Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 61
Promise Me.


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, pessoal! Novo capítulo bem compridinho também :D
Nesse capítulo temos uma parte narrada em terceira pessoa destacada em itálico, que se passa com Dash :)
Boa leitura.



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Minha noite, após o infortuno jantar de noivado de Lúcia e Pedro, foi longa. Ao voltar para casa, Harold e eu trocamos poucas palavras e o silêncio prosseguiu quando Polly nos recebeu mais cedo do que esperava. Deixava com Harold na sala e me retirei, pronta para desabar na cama. Troquei-me sozinha e ainda não sentia uma fração sequer de fome quando deslizei para debaixo das cobertas, aconchegando-me nos travesseiros, fitando o teto.

As últimas horas se repetiam em minha mente. O sofrimento contido de Lúcia, Pedro resignado em sua decisão, Rilian devastado, Dash indo do paraíso à sua mais odiosa versão, o rubor em minha face frente a constatação da verdade. No fim das contas, eu também não deixara Caspian contar-me mais cedo, e ao ver-me prometer casamento ao seu irmão, não houve outra saída. Porém Digory também sabia, o que me levava a questionar: desde quando Caspian possuía essa informação? Havia algo a ser explicado.

Teríamos tempo para isso. Agora, só nos restava acatar o destino que decidimos sem que sequer soubéssemos. Eu, pelo menos, não fazia ideia. Sem dúvida meu casamento com Caspian seria arranjado logo após o de Lúcia e Pedro. Senti meu coração palpitar e um frio subir pela barriga. Havia muito, eu sonhava com este fim e era inevitável a ponta de felicidade em meu peito, mas a razão sempre trazia de volta a imagem e o som do choro amargo de Lúcia quando Rilian saiu.

Estava aí, outra preocupação. Caspian me garantira que daria um jeito quanto ao duelo proposto por Rilian. Mesmo não tendo verbalizado que aceitava o desafio, a ameaça ainda pairava sobre Pedro. Digory também se mostrara contrário a este duelo e era provável que, junto com Caspian, conseguisse evitar que Rilian levasse aquilo adiante mediante o silêncio estratégico de Pedro. Poderia ficar conhecido como covarde e desleal em toda a Inglaterra, assim como Digory ficaria marcado pela quebra de sua palavra. Tudo pelo bem de Lúcia e da família. Sentia-me envergonhada. Nada do que eu fizera chegava perto do que eles, incluindo Lúcia, estavam fazendo.

Fomos tão egoístas! Mas já era tarde. O destino estava traçado diante de nós e, ironicamente, Caspian e eu ficaríamos juntos como sempre quisemos, apesar de tudo. Rolei para o lado sentindo a fronha macia acariciar meu rosto. Era inevitável sentir aquela ponta de felicidade apesar da culpa. Sem sequer perceber, adormeci.

[...]

Fazia muito frio naquela noite. Pelo silêncio e poucas luzes, e a contar o tempo que saíra de casa, já devia ser por volta de uma da manhã. Poucos flocos brancos flutuavam em turbilhão prelo vento que castigava a pele do rosto de Dash. O rapaz enfiou as mãos nos bolsos do casaco.

A cidade era linda de noite, sem agitação, sem barulho, só a velha e bela Londres sob o manto negro, a neblina e o vento do inverno. Dash sempre gostou de explorá-la, mas nem isso o distrairia naquela noite. Cada passo firme revelava a raiva e a determinação com que ele seguia. Aquela noite repassava em sua mente a todo momento, e a cada vez, aumentava sua fúria. Trincou os dentes ao atravessar a porta de casa trazendo uma rajada de vento e alguns flocos para dentro.

—Estava esperando você. – a voz do pai o surpreendeu, vinda da sala já limpa. Dash o viu sentado próximo a lareira.

—Não precisava ficar até tão tarde. – exprimiu o rapaz. Digory lhe lançou um olhar e Dash sabia que ele esperaria o quanto precisasse, fizera muitas vezes por Caspian e pelo próprio Dash. Este aproximou-se um passo. – E Lúcia?

