Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 67
Memories.


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao nosso último capítulo. O próximo será apenas um bônus. Espero que gostem! Nos vemos nas notas finais!
Boa leitura.



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Quando dei por mim, o sono pesado cessou no que pareceram minutos depois, sem sonhos. A luz do sol acertara meu rosto em cheio, aos poucos as informações de onde estava e o que havia acontecido chegaram à minha mente. Pisquei para me acostumar a luz. Então ouvi um som novo, tão baixo que julguei ter sido fruto de imaginação.

—Susana... - a voz abafada e rouca, quase um sopro.

Olhei para o lado no mesmo segundo. A respiração de Caspian estava mais perceptível, toquei em seu rosto, ainda um pouco quente. Seus olhos ainda estavam fechados, mas fez um movimento mínimo sob as pálpebras, um levíssimi franzir de sobrancelhas.

—Susana...

Meu coração disparou.

—Estou aqui. - sussurrei de volta. - Estou aqui.

Caspian respirou profundamente. Olhei suas costas, as manchas haviam diminuído. Ele gemeu.

—Pode me ouvir? - toquei-lhe o braço. Ele concordou com um murmúrio e abriu os olhos devagar enquanto eu esperava ansiosa. A luz o incomodou e ele piscou algumas vezes. O sorriso que se formou em meu rosto furava as bochechas. Caspian ficaria bem, certamente ficaria.

—O que... - sussurrou, a voz rouca. - O que houve...?

—Estamos bem, não se preocupe com isso agora. - toquei seu rosto, afastando seu cabelo.

Uma batida na porta antes de ser aberta como nas outras manhãs, porém Digory estacou no limiar, os olhos arregalados. Dirigi-lhe um sorriso largo e um brilho novo surgiu em seus olhos enquanto aproximava-se devagar.

—Seu pai está aqui. - informei Caspian. Como você está se sentindo?

Caspian lambeu os lábios.

—Parece que fui pisoteado por cavalos. - resmungou. Permiti uma risada escapar, curta, mas de um alívio sem tamanho. Digory parou atrás de mim.

—Filho - chamou, cauteloso. - Acha que consegue se mover?

Demorou um pouco, mas ele conseguiu. Digory e eu conseguimos ajudá-lo a ficar de lado. Harold havia ido até a vila buscar comida e levara Raphael consigo. Ontem consegui sair e ir ao encontro dele para que não precisasse ver Caspian naquele estado, porém o esforço fez o sangremento recomeçar e decidimos esperar mais antes de repetir o esforço. A saudade que sentia dele era outra questão com a qual tive que lidar nesses dias. Digory trocou os curativos de Caspian como fazia todas as manhãs, e o de minha perna também. Caspian permaneceu quieto o tempo todo. A preocupação e a inquietação não largaram suas feições.

Mais dois dias se passaram até que Caspian conseguiu sentar-se com um tanto menor de dor. Só então Harold foi buscar Raphael. Como eu já imaginava, ele fugiu das mãos de Harold com grande facilidade e saltou para Caspian, que enrijeceu de dor, porém sequer pensou em afastá-lo. Envolveu-o em um abraço demorado, apoiando o queixo no alto da cabeça de Raphael, fechando os olhos e aproveitando aquele instante. Eu podia sentir também, o alívio de que estávamos todos bem.

Digory e Harold observaram a cena quietos, lágrimas se equilibraram em meus olhos, mas as afastei. Caspian ergueu o olhar para Digory, junto com um sorriso suave.

—Já conheceu seu neto, acredito.

Digory olhou de Raphael para Caspian com aquele mesmo brilho que despontou em seu olhar quando o filho despertou, e respondeu jovial.

—Certamente. Ele também já me mostrou que não tenho mais o fôlego de antigamente. - disse. Eu ri e Caspian sorriu para o pai. Digory acrescentou: - Se parece muito com você.

