Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 58
You're All I Need.


Notas iniciais do capítulo

Volteei! Capítulo muito importante para a trama este aqui, espero que se divirtam!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/191175/chapter/58

O dia primeiro de Janeiro de 1817 começou tarde para todo mundo, naturalmente. Era por volta das onze horas quando desci e o silêncio na casa era dominante. Olhei pelas janelas na frente da casa e vi que não nevava mais e o sol de inverno deixava tudo encantador.

—Su - espantei-me.

—Caspian - falei para o homem parado atrás de mim.

—Su. - chamou de novo, como se não tivesse forças para exprimir qualquer outra coisa. Sua respiração estava pesada, usava as mesmas roupas de ontem, ou melhor, parte delas, que estava desalinhada. Sua pele estava pálida e os cabelos bagunçados.

—Você está bem? - ele não precisava responder. Avancei para segurar-lhe a mão. Quente, muito quente.

—Não preguei os olhos. - murmurou ele, a voz rouca. - Estava esperando você acordar... Acho... Acho que devemos ir para sua casa, por segurança.

Assenti várias vezes.

—Nos encontramos aqui em cinco minutos.

Ele concordou e deixou que eu fosse primeiro. Fui o mais rápida que pude para apanhar casaco, chapéu e luvas, então desci e encontrei algum criado que pudesse informar Lillian que eu sairia para um passeio até minha casa.

Sentei-me no sofá ao lado dele logo que chegamos. Caspian apanhou um pedaço de bolo enquanto eu servia o chá para nós dois. Observei o seu gesto, cada movimento que Caspian fazia, por menor que fosse, parecia lhe custar muito. Podíamos muito bem dizer que ele havia participado de uma briga e nossos amigos sem dúvida acreditariam. Mas a verdade é que a flor do nervosismo e medo desabrochava dentro de mim. Uma briga seria fácil de lidar. Eu não fazia ideia do que poderia acontecer. Jamais estive perto de Caspian com os sintomas da Herança dando o ar da graça. Respirei fundo.

—Sei o que está pensando. - disse ele, despertando-me. Ele me observava, com calma e paciência - Não se preocupe, Su. Não vou machucar você.

—Essa não é minha preocupação. - disse. - Apenas não sei como posso ajudar você.

—Sua presença. É tudo o que eu preciso, acredite. - disse ele. - Se não fosse por você, eu não teria sequer conseguido participar da festa ontem. Só preferi vir para cá por segurança. Seria difícil explicar aos outros.

—Su? - uma voz soou atrás de nós. - Está tudo bem?

—Bom dia, Polly. - disse a ela, que entrou no cômodo seguida de Digory e Harold. Bastou um olhar de Harold para Caspian, para que ele soubesse.

—Céus, a lua! - exclamou.

—Estou bem. - garantiu Caspian prontamente. - Susana esteve comigo o tempo todo, está tudo sob controle.

—Já conversamos sobre isso, Caspian. - interveio Digory, calmamente. - É muito arriscado.

—Eu sei. - tornou ele. - Só precisava chegar até aqui.

—O que você me diz? - perguntou Harold diretamente para Caspian, que soube na mesma hora do que ele falava.

—Hoje, a qualquer momento.

—Tem certeza?

Caspian somente assentiu. Pelo contrair de seu corpo ao meu lado, isso foi tudo o que a dor lhe permitiu fazer.

—Vou avisar aos criados que acabaram de ganhar mais um ou dois dias de folga. - disse Polly, antes de se retirar.

Tomei um gole de chá para tentar acalmar o leve tremor em minhas mãos, mas Caspian viu. Seu olhar disse que compreendia perfeitamente. E eu sabia que, apesar de minha presença aliviar e muito o seu sofrimento, no fim das contas, ele não exigiria isso a mim. Principalmente se nem eu mesma sabia se era capaz. O resto da tarde foi algo que jamais vou esquecer. Só nos restava esperar, e nunca as horas demoraram tanto a passar.

