Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 6
Time Bomb


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu novamente, espero que gostem!



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As maiores surpresas são aquelas que nunca se esperam, parece óbvio, (mas faz sentido). As inacreditáveis, as inconcebíveis, as insubstituíveis. Uma coisa é certa: a vida adora deixar essas bombas relógio pronta para explodirem especial e unicamente em nossas mãos. E elas chegam aos momentos mais inesperados.

            A minha chegou na noite do baile. Foi uma noite movimentada para todo mundo e até mesmo cansativa porém, para mim significou o real começo de minha vida. Uma noite fria de outono onde tudo começou.

            Lembro-me perfeitamente daquela noite. Quando fecho os olhos vejo as portas do grande salão sendo abertas a minha frente revelando alegres indivíduos bailando no centro do lugar, outros conversavam animadamente entre si enquanto os músicos tocavam uma musica suave...

            Caminhei em passos firmes e elegantes ao adentrar o salão, a cabeça erguida e postura ereta, como era de se esperar de uma dama. Eu odiava isso. As pessoas não podiam agir do seu jeito, tinha que ser do jeito das outras pessoas, ou seja, pelas regras impostas pela sociedade, ou melhor, impostas pelos homens equivocadamente considerados superiores as mulheres. Eles me olhavam como se fossem me devorar com os olhos. Arght!

            Segui, ignorando os olhares, em direção as pessoas conhecidas que avistara conversando em determinado ponto do salão. Cheguei em meio a risadas.

            - Olá! – cumprimentei.

            - Susana, até que fim você chegou! – Jill ainda ria.

            - Lillian, Corin – cumprimentei os outros dois que riam.

            - Oi, Su... – disseram entre risos.

            - O que é tão engraçado? – perguntei quase sendo contagiada pela crise.

            - Corin estava contando o que aconteceu no porto... – começou Lillian, mas foi interrompida.

            - Ora se não é o famoso Corin punhos-de-ferro! – alguns rapazes se aproximaram de nós. Quem falou foi o que estava no meio, um loiro alto dos olhos azuis.

            - Pedro – Corin trocou um aperto de mãos com ele. – Como vai?

            - Bem, muito bem! – assegurou. De relance pude ver quem estava com ele, um eu não conhecia, ele também era loiro, mas um pouco mais baixo que Pedro. O terceiro eu conhecia, era Dash também filho do Duque. Ele não era agradável de companhia a meu ver por que ele olhava-me como os outros que eu não conhecia, mas ia para além disso, ele demonstrava seu interesse e insistia. Então o ultimo.

            Ele, o rapaz moreno com quem venho, por acaso, encontrando frequentemente.

            - Está chovendo na sua horta, Corin – brincou Dash – Já está com três! – típico.

            Respirei fundo, cruzando os braços. Muito engraçado, Dash. – murmurou Jill.

            - Foi só uma brincadeira... – defendeu-se ele. De mal gosto como sempre. Arght!

            - Deixe-me apresenta-las, Pedro. – Corin mudou de assunto. – Esta é minha noiva, Lilliandil. – o “minha noiva” cheio de carinho fez ela sorrir. – E nossas amigas: Jill Pole e Susana Pevensie. – apresentou.

            - É uma honra senhoritas. – Pedro fez uma leve reverencia cumprimentando-nos sem quebrar o contato visual.

            - A honra é nossa. – Lillian sorriu flexionando os joelhos leve e elegantemente por todas nós.

            - Bem – começou Pedro. – o Dash vocês já conhecem. Esses são Rillian – gesticulou para o outro loiro. – E Caspian. – o moreno deu um leve aceno de cabeça em nossa direção. Eu já havia escutado falar de Rillian, o pai dele era irmão do Duque, mas de Caspian eu não sabia nada e, sinceramente, tinha receio em descobrir. Até já havia tentado esquecer, porém a vida, o destino, a coincidência ou seja lá o que, fez-me voltar a encontra-lo.

            - Ah, achei vocês! – um rapaz de cabelos claros chegou acompanhando de sua esposa, pondo a mão sobre o ombro de Jill.

            - Eustáquio, Gael, quanto tempo! – Corin sorriu.

            - Corin, Lillian – Eustáquio cumprimentou. – Rapazes... Ora, ora, Su! Você anda sumida!

            - É... Um pouco reclusa apenas... – sorri de leve.

            - Lamento por seus pais.

            - Obrigada, Gael. – sorri para ela. Gael era um doce de pessoa, havia se casado há pouco mais de um ano com Eustáquio, irmão de Jill. Esta, por sua vez, empalideceu violentamente quando Lilliandil falou.

            - Olha quem chegou Jill! – Lillian a cutucou apontando com o queixo para trás de mim. Virei e reconheci os cabelos castanhos e desgrenhados de Edmundo. Sorri automaticamente ao ver meu amigo. Ele nos avistou e sorriu de leve, caminhando em nossa direção.

            - Eu vou ver a Lucia. – Jill atropelou as palavras.

            - Não, não. – Lillian a segurou pelo braço quando a mesma tentou ir para as escadas.

            - Não se preocupe Jill, minha irmã irá descer logo, logo. – Caspian falou pela primeira vez.

            Então ele é o outro filho do Duque...

            - Boa noite! – Edmundo cumprimentou ao nos alcançar, parando ao meu lado, entre mim e Caspian.

            - Boa noite! – respondemos um atrás do outro.

            Com a chegada de Edmundo o grupo foi se dissipando aos poucos. Os rapazes se afastaram conversando sobre negócios enquanto nós, damas, ficamos conversando umas com as outras. Eu não me foquei muito naquele diálogo, um impulso fazia-me olhar na direção de Caspian, não sei por que fazia isso, ele instigava minha curiosidade, mas eu teria que ser mais forte do que ela, pois sabia que era melhor esquecer.

            Naquela época eu não fazia ideia do que aconteceria. Até ali eu tinha ciência apenas de que meu interesse estava sendo provocado. O que eu não sabia era que o de Caspian também. Eu não podia prever o futuro em 1816 (e nem agora), mas fiz tudo de acordo com meu coração e se hoje me fosse dada a oportunidade de voltar aos dezessete anos, eu faria tudo igual e seria feliz outra vez.


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Notas finais do capítulo

Quero comentários!!!! Que tal alguma recomendações?????
Beijokas!!