Acariciei os cabelos de Raphael e ele sorriu para mim, olhando por cima do ombro de Caspian.

—Creio que depois de um ano - falou Harold. - Finalmente vai ser chamado de vovô, meu irmão.

Digory o encarou, ultrajado pela audácia. Mordi o lábio para conter a risada.

—Ora... - começou, mas Harold o interrompeu.

—Ele jamais vai admitir, mas eu sei que estava esperando por isso.

Digory bufou. Caspian escondeu o riso, Raphael entreteu-se com outra coisa e Harold se ofereceu para buscar nosso almoço. Sabia que Caspian estava aliviado por finalmente ver Raphael com os próprios olhos, mas tudo o que havia acontecido o perturbava. Porém, ele não perguntou sobre isso desde que despertara até aquela tarde. Depois de comer em silêncio, Caspian perguntou.

Tudo o que ele se lembrava era da ameaça de Dash, e então quando me socorria. Fora isso, nada mais restava em sua memória sobre aquela noite terrível. Digory poupou-me de ter de lhe contar os detalhes, e de forma breve e delicada, explicou o que acontecera. A cor sumiu do rosto de Caspian antes do desespero fluir de seu ser. Ignorando qualquer dor que o movimento pudesse lhe causar, Caspian permitiu que a dor de sua alma irrompesse em lágrimas e soluços de agonia. Ele lançou-se de joelhos na frente do pai, implorando para que o perdoasse.

Digory ajoelhou-se junto ao filho com lágrimas silenciosas descendo por sua face e envolveu Caspian em um abraço apertado ao qual ele se agarrou como se o pai pudesse fazer aquela dor passar. Digory disse a ele o mesmo que disse a mim e manteve Caspian em seus braços até que se acalmasse. Eu sabia, entretanto, que levaria muito, muito tempo para que Caspian perdoasse a si mesmo, talvez a vida inteira.

Ficamos ali por mais algumas semanas até estarmos recuperados o suficiente para voltar a a Londres. Foi somente neste dia que Caspian e eu fomos até a sepultura de Dash. Um pedaço de terra nua na parte de trás da propriedade, entre o castelo e o bosque, próximo a outras quatro cruzes antigas que marcavam velhos túmulos.

Caspian não disse nada e o silêncio intenso só era quebrado pelo som do vento sacudindo as árvores. Permaneci ao seu lado, a mão na curva de seu cotovelo. Ele abaixou-se e tocou a terra nua, permitindo que algumas lágrimas rolassem por seu rosto quando fechou os olhos. Jamais esquecerei a densidade e o peso daquele momento e daquele silêncio.

Saímos dali direto para a carruagem, rumo a Londres. Pedro estava morando na casa de nossos pais com Harold e Polly, e a casa de Digory estava cheia demais de lembranças de Dash, então optamos por ficar na casa que pertencia à família de Caspian e estava desocupada, a mesma em que nos encontrávamos no começo.

Lúcia e Rilian foram os primeiros que reencontramos. Esperavam por nós em frente a casa quando chegamos. Lúcia abraçou-me forte, mas foi ao abraçar Caspian que suas lágrimas chegaram. Permaneceram assim por algum tempo, compartilhavam um luto que demoraria a passar.

A morte de Dash foi mais chocante para a sociedade londrina do que meu casamento e partida repentinos com Caspian, mas eu não tinha a ilusão de que esqueceram. Nem puderam esconder a curiosidade quanto ao motivo anunciado da morte: criminosos o abordaram na estrada. Para a decepção de Polly, nossa família caiu nas más línguas definitivamente e isso respingaria em nossos filhos. No entanto, não era nada capaz de tirar nossa paz. Depois de pouco tempo, ela sequer se importava mais com os olhares dirigidos a nós ou os cochichos - muitas vezes - descarados que seguiam os primeiros.

