Quem Disse Que Seria Fácil? 2 Temporada escrita por Bee


Capítulo 16
Finally


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas romiones lindas. Como vão? Espero que bem. Bom, aqui está um capitulo e peço desculpas pela demora. E bom, boa leitura.



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No dia seguinte, Ronald apareceu no trabalho, sua aparência era a de alguém que foi atropelado, assassinado, esculachado, chutado, trucidado, resumindo, estava horrível. O cabelo ruivo estava uma total bagunça, os olhos azuis possuíam bolsas abaixo deles os deixando enegrecidos.

Quando Harry o viu naquele estado, o levou logo para um lugar afastado.

_ Ronald, onde você esteve a noite toda? Sua mãe ficou a sua espera. E que cara é essa? Porra, você está cheirando a álcool puro.

_ Álcool puro não, a uísque de fogo, é diferente - ele falou quase se embananando nas palavras – 

_ Vem, vamos dar um jeito nessa sua cara. – Harry puxou o amigo, fazendo a barba, e lhe dando uma poção revigorante – Você é um idiota.

_ Agora que descobriu isso? – Ron riu para o amigo –

Ele ficou a manha toda de cabeça baixa na mesa, sua cabeça doía, e ele não queria ver ninguém, melhor, não queria que ninguém o visse. Ele não está numa fase boa, Harry respondia aos curiosos que perguntavam do porque do amigo estar daquele jeito. Ele ficou naquela situação até que sentiu o cheiro dela antes mesmo de ouvir sua doce voz.

_ RONALD WEASLEY, SEU TREMENDO BABACA. – Ela gritou o fazendo pular e todos olharem naquela direção – Você tem ideia de como todos ficaram preocupados com você na sua casa quando você não apareceu? Devia pensar em sua mãe, ela não merecia isso. – ela tinha aos mãos na cintura, em uma pose que Ron conhecia bem como a pose da eterna Hermione mandona pela qual sempre sentiu algo bom –

_ Tem razão.

_ Eu não quero ouvir sua voz, Ronald Weasley – ela disse – E o que vocês estão olhando? Tem um macaco de circo dançando aqui? – ela gritou para quem assistia a cena, logo todos se dispersaram – Ronald, o que deu na sua cabeça de vento para fazer isso?

Ronald ficou quieto. – Responda, Ronald. – ela gritou –

_ Você disse que não queria ouvir minha voz. – ele respondeu –

_ Você entende tudo errado. – ela disse virando as costas –

_ É eu sei. Entendi seu amor errado também. – ele resmungou antes de abaixar a cabeça novamente –

Ele ficou assim até terminar o horário de seu expediente. Quando terminou, resolveu ir ao lugar onde passou a noite anterior, um bar de terceira categoria bruxo. Quando estava saindo, encontrou uma senhora com uma vassoura, se lembrando do baile que haveria mais a noite, ele se aproximou dela.

_ Com licença – ele foi gentil com ela – Uma senhorita linda como vós, tem par para o baile de natal de hoje? – ele deu seu melhor sorriso, aquele de lado, que deixava qualquer uma de pernas bambas –

_ Não tenho não, senhor. – ela disse sorrindo envergonhada –

_ Então, gostaria de me acompanhar? – ele disse galante –

_ Não sei se posso – ela passou a mão pelo cabelo grisalho lambido –

_ Por favor. – ele deu uma olhadinha fofa e ela sorriu –

_ Ok, eu vou. – ela respondeu sorrindo envergonhada –

_ Como é o nome da minha dama?

_ Elisabeth. – ela sorriu –

_ Então, até mais tarde, Elisabeth, nesse mesmo lugar. – ele piscou saindo, desistiu de ir ao bar, então foi para a casa. –

Ele seguiu até seu quarto sem ouvir os protestos de Molly Weasley. Ele gritou para ela, eu só precisava esclarecer, você sabe bem. E ela se contentou. Então, ele foi tomar um banho e trocar de roupa.

Após estar pronto, seguiu até um bar trouxa, alguém havia lhe dito que as bebidas trouxas eram mais fortes, o que ele considerava ótimo, pediu alguns drinks e os entornou. Quando chegou a hora de ir para o ministério, ele estava completamente fora de si.

