A Caçadora escrita por TodyWild
"Pai e Mãe.
A coisas na vida que não podemos explicar, a coisas na vida que queremos explicar mais há uma barreira grande demais para o entendimento, vocês me criaram para ser uma caçadora, uma Menphis Delta de lei, uma pessoa forte, e em nome daquilo tudo que amo e que acredito é que estou partindo para um missão que no momento não posso explicar, mas eu voltarei, eu prometo com a minha vida.
Com Amor, sua Ludi."
Não chore,Não chore... implorei para mim mesma desolada. coloquei o bilhete debaixo do porta retrato de família, eram cinco da manhã.
- acabou? - perguntou...como era mesmo seu nome?
- você não me disse seu nome. - afirmei puxando minha mala para a saida da casa.
-isso não interessa. - era a voz rude dela habitual.
- ok, então eu posso te chamar de o monstro, ou que tal a coisa? - eu estava seriamente impaciente, ia pra longe dos meus pais com um desconhecido, fazer um trabalho inutil a humanidade.
- me chame de Raul. - ele puxou minha mala até o seu Corolla preto polido.
- sei que esse não é seu nome de verdade. - contra-ataquei.
- menina esperta, agora entra no carro. - então ele abriu a porta pra mim, grosseiro, miserável.
o caminho do areoporto foi fúnibre, eu estava usando meu cinturão com um revólver carregado, mas não colocaria em risco os Eliot por tão pouco, seja lá o que acontecesse na Rússia iria acabar, e eu estaria a salvo na minha casa um dia.
entrei mais um vez numa visão do passado:
" Querida, a vida não é um conto de fadas, mas possui segredos que nem todo mundo entende. - disse meu pai, me pondo no colo
- explique papai. - essa era eu, a doce criança de pijamas aconchegada em seu peito.
- existem seres muito malvados que poucas pessoas podem ver,seres que não deviam estar aqui, querem machucar, você, a mamãe e todo mundo.
- não! - choraminguei medrosa.
-você tem sangue de caçadora querida. - reconfortou-me, colocou um broche com uma miniatura de arco e flecha que perpassava um M&D. - vou te ensinar a cada dia a sobreviver....a tudo."
- chegamos... - Raul anunciou abrindo a porta do carro.
Droga.
06:15 - Aeroporto Air City.
- não vai ser tão ruim. - Raul tentou um dialogo comigo, mas eu permaneci em silêncio, e foi assim no Check in, e boa parte do Vôo, eu só conseguia olhar pra fora e sair voando dali e voltar pra casa...se é que isso é possivel.
- você promete, que quando acabar eu vou voltar pra casa? - sussurei para Raul, ao me lado.
- não sou um cara mau Ludmila, você acha que sou, mas eu sou apenas... forte, eu preciso de você... - ele percebeu que estava sendo mole demais - pra Srta. Thompson é claro.
-apenas prometa. -insisti.
- prometo. - os olhos deles transpassarão os meus, eu fiquei nadando neles por um longo tempo, e juro que cheguei a ver doçura,afeto...mas sumiu depressa.
-e a propisito...eu não confio em você - disse ele algemando de forma habilidosa meu braço no acento do avião.
- idem. - resmunguei mostrando a ele o gesto mais obceno que você pode fazer com a mão.
o tempo nos levou... arrastou como a eternidade. mas quando chegamos não teve jeito.
Gélida e Oca, foi a minha primeira impressão de Moskou.
...
Vai acabar depressa, jurei pra mim mesmo durante todo caminho de ida ao desconhecido. uma limosine nos buscou logo na entrada, o motorista corpulento nos acomdou...pois é para quem esta falindo até que estavam bem.
mas foi nesse momento...
Sentada no bando de trás, em completo senti um calafrio habitual, uma sensassão gélida e sinistra.
-ele está aqui. - sussurrei para Raul, sua expressaõ se tornou assustada.
- quem? - ele quis saber - o Sr. Thompson?
o próprio.
materializou-se, a cinco passos de distancia de mim, a expressão dolorida e ameaçadora.
- estou vendo você. -disse séria e centrada.
- volte! volte! eu vou matá-la, aquela infiel, e não a nada que você possa fazer! - sussurou o fantasma, sinistro.
- esta falando com ele? - Raul percorria a limosine com os olhos atordoado, inultimente.
ignorei sua pergunta imbecil.
- o que ela te fez?. - perguntei, já puxando o isqueiro e a caixinha com sal da minha cinta debaixo da blusa.
ele desapareceu, dissipou-se no ar, o que não era bom sinal.
eu sabia que não era.
- pare o carro! - ordenei em voz alta, o motorista olhou pra mim, pareceu não entender. mas era tarde. muito tarde.
do nada a limosine entrou nos solavancos, e sem explicanção natural começou a capotar fortemente várias vezes no asfalto.
obra dele certamente,
eu sentia meu coração pulsando:
- pare porfavor! - gritei e foi a ultima coisa que me lembro.
teria eu passado para o mundo dele também?
senti o sangue fervente descer no meu rosto, a limosine finalmente parou no acostamento, os vidros estilhaçados, as ferragens compriminham meu corpo dolorosamente, eu me sentia morrendo, meu ar ia ficando cada vez mais raro.
- Raul? - foi o que consegui sussurrar.
não ouvi resposta. o panico tomou conta dos meus musculos.
ouvi a voz novamente da aparição maligna do Sr. Thompson.
-é só o começo.
então a gasolina começou a escorrer lentamente, o cheiro forte cobriu o ambiente, eu não podia morrer ali, não agora, comecei a me contorcer, tentando me desvenciliar antes da grande explosão que certamente seria a cena subsequente daquele desastre
- Raul a gente tem que sair. ele...vai explodir o carro. - gaguejei completamente dolorida, praticamente massacrada.
-não dá...- ele suspirou, a voz fraca.
-ai meu Deus você está vivo... vamos. - comecei a sacudi-lo na tentativa de tira-lo das inumeras ferragens, era inutil.
eu não tinha certeza de mais nada...
- Sr. Thompson... - gritei com todas as minhas forças, a dor ajudou com meu impacto sonoro.
sem resposta.
- se você...nos deixar viver, eu quero fazer um acordo... - essa frase demorou a sair, quase como um grito reprimido e abafado.
-qual? - era a voz dele, o eco do além.
-Eu... prometo...matar... a Lívia. - eu não acredito que pronuncei essas palavras.
no mesmo instante, o carro começo a se desamassar lentamente, e nos libertar.
eu estava encrencada.
- se você não cumprir...pagará com sua vida. - era a voz dele novamente fria e assombrosa.
- louca...- o eco quase moribundo de Raul disse o que eu ja sabia.
- eu sei. - respondi seca.
Eu tinha uma promessa paranormal
e ia cumpri-la
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