que bastou, Rose se silenciou, e colocou-se totalmente a prestar atenção.

Após alguns minutos de leitura a garotinha desabou, com um sono leve e relaxante. Então o casal resolveu aproveitar e descansar. Seguiram para o próprio quarto, e após um longo banho de cada um, se jogaram na cama pesadamente.

– Isso não é fácil! – Hermione suspirou se virando na cama para encarar o marido.

– Ninguém disse que seria fácil, é como nosso relacionamento. – Ron sorriu se virando.

– Nosso relacionamento foi fácil. – Hermione exclamou surpresa com tal afirmação.

– Pra quem tá de fora talvez. – ele sorriu docemente – Não me leve a mal, mas nós nunca fomos do tipo que consegue se ajeitar sem uma briga. Eu sei que você me ama, e você deve saber que eu te amo loucamente, minha querida, mas nós somos do tipo que nasceu pra se odiar e se amar.

– Por isso combinamos tão bem. – ela sorriu o abraçando de lado.

– Eu sei. – Ron sorriu – Como foi que fomos nos apaixonar? Você simplesmente me odiava.

– Eu ainda te odeio, às vezes. – Ron a olhou assustada – Mas é por isso que eu te amo, meu ruivo.

Os dois se calaram, e aproveitaram o som da respiração. Não era aquele tipo de silencio que necessita ser quebrado, mas daquele que se torna confortável para todos. Esse silencio só se dá quando o sentimento de cumplicidade entre ambos é enorme. Ou quando um deles dorme, e deixa o outro aproveitando o silencio sozinho.

Mas acreditem se quiser, não foi Ron que dormiu, foi Hermione, e ele só notou quando foi falar boa noite para ela, e ela simplesmente não respondeu. Ele da forma mais silenciosa que conseguiu, se levantou, cobriu a esposa, espiou se a bebezinha ainda dormia tranquilamente, e voltou para sua cama, e desligou o abajur.

De forma delicada antes de dormir, beijou a testa da sua pequena amada, sentindo que ali, naquele momento na escuridão, silenciosa e perfeita penumbra da noite, sua vida estava perfeita. Afinal, ele tinha uma esposa maravilhosa e uma filha perfeita. O que mais ele precisaria para a vida perfeita?

Ronald dormiu tranquilamente pelas duas próximas horas, quando Rose acordou faminta, mas ele é claro, não acordou sua esposa, pegou a mamadeira preparada previamente por Hermione, e deu para sua menina, que voltou a dormir instantes depois.

Rose acordou mais algumas vezes durante a noite, mas nada que incomodasse o ruivo, ele havia conseguido uma licença com seu chefe Harry James Potter, que foi super compreensivo com o cunhado, e então o ruivo não trabalharia por pelo menos uma semana, o que lhe deixou animado em cuidar da esposa, e da filha.

Ron sabia que sua vida estava perfeita, sei que estou me repetindo com isso, mas não tem o que falar. Ele preparou café da manhã, mesmo tendo dormido tão pouco, e levou na cama pra sua morena adormecida. A garota parecia cansada demais, mesmo depois de uma noite inteira de sono.

– Você fez isso? – ela perguntou se sentando na cama, vendo a bandeja avantajada que ele havia preparado.

– Sim, minha senhora. – Ron sorriu docemente, enquanto deixava a bandeja ali, indo para o quarto da filha ver se ela havia acordado.

– Ron, por que está agindo assim? – Hermione gritou do seu quarto.

– Eu estou apenas mimando as duas mulheres da minha vida, eu tenho esse direito, quero dizer, como marido e pai. – Ron respondeu.

– O café está uma delicia. – Hermione sorriu.

[...]

Um ano depois de Rose nascer, Hermione voltou a engravidar, desta vez foi um ‘acidente’, pois o casal queria deixar Rose ficar um pouco mais velha até engravidar novamente. Mas como eles engravidaram, aproveitaram a nova criança que nasceria em breve.

Mas durante a segunda gravidez, Ronald foi realmente mais cuidadoso com a esposa, não deixava nem ao menos que ela saísse de casa, exorbitância essa frase, mas o ruivo pediu encarecidamente que a esposa não fosse trabalhar – considerando que o trabalho dela era de certo modo estressante, muitos dos trabalhadores do ministério acusavam-na de ser idiota por desejar o fim do trabalho escravo dos elfos.

– Ronald Bilius Weasley, acha que os elfos vão se libertar sozinhos? – ela gritou assim que ele propôs a ideia.

– Não, mas você só vai passar cinco meses longe. – o ruivo disse calmamente.

– Cinco meses? – Hermione gritava, e uma vermelhidão de raiva subia seu pescoço. – Em cinco meses eu posso libertar eles.

– Hermione você está carregando nosso filho ai dentro. – ele apontou pra barriga que já tomava sua forma oval como o normal para quatro meses. – Você não deve ficar estressada. Os elfos estarão te esperando ao fim da gravidez.

– Esse é o problema, nem todos estarão lá, vai que um pobre elfo desaparece ou morre? Você quer outro Dobby?

– E se nosso filho morrer? – o argumento de Ronald calou a esposa, que então aceitou a condição de ficar em casa até o fim da gravidez, e mais o tempo de amamentação.

A segunda gravidez por tanto foi tediosa para a morena, ela e Ginny ficavam sentadas na frente da casa de uma delas observando o que ocorria ao redor. A ruiva também havia engravidado o que parecia para Hermione uma coincidência muito engraçada, considerando que as duas últimas gravidezes de Ginny foram ao mesmo tempo das dela.

Naquela mística tarde de junho, onde o sol estava esquentando a cabeça das duas, que tomavam limonadas com gelo em frente à casa, as duas barrigas estavam a mostra, enquanto uma pequena piscina confortava três crianças. James cuidava da pequena Rose e do pequeno Albus de uma forma até fraternal demais.

