Dias Sombrios escrita por Luan Klebers


Capítulo 12
LUKE




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/191319/chapter/12

Depois de algum tempo de olhares e risinhos abafados eles pareciam ter voltado a realidade quando Luke disse:

-A adaga! Nós temos que ir atrás dela pega-la!

O tridente de Percy estava em forma de caneta, novamente em seu bolso.

-E Cronos? –Percy perguntou.

-Eu... não sei ao certo, desde que eu vim pra cá, eu meio que consigo ouvir os pensamentos dele, mas não é sempre e eu não consigo controlar... eu acho que talvez ele tenha se apossado de mim novamente... –Respondeu Luke.

-Há algum tempo costumávamos lutar contra bruxos das trevas, agora procuramos adagas do tempo no covil de um deus do tempo. –disse Rony.

-Titã do tempo. –corrigiu Hermione.

Dez cabeças pensando rapidamente era tão assustador quanto as aulas de poções do Snape... pensou Harry.

-Esperem... é isso! –disse Harry –Já sei o que devemos fazer! Luke... certo? Um pedaço de Cronos reside em você, o que você tem que fazer é aprender Legillimens e entrar na mente dele, controla-lo para poder obriga-lo a nos dar a informação!

-Isso é... brilhante! –Exclamou Hermione.

Todos pareciam estar sem entender nada, após uma breve aula de Legillimens, que Harry lembrou perfeitamente tudo o que Snape o dissera, todos pareciam gostar da ideia, exceto Luke.

-Mas eu não sou um bruxo, como vamos ter certeza de que vai funcionar? –ele disse.

-Segundo o Sr. D. todos nós, semideuses e bruxos temos a mesma linhagem sanguínea, então acho que você consegue! –disse Percy em tom de incentivo.

Gina e Zia pareciam ter gostado uma da outra, ficavam cochichando, mas pouco se pronunciavam com ideias.

-Ok, mas onde vamos conseguir uma varinha? –perguntou Luke.

-Aqui –disse Harry tirando sua varinha de azevinho e pena de fênix de dentro do bolso –Use essa.

Luke pegou a varinha, fechou os olhos para se concentrar.

Quando abriu os olhos novamente estava em um lugar muito estranho:

Um corredor interminável cheio de portas, cada uma representada por uma data, a principio Luke pensou ser as memorias dele, mas viu que tinha datas muito antigas misturadas com as datas recentes, concluiu que sua mente e a de Cronos estavam mais ligadas do que ele imaginava.

-O filho do deus dos ladrões veio para tentar roubar minha adaga... interessante... –Luke ouviu ao por o ouvido em uma porta, um arrepio subiu pela sua espinha.

"A oclumência foi considerada por muitos anos instrumento das trevas. O oclumente é capaz de se proteger de invasões mundanas a sua mente, a repelir o efeito da Veritasserum, de Poções do amore da Maldição Imperius. Há poucos oclumentes verdadeiramente bons no assunto, pois se liberar das emoções, apesar de parecer fácil, é extremamente difícil..."Lembrou-se do que Harry dissera, não sabia ao certo o que significava, mas sabia que devia dominar essa tal Oclumencia, ou Cronos poderia ter total controle da sua mente.

Liberar-se das emoções... pensou Luke, ele já fizera isso uma  vez, ao banhar-se no Estige, a única coisa que o trouxe de volta foi a ideia de um mundo ideal, sem guerras, sem disputas de poder, deuses vivendo em comunhão com seus filhos, Luke e Thalia envelhecendo juntos, cuidando de Annabeth como se fosse sua própria filha... essa lembrança, apesar de ser falsa era incrivelmente forte.

Luke empunhou a varinha de azevinho de Harry e começou a procurar pela porta certa. Qual será a porta certa? Ele pensou, Lá não vai estar escrito: “Entre aqui e ache a lembrança de Cronos, preços especiais na sessão de adagas do tempo”.

Ele esperava sentir algo quando chegasse na porte certa, mas não havia como descobrir a porta certa, infinitas portas se estendiam à quantia que ele caminhava.

Entrando em um pequeno desespero, ele abriu uma porta, parecia a água de uma piscina, com refletores de estádios de futebol em baixo da água, e a água tomava conta da porta, de cima a baixo. Ele fechou a porta rápido, suspirando de alívio.

“Essa é sua mente Luke! Você a controla!” ele pensava, mas esse pensamento não o acalmava.

Decidiu entrar em uma porta, abriu a porta e atravessou a água sem maiores problemas, deparou-se com um homem de uns 15 metros de altura, devorando criancinhas, virou-se e saiu rapidamente do local.
Tentou outra porta, lá estava ele, com Thalia, no dia em que conheceram Annabeth, a menininha descabelada agarrando com força um martelo... ele sentiu vontade de ficar lá para sempre, mas lembrou-se que a vida da menininha descabelada dependia dele, isso pareceu revigora-lo. Tentou mais algumas portas, ora via titãs, ora via seus amigos, ora via cenas da guerra contra os deuses, era assustador! Até que ele entrou em uma porta, estava muito escuro, de repente uma luz dourada vinda de uma foice iluminou um pedaço da cena, era Cronos, só que muito mais jovem do que quando o conhecera, daquele breu inquietante, fez-se uma mulher, uma mulher extremamente branca, com cabelos muito negros, a pele salpicada de pintas. Luke deduziu muito esperançoso que era Nyx.