O diário de Dash veio ao conhecimento da família em uma reunião na casa de Digory. Em toda minha vida, antes ou depois de sua morte, jamais conheci algum registro que tivesse tanto ódio intrincado em suas páginas. Ele cometera atrocidades que fugiam de nossos conhecimentos até então. Mentira e fingira mais do que podíamos imaginar. Em próprio punho, Dash contara que ouvira certa conversa entre Digory e Caspian na qual o último revelou que já pertencíamos um ao outro, como também soube sobre meu irmão.

Buscara respostas por conta própria. Encontrara Jadis e fizera atrocidades para saber sobre meu irmão. Ao conseguir, não quis correr o risco de que também soubéssemos. A silenciou para sempre. Logo depois descobriu o paradeiro de Pedro. E escondera. O desgosto de Digory por tudo que Dash fizera o acompanharia por toda sua vida. Raphael realmente fora um alento para ele e não foram raras as vezes em que estavam juntos. Para falar a verdade, enquanto permanecemos em Londres, raras eram as vezes em que os dois não estavam juntos.

Meses após a morte de Dash, no ano seguinte, dei à luz uma menina, nascida perfeitamente saudável, em nossa casa em Londres. Demos a ela o nome Catherine. Ela e Raphael cresceram saudáveis e, assim como o irmão, ela adoecia na época da lua. Apesar de nossas buscas constantes para entender o que acontecia com eles e como poderíamos ajudar, não obtivemos sucesso. Contudo, à medida que foram crescendo, as recaídas foram cessando e nenhum dos dois apresentou qualquer outro sinal da herança, para nossa completa surpresa e felicidade.

Mesmo sabendo que a vigilância deveria ser constante, sem dúvida a esperança raiava forte. Passamos um ano em Londres antes de retornar para casa em Inverness. Edmundo e Jill foram nos visitar no verão seguinte com suas duas garotinhas. Não poderiam estar mais felizes. Quanto a nós, não precisar nos esconder dos amigos e da família naturalmente causava uma sensação de liberdade magnífica, plena. Passar o ano novo na casa de Lilliandil tornou-se uma tradição que Caspian e eu pudemos cumprir melhor conforme as crianças cresciam.

Foi no ano novo de 1818 para 1819, quando estávamos em Londres e Catherine ainda em meu ventre, que Lilliandil deu à luz sua primeira filha. Não houve tempo para buscar uma parteira, então Lúcia, Jill e eu ajudamos a pequena Luna a vir ao mundo. Corin estava nas estrelas e Caspian confidenciou-me que ele quase desmaiara enquanto esperava.

Lúcia deu a luz algum tempo depois a um par de gêmeos. Os meninos cresceram sob o olhar atento de Digory, mas jamais demonstraram qualquer manifestação da herança. Conforme os anos foram passando, as palavras no diário de meu pai - sobre a guerra na casa Kirke e sobre o fim da herança ser gerado - permaneceram em meu coração e em momento algum um dos netos de Digory apresentou a herança. Meu coração dizia que tudo acabara, finalmente, apesar de nossos filhos e seus descendentes terem de ficar em constante observação para que o fim se confirmasse. Assim foi feito, mesmo quando Digory não estava mais entre nós para fazê-lo.

Depois de tudo o que aconteceu, Digory e Harold se reaproximaram e a amizade entre os dois durou até o fim da vida de ambos. Quando Raphael tinha dezoito anos, Digory faleceu rodeado por seus netos e toda a família, sendo sepultado no jazigo ao lado de Cisne, sua esposa. Foi uma perda muito dura para Caspian e por sorte conseguimos chegar a tempo de nos despedirmos, graças a carta que Lúcia nos mandou. Raphael, Catherine e os primos também sentiram muito a ausência do avô. Harold ficou recluso por semanas e carregou a dor da perda de Digory até o dia que partiu, seis anos mais tarde, em 1842. Foi sepultado junto ao irmão e a Cisne.