Caspian sentia cada vez mais dores, evoluindo de respiração irregular até grasnos de dor quando seu corpo se contraía e espasmava. Era o único som que ouvíamos. Fiquei perto dele o tempo todo, ajoelhada ao seu lado, mas nada de diferente acontecia. Digory nos avaliava o tempo todo, e pela sua expressão e pela dor que percorria o corpo de Caspian, estava cada vez mais convicto de que não havia cura alguma ali. Eu começava a pensar do mesmo modo. Como se lesse esses pensamentos em meus olhos, Caspian segurou minha mão apoiada na base do sofá. Seus olhos pareciam mais escuros do que o normal, a pele antes pálida, agora tinha tons de vermelho, brilhando pelo suor. Então Caspian grasnou de dor irrompendo o silêncio, caiu no chão e fiquei horrorizada ao ouvir o estalo de ossos. Caspian urrou. Harold saltou de seu lugar.

—Vamos levá-lo. - disparou para Caspian. Digory o acompanhou e juntos o ergueram. Tiveram muita dificuldade e não consegui ficar quieta com aquela agonia, um peso horrível parecia estar em meus ombros, porém não conseguia fazer nada.- Rápido!

Quando finalmente conseguiam levantá-lo, ouvimos vozes no corredor. Até Caspian pareceu reparar, segundos depois, Lúcia, Pedro e Edmundo chegaram àquele cômodo. Gelo percorreu meu corpo. Qualquer que fosse o assunto que eles tratavam, cessou no momento que chegaram à entrada do cômodo. Todos ficaram paralisados.

—O que está acontecendo? - perguntou Lúcia, cautelosa, à frente.

Caspian gemeu, apoiado por Harold e Digory. O susto percorreu o brilho do olhar de Lúcia, congelando em sua expressão por segundos. Voltei-me para Pedro resistindo ao impulso de correr e tirá-lo dali, poupá-lo. Ele encontrou meu olhar, mostrando-me a confusão, o cansaço e o temor que dominavam seu ser, quase refletindo o que eu mesma sentia. Antes que eu pudesse dizer-lhe qualquer coisa, os ponteiros do relógio no hall marcaram as quatro horas da tarde. No inverno, era o máximo que a luz do dia duraria. De fato lá fora, já escurecia. Caspian urrou mais uma vez, contorcendo-se.

—Lúcia, por favor - pediu o Duque. Ela entendeu num piscar de olhos.

—Vamos! Voltamos outra hora. - e virou-se, conduzindo Pedro e Edmundo para fora. Edmundo recuou de boa vontade.

—Espere - pediu Pedro, mas Lúcia não parou e continuou conduzindo-o para fora, Edmundo também tocou-lhe o ombro para induzi-lo à saída. Caspian, gemeu. - Espere!

—Pedro, o...! - ele segurou Lúcia antes que ela terminasse de falar, tirando-a de sua frente rapidamente, ao passo que desvencilhou-se de Edmundo, avançando para nós antes que eles lhe segurassem.

—O que está acontecendo? - ele perguntou irredutível, parando à minha frente, olhando-me nos olhos. O olhar de Pedro era sério, grave, estava avermelhado e círculos arroxeados o rodeavam, como se ele tivesse passado a noite em claro.

—Pedro, por favor - comecei. - Não podemos explicar agora, não temos tempo. Caspian não está bem, precisa ser levado...

—É aquilo, não é? - ele olhou Caspian, ensopado de suor, arfando de dor. Digory e Harold continuaram a conduzí-lo. - Aquela maldição? Eu sei, eu li... eu li tudo. - disse ele, para mim.

Eu só consegui assentir. Lúcia segurou as mãos mais atrás, olhando o irmão sendo levado, cheia de dor. Caspian urrou outra vez, preenchendo todo o silêncio, quase caindo.

—Para onde vão levá-lo? - perguntou Edmundo.

