A Caçadora escrita por TodyWild
Notas iniciais do capítulo
Glossário:
Sheol: Mausoléu.
Aparição:Fantasma
A noite espessa de maio.
eu sabia que algo estava errado, e aquele noite não fora feita para dormir. logo meu pai invadiria meu quarto e me chamaria.
entrei no banheiro a meia luz, lavei o rosto sonolento e coloquei o clhichê e liso cabelo loiro em um rabo de cavalo firme...
"o que quer ser querida? perguntou minha avó, doce e lenta diante da roupa clara de balé.
- uma princesa vó! linda e rosa. - respondeu a garotinha pequena e delicada que costumava ser eu, aos cinco anos de idade..."
Acordei assustada da minha lembrança remota, parecia ter dormido em pé ou coisa parecida.
- princessa... - suspirei baixinho vendo as cicatrizes pelo corpo e a imagem cançada da garota de dezessete anos no espelho. - eu não chego nem perto.
abri a farmácia plástica do banheiro em quanto tirava o cinto preto de velcro debaixo da minha blusa...Adaga, sal,um revólver... tudo em seu devido lugar, vasculhei a farmácia, peguei uma aspira, engoli duas a seco e voltei a deitar-me na cama, não durou muito tempo...
- querida. é agora. - meu pai abriu a porta em um supetão, pulei e o segui.
chovia muito,a noite sombria percorria o patamar da cidade, percebi que não respirava, recobrei o fôlego em quanto me revestia na capa grossa de chuva. toda minha vida foi direcionada a esse momento, fui treinada para aquilo, eu havia nascido para aquilo... aos cinco anos garotas ganham Barbies, eu ganhei um punhal de Prata pura e uma caixa de sal. A Sociedade Menphis Delta, foi criada desde os primordios com o objetivo de conter as criaturas fantasmagóricas de invadir o plano terrestre, eu fazia parte daquilo, um segredor pertubardor, um óculos de sol para a sociedade viver suas vidinhas pacatas em quanto aparições malignas tentam acabar com a raça dos vivos.
entramos no carro, meu pai Richard Eliot, e minha mãe Janize Eliot. todos armados, e querendo voltar vivos para casa.
E a casa como todas as outras era sinistra e escura.
- é aqui. - anunciou meu pai como se não soubessemos.
descemos do carro, e entramos cautelosamente.
- sabemos que você está aqui. - eu disse serena. - apareça ou vai ser pior pra você.
eu fui lançada pra trás com toda força contra a mobília empoeirada, cai em um estofado duro, a presença gélida e sombria do fantasma se materializou encostado no umbral da porta.
- vão embora! saiam daqui. - era uma aparição de garota, uma mulher na verdade, o rosto curel e a presença sinistra.
logo seu "corpo" verteu-se numa enorme bola azulada e subiu num vulto estrelar escada acima, minha mãe correu para amparar-me mas mesmo machucada, corremos escada acima.
sentimos sua presença no segunda andar:
- agora vai ser do nosso jeito. - berrou meu pai.
então os moveis começaram a flutuar desordenados, batendo entre as paredes na tentativa de nos atingir vorazmente.
ela surgiu novamente.
- eu vou destruir tudo isso. eu tenho que levar um Eliot para o Sheol essa noite... - sua voz produziu um eco macabro.
-não vai! - minha mãe respondeu com autoridade.
ela meu o sinal com os olhos, eu sabia o que fazer.
- Ludi, agora! - gritou minha mãe.
lancei-me em velocidade avançada na direção da aparição:
-Hayo. - pronunciei eu, era a palavra de maldição para que ela jamais voltasse a terra dos viventes.
fiz o circulo de sal em seu contorno a deixando aprisionada ali.
- maldita! - ecoo sua voz.
- adeus. - me despedi com sarcasmo deixando cair o pesado isqueiro de prata aos seus pés e vendo seu corpo imaterial ser absolvido e consumido em cinzas.
- isso ai! - bradou minha mãe vitoriosa, abraçando-me. - mais um.
eu apenas sorri rígida e recolhi as cinzas fedorentas daquele ser em um caixa...
04:25 da manhã - Casa da Família Eliot- Quarto da Ludmila - Sexta-feira.
pocisionei a caixa no porão do meu quarto, a caixa de número 516 se não me engano... minha carreira podia ser considerada brilhante.
- durmam no Sheol Vadias de merda. - disse de brincadeira para as milhares de caixas de cinzas antes de fechar a porta e trancar bem.
Entrei no chuveiro, sentir a água percorrendo meu corpo era purificador, era uma vida arriscada mas a cada noite eu me sentia vitoriosa, logo seria considerada Caçadora Chefe da MINHA sociedade. ambição demais para uma garota de dezessete anos? discordo.
você é do tamando dos seus sonhos.
foi nesse momento, que ouvir o roçar de borracha contra a madeira do açoalho do meu quarto.
- mãe? - perguntei confusa.
ninguém respondeu.
ouvi uma respirção martelar, era alguém vivo... e bem vivo.
me enrolei na toalha, peguei o revólver de reserva atrás da pia.
- quem está ai... - disse abrindo caltelosa a porta do banheiro.
foi ai que ele me jogou no chão...
com tanta força e de forma tão surpreendente que a arma deslizou até o outro lado do quarto.
era um garoto, lindo e ameaçador.
precionou o meu pescoço contra o chão, me tirando folego. colocou um punhal de forma ameaçadora no peito, prestes a matar-me.
- quem é você... - eu não conseguia gritar, meus olhos vidrados tentavam arranjar um modo de defesa.
- seu pior pesadelo Ludmila Eliot. - ele respondeu frio.
demais...
CONTINUA...
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