-O que você quer? Perturbando meu descanso eterno novamente! –ela disse em tom de desafio.

-Vim devolver-lhe o que peguei, eis vossa adaga –e ergueu uma adaga muito enferrujada, embainhada em couro, o cabo da adaga parecia ser de vidro, tinha um botão cor de bronze no cabo, mesmo a faca não aparentando ser muito boa, Luke ficou tentado a tê-la, por pura ambição, Cronos não seria capaz de fazer tal ato. –Com esperanças de que me perdoe. –Agora Luke teve certeza de que era um plano, Cronos pedir perdão? Era mais fácil Annabeth ressuscitar de causas naturais.

-O titã do tempo, ajoelhado aos meus pés, devolvendo minha adaga e me pedindo perdão... não é uma cena que se vê todo o dia... –disse Nyx, mas seu tom não parecia ter misericórdia. –Virei motivo de piada entre os outros titãs, achas que eu não sei?

-Mas minha senhora...

-Você é desprezível!

Cronos desembainhou a adaga, na outra mão empunhou sua foice, com a foice ele fez com que Nyx não pudesse chegar perto com suas mãos, e com a adaga ele a atacou, a adaga apesar de enferrujada e com a lamina grossa, parecia perfurar Nyx facilmente.

-Como ousa! –ela gritou, e só aí Luke foi notar que as poucas árvores iluminadas pela foice de Cronos pararam de se mexer, o tempo estava parado.

Cronos começou a recitar um encantamento em outra língua, não era grego... Latim talvez?

Nyx parecia estar cada vez mais sonolenta.

-Agora roubo-lhe o trono, que a adaga das areias do tempo sirva a mim! –disse Cronos.

E de repente ele estava do lado de fora, olhando para a porta, o que acontecera? Cronos conseguira finalizar seu encantamento? Ou será que Nyx tinha algum truque na manga? Ele tentou entrar em outra porta, mas elas pareciam estar chaveadas, Luke pensou que ele tinha apenas uma escolha, e a desperdiçou, começou a praguejar em grego antigo, mas se lembrou de uma frase dita por Quíron:

“Se estiver perdido, não souber o que fazer ou em quem confiar, você deve somente olhar para dentro de si mesmo, a resposta está no lugar em que você menos espera”.

Luke pegou sua varinha e falou algo que simplesmente saiu da sua boca, ele reconheceu como “Alohomora” e de repente uma porta brilhou mais que as outras, bem no fundo, uma porta muito menor que as outras, como Luke não vira ela antes? Essa porta era muito pequena, era inclinada, tinha que entrar ajoelhado, a maçaneta dourada ficava exatamente no centro da porta, ladeada por rubis e folheada a uma substancia que Luke reconheceu como Bronze Celestial.

Tentou abrir a porta, e para surpresa de Luke a porta se abriu, ele entrou e lá estava, a lembrança mais recente, ele lutando contra Percy, Thalia aparecendo e tudo mais.

Ele assiste até o momento em que ele fecha os olhos, depois disso ele desmaia, Luke resolve olhar o caixão de Cronos, ele caminha lentamente, com medo do que vai encontrar, tira a tampa do caixão, mais leve do que ele imaginava, por ser de ouro maciço, em um pequeno vislumbre lá dentro ele vê a mesma coisa que viu quando abriu as portas das lembranças, no fundo pareciam refletores no fundo de uma piscina de água ora verde, ora azul, ora preta, ora dourada...

-Lindo não? Se não fosse minha prisão eterna, eu ficaria admirando também... –Luke olhou para o lado e sentiu vontade de gritar, Cronos estava ao seu lado, mesmo em seu tamanho humano, era um pouco mais alto que Luke.

-Cale-se, bem, não podemos mata-lo aqui, e somos ótimos oclumentes, você não vai conseguir o que quer, saia daqui garoto! –Luke olhou para o outro lado, outro Cronos estava gritando isso.

-Mas o que...

-Nós somos duas face de uma mesma pessoa, sim. –disse o Cronos que parecia mais gentil.

-É é, isso aí que ele falou, agora vá embora! –disse o outro Cronos, Luke reprimiu uma enorme vontade de rir, ele lembrava o Sr. D.

  De repente ele notou o que estava acontecendo, naquela porta Luke havia sido dominado por Cronos novamente, estava claro, aquela era a mente dele, ele podia fazer o que quisesse.

Ele desejou saber usar magia, e logo estava rodando em sua cabeça uma lista com vários feitiços úteis. Não demorou muito e ele aprendeu como se fazia, apertou forte a varinha, um calafrio subiu as suas costas.

-Imperius! –Luke gritou, depois viu o erro, Cronos era um bom oclumente, podia refletir a maldição imperius.

-Moleque estúpido! –Gritou Cronos.

Luke pensou em algo e logo se tornou realidade, ele pensou na cena daquela porta de Cronos, em que Nyx discutia com ele, logo a cena havia mudado, um breu tomava conta da lembrança, logo uma palavra veio a sua cabeça: “Lumus!” Uma luz irradiou da ponta de sua varinha, ele lançava feitiços em Cronos, e Cronos repelia, os dois Cronos agora eram apenas um. Logo ficou claro para Luke o que devia fazer, ele gritou: LEGILIMENS!

Cronos não teve tempo de se defender. Quando Luke se deu por conta já sabia a localização da adaga, sabia como controlar Cronos, e sabia acima de tudo exatamente o que fazer para ressuscitar Annabeth. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dias Sombrios" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.