A Caçadora escrita por TodyWild


Capítulo 3
Pés Suspensos




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"Pai e Mãe.

A coisas na vida que não podemos explicar, a coisas na vida que queremos explicar mais há uma barreira grande demais para o entendimento, vocês me criaram para ser uma caçadora, uma Menphis Delta de lei, uma pessoa forte, e em nome daquilo tudo que amo e que acredito é que estou partindo para um missão que no momento não posso explicar, mas eu voltarei, eu prometo com a minha vida.

Com Amor, sua Ludi."

Não chore,Não chore... implorei para mim mesma desolada. coloquei o bilhete debaixo do porta retrato de família, eram cinco da manhã.

- acabou? - perguntou...como era mesmo seu nome?

- você não me disse seu nome. - afirmei puxando minha mala para a saida da casa.

-isso não interessa. - era a voz rude dela habitual.

- ok, então eu posso te chamar de o monstro, ou que tal a coisa? - eu estava seriamente impaciente, ia pra longe dos meus pais com um desconhecido, fazer um trabalho inutil a humanidade.

- me chame de Raul. - ele puxou minha mala até o seu Corolla preto polido.

- sei que esse não é seu nome de verdade. -  contra-ataquei.

- menina esperta, agora entra no carro. - então ele abriu a porta pra mim, grosseiro, miserável.

o caminho do areoporto foi fúnibre, eu estava usando meu cinturão com um revólver carregado, mas não colocaria em risco os Eliot por tão pouco, seja lá o que acontecesse na Rússia iria acabar, e eu estaria a salvo na minha casa um dia.

entrei mais um vez numa visão do passado:

" Querida, a vida não é um conto de fadas, mas possui segredos que nem todo mundo entende. - disse meu pai, me pondo no colo

- explique papai. - essa era eu, a doce criança de pijamas aconchegada em seu peito.

- existem seres muito malvados que poucas pessoas podem ver,seres que não deviam estar aqui, querem machucar, você, a mamãe e todo mundo.

- não! - choraminguei medrosa.

-você tem sangue de caçadora querida. - reconfortou-me, colocou um broche com uma miniatura de arco e flecha que perpassava um M&D. - vou te ensinar a cada dia a sobreviver....a tudo."

- chegamos... - Raul anunciou abrindo a porta do carro.

Droga.

06:15 - Aeroporto Air City.

- não vai ser tão ruim. - Raul tentou um dialogo comigo, mas eu permaneci em silêncio, e foi assim no Check in, e boa parte do Vôo, eu só conseguia olhar pra fora e sair voando dali e voltar pra casa...se é que isso é possivel.

- você promete, que quando acabar eu vou voltar pra casa? - sussurei para Raul, ao me lado.

- não sou um cara mau Ludmila, você acha que sou, mas eu sou apenas... forte, eu preciso de você... - ele percebeu que estava sendo mole demais - pra Srta. Thompson é claro.

-apenas prometa. -insisti.

- prometo. - os olhos deles transpassarão os meus, eu fiquei nadando neles por um longo tempo, e juro que cheguei a ver doçura,afeto...mas sumiu depressa.

-e a propisito...eu não confio em você - disse ele algemando de forma habilidosa meu braço no acento do avião.

- idem. - resmunguei mostrando a ele o gesto mais obceno que você pode fazer com a mão.

o tempo nos levou... arrastou como a eternidade. mas quando chegamos não teve jeito.

Gélida e Oca, foi a minha primeira impressão de Moskou.

...

Vai acabar depressa, jurei pra mim mesmo durante todo caminho de ida ao desconhecido. uma limosine nos buscou logo na entrada, o motorista corpulento nos acomdou...pois é para quem esta falindo até que estavam bem.

mas foi nesse momento...

Sentada no bando de trás, em completo senti um calafrio habitual, uma sensassão gélida e sinistra.

-ele está aqui. - sussurrei para Raul, sua expressaõ se tornou assustada.

- quem? - ele quis saber - o Sr. Thompson?

o próprio.

materializou-se, a cinco passos de distancia de mim, a expressão dolorida e ameaçadora.

- estou vendo você. -disse séria e centrada.

- volte! volte! eu vou matá-la, aquela infiel, e não a nada que você possa fazer! - sussurou o fantasma, sinistro.

- esta falando com ele? - Raul percorria a limosine com os olhos atordoado, inultimente.

ignorei sua pergunta imbecil.

- o que ela te fez?. - perguntei, já puxando o isqueiro e a caixinha com sal da minha cinta debaixo da blusa.

ele desapareceu, dissipou-se no ar, o que não era bom sinal.

eu sabia que não era.

- pare o carro! - ordenei em voz alta, o motorista olhou pra mim, pareceu não entender. mas era tarde. muito tarde.

do nada a limosine entrou nos solavancos, e sem explicanção natural começou a capotar fortemente várias vezes no asfalto.

obra dele certamente,

eu sentia meu coração pulsando:

- pare porfavor! - gritei e foi a ultima coisa que me lembro.

teria eu passado para o mundo dele também?

senti o sangue fervente descer no meu rosto, a limosine finalmente parou no acostamento, os vidros estilhaçados, as ferragens compriminham meu corpo dolorosamente, eu me sentia morrendo, meu ar ia ficando cada vez mais raro.

- Raul? - foi o que consegui sussurrar.

não ouvi resposta. o panico tomou conta dos meus musculos.

ouvi a voz novamente da aparição maligna do Sr. Thompson.

-é só o começo.

então a gasolina começou a escorrer lentamente, o cheiro forte cobriu o ambiente, eu não podia morrer ali, não agora, comecei a me contorcer, tentando me desvenciliar antes da grande explosão que certamente seria a cena subsequente daquele desastre

- Raul a gente tem que sair. ele...vai explodir o carro. - gaguejei completamente dolorida, praticamente massacrada.

-não dá...- ele suspirou, a voz fraca.

-ai meu Deus você está vivo... vamos. - comecei a sacudi-lo na tentativa de tira-lo das inumeras ferragens, era inutil.

eu não tinha certeza de mais nada...

- Sr. Thompson... - gritei com todas as minhas forças, a dor ajudou com meu impacto sonoro.

sem resposta.

- se você...nos deixar viver, eu quero fazer um acordo... - essa frase demorou a sair, quase como um grito reprimido e abafado.

-qual? - era a voz dele, o eco do além.

-Eu... prometo...matar... a Lívia. - eu não acredito que pronuncei essas palavras.

no mesmo instante, o carro começo a se desamassar lentamente, e nos libertar.

eu estava encrencada.

- se você não cumprir...pagará com sua vida. - era a voz dele novamente fria e assombrosa.

- louca...- o eco quase moribundo de Raul disse o que eu ja sabia.

- eu sei. - respondi seca.

Eu tinha uma promessa paranormal

e ia cumpri-la


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