Chegou ao local e horário marcado, ajeitou o paletó, e encontrou a velha senhora sentada, com um vestido amarelo. Então se aproximou, cortejando-a. Entraram na festa, todo o departamento estava aplumado de uma decoração fina, uma banda tocava em um local afastado, musica clássica, uma mesa com comida estava posta a um canto afastado, e varias pessoas dançavam com seus pares, acompanhando a musica, como se tudo fosse fácil, ou tivessem ensaiado.

Os dois se sentaram em uma das mesas afastadas, recebendo olhares curiosos de pessoas que conheciam Ronald. Ele viu Harry e Ginny passando em direção ao local onde todos dançavam e ambos sorriram para ele. Então ele entrou em uma conversa interessante com Elisabeth, descobriu que ela tinha sido casada, mas seu marido foi morto durante a segunda guerra bruxa, contou que seus dois filhos estavam em Hogwarts, contou também sobre sua época na escola, as coisas que aprontava e como enganava o zelador, fazendo Ronald rir. Descobriu que ela era uma pessoa ótima, e que também podia contar tudo a ela. Contou sobre o que passou, sobre quando deixou sua família para ir com Harry e Hermione atrás das Horcrux, contou do medo de morrer, contou até do seu relacionamento com Hermione. E por fim, contou do que vinha passando nos últimos dias, por conta de Taylor.

_ Eu acredito – a mulher disse docemente após ele terminar de contar – que você devia contar a verdade a ela, ela irá entender. Você verá, confie em mim. – ela encostou na mão dele docemente, o que o fez lembrar de sua mãe –

_ Mas ela tá lá com aquele engomadinho, dançando, se divertindo. – ele apontou com a cabeça em direção a garota que dançava próxima ao McLanche. – As vezes eu acho que ela nem gosta de mim.

_ Você acha que ela não gosta? – a velha disse indignada – Então por que ela olha para cá a cada cinco segundos com um olhar triste?

_ Porque, ah sei lá. – ele disse ficando emburrado logo em seguida. –

_ Eu acho que você está sendo tolo, ela gosta de você e você gosta dela. – a senhora sorriu docemente – Quando encontramos a pessoa certa para amar, as vezes temos que enfrentar algumas dificuldades, talvez, a sua seja sua falta de confiança em si mesmo.

_ Eu tenho confiança em mim mesmo – ele rosnou –

_ Não, não tem, se tivesse, teria levantado, e a puxado para uma conversa, sem gritos e sem show. Apenas uma conversa. E também não teria acreditado no aquele idiota disse. Você pode dar muito mais a ela do que todos eles, meu filho, o dinheiro, a fama, não compram o amor, e isso você tem de sobra.

_ Eu não tenho coragem de chegar lá – ele admitiu, mais para si mesmo do que para a senhora – E tem a senhorita comigo, não posso abandona-la.

_ Não vai precisar me abandonar, eu acho que vou atacar a mesa de comida, comida de graça é sempre bom – ela gargalhou se levantando –

Ronald porem não se levantou, ficou lá largado na cadeira, olhando a menina de seus sonhos dançar com o mesmo engomadinho de anos atrás. As expressões faciais demonstravam tudo, Cormac possuía aquela expressão de vitória, Ronald a mesma expressão de ciúmes que sempre usava em bailes, Hermione possuía uma expressão indecifrável, uma mistura de dor, tristeza, pena e se quer saber, um pouco de contentamento, por ter conseguido deixar Ron com ciúmes.

Ron tomou mais uma dose de Uísque de Fogo, e então tomou uma das decisões que iriam mudar sua vida. Se levantou e seguiu em direção ao casal que dançava. Hermione tomou uma dose de pânico quando o viu se aproximando, sentiu seu corpo congelar no lugar. Cormac pegou na cintura de Hermione assim que viu o garoto vir naquela direção.