—Descansando. – apontou a cadeira próxima, também de frente para a lareira. – Se aqueça um pouco, está muito frio lá fora. – Dash olhou mais uma vez para a cadeira, e caminhou até tomar assento. Ele respirou fundo. Digory o olhava de esguelha. – Vai me dizer onde estava ou eu vou ter que perguntar?

—Já está perguntando, não? – Dash ergueu as sobrancelhas brandamente, e um fantasma de sorriso até tocou seus lábios.

—Sim, sou sempre eu que tenho que perguntar. – o pai respondeu no mesmo tom brando e com um levíssimo, quase inotável, toque de diversão.

—Precisava de ar puro. – mentiu Dash, olhando o fogo. Sentiu o olhar do pai sobre si e, por um momento, desejou que Digory jamais tivesse se importado em conhecê-lo tanto. Nada escapava ao olhar atento do pai.

—Entendo. Foi uma noite difícil. – Digory falou com calma, e ofereceu o amendoim que comia à Dash, que serviu-se, tratando logo de ocupar a boca. – Espero que você não tenha nada a ver com a vinda de Rilian esta noite.

Dash olhou o pai.

—Não faria isso com Lúcia. – garantiu. Era verdade. A chegada de Rilian fora inesperada a todos. Mas Dash não podia negar que viera a calhar.

—Eu acredito em você. – Digory levou outro amendoim à boca. Silêncio. Dash encarou o fogo novamente.

—Parece que chegamos a um fim. – comentou, comendo.

—E você parece conformado demais.

—Só me resta essa opção. – falou, casual. – É isto ou a morte.

Digory o olhou apreensivo. Dash acrescentou:

—Já experimentei as consequências de ficar sem ela e tenho certeza que se não fosse pela bondade de Susana em visitar o moribundo, aquilo teria me consumido. – fez uma pausa. – Se naquela época o destino já estava traçado, ter morrido teria tornado as coisas bem mais fáceis.

—Não diga bobagens! – repreendeu Digory. – Quantas vezes preciso dizer que ninguém precisa morrer?

—O senhor sabia? – Dash olhou o pai ao perguntar. Digory suspirou e negou com a cabeça três vezes.

—Caspian e Susana também não sabiam. – garantiu. Apesar de odiar o irmão por isso, Dash acreditou no pai. Se havia alguém em quem confiava, era o pai. Digory sempre fora claro com ele e com Caspian ao intermediar entre eles.

—Parece que o destino sempre esteve decidido a me passar para trás.

—Meu filho, há algo muito maior que nós que permite a todos os seus próprios fins. Padecemos pelos erros dos nossos antepassados, mas sempre nos foi permitido escolhas. Você não precisa pagar pelas escolhas de Caspian ou de Susana.

—O senhor sempre foi contra os dois ficarem juntos. – lembrou Dash.

—Por quê perderia você! – insistiu Digory. Era a justificativa mais natural para ele e não compreendia porquê ninguém conseguia ver isso. Respirou fundo antes de continuar. – As histórias em nossa família tendem a se repetir. Eu pensei que o amor dos dois seria impossível de fato e verdade, como foi o de Harold por sua mãe. – fez uma pausa analisando os próprios pensamentos. – Mas nada... nada os impediu de ficarem juntos, nem o destino, nem a maldição, nem eu, nem você... Isso me faz pensar que há algum propósito na união de Susana e Caspian.

—Com propósito ou não. – decidiu Dash. – Caspian brincou com a minha vida e a de Lúcia. Eu jamais vou perdoá-lo por isso. – e levantou-se pronto para pedir permissão ao pai para sair.

—Você é adulto, Dash – disse Digory, fazendo-o parar. – Meu primogênito, e eu o amo. Por mais que eu queira, não posso interferir em suas escolhas ou fazê-las por você. A decisão de deixar-se dominar pelo ódio ou libertar-se está em suas mãos. – Digory o olhava nos olhos e Dash viu toda a sinceridade, amor e compreensão nos olhos do pai. Não conseguiu encará-los por mais que dois segundos.

—Com sua licença, meu pai. – pediu e saiu após o duque assentir. Dash amava o pai e a irmã. Um dia já amara Caspian, e algo no fundo de sua mente se lembrava disso, mas era uma migalha silenciosa e esquecida de um passado muito distante.