A ruiva e Hermione tagarelavam sobre seus filhos, quando o estrondo de uma aparatação assustou as duas, Dino havia aparatado em frente à casa de Hermione, e então correu para a casa da ruiva de maneira desesperadora.

– Hermione! – ele gritou desesperado e o coração de Hermione desparou.

– Oi Dino, quer uma limonada? – ela ofereceu.

– Não temos tempo. – ele respondeu em frente à ela. - Não fique preocupada por favor, mas Ronald desapareceu.

– Como assim desapareceu?

– Ele foi para uma missão extra, por causa da sua gravidez, para tornar tudo mais confortável para vocês quatro, e não temos noticias dele há horas.

– Dino, diga que isso é algum tipo de brincadeira de mau gosto. Dino Thomas, é impossível meu marido ter sumido assim. – Hermione disse altamente estressada.

– Na verdade não é impossível, meu irmão é meio lesado. Vamos falar serio, né Mione, não é a primeira vez que ele some, ele já se machucou naquela luta quando vocês ainda namoravam.

– Mas fazia tempo que isso não acontecia. – Hermione estava exaltada.

– Harry não foi nesta missão? – Ginny perguntou direcionada ao Dino.

– Não, ele estava atolado em papelada de chefe, e não foi.

– Obrigada por avisar, Dino. – Ginny sorriu, e o moreno se retirou dali.

Neste momento Hermione caiu com a cabeça no colo da amiga e cunhada, ela estava desesperada, seu marido havia desaparecido, e ela não podia imaginar o que aconteceria se ele não voltasse.

Um dia se passou. E outro. E então um terceiro. E o ruivo ainda não havia dado noticias, o que pra Hermione era horrível até de se imaginar. Na noite do terceiro dia, enquanto ela se revirava na cama, encarando as fotos do casamento deles espalhadas pelo quarto, ela ouviu a voz de Ronald.

– Ron? – ela gritou para a casa vazia. Sem resposta.

Ela devia estar enlouquecendo, ela já estava ouvindo aquela voz de maneira tortuosa. Ela estava imaginando. Não havia outra resposta logica. Então Hermione tentou fechar os olhos, e colocou a mão sobre a barriga que agora estava enorme por conta do bebê que se desenvolvia.

– Mi – Mione – Por favor. – ela ouviu como um sussurro vindo do lado dele da cama. Abriu os olhos o mais rapidamente que pode, mas ele não estava ali.

Então uma luz saiu do deseluminador do garoto que estava ao lado da foto de casamento. E essa luz, com um pequeno sussurro encontrou o coração dela. Sabendo o que precisava fazer, aparatou, encontrando-se em uma floresta coberta de penumbra.

Empunhou a varinha, e uma luz fina saiu dela, iluminando uma porção do caminho à sua frente. E como sendo guiada pelo coração chegou até um local que parecia ter sido atingido por uma guerra. Havia até uma pequena casa em ruinas, uma pequena casa que parecia ter sido atingida há pouco tempo por milhões de feitiços.

– Hermi-mio-mione. – ela ouviu o choramingar vindo daquela casa, parecia que o som vinha de baixo dos pedaços caídos da casa.

Com um aceno de varinha Hermione fez que tudo ali fosse para longe da casa. Encontrando seu marido ali, o brilho da vida estava quase sumindo de sua vista, a varinha estava largada a metros dele, sua pele estava toda lesionada e ela sabia que talvez ele não tivesse muito tempo de vida.

– Amor, Ron? – ela chamou se ajoelhando próxima a ele, e os olhos azuis que estavam opacos brilharam levemente.

– Hermi-mio-ne. – ele tentou sorrir, o que pareceu sugar todas as suas forças. E então com longas piscadelas ele ameaçou adormecer.

– Ron, meu amor, olha pra mim. – ela pediu pegando a cabeça dele e colocando sobre suas coxas – Você não pode dormir, ok? Eu posso te contar uma historia? – ela pediu, enquanto sacodia sua varinha, liberando seu patrono para ir até Harry. Ron apenas a olhou pesadamente.

[...]

Alguns minutos mais tarde, Harry apareceu com alguns outros aurores que foram salvar o pobre Ronald. Harry correu até o melhor amigo, se culpando demais para ajudar.

– Vamos leva-lo ao St. Mungus. – um dos homens que acompanhava Harry disse pegando o ruivo com ajuda dos outros.

– Não deixem ele dormir. – Hermione pediu com lagrimas nos olhos.

– Hermione isso é culpa minha. – Harry suspirou pesadamente após os aurores partirem em direção ao hospital.

– Não é, Harry. – Hermione sorriu abraçando aquele que era como um irmão pra ela.

– Ele vai ficar bem?

– Ele é forte, não é? – Mione tentou sorrir, com o coração repleto de tristeza.

To be continue...


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Notas finais do capítulo

E ai, já querem me matar? Bom, eu não ia terminar assim, mas eu precisei, ideias a mil em minha cabeça, e me desculpem se houver algum erro mortal, eu escrevi durante essa madrugada, por isso. Então, deixem comentários, por favor, eu adoro comentário, e aqui vai um spoiler sobre a proxima Romione minha:
"Hermione odiava duas coisas muito, muito mesmo. Um delas era a surpresa, festas surpresas, e coisas do tipo, a outra coisa era quando ela tinha que mentir para os amigos. Entenda, ela não queria mentir na cara dura toda vez que dizia aos amigos: Esse é Rocco, meu namorado, mas também não iria se sentir inferior a Ronald que estava lá se mostrando com a loira falsa e burra." - e então, o que acharam?



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