_ Hermione, posso conversar com você? -  Ronald disse de cabeça baixa, a garota se assustou com a fraqueza da voz dele, e também com o cheiro que vinha dele, bebida –

_ Claro, Ronald – ela disse fria, mesmo que seu coração tenha acelerado só pela aproximação dele –

_ Não Hermione, você não vai, está dançando comigo – Cormac disse serio encarando Ronald com nojo –

_ Quem é você para achar que manda na Hermione, McLaggen? – Ron perguntou um pouco mais alto, com os punhos cerrados de raiva –

_ Acompanhante dela. – Cormac disse de queixo erguido – Você devia fazer o mesmo e ir cuidar da tua avó que você trouxe como acompanhante.

_ Não fale assim da Beth. – Ronald rosnou –

_ Ai, Beth, que lindo – Cormac disse com cara de deboche, Hermione nesse tempo havia se desvencilhado dos braços dele, e apenas observava Ronald tomando raiva por ele estar bêbado – Sai daqui ferrugem.

_ Cormac, eu quero falar com a minha namorada – Ron disse o encarando – E você não é ninguém para me impedir.

_ Sua namorada? Que eu saiba vocês terminaram. E ela está comigo agora. – Cormac disse com um tom de desafio, o que foi a gota d’agua para Ron, que com o punho cerrado acertou o nariz esnobemente erguido de McLaggen. –

_ Ronald, o que você fez? – Hermione gritou se pondo entre os dois, vendo que Ron iria pular em cima de Cormac, para bate-lo mais – Você está fora de si, olha a besteira que fez.

_ Vai defender ele, Hermione? – Ron perguntou visivelmente magoado –

_ Não to defendendo ninguém, mas não quero briga – ela rosnou para Ronald, que saiu dali batendo os pés –

Hermione deixou Cormac sentado em uma das mesas, e fula de raiva foi atrás de Ronald. Ele não tinha o direito de bater em Cormac, nem devia ter bebido, ele estava aparentemente diferente. Ele nunca foi assim, por que ele fez tudo isso? Resposta obvia.

_ Ronald – ela falou ao encontrar ele sentado na beira da calçada que havia próximo ao ministério –

Ele levantou o olhar, pela primeira vez notando como ela estava linda, com um vestido preto básico, salto alto e um casaco sobre a pele desnuda. – Não vai ficar com seu novo namorado? – ele perguntou voltando o olhar para o chão –

_ Ele não é meu namorado – ela disse e se sentou próximo a ele –

_ Parecia que era, pelo jeito como ele pegava em sua cintura e você nem ligava. – ele disse sem encara-la, brincando com uma quantidade de neve acumulada na rua –

_ O que você queria falar comigo, Ronald? – ela perguntou –

_ Queria acertar as coisas entre nós. Eu fui um idiota. – ele disse –

_ Conte algo que eu não sei.

_ Olha, não venha me culpar, você quem disse que talvez seria melhor nos separarmos. – ele se irritou pelo modo como ela disse – Eu só não estava bem aquele dia, e você levou tudo em direção ao termino de namoro.

_ E por que você não estava bem? Você tentou pelo menos dizer isso? Você ficou quieto, me ignorando e me tratando mal – ela também gritava nesse momento –

_ Quer saber, o Taylor tem razão. – ele resmungou e se levantou, pronto para aparatar em sua casa – Eu não sou nada.

_ Taylor? O que... – ela começou, mas foi cortada por ele, que nesse momento não passava de um conjunto de cores misturadas, que se transportava para outro lugar –

Hermione ficou ainda mais confusa com o que ele disse. Voltou a entrar no ministério e procurou por Harry e Ginny, avisou-os que iria para a casa de Molly, para ver se Ron havia ido para lá. Os dois foram com ela, e aparataram no jardim branco da casa, entraram rapidamente.

_ Hermione, Harry e Ginny? – Molly perguntou assustada vendo seus filhos chegando – Chegaram cedo.

_ Sim – Hermione sorriu – Estava chato lá. Molly, você viu Ronald?

_ Ele subiu, mas peço que não vá atrás. – Molly disse calmamente – Meu filho não está bem, e você sabe bem. Não o quero pior do que está.