Parou no alto da escada, onde esta se dividia. Ali, impotente, estava sua mãe, belíssima como de fato o era. Ele sentia sua falta em demasia, mas agradeceu por ela ter sido poupada de toda desordem e desgraça que Caspian causara. Rumou para seu quarto. Dash sabia que, de alguma forma, o pai estava certo. Porém, era tarde.

Seu coração e sua mente estavam tomados pela traição, pelo desprezo e pelo ódio. E foi com essa raiva até o baú, tirando do fundo falso o pequeno estojo de madeira forrado em veludo, abriu-o, e encarou prata reluzente de cada projétil. Na noite anterior, ele se lembrava, sonhara que casava-se com Susana e provava-lhe o seu amor. Mas era tarde, nunca se realizaria. Assim como Caspian e Susana já haviam feito sua escolha, Dash também fizera a sua.

[...]

O sono pesado me rendeu alguns sonhos soltos. Alguns tranquilos como lembranças boas, outros mais agitados cuja resolução estava longe de minhas mãos. Porém o último, mais nítido do que todos, mostrava o gramado verde sob meus pés. Era de um verde belíssimo, tudo parecia mais colorido e quente, como no verão. Aos meus pés, a capa escura e desgastada do diário de meu pai. Tomei-o em minhas mãos e olhei para frente. Estava em Lantern e para minha total surpresa, um leão enorme, com o pelo do tom mais dourado que eu já vira passeava em frente a casa, calmamente.

O medo percorreu meu sangue, mas não conseguia correr ou me mover. A mesma presença poderosa que emanava dele e que amedrontava, também emanava a mais pura paz. E eu não conseguia desviar os olhos dele, acompanhando suas passadas calmas até parar junto ao lampião e olhar para ele, para a chama no alto. Para minha completa surpresa, o grande leão sentou-se, e calmamente tornou seu olhar para mim, diretamente em meus olhos. Seus olhos dourados transmitiam tanta paz, amor, sabedoria, sua presença era tão imponente e acolhedora que roubou-me o fôlego.

Dei um passo para me aproximar dele, mas foi tudo o que consegui avançar pois aos meus pés surgiram outros obstáculos que me fizeram tropeçar. Sobre a grama verde, haviam mais livros semelhantes ao diário de meu pai. Uns com aparência envelhecida, outros tão mais antigos que parecia que se desfariam ao menor toque. Ergui os olhos para o grande leão novamente, mas ele havia sumido, e não tinha sinal de sua passagem em lugar algum. Porém, onde ele estava, aos pés do lampião, havia agora um cesto cheio de panos.

Passei por cima dos livros no gramado e caminhei até lá. Algo se mexia dentro do cesto. Eu precisava chegar até lá, não sabia porquê, mas precisava alcançar o cesto a qualquer custo. A medida que me aproximava ouvi um som novo, como um choro. Alcancei o cesto e ajoelhei-me ao lado deste encontrando o rosto rosado do bebê que choramingava dentre os lençóis. Era a criança mais linda que já vira, ao seu lado repousava um relicário prateado.

No entanto, antes de conseguir tocá-la, o cenário inteiro mudou a minha volta. Areia cinzenta surgiu sob meus pés, atrás de mim as ondas do mar quebravam na praia e à minha frente, escondida pela mata, quase imperceptível, estava a entrada de uma caverna. Ouvi passos pesados se aproximando e vi um grupo de vestes sujas e pesadas, com chapéus, com dedos cheios de anéis de ouro e espadas à cintura.

Piratas, sem dúvidas. O que liderava, alto e de cabelos escuros, apontou em direção a caverna, onde eu estava, e todos o seguiram. Minha primeira reação foi correr, mas não consegui me mover. Eles passaram por mim e adentraram a caverna como se sequer pudessem me ver. Quando olhei novamente para a praia, lá estava ele outra vez, o grande leão, com seus olhos puros e sábios fitos nos meus. Senti meu coração acelerado e o som crescia e crescia até tornar-se ensurdecedor.