—Há uma cela - disse Polly, apática e quase em sussurro. - No porão. Sr. Raphael sempre a manteve em condições para situações como essa.

Um silêncio pesaroso instalou-se na sala, quase em luto. Que no segundo seguinte foi quebrado pelo urro mais prolongado, acompanhado de estalos e uma exclamação.

NÃO! RÁPIDO!

Um urro, seguido de um estrondo.

—Minha nossa! - Polly ficou lívida, mas já quase não pude ouvi-la quando disparei para lá. - Susana, não!

—Su, espere! - Lúcia pediu quase ao mesmo tempo, e alguém foi impedido de me seguir. Mas eu já não os ouvia.

Segui pelos corredores em direção ao porão. Havia pouca luz naquela parte, e cheguei a tempo de ver Digory no chão junto a parede, de frente para a entrada, erguendo-se. De dentro, do porão abaixo, um urro, quase sem dor, mas agressivo, um baque surdo no chão. Meu coração disparou.

—Onde? - perguntei. Não soube dizer naquele momento o que se passou em minha mente, ou o que eu faria a seguir. Só ouvi minha própria voz, segura. Porém Digory olhou-me como se lesse tudo em minha testa.

—É muito perigoso, não posso permitir.

—Me deixe tentar mais uma vez. - pedi. - Só mais uma vez.

Digory indicou que negaria, mas algo em mim falava mais forte. Algo que tenho certeza, sabem os céus como, ele viu. E não me impediu no segundo seguinte, quando desci as escadas para o porão. A parca luz do fim do dia adentrava o lugar pelas janelas minúsculas, e havia pouco fogo, deixando uma penumbra intensa no cômodo inteiro. Eu ouvia um arfar pesado em algum lugar por ali, intercalado por gemidos de dor, mas mais notável do que isso foi o cheiro que senti pela primeira vez. Na umidade presa ali, havia o cheiro de terra, mata e foligem. Desacelerei nos últimos degraus, Harold se colocava de pé e caminhava para Caspian, que estava aos fundos, apoiado com as mãos na parede, seus ombros se contraíam e ele ofegava. Harold o aparou novamente, para conduzí-lo ao outro lado, onde uma grade de ferro antiga se encontrava. Eu jamais fizera ideia de sua existência.

—Volte para cima. - a voz de Harold espantou-me.

—Vou tentar mais uma vez. - disse. Caspian sequer teve forças para me olhar. Com o braço livre, Harold puxou a grade com força duas vezes e ela rangeu antes de bater na parede. E me olhou.

—Vá adiante, erga aquela grade e volte para cima. - ele foi direto. Jamais o vira tão sério, mas não conseguiria me fazer desistir de tentar de novo. - Rápido.

Mal me dera conta de que havia me aproximado. Olhei para dentro da passagem e vi mais adiante, quase em total escuridão, as grossas barras de ferro que cravavam-se no chão. O ar úmido ali quase me sufucou assim que entrei em passos largos até lá. Era um corredor mais longo do que parecia, blindado por grossas paredes de pedra, próximo à segunda grade, o mecanismo que a abriria, sujo e empoeirado. Comecei a girá-lo com dificuldade, era muito pesado. Caspian grasnou atrás de mim e puxou ar como se estivesse prestes a sufocar.

O aperto em meu peito me deu força, mas não suficiente. Sequer havia completado o primeiro giro e já sentia os ferimentos nas mãos. Percebi que alguém havia chegado pelo eco dos passos, e Digory pôs-se a girar comigo no mesmo segundo. Harold suava, contendo Caspian a cada espasmo e onda de dor, a cada urro e estalo que ouvíamos. Senti o suor escorrendo por minha têmpora quando terminamos e a grade deu um último rangido. Harold passou por nós o mais rápido que podia e um pouco mais adiante, onde a luz era quase nula, chegou ao que parecia ser o final do corredor, contudo, ao tatear as pedras da parede antiga, encontrou a argola grande de ferro.