_ Eu não vou o deixar mal, Molly. Confie em mim, só preciso continuar uma conversa – Hermione disse e Molly sorriu o que era para Hermione um sinal verde –

Ela subiu as escadas, com as pernas travando a cada degrau que subia. Bateu três vezes na porta, recebendo um “Não enche” em resposta, o que para ela era sinal para entrar mesmo com o garoto não querendo. Abriu a porta lentamente.

_ Oi, podemos conversar? – ela disse colocando a cabeça para dentro do quarto –

O menino estava sentado a beira da janela do quarto, olhando para o céu e incrivelmente estranho. Ele apenas maneou a cabeça, a convidando para entrar. Ela entrou no quarto, se sentindo aliviada por poder sentar, achou uma posição boa na cama do garoto, e tirou seus saltos. Encarou o menino por certo tempo.

_ O que aconteceu conosco? – ele perguntou olhando o céu –

_ Nós brigamos. Apenas isso, e é normal para um casal. – ela respondeu – Ron – ele sorriu ao ouvir seu apelido por ela depois de tempos ela apenas o chamando pelo nome – O que você falou de Taylor antes de sair?

_ Não é nada – ele respondeu apenas –

Ela descontente pela resposta, se abaixou e sentou na frente dele, e segurou o rosto dele com as mãos.

_ Depois de tantos anos, você ainda tenta mentir para mim dessa forma? – ela perguntou o olhando nos olhos – Ronald, eu fiquei anos te analisando, te entendo, é tolice tentar mentir para mim.

_ Eu só não quero falar sobre isso – ele desviou os olhos azuis dos dela –

_ Ronald, lembre, eu sou sua amiga acima de tudo. – Hermione disse sorrindo o fazendo olhar para ela –

_ Não adianta Hermione, você não entenderia. – Ron disse a olhando –

_ RONALD, DÁ PARA FALAR DE UMA VEZ. – ela colocou as mãos na cintura e gritou, ele simplesmente sorriu –

_ Não preciso falar. Você me provou hoje, indo ao baile com Cormac, que Taylor estava certo aquele dia. – Ron disse triste –

_ Quando você viu Taylor? – ela perguntou voltando a posição normal –

_ Aquele dia que você foi examinar o passado de seus irmãos. – ele disse – Ele me encurralou na saída. Só isso.

_ O que? E você se rendeu e acreditou nele? – ela gritou em uma mistura de indignação e raiva – O que ele disse?

Ronald contou tudo a ela, se sentindo mais leve e melhor a cada palavra que ele contava. E a cada momento sentia-se mais idiota, e mais triste.

_ Ron, você é idiota ou o que? – ela se ajoelhou, ficando bem próxima a ele – Você não é nada disso que ele disse. E você pode me dar tudo que eu preciso, eu só preciso ter você comigo. Eu quero uma relação como a de seus pais e dos meus, baseada no amor e não no dinheiro.

_ Hermione, eu sou como a fera, e você é a Bela, lembra? – ele disse olhando o chão – Você merece mais do que eu posso lhe oferecer, e saber disso machuca.

_ Você falou certo, eu sou a bela, lembra de como ela queria coisas simples? – Hermione sorriu – Eu só quero ter uma vida ao seu lado.

_ Eu te amo – ele disse olhando nos olhos castanhos da menina – Eu só pensei em você, eu juro. Mas me irritei ao saber que você aceitou ir com Cormac ao baile também.

_ Desculpa, eu só queria que sentisse ciúmes de mim, assim talvez você percebesse que não era normal a gente separado. – ela disse se sentindo culpada – Eu te amo.

_ Tudo bem – ele a puxou para a um abraço – Eu quase te perdi por tolice.

_ Mas não perdeu. – ela sorriu e selou seus lábios nos dele – E eu não gostei da sua acompanhante no baile.

_ Não fale assim da Beth, ela é muito legal. – ele sorriu –


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Notas finais do capítulo

Bom, hoje mesmo espero postar uma nova fic, que será de Lily e James *-* Sim, deu alok, e eu to a semanas pensando em escrever e vou escrever haha. Beijos.