Pedro viveu e cuidou de Polly até a partida dela em 1862, já em idade avançada. Ele a tinha como uma mãe, e igual dor me atingiu. Foi um luto difícil, mas com certa paz na esperança de que ela finalmente estaria ao lado de Harold de novo, e gratidão por todo amor que ela dedicou a mim, a Pedro e a meus filhos. Meu irmão, por sua vez, havia acabado de completar quatro anos de casado quando a perdemos. Casara-se com um amor antigo que viera a reencontrar: Letty. Não geraram herdeiros, e posso garantir que foram muito felizes.

Quando tinha vinte e um anos, Raphael se casou com a terceira filha de Edmundo e Jill, a adorável Hanna. Dois anos depois foi a vez de Catherine, que casou-se com Robert, terceiro filho de Amelie e Willoughby. Foi uma grande festa e, segundo Caspian, não haveria família melhor para entregá-la. Eu concordava plenamente.

***

 

Caspian e eu tivemos um casamento longo e feliz. Em nenhum momento - sequer um -, eu duvidei de que tinha feito a escolha certa. Eu o amei profundamente e estou certa de que o amarei para sempre. Vimos nossos filhos crescerem, conhecemos nossos netos e bisnetos e tivemos a felicidade de constatar que nenhum deles apresentou algum sinal da herança.

Após muito tempo analisando os diários de antepassados, Caspian e eu começamos a acreditar que tudo aquilo ligava a nós e nosso sangue a algo maior. Nunca soubemos dizer a quê exatamente. Se a quem aplicara o castigo em nossa família, ou ao lugar misterioso do qual Andrew e Frank - os primeiros - haviam vindo. Nunca sequer conseguimos descobrir que lugar misterioso era esse. Contudo, castigos não são impostos sem motivo ou propósito. Jamais descobrimos o porquê e nos contentamos com a paz de saber que havia acabado. Caspian disse várias vezes o quanto desejava poder dizer isso a seu pai.

Lembro-me perfeitamente bem de nossa última conversa. A saúde de Caspian já não era tão forte quanto antes, e sempre piorava na época da lua. Por questões de conveniência, fazia alguns anos que havíamos deixado a vida em Inverness. Com o avanço da idade e para os tratamentos de saúde, era mais cômodo estar em Londres com o resto da família. Raphael ficara responsável pela propriedade lá, mas não era suficiente para não nos preocuparmos pois ele também não estava mais tão jovem.

Era a época da lua, outono de 1889, e a saúde de Caspian fraquejava mais uma vez. Ele tossia e o cansaço era visível quando deitou-se na cama no lado de costume. Passamos horas a fio conversando sobre lembranças, como sentíamos falta de nossos amigos - a maioria já havia partido. Contou-me que finalmente, depois de tanto tempo, começava a sentir certa paz pelo seu passado, pelo que acontecera ao irmão. Dash, tão pouco mencionado que beirava o esquecimento, até mesmo para mim.

Mas não para Caspian. Eu sabia que jamais esquecera o irmão, mesmo depois de tanto tempo. Saber que a paz finalmente instalava-se em seu coração era refrigério para o meu próprio. Caspian olhou para mim e agradeceu por todos aqueles anos maravilhosos. Não poderíamos ter sido mais felizes do que fomos. Acariciei seu rosto marcado pelo tempo e também os cabelos prateados pela idade.

"Eu amo você", eu dissera a ele. Caspian sorriu de leve.

"Eu amo você".

Quando despertei na manhã seguinte, Caspian havia partido. Pensei que aquela dor sufocante e insuportável me consumiria ao pó, mas não o fez. Ao contrário, acompanha-me há vinte anos, sempre estável, pronta para me sufocar à mera recordação. Após a morte de Caspian, meus netos insistiram para que eu fosse morar com um deles, mas escolhi permanecer em nossa casa, junto das lembranças. Por mais solitário que pudesse ser, preferi conviver com a saudade e o amor por Caspian que ainda arde em meu peito.