—Ajude-me aqui. - pediu à Digory, que foi até ele.

Juntos, eles puxaram a argola com muita força até que um som pesado soou e parte da parede foi movida. Uma entrada camuflada, que que selava o interior e só poderia ser aberta por fora. Lá dentro, havia um cômodo escuro. Uma cela, no fim das contas. Caspian exprimiu um gemido seguido de outro.

—Rápido. - ofegou Digory. Porém, assim que deram o primeiro passo para a cela, Caspian contorceu-se de novo, arfou e quase desabou, mas ergueu no mesmo segundo, empurrando o pai contra a parede e acertando Harold com o braço.

—Caspian! - chamei.

—SAIA DAQUI! - gritou Digory, indo contra o filho mais uma vez e sendo derrubado por ele como se fosse feito de pó.

O semblante de Caspian era outro. Não havia mais sinal de dor em sua postura, em seu rosto não havia mais sinal dele, somente a palidez e a sombra da maldição. Um arrepio gélido percorreu meu corpo. Fora tudo muito rápido, Harold levantou-se e tentou levar Caspian para a cela à força, mas com um grasno gutural, ele desvencilhou-se e prendeu Harold contra a parede, apertando-lhe o pescoço. Algo em meu peito latejou, marchando por todo meu corpo, um formigamento, uma erupção do que quer que fosse aquilo. Aquela força que parecia pulsar de mim para fora era instintiva, branda e bruta. Quando dei por mim, aproximava-me a passos firmes. Nesse meio tempo, Digory erguera-se e tentava imbolizar Caspian por trás, passando seus braços por debaixo dos dele e prendendo as mãos em sua nuca, conseguindo fazê-lo soltar Harold, que caiu sobre os próprios joelhos, arfante. Caspian debateu-se com uma força imensa, para a qual Digory só aguentaria alguns segundos, mas era o suficiente.

—Caspian. - chamei de novo, e minha voz ecoou como trovão em meus ouvidos.

Ele pouco pareceu notar. Jogou a cabeça para trás, acertando Digory e lançando-o contra a parede. Assim que foi solto, girou de frente para o pai e foi nesse momento, no meio do giro, que lancei-me contra ele com toda força, empurrando-o para dentro da cela. Senti a dor do impacto percorrendo meu corpo, como se eu tivesse jogado-me contra pedra. Seja lá como for, era a comparação mais plausível que conseguir fazer para a força medonha dele. No desequilíbrio, Caspian cambaleou para dentro da cela. Também pelo desequilíbrio, acabei no mesmo lugar.

Ao olhar de relance para trás, Digory empalidecera, mas minha atenção estava toda a frente. Caspian erguera-se e eu o imitei, sentindo a dor aguda no tornozelo. Meu coração batia forte, aquela força ainda circulando dentro de mim de alguma forma, dava-me coragem. Fazia-me não temê-lo. Aproximei-me devagar.

—Sou eu... - disse, calma, controlando a respiração. - Susana.

Seu silêncio era pesado, sua presença, cuja silhueta eu mal podia definir no escuro, era sombria. Seus traços não haviam mudado, não haviam pelos, presas, ou qualquer coisa do tipo. Caspian não havia se transformado em um monstro como eu pensei que seria, porém, não era ele, e sua presença sombria e ameaçadora era densa, quase palpável, ancestral. Por um segundo, ele não moveu um músculo, de costas para mim. Ousei mais um passo.

—O... - o que quer que eu fosse dizer, virou um grito de susto quando Caspian moveu-se na escuridão antes que eu pudesse notar, e arrastou-me até a parede, segurando-me contra ela ao fechar seus dedos com força ao redor de meus braços por sobre as mangas do vestido. Consegui vislumbrar e sentir seu rosto bem perto do meu, a força em torno de meus braços ardendo. Por entre a respiração acelerada, ainda senti aquele cheiro de terra, de mata, e ao mesmo tempo tão antigo e denso. Uma parte de mim queria gritar e fugir dali o quanto antes, mas aquela força que eu não entendia me mantinha ali.