Despertei num salto. Meu coração acelerado batia frenético como as batidas na porta do meu quarto. Levei alguns segundos para sequer dar um comando a meu corpo.

—Estou indo! – respondi para quem batia. – Um minuto!

—Querida, venha rápido! – a voz de Harold quando eu saltava da cama. Enrolei-me no roupão e corri para a porta ainda calçando os chinelos. Abri-a bruscamente encontrando Harold pálido.

—O que houve?! – perguntei , mas ele já seguia para as escadas, deixando-me para trás.

—Venha, rápido! Corri em direção a ele, atrapalhando-me ao atar o nó do roupão.

—Harold...! – chamei, nas ele já havia sumido escada abaixo. Segui firme e com pressa, o coração batucando no peito. Do lado de fora, a noite assumia tons arroxeados. Desci as escadas quase correndo. Lá em baixo, estavam Digory e Caspian, com Polly e Harold. Suas expressões me diziam que algo muito sério havia acontecido. Meus pensamentos voaram para Pedro. O duelo. Céus!

—O que está acontecendo?! – perguntei aflita, ofegante.

—Polly, por favor, apenas o essencial. – disse Digory para ela que passara por mim e corria escada acima, ao mesmo tempo que Caspian se aproximou.

—Lúcia fugiu com Rilian. – disparou ele, sério. – Dash a convenceu a desistir da ideia e partiu com eles no meio da noite. Isto estava sobre minha cama. – disse rápido e sério, mostrando-me o projétil prateado em sua mão. Senti meu sangue gelar.

—Acreditamos que ele está garantindo que Lúcia e Rilian cheguem em segurança ao seu destino, e quando voltar virá atrás de vocês. – acrescentou Digory. Sua voz firme e decidida mantinha-se, mas havia uma tristeza profunda em seus olhos. – Você e Caspian devem partir imediatamente!

Sequer conseguia respirar.

—Dash não pode ter feito isso... – ofeguei. – Ele sabe que... – não consegui terminar.

—Ele sabe. – Digory engoliu. – Dash virá atrás de vocês e só estarão seguros longe daqui.

Minhas mãos tremiam. Polly surgiu no alto da escada carregando uma pequena bagagem alguns minutos depois. Digory correu para ajudá-la. Caspian pareceu ver tudo o que se passava em meus olhos.

—Partiremos para a Escócia. – explicou ele rapidamente. – Temos uma pequena propriedade em Inverness. Dash não nos encontrará lá.

Só consegui assentir enquanto a gravidade da situação se encaixava em minha cabeça. Harold chegou vindo do lado de fora. Polly entregou-me um casaco e uma pequena cesta.

—Aqui tem um pouco de mantimento, deve ajudar até que seja seguro parar. – disse.

—Obrigada, Polly. – ofeguei e ela me envolveu em um abraço apertado. Retribuí, sentindo os olhos arderem.

—Vamos. – chamou Harold. Polly soltou-me com lágrimas nos olhos. Caspian segurou-me a mão e seguimos para fora.

—Esperem que eu entre em contato com vocês. – instruiu Digory quando passávamos pela porta. – Cuidarei para que Dash não desconfie.

—E Pedro? – perguntei, quando entrava na carruagem.

—Estará bem. – garantiu Digory.

—Falarei com ele. – disse Harold prontamente. Mais atrás, Polly observava, apreensiva, abraçada a si mesma. Caspian colocou o primeiro pé na carruagem, mas Digory pôs a mão em seu ombro, fazendo-o olhá-lo. Com a outra mão segurou a de Caspian, firme, olhando-o nos olhos.

—Prometa. – disse ele. – Prometa que terá cuidado e protegerá aos dois.

—Eu prometo. – Caspian assegurou, tão solene quanto o pai. Digory manteve os olhos fixos nos do filho por mais um segundo e vi os olhos do Duque brilharem pelas primeiras lágrimas que não transbordaram, mas emolduraram a força, persistência, e a dor. Puxou Caspian para um abraço forte, que fortemente foi retribuído.

—Fiquem bem. – ordenou ele. – Vão.