 

 

Pousei a caneta ao lado do diário velho cujas cantoneiras já estavam gastas. Respirei fundo, fechando-o. Ali na mesa, à minha frente, numa moldura adornada, a foto antiga e levemente desgastada. Uma lembrança material daqueles anos. Tomei-a em mãos, tocando o rosto angelical de Raphael ainda tão pequeno no colo de Caspian, que tinha o olhar penetrante eternizado naquela imagem, a que levamos do nosso passeio por Inverness. Senti um aperto no peito, um lampejo da saudade e não resisti em levar a foto contra meu peito, num abraço. Fechei os olhos, sentindo aquela saudade latejante que nunca ia embora. Depois de um tempo, devolvi a fotografia para seu lugar. Apanhei a bengala e ergui-me, esticando as pernas mesmo com a dificuldade.

Reviver todas aquelas lembranças naquela noite foi como uma viagem longa e distante, cansativa mas prazerosa. Água, um pouco de água era tudo o que eu precisava. Fui lentamente até a jarra na cabeceira da cama.

Devo confessar, no entanto, que não é tão solitário assim. Harry, meu primeiro bisneto - neto de Catherine -, vinha me ver com mais frequência por morar mais perto daqui. Porém há dois dias, em sua visita trazendo seu filho mais novo - a quem carinhosamente chamara de Raphael -, contou-me que deverá mudar em breve e por isso demoraria um pouco mais de tempo para me visitar. Eu o compreendia e apoiava, afinal, é sua vida. Pedi-lhe somente que trouxesse Raphael para passar um dia comigo antes e ele o trouxe hoje.

Minha dificuldade para andar não foi um impedimento pois o garotinho de cinco anos amava sentar para ouvir histórias. Conversador, sempre me visitava com o pai e parecia amar minha companhia tanto quanto eu amava a sua. Naquela tarde, após mais uma história, Raphael ficou em silêncio, encarando-me com aqueles olhos azuis que me lembravam tanto os de Catherine - e os meus próprios.

"O que houve, querido?" Perguntei, a voz enfraquecida pela idade. Ele respondeu da forma mais natural e inocente possível:

"Quando eu crescer, eu vou ter uma filha e o nome dela vai ser Su-sa-na!"

Então começou a saltar sobre a cama.

Ri, lembrando-me da cena e do quanto ele me surpreendeu com o que disse. Logo depois começamos outra história e sua atenção voltou-se para ela. Raphael despediu-se de mim ao pôr-do-sol com um abraço apertado e foi para casa com o pai. Eu sabia que não chegaria tão longe ao ponto de vê-lo crescido e, enquanto ele descia a rua de mãos dadas com Harry, desejei ardentemente duas coisas: que Caspian pudesse ter tido a chance de conhecê-lo, e que eu pudesse ver Raphael com mais frequência a partir dali, apesar de ele estar se mudando para Finchley com os pais em poucos dias.

Olhei para a lareira, mais especificamente lara o relógio sobre ela, logo abaixo do quadro que Caspian pintara de mim. Quase seis da manhã. Ao olhar pela janela, a noite mudava de cor para dar lugar a um novo dia de outono. Subtamente, o cansaço apoderou-se de mim e deitei-me na cama. Ao meu lado, a roupa que Caspian usara no baile de máscaras ainda estava ali, do mesmo jeito que deixei algumas horas atrás. Aconcheguei-me sob os lençóis e toquei a máscara aveludada sobre o travesseiro a minha frente.

Não demorou para que eu adormecesse.


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Notas finais do capítulo

Este foi nosso último capítulo. Postarei agora mesmo nosso bônus.
Desde já gostaria de agradecer cada um que chegou até aqui, cada um que deu uma chance para esta fanfic. Espero ter causado bons momentos de leitura e diversão a cada um.
Até daqui a pouco!



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