—Escute - murmurei para que somente ele ouvisse. - Eu sei que posso ajudar você, eu sinto. Deixe-me tentar... Hm... - gemi, quando pude jurar que ouviria meus ossos quebrando sob aquele aperto.

Precisava que me soltasse. De alguma forma. E a única coisa que estava ao meu alcance e que só me dei conta de que a escolhera quando a executei, foi erguer o joelho ao ponto de acerta-lo. Isso estava longe de fazê-lo cair de dor, serviu apenas para fazê-lo recuar com um grunido. A saia do vestido ainda farfalhava pelo movimento quando Caspian já avançava de volta, não me dando tempo para sequer afastar-me um passo completo.

—Ah! - arfei quando minhas costas chocaram-se contra a parede mais uma vez. E mal puxei ar novamente, sentindo as mãos frias de Caspian se fecharem em volta de meu pescoço.

Em um mesmo segundo, agarrei suas mãos na tentativa inútil de afastá-las. Mas congelei. Caspian estava bem próximo ao ponto de eu sentir sua respiração e sentir a minha escapar pelo choque que percorreu meu corpo ao seu toque. Ele parou e tive certeza que sentira o mesmo que eu. Ao tocar minha pele, uma onda percorreu meu ser, disparando o coração e travando algo em meu âmago. Algo antigo, inevitável e infalível.

Aquela força que eu desconhecia explodiu concretizando um elo mais profundo do que qualquer coisa que eu pudesse sentir, era antigo e irreversível. Naquele momento eu soube o que significava. Sem fôlego não pelo aperto de Caspian, mas pelo que acontecera entre nós, senti as mãos de Caspian afrouxarem lentamente, sua respiração pesada batia contra meu rosto. Como sangue em meu corpo eu quase podia sentir o elo circulando entre nós dois, laçando-nos para sempre. Eu mal podia ver Caspian, mas sentia sua respiração desacelerar, toda aquela presença assombrosa se desanuviar junto com qualquer dor que ele pudesse ter sentido. De repente, seus joelhos cederam e ele desabou sobre eles, levando-me consigo.

—Su... - sua voz mal foi perceptível.

—Estou aqui - sussurrei de volta, encontrando seu rosto com minhas mãos. -Já passou.

Caspian respirava de forma irregular, certamente pensava sobre o ocorrido. Ficamos em silêncio, ali no chão até que sua respiração normalizasse.

—Consegue levantar? - perguntei então. Ele não respondeu, mas moveu-se para fazer isso e tentei ajudá-lo da melhor maneira, com todo o apoio que eu podia oferecer. Devagar, ele ficou de pé e saimos da cela, encontrando Digory e Harold, um pouco pálidos, um pouco espantados, mas que logo se apressaram para ajudar Caspian.

—Você está bem? - Harold perguntou-me. Assenti.

—Filho - Digory se dirigiu à Caspian, avaliando-o meticulosamente com o olhar.

—Deu certo. foi tudo o que Caspian murmurou.

—Vamos levá-lo para um quarto. - Digory o informou.

—Uma Sanitas, de fato. - observou Harold, captando minha atenção. Ele mostrou-me um sorriso de lado, pequeno.

Sabia o que aquilo signicava para ele. Harold compreendia Caspian melhor do que todos nós e não era segredo que nas discussões com Digory sempre nos defendia frente ao "necessário" matrimônio com Dash. Digory, por outro lado, não demonstrou reação, mas seus olhos diziam muito. Nos viramos para a saída, e de fato demos os primeiros passos para lá, porém a presença de alguém nos congelou ali mesmo. Logo adiante, pálido, Pedro observava, e sua expressão me dizia que ele observara tudo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Preparados para o que está por vir? Kk
Até o próximo capítulo!
Bjss!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tale As Old As Time." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.