Caspian entrou na carruagem e Digory fechou a porta. No mesmo instante os galopes não levaram para cada vez mais longe. Encontrei-me paralisada. Pela estreita janela atrás de Caspian, à minha frente, vi os três parados em frente a minha casa, observando-nos afastar. Um aperto no peito.

Olhei para Caspian, que tinha os olhos fitos no nada. Mordi o lábio inferior. Ele percebeu meu olhar e em silêncio, sentou-se ao meu lado. Seus dedos deslizaram por meu pulso, palma, até entrelaçarem-se aos meus, segurando firmemente. Sem soltar minha mão, passou aquele mesmo abraço por cima de minha cabeça, abraçando-me pelos ombros. Aconcheguei-me a ele, sentindo seu calor. Não dissemos nada.

Minha mente ainda zonza assimilava tudo aquilo. “Ele sabe". Digory dissera. Céus! Dash sabia qual seria seu fim, escolhera por esse caminho. O que deve ter feito para qur Lúcia concordasse com isso? Para onde ela teria ido? Pedro! Pedro estaria tão bem, a salvo de Rilian e qualquer desavença. A imagem de Digory parado na calçada observando a carruagem partir, seu olhar para Caspian. Ele ficara só. Sua família se desfizera. Em um único dia perdera os três filhos. Eu sequer podia imaginar o sofrimento em seu coração, mas conhecia a sensação de estar só. Dash poderia até voltar, mas seu fim estava traçado e chegaria mais cedo ou mais tarde.

—Céus, Dash...! – sussurrei sem me dar conta.

—Ele sabe o que fez. – disse Caspian, fazendo-me olhá-lo. – Não se sinta culpada pela escolha dele.

—Gostaria que fosse fácil. – respondi brandamente.

—Eu também. – confessou. – Não é fácil aceitar que Dash está tomado pelo ódio a ponto de ele mesmo destruir nossa família, coisa que sempre me acusou de fazer. – respirou fundo. – E até mesmo ameaçar nossas vidas.

—Acha que ele seria capaz de...? – não consegui terminar a frase. Caspian olhou-me nos olhos antes de responder.

—Tenho certeza. – disse e engoliu. Senti um frio subir por minhas costas. Era duro. Era muito duro ouvir isso. – Não podemos dar essa chance a ele.

Procurei respirar tranquila e lentamente, assentindo.

—O que fazemos agora?

—Iremos para a Escócia. – contou novamente. – Primeiro Glasgow, depois seguiremos para Inverness.

—Inverness? – uni as sobrancelhas, mais por surpresa que por dúvida.

—Meu pai considerou a melhor opção. Há uma propriedade da família, antiga, mas bem conservada que quase ninguém lembrava que existia. Eu sequer sabia, mas ele disse que fazia parte da herança de minha mãe. Creio que agora seja nossa. – disse, explicando e fez uma pausa, confidenciando: - Mas antes, eu gostaria de fazer uma parada em Yorkshire, devemos chegar lá ao fim do dia.

—Por quê? – perguntei. Caspian tocou meu rosto.

—Você não merece começar uma nova vida como uma fugitiva. – o carinho emanando de sua voz. – Merecemos começar do jeito certo. Em York poderemos oficializar nossa vida... Gostaria de fazer isso antes de deixar a Inglaterra.

Foi inevitável formar um pequeno sorriso.

—Estou de acordo.

—Será bem menos do que eu gostaria de lhe oferecer. – confessou.

—Quando chegarmos à Escócia. – respondi. – E quando houver alguém que pergunte, contaremos que tivemos o casamento mais belo que já se ouviu falar.

Caspian riu.

—Em Westminster.

—Com um coral. – completei, sorrindo.

—Ou podemos não contar nada a ninguém. – ergueu as sobrancelhas.

—Acho esta opção mais interessante. – concordei. Caspian riu e me abraçou mais.

—Ficará tudo bem.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! ♥
Logo mais teremos capítulos novos, mas enquanto isso, não esqueçam que a prevenção é o melhor remédio, principalmente nestes tempos tão difíceis.
Se cuidem e cuidemos uns dos outros!
Até mais,
Beijos!!



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